Transporte aéreo ajuda a salvar vidas em Santa Catarina - Jornal Cruzeiro do Vale

Transporte aéreo ajuda a salvar vidas em Santa Catarina

20/06/2011

Transplante de órgãos é uma operação delicada, que exige rapidez para poder salvar vidas. Para garantir a agilidade necessária, os pilotos oficiais do Governo do Estado ficam de sobreaviso 24 horas por dia. Uma tripulação composta por dois comandantes, um co-piloto, um médico e um enfermeiro transportam os órgãos que, ao chegar aos hospitais, vão oferecer uma nova oportunidade de vida a alguém. Até o mês de maio deste ano, a estatística de vôos com essa finalidade quase superou o total de atendimentos aéreo do ano passado. Em 2010, foram 14 atendimentos, sendo que apenas até o mês de maio de 2011 já foram totalizados 10 vôos para o transporte de órgãos.

?Órgãos precisam de um transporte ágil, pois possuem pouco tempo de conservação, por isso o Estado deixa um avião disponível para qualquer atendimento nesse transporte, o que facilita a chegada com segurança e eficiência no destino?, informa o coordenador de transporte aéreo da Casa Militar do Governo, major Edmilson Lopes. O transporte aéreo coordenado pelo Estado é uma das ações que contribuiu para dar destaque a Santa Catarina no ranking de doações de órgãos.

Conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, até o mês de maio de 2011 a SC Transplantes alcançou a média de 20,8 doações por milhão de habitantes, enquanto a média nacional é de 8,7 doações, para o mesmo período. Os números são resultados do investimento na capacitação constante de coordenadores hospitalares de transplantes, responsáveis pela mediação entre a família de potenciais doadores e toda a estrutura necessária para concretizar o processo.

Devido a esse quadro positivo e à velocidade na possibilidade de transplantes, Santa Catarina acabou virando primeira opção para a espera de um novo órgão. ?Mas há duas condições para que uma pessoa se candidate a um transplante: ela só pode estar inscrita na lista de um hospital e morar num raio de até 60 quilômetros do local onde ocorrerá a cirurgia?, explica coordenador estadual da SC Transplantes, Joel de Andrade.

Em 2004, o número de doadores era de sete por milhão de habitantes, o equivalente à média brasileira. A mudança desse quadro aconteceu depois que coordenadores da central de transplantes colocaram equipes especializadas em captação de órgãos nos hospitais. A medida aumentou consideravelmente a identificação de órgãos adequados para doação. Em 2010, o índice de captação no Estado foi de 17,7 doações por milhão de população (p.m.p), o segundo melhor do país para o ano. Segundo Andrade, o crescimento nas doações deste ano, comparado ao mesmo período no anterior, está relacionado à gestão eficaz do modelo público, à solidariedade da população catarinense e com o trabalho desenvolvido pelas equipes multidisciplinares envolvidas.

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