Pesquisa inédita mapeia as startups de Santa Catarina - Jornal Cruzeiro do Vale

Pesquisa inédita mapeia as startups de Santa Catarina

19/10/2018
Pesquisa inédita mapeia as startups de Santa Catarina

Santa Catarina é o Estado com maior densidade de startups no Brasil, segundo análise realizada pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e pela empresa de consultoria Accenture. Para conhecer melhor esse universo, o Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Sebrae realizou uma pesquisa inédita com o objetivo de mapear o setor no estado. Como definir uma startup? De modo geral, elas são negócios que lançam uma ideia inovadora, atuam em condições de grande incerteza e buscam se estabelecer no mercado com um modelo de negócios repetível e escalável. Para ser considerada startup, uma empresa não precisa necessariamente desenvolver um produto ou serviço online. Porém a maioria desses negócios tem como base a tecnologia.

 A pesquisa

Para a realização da pesquisa foi utilizada como metodologia a aplicação de um questionário online com 15 questões. O levantamento teve como público-alvo empresas de tecnologia da informação de Santa Catarina. A pesquisa ficou disponível para preenchimento no período de 18 de julho a 1º de agosto de 2018. O universo considerado para esta pesquisa foi o das 329 startups mapeadas pela plataforma StartupSC e também registradas pela da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate). No total, foram obtidas 425 respostas, das quais 310 são de empresas que se consideram startups.

Panorama da Tecnologia da Informação no Estado

Os polos com maior concentração de startups em Santa Catarina estão em Florianópolis, Blumenau e Joinville. Esses locais são referência em tecnologia, estando entre as dez regiões do Brasil com maior faturamento médio no setor. A Tecnologia da Informação (TI) representa 5,6% da economia de Santa Catarina e acumula uma receita de R$ 15,5 bilhões. 

De acordo com o Panorama do Setor de Tecnologia em Santa Catarina, da Acate, mais de 12 mil empresas atuam na área. O estado contribui para que a Região Sul seja a segunda maior do país no setor de TI, com 13,1% do mercado, segundo estudo da ABES Software referente a 2016. 

 Perfil dos participantes

As startups possuem operação enxuta, muitas vezes formada apenas pelos fundadores. Das pessoas que responderam à pesquisa, 70,97% são os sócios da empresa. Isso é reflexo também do perfil técnico apresentado pelos os fundadores de startups, que criam e executam as soluções.

O ambiente das startups é bastante masculino, como indica o resultado da questão de gênero da pesquisa, em que 79,03% responderam ser homens. A idade média dos respondentes é de 34 anos. Com o resultado da questão sobre escolaridade, é possível perceber que as startups catarinenses contam com profissionais de alto nível de formação. A pesquisa constatou que 79,03% dos respondentes possuem ensino superior, sendo a maioria com pós-graduação (33,87%).

Características das empresas

Nesta pesquisa, grande parte das startups catarinenses afirma prestar serviços de informação e TI. Do total de respondentes, 233 (75,16%) afirmam atuar com software e 64 (20,64%) com serviços de Tecnologias de Informação e Comunicação em geral. Apenas 36 (11,61%) empresas selecionaram a opção hardware, que está associada a produtos. Além disso, 54 startups (17,41%) indicaram que prestam mais de um tipo de serviço.

 Em relação ao tempo de empresa, 36,45% dos respondentes indicaram que o negócio tem menos de um ano. Esse dado mostra que o ecossistema catarinense está em plena atividade, com novas startups surgindo, mas também evidencia que essas empresas enfrentam o estágio inicial e delicado de inserção no mercado.

De acordo com o Sebrae Nacional, 23,4% das empresas fecham com menos de dois anos no Brasil. Em contrapartida, 48,39% das empresas participantes da pesquisa possuem entre dois e cinco anos de atividade, formando um ambiente de negócios mais maduro.

Investimentos

A captação de investimentos externos faz parte da realidade de poucas startups catarinenses – apenas 30,65%, segundo a pesquisa. O restante (69,35%) respondeu não ter recebido investimento até o momento. Esses dados vão ao encontro de informações divulgadas por outros estudos:

 - 91,8% das startups têm como principal fonte de recursos o capital próprio dos sócios, de acordo com o censo da StartSe.

 -  Para 76,22% das startups, a fonte inicial de investimento no negócio foi as reservas pessoais dos sócios, conforme análise da ABStartups e Accenture.

 

Via assessoria de imprensa

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