Retrato do atraso - Jornal Cruzeiro do Vale

Retrato do atraso

05/02/2013 04:04

Com necessidade iminente de caminhar para o desenvolvimento, Gaspar ainda patina em alguns aspectos básicos de infraestrutura, sobretudo em ruas de fluxo intenso dos bairros, onde vive a maior parte da população gasparense. Em tempos em que se fala de pontes, viadutos e anéis de contorno, é de se espantar que parte da comunidade ainda tenha que conviver com o drama obsoleto da poeira, que suja as residências e prejudica a saúde de moradores.

A modernização dos processos de produção barateou o asfalto a ponto de torná-lo paisagem comum na maior parte das cidades. Um rápido passeio pelos bairros de Blumenau ou Itajaí é suficiente para ver que a maior parte das ruas de grande fluxo é pavimentada ? umas com asfalto bom, outras nem tanto. Ruas de barro, ainda tão comuns por aqui, são cenários mais raros nestas cidades. Neste ponto, a falta de pavimentação é um retrato do atraso que o município vive em alguns aspectos, sobretudo nos bairros.

Como explicar que ruas como Pedro Simon e Luís Franzói, na Margem Esquerda, ou Frei Solano, no Gasparinho, ainda tenham que ser percorridas sobre as superfícies irregulares e danificadas dos paralelepípedos? No caso da rua Antônio Moser, no Bela Vista, espanta também o fato de não haver previsão para a pavimentação da via, que recebe alto fluxo de veículos, tampouco caminhão-pipa disponível para ao menos amenizar o problema dos moradores, que sentem até mesmo na saúde os reflexos da poeira.

Pensar em projetos de mobilidade regional e em alternativas para dar rápido deslocamento aos turistas que passam por Gaspar é importante, mas nesse contexto convém lembrar daquela velha máxima que dá conta de que a cidade só será boa para os visitantes se, antes disso, for boa para o morador.

 

Edição 1459

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