por Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

por Sandro Galarça

27/06/2008 00:00

Adolescência é realmente uma fase complicada da vida de todos nós. Não diria que é somente complicada, mas delicada. Mexe com os hormônios, com os humores e com os amores. Ficamos mais independentes, não acreditamos em tudo que nos vendem e, ainda por cima, entramos na fase da autoconfiança e da rebeldia, muitas vezes sem uma causa definida.

E é neste momento ímpar que o jovem se depara com uma série de situações que provam sua maturidade e sua capacidade de discernimento. É aí que surgem as drogas, o gosto pela bebida alcoólica, pelas aventuras amorosas, pelo excesso de velocidade ao volante. E tudo isso com muito exagero e intensidade. Como a vida aos 16, 17 anos.

A inconseqüência desta fase da vida pode ser minimizada com muita conversa entre pais e filhos e com uma postura de aceitação de ambas as partes. O problema é que os pais nem sempre têm tempo para o diálogo e os filhos nem sempre estão abertos a uma conversa do tipo papo-cabeça. Quando isso não acontece, o resultado é quase sempre um trauma para a família: gravidez indesejada, problemas de comportamento, drogas...

Na reportagem especial desta edição, uma conversa franca e aberta com dois grupos de adolescentes buscou entender o momento, a crise, o relacionamento e o que esperam esses jovens. A reportagem revela uma preocupação com o futuro, não somente com o seu, mas com o que espera a nação brasileira em termos de profissão, estudo, empregabilidade.

Algumas discussões são recorrentes entre os adolescentes e ouvi-los é sempre bom, prova que todos reciclamos as idéias e trocamos experiências. E que estamos abertos ao diálogo, é claro.

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