O relatório mais recente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 63% das rodovias estaduais catarinenses foram consideradas ruins ou péssimas. Uma delas é a SC-283, onde um dos principais problemas é o excesso de buracos.
O Departamento de Estado de Infraestrutura (Deinfra) diz que fará a manutenção do trecho, com tapa-buracos, sinalização e limpeza. E disse que mais do que isso, somente quando os cofres do novo governo forem abertos.
Naquela rodovia, entre São Carlos e Palmitos, por exemplo, uma cratera interrompeu a viagem de Miguel Gorziza de volta a São Paulo. Ele passava pelo local quando teve que desviar e ainda escapar de outro veículo na contramão. Dois pneus acabaram estourando.
“A gente se assustou bastante, mas graças a Deus tudo correu bem, que não aconteceu nada mais grave, né”, disse Gorziza. "Demais de buraco, a pior rodovia que eu já passei", acrescentou.
Na rotina do borracheiro Nelziro Watte, as rondas pelo trecho para socorrer os motoristas são diárias. “[É chamado] Duas ou três vezes por noite. Complicada essa BR aqui. Pessoal vem de longe e estoura todos os pneus nessa buraqueira aí”, disse Watte.
Há muito tempo os motoristas vêm sofrendo com a falta de manutenção da estrada estadual. Medidas paliativas até são tomadas, mas o material usado para tapar os buracos não resiste. E os moradores estão fazendo o que podem para tentar evitar mais prejuízos nos veículos, e também acidentes.
Em um deles uma bandeira para alertar sobre os buracos à margem da rodovia. Mas o improviso não deu conta de evitar que Douglas Skibinski caísse com o caminhão. “A gente às vezes não consegue desviar um buraco para evitar um acidente. Um prejuízo grande, pneu de caminhão, pneu carregado”, disse ele.
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