Depois de muitas idas e vindas na história da proibição da passagem de veículos pesados sobre a ponte Hercílio Deeke, a Justiça decidiu interferir e determinou, através de liminar, que os veículos com mais de cinco toneladas estão proibidos de passar sobre o único acesso que faz a ligação das duas margens do Rio Itajaí Açú em Gaspar.
A primeira proibição foi em 2002, quando Celso Zuchi, em sua primeira gestão, limitou o peso para 10 toneladas. Seu substituto, Adilson Schmitt, limitou ainda mais o peso, proibindo caminhões com mais de 6 toneladas de passarem pelo local. Em todas as interdições houve fiscalização por apenas um período de tempo e muitos caminhoneiros aproveitavam a falta de fiscal no período noturno para passar sobre a desestruturada ponte.
A falta de consciência destes motoristas e a falta de responsabilidade dos administradores públicos em garantirem a fiscalização ocasionou uma depredação ainda maior na ponte, que não recebe obras de melhorias desde 1983, quando ficou parcialmente destruído com a enchente.
A pergunta que fica é: será que agora, com a intervenção judicial, a fiscalização vai se manter nas duas cabeceiras da ponte? Será que os fiscais vão proibir mesmo a passagem dos veículos pesados? Será que os motoristas, principalmente os caminhoneiros, terão consciência de que, se não preservarem, a ponte pode vir a cair, causando até uma tragédia? As repostas destas, e muitas outras questões que surgem diante de tamanha calamidade, só serão conhecidas com o tempo. É esperar para ver e torcer para que todos façam cumprir a lei.
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