por Fernanda Pereira - Jornal Cruzeiro do Vale

por Fernanda Pereira

04/07/2008 00:00

O Vale do Itajaí relembra nesta semana os dias de dor e angústia vividos durante a enchente de julho de 1983, que destruiu casas, arrancou árvores e deixou centenas de famílias desabrigadas.

Em Gaspar, as cheias deixaram marcas que são lembradas até os dias de hoje por todos que enfrentaram a força das águas. Relembrar estes momentos pode ser muito difícil para quem sofreu grandes perdas durante os 15 dias da enchente, porém é uma forma de mostrar aos jovens o que aconteceu e revelar algo quase esquecido nos dias atuais: a solidariedade.

Durante as cheias de 1983 as pessoas esqueceram o ter e se importaram com o ser. Esqueceram-se do eu e passaram a pensar no próximo e nos seus sofrimentos e dificuldades.

Muitos deixaram suas casas, mesmo as que não foram atingidas pelas águas, e se dirigiram ao Salão Cristo Rei para ajudar. As doações em prol dos atingidos vieram de todas as partes do país e quem ainda tinha alimentos em sua casa, partilhava com aqueles que já haviam perdido tudo. Foram 15 dias de perdas, mas também de ganhos.Muitas amizades se firmaram entre as famílias que ficaram alojadas no Salão Cristo Rei, e depois que o nível das águas baixou, muitas famílias lutaram juntas para reconstruir suas vidas.

As lições aprendidas durante as cheias de 83 devem ser sempre lembradas, para que os mais jovens possam aprender com os exemplos deixados pela tragédia, exemplos estes que não foram levadas com a força das águas.

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