O primeiro ano da nova legislatura na Câmara de Vereadores de Gaspar se aproxima do final e, com isso, surgem as análises e avaliações sobre o trabalho dos parlamentares, que neste ano possuem três cadeiras a mais do que no ano passado. Como mostra a reportagem desta edição do Cruzeiro do Vale, um dos pontos que impressiona é o número de indicações feitas pelos vereadores ao Executivo.
A maioria das 560 indicações enviadas ao Executivo aborda temas corriqueiros, de manutenção de valas, bocas de lobo ou patrolamento de rua. Dos pedidos destinados à elaboração de leis - apenas 17 -, nenhum deles chegou a sair do papel, mesmo no caso das indicações que já são enviadas com anteprojeto de lei elaborado.
Se por um lado o Executivo alega que os pedidos envolvem custos ou são mais complexos do que pensam os vereadores, por outro os parlamentares acabam ficando com a impressão de que a administração do município dá pouca importância às manifestações dos vereadores, que, é bom que se diga, têm como uma das funções fiscalizar o Executivo.
Aprimorar o uso das indicações ao longo do trabalho parlamentar e estreitar o diálogo entre Executivo e Legislativo talvez sejam dois dos principais desafios para o período que vem pela frente para a atual legislatura. Com avanços nessas duas situações, as contribuições certamente poderão ser mais úteis para o dia a dia da comunidade e, espera-se, melhor assimiladas pelo município. É preciso que os dois poderes não tentem medir forças para ver quem tem mais autonomia, mas sim trabalhem em conjunto para combater as mazelas que ainda prejudicam o cotidiano da comunidade.
Edição 1532
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