O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

23/11/2010 08:24

Bimo campeão I
Parabenizo todos os envolvidos no Campeonato Municipal de Futebol Suíço, organizadores, imprensa, patrocinadores, seguranças, PRE, PRF, torcedores e as 36 equipes participantes com seus atletas. Foi um belíssimo espetáculo para o esporte, que movimenta muito nossa cidade e região. Parabéns a família BIMO pelo Bi-campeonato, demonstrado pela união e o carinho de todos. E fica a certeza de um campeonato em 2011 ainda mais disputado e equilibrado.
Rodrigo Althoff | Gaspar

Bimo Campeão II
Parabéns a Estamparia Bimo por mais esta conquista. Parabéns para o Jornal Cruzeiro e a equipe Cruzeiro No Esporte pela belíssima cobertura e principalmente parabéns a todas as 36 equipes, seus dirigentes e patrocinadores pois sem vocês não haveria este grande espetáculo.
Ciro Andre Quintino | Gaspar

Cidadã Honorária
Achei uma justa e merecida homenagem a concessão do título de cidadã honorária para a tia Cora Bridon dos Santos. Uma tia que ao longo de sua vida foi um exemplo de cidadã, de mãe, de esposa, de educadora!
Luiz Orlando Poli | Florianópolis

Região Metropolitana
Lendo a reportagem sobre a implantação do transporte coletivo na cidade de Ilhota me lembrei da criação da Região Metropolitana. Como anda e por onde anda este projeto? Com a criação da região metropolitana, vários serviços seriam prestados à população dos municípios integrantes, várias entidades sociais estariam representadas, sem ônus para o estado, teríamos um canal aberto para captação de recursos, sem a ¨interferência política paroquiana¨. Não seria uma boa hora para o próximo governador, que sempre se posicionou contra as SDRs, que gerou um enorme cabide de empregos, voltar ao assunto? Analise e cobre, isto é o mínimo que o eleitor precisa saber.
Odir Barni | Gaspar

Copa Kart I
Corridas são corridas e a final da Copa Kart Chicletinho não aconteceu como a coluna Campo Neutro previu, mas foi uma grande corrida. Me sagrei campeão! A todos que acreditaram e apostaram em mim, meu muito obrigado. Nem sempre tudo está perdido. Abraço e obrigado por divulgar e acreditar no nosso esporte.
Hoan Carlos Joaquina | Gaspar

Copa Kart II

Foi uma pena que apenas um dos três pilotos que estavam na briga direta pelo título saiu vencedor, pois ao longo da temporada todos se mostraram capazes de ficar com o troféu deste ano. Mas como toda competição, apenas um sai vitorioso, e como mencionado na matéria publicada pelo Jornal Cruzeiro do Vale, a sorte foi uma grande aliada. Parabéns a todos os corredores.
Jonas Jennrich | Blumenau

Fórum de Gaspar
Gostaria de fazer um registro: a doação do terreno para a futura ampliação do Fórum da Comarca de Gaspar ocorreu em 2008, atendendo ao pedido do Dr. Sérgio Agenor de Aragão, que a época procurou o Poder Público municipal e solicitou esta doação.Desta forma encaminhamos um projeto de lei para ser aprovado junto a Câmara de Vereadores, depois de aprovado, fizemos o desmembramento, por fim a escritura em nome do TJSC. Também participaram desta negociação dois ex-secretários municipais.
Adilson Luis Schmitt | Gaspar

ARTIGOS



Juventude

?Há uma coisa que me espanta na nossa juventude: É a falta de juventude que existe nela?. O tema juventude deve urgentemente ser foco das atenções dos gestores públicos (federal, estadual e municipal), através de ações governamentais concretas, pois ?o governo que não investe na sua juventude está a hipotecar o futuro?, porém constata-se de que além de haver poucas políticas públicas e programas que resultem eficientes para os jovens, a juventude frequentemente não têm vez e voz no desenho e implementação de programas e projetos que os afetam (faz-se imprescindível haver mais integração, estabelecimento de prioridades e maior reconhecimento da diversidade de necessidades entre os jovens).?A juventude deve ser domada com a razão, não com a força?. Atualmente se busca fixar diretrizes que guiem e levem à concretização de uma política nacional para a juventude, sendo que o desafio fundamental é fazer com que diminuam as lacunas entre as demandas dos jovens e a competência para apresentar respostas por parte da sociedade e dos poderes públicos, garantindo maior eficácia e efetividade aos programas e políticas públicas, porém constata-se da necessidade indispensável de participação ativa da sociedade nesta tarefa de apresentar ?soluções? para os mais variados temas atinentes aos interesses da nossa juventude, pois ?a juventude é um privilégio que passa com o tempo?.
?Angustia-me ver a como vive a juventude moderna?. Lamentavelmente, são fontes frequentes de preocupação as informações que confirmam o envolvimento significativo de jovens em violência, no alto índice desemprego (a área do trabalho carece de políticas estruturais e continuadas, resumindo-se não raro a uma série de programas e projetos emergenciais e focais), no baixo desempenho escolar (a necessária expansão da aprendizagem qualificada para enfrentar as demandas do mercado de trabalho e da vida), o alastramento das doenças sexuais transmissíveis e o consumo e dependência de drogas, além das exclusões de oportunidades de lazer e de formação cultural e política, confirmando um triste prognóstico para a juventude brasileira. ?O erro, na juventude, deve ser um aprendizado?.
?O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu caráter?. O jovem deve ter o compromisso de ter o pensamento crítico e ações criativas para ocupar papéis na produção econômica e na vida política em nosso país, pois ?a juventude não é uma época da vida, é um estado de espírito?.
Jovem, aproveite a força e a beleza da sua juventude e faça a diferença.

