Por João Vitor Costa, jornalista
O IBGE divulgou dados que mostram que o Brasil tem 16,4 milhões de pessoas que vivem em favelas ou comunidades urbanas. Em Gaspar cerca de 2% da população, ou seja, em torno de 1.400 pessoas moram nas favelas.
Esse número assustou muita gente, que diz que este dado oficial está equivocado, afinal, a Capital Nacional do Moda Infantil não possui favelas e sim comunidades urbanas, localidades que ficam em pontos estratégicos como Óleo Grande, Sertão Verde, Barracão, Bateias, Distrito do Belchior e Gaspar Alto, e até mesmo em bairros como Santa Terezinha e Sete de Setembro.
Estas comunidades estão muito relacionadas à crise migratória e aos lugares que se encontram. Hoje, Gaspar possui mais de 45 entradas e saídas para Blumenau, Itajaí, Luiz Alves, Brusque, entre outras… também não imagina-se que os serviços públicos como assistência social, educação e saúde não chegam neste lugares, e que moradores precisem literalmente atravessar o município para utilizar estes serviços básicos. Além de enfrentam diariamente a injustiça social, como falta de emprego; saúde precária, falta de transporte coletivo e condições de habitação deploráveis, devido a falta de oportunidades.
Como entusiasta da cidade, espero que as verdadeiras transformações sociais, econômicas e políticas cheguem a estas localidades, fortalecendo a sociabilidade, cultura e dando a esperança de uma vida mais digna para essa população, que muitas vezes é marginalizada e enquadrada em estereótipos que não fazem mais sentido em 2024.
Para mudar, esta situação que para muitos é apavorante, é preciso inicialmente considerar os dados do IBGE que são de extrema relevância para os órgãos competentes e para o planejamento da cidade. Por fim, colocar em prática políticas públicas concretas são imprescindível para o crescimento e desenvolvimento que tanto se almeja.
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