O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

24/07/2012 08:26

Ilhota

Sou moradora da rua Ângelo Três em Ilhota e gostaria de utilizar este espaço para dizer que minha rua, que fica no Centro, quase em frente ao posto de saúde da cidade, está a mais ou menos uns 10 dias com um buraco aberto pela Prefeitura no meio da rua para fazer galerias para asfaltar. Mas como agora eles querem fazer tudo correndo para ganhar a eleição, estão fazendo asfalto em várias ruas e ali ficou aberto o buraco e as obras paradas.

Os carros ficam passando pelas laterais, quase encostando nos muros das casas, e a rua ali não é muito sólida, tanto que há uns anos, quando começaram a fazer as galerias que já tinham ali até uma certa altura, o muro da minha casa rachou e a Defesa Civil foi até avisada. Qualquer pessoa nota isso.
O buraco está lá e estes dias eu tive que tirar o barro com enxada para poder abrir o portão da minha casa e quando eu cheguei à noite meu portão estava praticamente isolado, pois o buraco desbarrancou e abriu até a entrada da minha garagem e da vizinha. Meu portão está pela metade e o da vizinha todo isolado, ela tem acesso pelo lado, eu não. Tenho que entrar beirando o buraco, e se eu to passando e abre mais? E se a minha filha estiver comigo?

Fora isso, meu muro rachou até o chão agora! Quem vai arrumar? Eu vou ter que pagar por isso? E tem mais, como caiu toda a terra, o esgoto ficou aberto. Eu tomo banho e a água cai direto no buraco, ele vai caindo cada vez mais. Tenho medo de chegar em casa à noite e não ter mais portão.
Camila Kuiava  | Ilhota

Seguro Desemprego

Gostei da nova lei sobre a liberação do seguro desemprego, divulgada na edição de sexta-feira, 20 de julho, do Jornal Cruzeiro do Vale. Só acho que os cursos deveriam ser disponibilizados pelo Sine para outras pessoas também interessadas em fazê-los e que não estão na fila para retirar o seguro desemprego.
Luciana Deschamps | Gaspar

Correção

Informamos que, diferente do que foi divulgado na edição 1407 do Jornal Cruzeiro do Vale de sexta-feira, 20 de julho, o CDI Vovó Benta fica localizado no Bairro Gaspar Grande e não no bairro Coloninha.

Como Gatinho Novo:crônica de um ?vira casaca?

Lembro-me ainda daquela tarde ensolarada de domingo... Bem ao lado da minha casa interiorana, estava lá, o campinho de futebol, onde toda a gurizada da vizinhança se reunia para as famosas ?peladas?. Bola de couro era uma raridade, mas improvisávamos com bolas de pano (retalhos) ou até mesmo com as bexigas de porco. Alguém lembra?

Chuteiras? Que nada, era pé descalço mesmo. Depois evoluímos para as ?congas? (desaprovamos por serem muito deslizantes) e, mais tarde, para os famosos ?kichutes? (feitos de lona e tinham cravos que imitavam uma chuteira de verdade). Foram uma verdadeira modernidade os tais ?kichutes?, principalmente por evitar as rosetas, no entanto, o mau cheiro era insuportável. Lembro o dia em que o Side e o Dele (meus dois irmãos mais velhos), ficaram tão eufóricos por terem ganhado os tais kichutes que acabaram dormindo calçados com eles (acordaram com os pés inchados).

Bom, contava eu com 6 prá 7 anos na época, lá pelos meados dos anos 70. Não sei por que cargas d´água, mas toda aquela piazada torcia para o Grêmio: o Paulo, o Nito, o Daniel, o Ênio, o Tonho e eu, logicamente. Por infelicidade, nascemos em uma época em que o time do Inter ganhava todos os campeonatos (era dono do Brasil), octacampeão gaúcho, mais o tricampeonato brasileiro. Todos em volta do rádio só ouviam o narrador gritar ?goool do Inter? e nomes como Manga, Figueroa, Falcão, Valdomiro. No entanto, aquela tarde fora inesquecível, pois o Tonho (considerado o líder da gurizada), após mais uma conquista colorada, pegou a bola, deu um balão e gritou eufórico: ?De hoje em diante eu torço pro Inter?... Não demorou alguns segundos para que cada um de nós gritasse: ?eu também torço, eu também...?. Daquele dia até hoje só felicidade, graças ao Tonho, que nos fez ?virar a casaca?, sentimos a emoção e o orgulho de torcer por um time que é verdadeiramente um vencedor...

Hoje, no entanto, por ironia do destino, minha filha de 6 anos torce pelo arquirrival (contrariando a mãe e o pai). Lá vou eu pelas ruas, alegre com minha camisa colorada, de mãos dadas com a pequerrucha vestida com a camisa tricolor... e eu tendo que dar explicações... Espero, no entanto, que aconteça a ela o que aconteceu comigo: que, quando ela cresça, possa se dar conta que, time e paixão de verdade só tem um, o mais internacional de todos... o nosso colorado. Pois, assim como os gatinhos, demoramos um pouco para abrir os olhos, mas depois que abrimos...
Dejalma Cremoneset

Edição 1408

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