Programa da Polícia Militar busca proteger mulheres vítimas de violência doméstica - Jornal Cruzeiro do Vale

Programa da Polícia Militar busca proteger mulheres vítimas de violência doméstica

07/03/2019
Programa da Polícia Militar busca proteger  mulheres vítimas de violência doméstica

A violência doméstica contra a mulher não para de produzir números alarmantes. Segundo dados do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, em 2018 a violência doméstica representou a morte de 48 mulheres em Santa Catarina. Outras 13 mil catarinenses registraram casos de lesões corporais sofridas no ambiente doméstico. E mais: nove mulheres são estupradas diariamente no estado, número que está acima da média nacional.

Em Gaspar, a Polícia Militar lançou no ano passado o ‘Rede Catarina de Proteção à Mulher’. Conforme explica o comandante da PM, major Pedro Carlos Machado Junior, o programa foi criado em 2016, em Chapecó, e implantado gradativamente em outros municípios. “De 2017 para 2018, tivemos um aumento de aproximadamente 15% nesse tipo de ocorrência. Desde a implantação da Rede Catarina em Gaspar, 21 mulheres já foram atendidas, sendo que, ao todo, foram totalizadas 33 visitas com acompanhamento à elas”.

Para o atendimento às vítimas, é realizada a patrulha ‘Maria da Penha’. Segundo o comandante, é obrigatório que a guarnição tenha no efetivo uma policial mulher. “A vítima precisa se sentir confortável e à vontade para se abrir e explicar o que aconteceu. Por isso precisamos ter uma policial mulher”.

O boletim de Ocorrência é um dos requisitos indispensáveis da Rede Catarina. É com ele que os policiais conseguem realizar uma visita à mulher que foi vítima de violência. Posteriormente, é preenchido um relatório com dados da vítima e encaminhado ao Judiciário, que tem que dar prosseguimento nos casos.

Ainda assim, a PM continua fazendo o acompanhamento das vítimas e dos agressores com o objetivo de inibir que novas agressões aconteçam. “Sempre verificamos se o agressor está cumprindo as medidas protetivas ou se voltou a ameaçar. Isso é para evitar que a mulher volte a sofrer a violência ou, pior, que esta violência acabe em morte como vemos tantos casos pelo país. É um programa que veio para ficar. Não estamos medindo esforços para que ele continue e que tenha maior amplitude dentro da cidade”.

 

Edição: 1891

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