Por Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Sandro Galarça

24/06/2008 00:00

Está causando furor a nova lei assinada pelo presidente Lula, na última sexta-feira, sobre as novas punições a quem dirigir embriagado. A nova regulamentação prevê o tratamento de crime para os casos em que o condutor for pego embriagado ao volante, com qualquer teor alcoólico.
Há gente que vai argumentar que esta é uma medida por demais severa e que o triste quadro das mortes no trânsito só vai mudar quando houver conscientização. Vão dizer que não há nada em beber socialmente e que o exagero ao volante nem sempre está ligado à ingestão de bebidas, no que estão certos.
Por outro lado, muitos pais de família, muitas mães que perderam filhos e familiares no trânsito e por conta de atitudes irresponsáveis de embriaguez vão comemorar a punição mais severa a quem estiver a fim de beber e pegar o carro. As multas são pesadas, o direito de dirigir será suspenso por 12 anos e no caso de reincidência as medidas seriam ainda mais agressivas, tudo para coibir essa prática que é moda e que pega muito bem entre a juventude.
A função da Justiça, neste momento, é de buscar mecanismos que possam garantir a redução dos alarmantes índices de mortes nas rodovias federais, que crescem a cada dia. Cresce, também, a responsabilidade dos policiais, que terão a árdua tarefa de fiscalizar e orientar os motoristas sobre a proibição.
O fato é que boa parte dos condutores do país não estão prontos a viver com algumas liberdades e provavelmente não está maduro o suficiente para saber diferenciar o momento de ter responsabilidades do momento de ir à festa. E o problema, muitas vezes, não é a punição ou a impunidade, mas a prática social que legitima certas ações nem sempre éticas e morais na sociedade.

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