Prof. MARIOLY OZE MENDES


VIDA BESTA ? Patrícia Caroline


Depois daquele domingo inútil e perdido. Depois dos gols da rodada, não restava mais muito tempo. Era mais um domingo chegando ao fim. A crise, que inquietou Otávio, não tinha mais espaço em seus pensamentos, tomados agora pelos afazeres do dia seguinte. Marina já adormecia no lado direito da cama. Deitou-se. Bunda com bunda, ilustrando muito bem a abundante vida sexual do casal. Apagou a luz. Apagou a tela da televisão. Apagou da memória qualquer coisa que ainda o incomodava.
6:30h. O celular tocou, vibrou, despertou Otávio e Marina, a qual se remexeu, apenas trocando de lado no travesseiro balbuciando:
- Tá na hora! Chama primeiro a Paty, senão já sabe... Vão atrasar de novo.
Cambaleante levanta e antes de ir para o banheiro, bate no quarto da filha:
- Vamo-lá, Paty! Tá na hora!
Mais alguns passos, dirige-se ao quarto ao lado e com três fortes batidas, segue o mesmo protocolo:
- Levanta Nick, vamô lá!
Ela nem ouviu direito o que o pai tinha dito. Não precisava. Sabia que era hora de sair da cama.
- Uiiixxx! Q saco! Murmurou? Pensou? Nem sabia ao certo. Ainda não estava conectada. Ainda nem tinha aberto seus olhos. Mas a frase foi puro reflexo, vinha naturalmente a mente, ou a boca, sempre repetida na presença, ou não, do pai.
Levanta-se contragosto. Num gesto automático, pega o celular no criado-mudo e olha se nenhuma mensagem ou ligação perdida estavam registradas no display do aparelho. Nada. Mesmo passando apenas pouco mais de cinco horas, desaponta-se. Nenhum boa-noite de Lipe.
Pula da cama. Tira a camiseta-camisola e a calcinha-cansada. Abre o guarda-roupa. Calcinha pequena, sutiã. Uniforme: calça justa e camisete com a logo do colégio. Veste-se. Calça as meias e o Nike Backboard colorido e reluzente. Banheiro, porta fechada.
- Nick, abre essa M.
- Espera P., nem mijar eu posso? Q Saco!
- Que esporro é esse? Olha a boca! Vão começar a desfiar o rosário logo de manhã?
- Foi mal pai! É essa estressadinha q já começa cedo. Responde o irmão mais novo ao pai que descia as escadas da casa.
Paty entra no banheiro e bate a porta com força. Um batida forte e grave, contrapondo-se a melodia aguda dos pássaros que se esgoelam lá fora, fazendo festa para o sol que brilha e inunda a casa com toda sua luz.
A luz que entra pela pequena janela do banheiro e reflete nos cabelos dourados daquela adolescente de 15 anos. Os mesmos cabelos que agora são aquecidos pela prancha, que estica e alisa as madeixas da moça - 15 minutos. Lápis delineiam os grandes olhos castanho-esverdeados. Alonga os cílios; rímel, sombra. + 10 minutos. Base; blouche. + 5. Batom...
- Patrícia Caroline, desce logo, o café tá na mesa. E em 10 minutos estamos saindo.
- JÁ VÔ! Q SACO!
Deixa a boca para depois do café. Passa no quarto e enfeita-se. Orelhas, pescoço, pulso dedos, sem contar o tornozelo já adornado pela correntinha de estrelas e de lua, de prata, como todo o resto. Tsss, tssss, tisss, tisss. Perfuminho básico e saí correndo do quarto.
- Ai, a bolsa. Onde eu deixei? Vamo ve. Sexta eu coloquei onde mesmo? Taqui,  embaixo da cama. Se fosse uma cobra...
-Que demora hein? Tá lôco!
- Q q vc quer. Semana de prova. Tenho q ver tudo antes, né!
- Tá bom desculpa! Quer um misto-quente com vitamina de morango? Acabei de fazer.
- Não! Só sucrilhos  com iogurte.
- Não tem sucrilhos. Acabou e sua mãe esqueceu de comprar.
- Nunca tem nada pra comer nessa casa. Q saco!
Depois disso, um pouco atrasados, para variar, lá se vão todos eles, a bordo do sedan importado, em direção ao colégio. Todos muito bem alimentados, com exceção da Paty, que está com a barriga vazia. Que bom se fosse só a barriga... Batom em punho, no espelho do quebra-sol, ela contorna cuidadosamente os lábios. Um buraco...
Cuidado aí pai. Q SACO!

Michel Jaques - michel.jaques@yahoo.com.br

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