Amor de mãe: de geração em geração - Jornal Cruzeiro do Vale

Amor de mãe: de geração em geração

12/05/2019
Amor de mãe: de geração em geração

“Nós somos muito unidas, uma depende da outra”. É dessa forma que as mães da família Monnerat definem sua relação. O amor é a base dessas mães e vai sendo passado de geração em geração. Começou com a matriarca, Rosemary Monnerat, hoje com 77 anos. Depois, passou para a filha dela, Ana Paula Monnerat, de 48. A terceira é a neta de dona Rose e filha de Ana Paula, Bruna Monnerat Keller, de 25 anos, que já ensina as lições de carinho para a filha, a pequena Manuela Monnerat Keller Costa, de apenas um ano.

No domingo, dia 12 de maio, comemora-se uma data muito importante: o Dia das Mães. Para homenagear a todas que carregam consigo a vocação e o amor de mãe, o Cruzeiro do Vale conversou com essas três mulheres: Rose, Ana Paula e Bruna. Uma bisavó, uma avó e uma neta. Ou... três supermães.

Percepções sobre ser mãe

Mães em épocas completamente diferentes, as três falam sobre suas percepções de criação em momentos tão distintos. Dona Rose teve três filhos e foi mãe pela primeira vez em 1964. Ela afirma que, na sua época, as mães tinham mais tempo para dedicar aos filhos. “Foi bem diferente de hoje, porque naquele tempo nós tínhamos mais tempo pra doar aos nossos filhos. Tudo que eles aprendiam era diretamente através da gente. Não tinha influência de televisão, revistas, rádio... E a vida que a gente proporcionava era de amor e de brincadeiras. Tudo para que eles aprendessem a ter respeito ao próximo, princípios de moral e que tivessem tempo para brincadeiras, o que hoje não ocorre”.

Ana Paula também teve três filhos e foi mãe a primeira vez em 1993. Ela concorda que a principal diferença entre a época dela e da mãe é o tempo. “Pra mim já foi diferente, porque eu saia pra trabalhar, coisa que na época da minha mãe quase não se fazia. Elas eram de ficar em casa com os filhos e eu tinha que trabalhar e estudar. E a Bruna cresceu no meio disso. Na época da minha mãe, elas deixavam de fazer o que elas queriam, de ser o que elas queriam ser, pra se dedicar aos filhos. Já na minha época não. A gente estudava, tinha que trabalhar, se virar e ajudar pra manter as crianças”.

Para Bruna, que é mãe há apenas um ano, a experiência só é possível graças ao apoio que recebe da mãe e da avó. “Eu acho que só consigo graças à minha mãe, que me ajuda. Se não fosse ela, eu não iria dar conta de fazer tudo. Eu sei que eu preciso muito mais da ajuda delas do que elas precisaram, mesmo porque elas entendem muito mais também”.

Ser avó é ser mãe duas vezes...

Há um ditado antigo que diz que ‘ser avó é ser mãe pela segunda vez’. Emocionada e com lágrimas nos olhos, Ana Paula concorda. “É a mesma coisa, é maravilhoso”.

Para dona Rose, então, ser bisavó é ser uma super mãezona. E ela se enche de carinho ao falar da bisneta, Manuela. “É um presente que Deus nos deus. Tive a felicidade de, na idade em que estou, ver um bisneto nascer. Foi uma emoção muito grande pra mim e cada vez que ela diz ‘bi’ eu me derreto”.

Muito parecidas...

Dona Rose acredita que apesar dos tempos terem mudando muito, a filha e a neta carregam muitas coisas em comum com ela. “Eu vejo muitas semelhanças no amor ao próximo, cidadania e respeito, os valores principais da vida. Isso eu vejo que, graças a Deus, os meus filhos e os meus netos têm e minha bisneta também terá”.

Já Ana Paula, destaca a cumplicidade entre elas. “A gente é muito cumplice, muito amorosa. Todas nós somos assim. Nós três, agora com a pequeninha, somos muito agarradas. A minha família é o maior presente que a vida me deu. É o meu conforto, minha segurança, construída com dignidade, afeto, compreensão, respeito e união”.

A mãe mais nova das três, Bruna, diz se orgulhar muito da mãe e da avó. “Eu tenho muito orgulho das da minha vó e minha mãe, do quão maravilhosas elas são e espero ser uma mãe tão dedicada como elas”.

 

Edição 1900

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