O novo deslizamento registrado na rua Anfilóquio Nunes Pires, no bairro Figueira, expõe a dificuldade de prevenção que afeta praticamente todo o Vale do Itajaí. Mesmo pontos que tiveram obras de contenção após a calamidade de 2008, como a BR-470 e a própria Anfilóquio Nunes Pires, voltam a sofrer com incidentes em períodos de fortes chuvas.
É bem verdade que a situação é causada por uma soma de fatores, que inclui ocupação indevida, excesso de fluxo de veículos em determinados pontos e fiscalização insuficiente para construções em áreas de risco. No entanto, a realidade mostra que o investimento em prevenção ainda é infinitamente inferior ao de recuperação, até mesmo por uma questão cultural.
Com o excesso de transtornos causados quando os problemas de ordem natural vêm à tona, sem falar no risco causado à população, a lição que deve ficar é de justamente inverter essa lógica e repetir o que ocorre em áreas como a saúde, em que o serviço de prevenção se torna muito mais vantajoso do que o de tratamento.
Edição 1518
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).