"Minha volta para Gaspar é com um único objetivo: retomar a atividade profissional" - Jornal Cruzeiro do Vale

"Minha volta para Gaspar é com um único objetivo: retomar a atividade profissional"

07/06/2018

Secretário de Agricultura de 1997 a 2000; prefeito de Gaspar de 2005 a 2008; gerente de Bens Móveis da secretaria de Estado de Administração de 2011 a 2014; e gerente de Apoio Operacional da Federação Catarinense de Esportes de 2015 a 4 de junho de 2018. Adilson Schmitt sempre dividiu a carreira de médico veterinário com funções públicas. Depois de dividir sua rotina entre Florianópolis e Gaspar por alguns anos, ele retorna definitivamente para a cidade Coração do Vale para se dedicar a sua profissão e à família. Sempre envolvido em questões políticas, Adilson garante que retorna sem pretensão de se candidatar a um cargo político.

Após atuar por quatro anos na Fesporte, a saída de Adilson deixa a pasta sem nenhum representante de Gaspar. Em entrevista ao Cruzeiro do Vale, ele afirma que seu pedido de exoneração se deu por atos políticos que o deixaram insatisfeitos. Confira a entrevista:

Cruzeiro do Vale: O Senhor ficou na Fesporte por quase quatro anos. Por que resolveu sair?

Adilson Schmitt: Eu já vinha amadurecendo a ideia de voltar para Gaspar, então somente antecipei minha volta. A vaga que eu ocupei foi indicação do deputado Aldo Schneider. Como resolvi não permanecer mais no projeto do deputado, tomei a decisão de pedir exoneração. Fiz o pedido no dia 4 de junho junto à presidência da Fesporte. Como o deputado está afastado por motivos de saúde, protocolei com seu chefe de gabiente, Almir Círico. Também encaminhei para a Casa Civil, onde os atos são conferidos pela jurídica e depois encaminhados ao governador Pinho Moreira, pra que ele assine e mande publicar no Diário Oficial. A decisão foi unilateral. Foi minha. Foi conversada com minha família, meus amigos e meu apoiadores. Minha volta para Gaspar depois de oito anos é com um único objetivo: retomar a minha atividade profissional. Eu sou médico veterinário há 28 anos .Já atendo no consultório junto à Agropecuária Trica Ferro e vou retomar os meus horários agora com mais prudência.

Cruzeiro: Então o senhor volta sem pretensões políticas?

Adilson: Quem esteve na política sempre gosta. Mas, ser candidato está fora de cogitação. Eu vou, no máximo, indicar algum candidato. Mas, meu objetivo e 100% do meu tempo será ocupado pela vida profissional. Eu gosto da política, mas assumi um compromisso com minha família de não ser mais candidato.

Cruzeiro: Por que o senhor não faz mais parte do projeto do deputado Aldo Schneider?

Adilson: Porque eu descobri que existem pessoas que fazem parte desse projeto que, ao longo desses três anos e meio, me sabotaram. Eu demorei para ter certeza que eles eram os responsáveis, porque havia um compromisso. Mas esse compromisso não foi honrado. O ponto alto foi no dia 23 de abril, na cerimônia de homenagem à Linhas Círculo. A ideia de fazer a cerimônia foi da minha. Apresentei no gabinete do deputado, reservamos a data e, na hora dos agradecimentos, esqueceram de mim. Não sei se de forma intencional ou não, mas eu comecei a sentir e tive a certeza que eu já estava sendo descartado. Então, preferi sair de forma educada. Sem nenhuma mágoa. Mas, com isso, Gaspar ficou sem uma pessoa ocupando um cargo no Governo do Estado. Segundo especula-se, a vaga que era de Gaspar está sendo repassada para Brusque. Isso prova que Gaspar não está mais tanto no plano do grupo do Aldo Schneider.

Cruzeiro: O Senhor é filiado a algum partido político?

Adilson: Não, eu estou sem filiação. Eu fui do PMDB, fui pro PSB e depois por PPS. Mas, estou sem filiação desde 2014.

Cruzeiro: E o que fica desse período na Fesporte?

Adilson: O que eu trago de lá é experiência. O grupo grande de amigos que eu fiz. São pessoas que passaram a me admirar e respeitar. E eu deixei uma marca, tanto na gerencia de Bens Móveis como agora na Fesporte.

Cruzeiro: Como está sendo a volta definitiva para Gaspar?

Adilson: Eu ficava de segunda a quinta em Florianópolis. De sexta a domingo, estava em Gaspar. Essa era a minha correria e a volta é um misto de redescoberta e satisfação. Há um burburinho. Perguntam se eu vou ou não me envolver politicamente. Isso está descartado, mas posso afirmar que o Adilson Schmitt está atento a todos os assuntos políticos da cidade.

Cruzeiro: O Senhor disse que mesmo estando sem filiação política gosta de política e está ligado em tudo que acontece. O que o senhor, como ex-prefeito, acha da atual gestão de Gaspar?

Adilson: Toda gestão, no início, tem a dificuldade e a descoberta. O prefeito Kleber Wan-Dall chegou na prefeitura e enfrentou dificuldades. A transição, às vezes, dificulta. Até a equipe entender como funciona a máquina pública demora. Eu sempre falei que ‘um dia do ser humano é um mês na vida pública; e um mês do ser humano é um ano na vida pública’. Isso se chama demora. Isso me incomodava e talvez incomode o prefeito Kleber e a sua equipe. Vejo que ele tem um grande desafio, que é a Saúde, e que está enfrentando com cara e coragem. Temos também a questão da mobilidade urbana, tratamento de esgoto e outros assuntos importantes. Desejo boa sorte e torço por ele.

 

Edição: 1854

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