Câmeras de monitoramento auxiliam trabalhos da PM de Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Câmeras de monitoramento auxiliam trabalhos da PM de Gaspar

19/10/2018
Câmeras de monitoramento  auxiliam trabalhos da PM de Gaspar

A palavra ‘segurança’ remete à qualidade e à condição de quem é livre de perigos ou está certificado de que não corre eventuais riscos. Diante do alto índice de criminalidade no país, é difícil que alguém ainda consiga viver plenamente esse significado. Em Gaspar, o tema sempre volta a ser discutido por conta da frequência com que o município é alvo de ações de bandidos.

Há cerca de cinco anos, uma iniciativa da Polícia Militar de Gaspar, Prefeitura Municipal e Secretaria de Segurança Pública de santa Catarina, através do projeto ‘Bem-Te-Vi’, prometia colaborar no serviço de proteção prestado pelas autoridades. Gaspar, na época, ganhou 14 câmeras de monitoramento, que até hoje são utilizadas pela PM. Mas, com os constantes avanços tecnológicos, a medida ainda se faz eficaz?

Comandante da Polícia Militar de Gaspar, o major Pedro Carlos Machado Junior afirma que os equipamentos continuam sendo eficientes. Apesar disso, ele afirma que não é possível garantir que uma possível redução no índice criminal possa ser justificada pela presença das câmeras. “Mesmo assim, é possível afirmar que elas auxiliam a atividade policial, pois complementam a observação, ajudam no levantamento de informações sobre suspeitos e autores de crimes e tem o efeito de inibir, em alguns casos”.

As câmeras

As 14 câmeras de monitoramento continuam instaladas na área central, entradas e saídas da cidade, assim como quando foram instaladas. As imagens são analisadas em tempo real por um profissional da Central de Operações Policiais Militares (Copom) e, caso seja necessário, há possibilidade de consulta posterior no quartel.

Falta de recursos impossibilita novas aquisições

Apesar da presença de aparelhos de monitoramento ser positiva e de Gaspar ter a mesma quantidade de câmeras instaladas há cinco anos, as autoridades não podem fazer novas instalações no momento devido a falta de recursos. “Por enquanto, o projeto está em stand-by devido à falta de recursos do estado. Estamos levantando a possibilidade da participação e apoio de organizações civis, empresários e demais pessoas para uma possível parceria”, afirma o comandante Pedro, que pretende focar em ações preventivas e repressivas que trabalhem em conjunto com as câmeras. Segundo ele, os crimes mais comuns em Gaspar são os de furto, roubo e tráfico de drogas. 

Solicitação da comunidade

A comunidade clama por mais segurança. Se na área central, onde a atuação da polícia tende a ser mais rápida, os moradores ainda se sentem inseguros, nos bairros mais afastados essa circunstância é ainda pior.

Os pedidos por mais segurança ficaram ainda mais em evidência nos últimos dias, quando os moradores dos bairros Alto Gasparinho e Arraial D’Ouro solicitaram a instalação de novos aparelhos de monitoramento durante reuniões do Gestão Compartilhada (Gecom). Com o programa, os moradores elencam as principais necessidades dos bairros e decidem onde querem aplicar os recursos. Enquanto a maioria dos bairros opta pela pavimentação, esses moradores escolheram prezar pela segurança.

Segundo o Superintendente do Gecom, Roni Muller, ainda não há previsão de quando os equipamentos serão colocados em cada região. “Vamos trabalhar com duas situações diferentes. No Alto Gasparinho, já existe a fibra óptica, o que facilita a ligação das câmeras com a Central de Operações da Polícia Militar. Porém, no Arraial D’Ouro, ao que tudo indica, não há. Minha equipe está estudando os casos para, no ano que vem, colocar em prática”.

Projeto Bem-Te-Vi

Potencializar as ações de vigilância nas comunidades, prevenir a ocorrência de crimes, auxiliar a polícia nas investigações e identificação de criminosos, além de contribuir para a administração do tráfego veicular. Esses são os objetivos principais do projeto ‘Bem-Te-Vi’, coordenado pela Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC). O último levantamento do Estado indica que cerca de 3 mil câmeras, todas pelo Programa Pacto por Santa Catarina, estão espalhadas em Santa Catarina.

Os equipamentos utilizados no projeto, e que contemplam Gaspar, são do tipo SpeedDome, possuem campo de visão 360º na horizontal e 90º na vertical, com magnificação ótica de 20 vezes, sempre com captação de imagem em alta resolução. Conforme repassado pelo secretário de Fazenda e Gestão Administrativa de Gaspar, Felipe Juliano Braz, a manutenção preventiva e corretiva é de R$5.064,64 por mês com recursos da prefeitura.

Trabalho da PM

A Polícia Militar de Gaspar trabalha de forma ostensiva e de ordem pública, com ações preventivas ou repressivas quando há flagrância de delitos. Em Gaspar, além do ‘Bem-Te-Vi’, alguns outros projetos estão sendo colocados em prática com o apoio das autoridades como a Rede de Vizinhos, a Rede de Segurança Escolar e a Rede Catarina de Proteção à Mulher. Essas iniciativas se baseiam na premissa do envolvimento da comunidade para a resolução dos problemas de segurança e até sociais do meio em que vivem. Os militares também agem na fiscalização do trânsito através de barreiras, abordagens e utilização do radar móvel, ações de inteligência veladas e policiamento em eventos.

 

Edição 1873

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