Brasil avança no combate ao tabagismo - Jornal Cruzeiro do Vale

Brasil avança no combate ao tabagismo

18/04/2011

Nos últimos cinco anos, proporção de fumantes na população geral caiu de 16,2% para 15,1%, com redução mais expressiva entre os homens. Uso abusivo de bebida alcoólica aumentou entre as mulheres, de 8,2% para 10,6%

Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o Brasil dá mais um passo na luta contra o tabagismo. Entre 2006 e 2010, a proporção de brasileiros fumantes caiu de 16,2% para 15,1%. O percentual representa uma redução expressiva em relação ao índice de 1989, quando a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (PNSN), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou 34,8% de fumantes na população.

O avanço mais expressivo ocorre especialmente entre os homens, que em geral fumam mais do que as mulheres. Na população masculina, o hábito de fumar caiu de 20,2% para 17,9%, entre 2006 e 2010. Entre as mulheres, o índice continua estável em 12,7% no período. Pessoas com menor escolaridade (0 a 8 anos de estudo) fumam mais (18,6%), em relação às pessoas mais escolarizadas (12 anos e mais), que fumam 10,2%.

Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), que entrevistou 54.339 adultos, residentes nas 27 capitais. O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP).

?O Brasil é um exemplo para o mundo no combate ao tabagismo. Medidas regulatórias, como a proibição da propaganda de tabaco e advertências nos maços de cigarro, são muito efetivas e explicam esta importante redução no consumo do cigarro no Brasil?, afirma Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.


PROMOÇÃO DA SAÚDE ? As ações do governo brasileiro seguem o que preceitua a resolução da Assembleia Mundial da Saúde, de 2000, que recomenda prioridade dos governos à prevenção e controle de doenças não transmissíveis, numa estratégia baseada em três pilares: vigilância, prevenção primária e sistemas de saúde fortalecidos. No Brasil, foi instituída, em 2006, a Política Nacional de Promoção da Saúde, cuja rede nacional conta hoje com a participação de 1.506 municípios de todas as regiões.

As ações incluem o acesso da população aos serviços de saúde, especialmente os de prevenção, prestados pela atenção primária, e a garantia de acesso gratuito a medicamentos para hipertensão e diabetes, que a partir de 2011 estão sendo distribuídos gratuitamente pela rede aqui tem farmácia popular

Para o segundo semestre deste ano, o Ministério da Saúde está elaborando um plano de ação de doenças crônicas não transmissíveis, que será apresentado em reunião convocada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), para setembro. Antes disso, o plano será apresentado a setores.

 

fonte Adjori/SC

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