A notícia da aquisição do antigo prédio onde funcionava o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), na Rua Coronel Aristiliano Ramos, no Centro de Gaspar, para instalações da sede própria da Biblioteca Pública Municipal Dom Daniel Hostins merece destaque entre as ações do poder público municipal neste início de ano. Como entusiasta da cultura, conhecedora do potencial da leitura para a promoção do desenvolvimento humano e usuária do espaço desde os tempos de colégio – quando a Internet era algo ainda distante e a biblioteca, ponto obrigatório para a realização de pesquisas escolares - comemoro a informação com alegria e expectativa.
Ainda que haja quem possa questionar o valor investido para adquirir o imóvel – “R$ 1,8 milhão através de leilão arrematando o prédio com o preço mínimo”, de acordo com informações divulgadas pela prefeitura – destaco a importância de investimentos na cultura e educação, especialmente em tempos de celebração da anti-intelectualidade. Claro que uma biblioteca, assim como qualquer lugar que reivindica o título de “espaço cultural”, não se faz apenas de prédio e estrutura, mas principalmente de ações. Por isso, esperamos que a nova casa seja apenas o pontapé inicial para o fortalecimento das atividades de difusão da leitura.
Desde que iniciou o atendimento à comunidade, em 1975, no Coreto Municipal, em frente à prefeitura, a Biblioteca Pública Municipal colecionou ao longo dos anos diversos endereços. Transferiu-se de um espaço improvisado no Clube Alvorada para residências adaptadas e prédio comercial do Gassic. Em 2007 passou a funcionar em prédio alugado nos fundos de estacionamento próximo à prefeitura, onde se encontra até hoje. Embora esteja na área central da cidade, a existência do espaço – seu acervo, serviços e possibilidades - ainda são desconhecidas por muitos moradores do município.
O novo prédio reservado à biblioteca na principal rua comercial da cidade, que passará por reformas em breve e abrigará ainda o Arquivo Histórico e a Diretoria de Cultura, promete não só maior visibilidade e acesso a este importante instrumento, como promoção e divulgação da leitura e da cultura. Afinal, em mais de 40 anos de atividades, é a primeira vez que a Biblioteca Municipal terá uma sede própria. Este é um feito a ser comemorado.
Magali Graciola Moser, via e-mail
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