Por Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Sandro Galarça

10/06/2008 00:00

Nunca a vida humana valeu tão pouco. Mata-se por um par de tênis usados, por 2 ou 3 reais ou por valor algum. Tirar a vida de alguém tem se tornado uma banalidade sem tamanho. Os culpados são muitos, como a violência urbana que cresce com o tráfico de drogas, a ausência de leis mais rígidas e o descrédito da população nos órgãos competentes. Some-se a isso uma indústria da mídia que investe milhões de dólares a cada ano em filmes e programas de violência e tudo isso será um prato cheio para atitudes que menosprezam o que deveria valer muito.
Semana passada, um bebê de apenas cinco meses caiu do interior de uma van especializada em transporte de crianças para as creches no município de Balneário Piçarras. Tudo bem que o motorista será indiciado e que as providências estão sendo tomadas pela polícia local, para averiguar a gravidade do fato e para evitar que negligências como essas voltem a se repetir.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, assistimos a atitudes de violência no trânsito que levaram à morte de inocentes; pais que atravessavam a faixa de segurança de pedestres, jovens que se envolveram em discussões sem maior importância perderam a vida de maneira cruel. Até quando isso vai se repetir ou até que ponto isso importa à sociedade?
Ficamos todos perplexos, também, sobre as denúncias dos últimos dias dos casos de pedofilia no norte do país, atitudes que revoltam mas não conscientizam e tampouco conseguem reduzir os casos de violência e abuso sexual contra as crianças e adolescentes em todo o Brasil. Perdemos os valores mais fundamentais, o respeito à vida e à dignidade do outro. Na verdade, o outro não vale nada, é apenas uma peça que pode ser facilmente manipulada e substituída na sociedade.

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