A novela da Ponte do Vale ganhou mais um capítulo na última sexta-feira, dia 14, quando a empresa Aterpa M. Martins anunciou a desmobilização da obra. A decisão não anula o contrato de construção, mas entrega o canteiro de obras totalmente para a Prefeitura de Gaspar, que deve ficar responsável pelo monitoramento até que as obras sejam retomadas, o que ainda não tem data para ocorrer.
Com a obra parada há mais de seis meses e sem ter qualquer perspectiva de desfecho para o caso, já que a liberação dos recursos federais ainda depende, segundo Zuchi, da aprovação de um projeto de lei no Congresso, a empresa está apenas tomando as atitudes que certamente foram adiadas ao máximo. O que impressiona é a demora em uma definição e também a letargia de deputados e senadores neste ano eleitoral, uma vez que projetos de baixa complexidade e que já circundavam a pauta antes das eleições permanecem tomados pela incerteza.
A construção da Ponte do Vale, que já serviu de parâmetro positivo durante a enrolada reforma da Ponte Hercílio Deeke, agora também acumula capítulos e descrença por parte da população. O resultado disso é o atraso cada vez maior na mobilidade do Vale do Itajaí - reflexos disso fatalmente serão sentidos durante mais uma temporada de verão - e a desconfiança da população com obras públicas, que não raramente se prendem a entraves e à morosidade existentes em determinados setores do serviço público. Uma força-tarefa para resolver os empecilhos e concluir a Ponte do Vale pode ser uma saída para ao menos amenizar esse quadro.
Edição 1641
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