"Cumpri o meu dever." Foi assim que o sargento Márcio Alves resumiu a ação na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, em que 12 crianças e o atirador morreram. Segundo ele, Wellington Menezes de Oliveira foi baleado e, depois de ferido, se suicidou.
"Cheguei já estava ocorrendo os tiros. No segundo andar, encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma na minha direção, foi baleado, caiu na escada e cometeu o suicídio", contou Alves, que lembrou ainda que o atirador usava um cinturão com munição.
Chamado de herói pelo governador Sérgio Cabral, ele disse ainda que, pai de filhos nesta idade, o sentimento é de tristeza pelas vítimas e pelos alunos que presenciaram o ataque. "Se eu tivesse chegado cinco minutos antes, teria evitado", ponderou ele, que tem 18 anos de polícia.
"Depois de tudo, teve uma criança que me agradeceu muito. Ela me abraçou e me deu um beijo", lembrou Alves.
Cabral agradece sargento
O governador do Rio, Sergio Cabral, disse que o massacre na escola em Realengo só não foi maior pela ação de um herói da Polícia Militar e uma heroína da escola. "Gostaria de agradecer ao herói, o sargento Alves, que estava participando de uma operação, a dois quarteirões, do Detro junto com o BPRV. E o sargento Alves foi convocado por dois meninos", disse Cabral, que elogiou ainda a professora que mandou os estudantes procurarem ajuda.
Segundo Cabral, a primeira pessoa com quem o atirador falou ao chegar à escola foi uma professora. "A professora da sala de leitura conversou com ele e o reconheceu. Pediu um instante e ele cometeu essa covardia contra crianças inocentes."
O prefeito Eduardo Paes também agradeceu a atuação policial em Realengo. "A gente está diante de uma tragédia que podia ser muito pior se não fosse a ação de um PM, um herói que atingiu esse criminoso e conseguiu impedir que ele continuasse esse massacre aqui. Quero agradecer às forças policiais", disse.
fonte G1
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Ao menos 11 crianças morrem em atentado em escola no Rio
Segundo as primeiras informações de policiais militares e oficiais do Corpo de Bombeiros, 11 crianças morreram e 22 ficaram feridas após o atentado na escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste, do Rio. O homem que entrou no colégio atirando também morreu. A Secretaria Estadual de Saúde confirma que dez pessoas morreram, nove meninas e um menino, entre 12 e 14 anos.
O homem, que foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, e que seria ex-aluno da escola, invadiu uma das salas de aula atirando.
Segundo o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, todas as crianças foram atingidas no tórax, abdômen e cabeça, áreas consideras vitais, o que indica que o atirador tinha intenção de matar.
- Eu não esperava na minha vida um momento como esse. Médicos que não estavam de plantão vieram e estão no centro cirúrgico.
Dos 22 feridos, pelo menos quatro estão em estado grave.
Wellington teria tentado fugir, mas foi interceptado por policias que faziam uma operação na região. Ele estaria com duas armas e teria se suicidado após fazer os disparos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, cerca de 1.000 alunos estudam na escola, dos quais 400 no turno da manhã, do 4º ao 9º ano, com idades que variam entre 9 e 14 anos.
O morador Evaldo Machado, que estava na janela de casa, próximo à escola, contou como foi a situação.
- Eu estava tomando café na janela quando vi uma correria de várias crianças saindo da escola. Eu contei pelos menos 13 feridas. Elas foram retiradas em carros particulares.
Por volta das 9h30, centenas de pessoas estavam aglomeradas na porta da escola. Policias isolaram a área e várias ruas no entorno estão fechadas.
Dois helicópteros da Polícia Civil foram ao local para ajudar no resgate às vítimas.
O prefeito Eduardo Paes chegou à escola por volta das 10h.
Segundo investigadores da Polícia Civil, o homem estava com colete à prova de balas, usava roupa preta e luva. Na carta deixada por ele, havia menções ao Islamismo e tinha referências às práticas terroristas.
fonte R7
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