Quase sem voz - Jornal Cruzeiro do Vale

Quase sem voz

02/10/2009 00:00

Os dez vereadores de Gaspar parecem estar mudos, ou quase mudos. Sabe-se que o papel do vereador é legislar e fiscalizar as ações do Poder Executivo, porém, a comunidade cobra ações de seus representantes e por isso eles podem fazer indicações, pedindo que o executivo realize obras, benfeitorias e instale projetos na cidade, e assim os vereadores se tornam a voz do povo. Mas a voz do povo gasparense parece estar calada. Ao menos é o que a reportagem do Jornal Cruzeiro concluiu após analisar a atuação dos legisladores nestes nove meses de mandato. Os vereadores mostraram trabalho. Foram 83 indicações, porém, destas, apenas 23 foram atendidas pelo Executivo. O número é baixo. A Prefeitura alega a falta de recursos, o que sabe-se, é mais uma desculpa, assim como a tragédia de novembro.

O que se percebe é que se os vereadores estão sem voz, a comunidade fica sem voz e enquanto todos se calam nada é feito. Basta dar uma volta pelas ruas de Gaspar para perceber quão pouco foi realizado no município nestes nove meses. Dá para contar nos dedos o número de ruas calçadas, esgotos tubulados, tubulações desentupidas, e nem se pode começar a contar as creches, escolas, postos de saúde... Nenhum saiu do papel, e já se passaram nove meses.

Está em tempo de os vereadores cobrarem mais e de o Executivo agir mais. A comunidade não pode ficar calada. Se os vereadores não falam por ela, é preciso se unir e botar a boca no trombone. Criar entidades para ganhar força, se unir às Associações de Moradores e cobrar as promessas feitas pelos políticos.

Ano que vem será ano de eleição. Com certeza muitos políticos aparecerão para pedir votos e é nesta hora que a comunidade precisa ficar unida. Quando eles aparecerem, anotem as promessas e os façam assinar embaixo, dizendo quando irão cumpri-las. Vamos ver quantos aceitam o desafio de assinar este compromisso.

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