Acordo com a China pode diversificar mercados, avalia FIESC

14/04/2011

O anúncio de que a China vai importar carne suína brasileira foi a boa notícia do primeiro dia de reuniões da missão brasileira à China na segunda-feira, dia 11. O presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Alcantaro Corrêa, que integra a delegação empresarial da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), destacou a importância da notícia. "Esse é um primeiro passo fundamental para nossa agroindústria, pois representa uma oportunidade de diversificar os destinos das vendas da carne catarinense, que tem status sanitário diferenciado. Especialmente porque a China tem forte potencial de crescimento no consumo nos próximos anos", disse Corrêa.

A carne suína é o quinto item da pauta de exportações catarinenses, com embarques de US$ 316 milhões em 2010, tendo como principais destinos a Ucrânia (US$ 58 milhões), a Rússia (US$ 46 milhões) e Cingapura (US$ 37 milhões). As exportações catarinenses corresponderam a um quarto do total nacional, que foi de US$ 1,3 bilhão. Dinamarca, Canadá e Estados Unidos foram os três principais países a vender carne suína para a China no ano passado.

Num primeiro momento estão sendo autorizados a exportar para a China três frigoríficos brasileiros, conforme informações repassadas ao ministro da Agricultura Wagner Rossi, mas o setor espera ampliar o número de plantas fabris autorizadas a exportar em breve.

Durante a reunião do Conselho Empresarial Brasil China, realizada na segunda-feira, dia 11, ficou claro que o país asiático tem forte apetite não só para exportar, mas também para investir para produzir no Brasil, especialmente nos setores de minério e alimentos, relatou o diretor de relações industriais e institucionais da FIESC, Henry Quaresma. Participaram do encontro 20 representantes de cada lado, com destaque para companhias dos setores de mineração e de metais da China e empresas brasileiras como Bradesco, Brasil Foods, Embraer, Odebrecht, Suzano e Vale.