O outro lado da reconstrução - Jornal Cruzeiro do Vale

O outro lado da reconstrução

07/06/2013 03:27

Quase cinco anos depois da calamidade de 2008, moradores do Braço do Baú, em Ilhota, continuam sofrendo. O inimigo desta vez, ao invés de catástrofes naturais, é a falta de infraestrutura das casas, construídas com os recursos arrecadados nos momentos de maior sensibilização de toda a população brasileira para com a comunidade do Vale do Itajaí, tão devastado em novembro de 2008.

Situações como a enfrentada pelos moradores da Vila Cohab, no Braço do Baú, mostram que as chagas da calamidade de 2008 ainda não sumiram. Não bastasse o sofrimento das famílias, que tiveram que permanecer em abrigos por um longo tempo após ver todo o seu patrimônio ir por terra, agora os moradores ainda precisam lutar para conquistar o direito básico a moradia ? parte das casas não foi sequer concluída ? e saneamento básico, já que o esgoto corre a céu aberto por entre as casas, onde famílias ficam expostas a doenças e incômodos como mau cheiro e presença de mosquitos.

Impressiona também a demora do poder público em se fazer presente no local, com obras relativamente simples, mas capazes de trazer um ganho incalculável em qualidade de vida para os moradores. É bem verdade que as construções ficaram a cargo de entidades, mas isso não impede que o município una esforços para fazer melhorias para os moradores da localidade, que também votam e pagam impostos.

A poucos meses de completar cinco anos da calamidade, esse tipo de registro é importante para não permitir que se esqueça dos dramas que as famílias atingidas ainda enfrentam e, da mesma forma, para manter a cobrança por qualidade de vida junto às autoridades. Afinal, para essas famílias vítimas da calamidade, a luta não acabou.

 

 

Edição 1495

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