Sair ou entrar na rua Albertina Maba, no bairro Margem Esquerda, tornou-se tarefa difícil para muitos moradores. O problema é consequência de uma obra de pavimentação que está sendo executada em 187 metros da via. Como a rua é bastante extensa, aqueles que residem após a obra não conseguem sair de suas casas de carro.
A obra começou a ser executada na segunda-feira, 23, e desde então todos os dias das 7h30 até as 16h30 a via fica trancada. Durante esse período, apenas pedestres, ciclistas e motociclistas podem passar. ?Moro e trabalho na rua Albertina Maba, e a comunidade toda está sofrendo por causa desta obra. A facção em que trabalho precisa entregar peça quase todos os dias, mas o carro que busca as peças não consegue chegar até aqui?, conta Ângela Priscila Weckerli, que precisa andar cerca de 300 metros com as peças na mão para chegar até o local onde o carro pode passar. Ângela diz ainda que o carro de sua sogra está estacionado no início da rua, um pouco antes do local onde está sendo feito o calçamento. ?O carro teve que ficar lá, pois preciso levar meu filho para a creche e preciso ir de carro?.
Maria Aparecida de Souza que também mora na rua Albertina Maba diz que toda a comunidade foi surpreendida com a situação. ?Depois da obra moram cerca de 80 famílias que não sabiam que a rua seria trancada. A minha nora teve bebê na sexta-feira, 20, mas eu fico pensando e se fosse nessa semana? Seria bastante complicado?, relata. Cida, como é conhecida, fala também que após as 16h30 a rua é liberada novamente. ?A situação está bastante complicada. Acho que eles não pensaram em beneficiar nós que moramos mais para trás?.
Quem está passando por momentos difíceis desde o início das obras é Tâmara Simon. A jovem está grávida de sete meses e precisa levar o filho de um ano e cinco meses todos os dias para a creche, mas foi surpreendida na segunda-feira, quando precisou andar cerca de 500 metros, da sua casa até o fim da rua. ?Fui carregando meu filho no colo e a sua mochilinha. Continuo levando ele a pé, pois não tem outra solução, mas é bastante complicado. Já estou grávida de sete meses e chega a ser perigoso também?, diz.
O que diz a Prefeitura
O assessor administrativo da Secretaria de Transportes e Obras de Gaspar, Gilberto Goedert, explica que a obra foi uma solicitação da comunidade através do Orçamento Participativo. ?O presidente da Associação de Moradores do bairro divulgou a data de início das obras no rádio e também foi na casa dos moradores. A via é liberada após as 16h30 e aos fins de semana, foi a melhor solução que encontramos?, explica. Gilberto esclarece que não pôde ser feito um desvio no local para que os moradores pudessem passar de carro, pois há plantações de arroz ao lado da rua. O assessor diz ainda que a rua pode ser inteiramente calçada se a comunidade solicitar e colaborar com o Orçamento Participativo.
Edição 1383
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