Paulo e Clementina, os eternos namorados - Jornal Cruzeiro do Vale

Paulo e Clementina, os eternos namorados

12/06/2018
Paulo e Clementina, os eternos namorados

Ainda há o brilho no olhar, o carinho do toque, a fala afetuosa e o coração entrelaçado. Em uma casa mista de cor amarelada no interior do bairro Gaspar Mirim, uma das maiores histórias de amor da cidade foi construída por Paulo e Clementina Ferreti. O casal comemorou 70 anos de matrimônio na semana passada e, na próxima terça-feira, 12 de junho, celebra o Dia dos Namorados relembrando o tempo em que se descobriram apaixonados, cerca de três anos antes do casamento.

Aos 92 anos, seu Paulo afirma que a chama da paixão permanece acesa. “A gente ainda sente aquele friozinho na barriga de quando nos encontrávamos nos rodeios de Doutor Pedrinho, cidade onde nascemos e crescemos, juntos”, conta. O casal morava em casas vizinhas e seus pais já se conheciam. Por conta da proximidade das famílias, Paulo e Clementina acabaram alimentando um sentimento em comum: o amor. Foi então que ele tomou a iniciativa de chama-la para passear. “Naquela época, tudo acontecia com mais calma, devagar. Então, o primeiro passo foi abrir meu coração. A gente se gostou, mas o pai dela ficou encucado com a ideia”, lembra.

Segurando a mão do marido, Clementina comenta que Paulo gostava muito de jogar baralho, o que preocupava seus familiares. “Apesar de adorar o carteado, ele sempre foi muito trabalhador, honesto e preocupado com o futuro. Acabou conquistando, além de mim, também meus pais”.

O namoro do casal começou em uma tarde de 1945 e, o casamento, numa noite de 1948. Desde então, muitos momentos foram compartilhados. Os mais especiais, segundo o casal, foi a construção da família. “Eu casei grávida. O primogênito nasceu alguns meses depois e só fez crescer o nosso amor. Com o objetivo de ter mais filhos e escrever nossa história juntos, decidimos nos mudar para Gaspar no ano seguinte, em 1949, com o apoio da família, que tinha terrenos por aqui. O coração do Vale nos acolheu e ainda faz esses velhinhos felizes”, diz Clementina. Ao todo, eles tiveram 12 filhos. Estes, por sua vez, proporcionaram a felicidade de dar 23 netos ao casal. Outro motivo de alegria é o nascimento dos 11 bisnetos.

De acordo com o casal, os 70 anos de casamento, somados aos três de namoro, foram conquistados com muito respeito. “Mesmo antes de sermos namorados, tínhamos uma boa relação e isso se perpetuou durante nossa longa trajetória juntos. A gente se respeita. Nunca levantamos a voz um para o outro. É amor, sabe?”, conclui Paulo olhando para a eterna amada, Clementina.

 

Edição 1854

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