Gaspar voltou a ser palco de um trágico acidente na última sexta-feira, dia 11, quando mais três pessoas perderam a vida em uma forte colisão envolvendo dois caminhões e dois automóveis de passeio. O acidente chocou a comunidade e destruiu mais algumas famílias do Vale. Embora a origem da colisão tenha sido, segundo testemunhas, a imprudência de um dos condutores, a condição sobrecarregada da rodovia, onde o tráfego leve divide espaço com caminhões e carretas, com pontos de alta velocidade, voltou a atuar como um componente a mais de risco para os motoristas que passam pela região.
O que chama a atenção, no entanto, é que mesmo em meio a repetidos acidentes desta proporção - na semana passada, seis pessoas morreram em três acidentes somente no trecho entre Ilhota e Gaspar - o ritmo das obras de duplicação permanece em marcha lenta. Mais do que isso, permanece insuficiente também o acompanhamento do Dnit, que mesmo com uma recente mudança na gestão ainda não conseguiu fazer com que as obras deslanchassem com a rapidez que a região quer e precisa.
Nove meses após a assinatura da ordem de serviço para os lotes 3 e 4, a verdade é que apenas pequenos trechos de terraplanagem foram executados no trecho do bairro Belchior Baixo, ponto inicial do lote 3. Da mesma forma, a licitação para o lote 2, entre Ilhota e Gaspar, permanece à espera da homologação para que uma ordem de serviço seja liberada e as obras possam iniciar. Por mais que os responsáveis diretos pela obra tentem dissociá-la de seu impacto direto na redução de acidentes, o questionamento que fica é um só: quanto mais perderão a vida nesta rodovia até que a obra se torne realidade?
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