O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

Postos de Saúde
É ótimo termos um posto de saúde nos bairros, porém nem sempre conseguimos o serviço desejado. Pois por cinco vezes levei meu filho para tomar uma vacina na data agendada pelo posto, e destas cinco, três não consegui vacinar. Uma porque a vacina seria até às 16h, sendo que o posto funciona até às 17. Outra porque foi feito a troca do ar-condicionado na parte da manhã, e o dia todo não pode dar vacina, e a pior, porque deram o dia de folga para a responsável da vacina. Todos que chegavam, eram orientados a voltar no dia seguinte. Mas como pode acontecer, afinal o agendamento é justamente não ocorrer desencontros de horários, afinal nos programamos em nosso emprego para poder sair naquele dia e horário e conseguir ir até o posto de saúde.  E aí? Como pedimos para sair no dia seguinte?
Mesmo assim, sempre fui tratado com educação pelos profissionais do PSF do Santa Terezinha. Obrigado
Adilson José Krauss | Gaspar

Ao seu controle
O mundo vive recentemente uma polêmica e desconcertante mobilização contra e a favor do controle da internet, controle que visa o conteúdo e não acesso, que bem sabemos ainda é bem restrito em alguns importantes pontos do mundo, o que nos inclui em peso, considerando nossa importância econômica atual.
Um pequeno movimento conservador ganhou notoriedade, a partir de um projeto de lei elaborado por um representante político dos Estados Unidos. Projeto esse que visa obter maior controle sobre os conteúdos s. Alguns países já restringem o controle da internet, porém nada até o momento causava tanto espanto e indignação. Afinal, o mesmo parecia ser algo um tanto inconcebível para o país que representa com uma estátua emblemática, seus princípios libertários do século passado e que mantém sob seu domínio os dados de praticamente todo tráfego mundial da rede.
A prisão de um dos maiores empresários desse novo modelo de negócio no mínimo nos dá uma pequena dica de que esse movimento pode não ser tão frágil ou longínquo do nosso cotidiano. Embora o discurso assumido e mais visualizado seja o referente à pirataria e outros considerados crimes virtuais, porém chamamos a atenção para um outro lado desse movimento. Vários investigadores latinos americanos das ciências sociais divulgaram um relatório pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe e Organização Internacional de Juventude, que demonstra que o domínio da internet é atualmente o único ?poder efetivo? que a maioria dos jovens dessa região experimentam, quando têm o seu devido acesso. Em outras palavras, frente a todas as incertezas cotidianas dos jovens, os mesmos encontram uma ?certa segurança? quando estão na internet.
Essa ilusão de poder obtida pelo imediatismo da internet se expressa quando eles optam em ?estar invisíveis-visíveis? nas redes sociais, programas de conversa instantânea, sites informativos ou mesmo de vendas de produtos. A maioria dos jovens encontra no acesso certa sociabilidade que garante uma zona de conforto, em que possam ser visíveis para a sociedade. A maneira com que fazem isso já é outro tema. Tanto real se define essa nova organização social, que os jovens não conectados, estão cada vez mais ?invisíveis? frente à sociedade em geral e entre si mesmo. Se expressar, é a ordem obtida através de milhares de ?janelas virtuais? que permanecem abertas, ao mesmo tempo em que fazem downloads de conteúdos de seus interesses, ouvem música, conversam ou buscam informações. Essa possibilidade possui uma forma de ilusão de poder, de vantagem frente aos demais que não a possuem ou a ignoram. Uma vez formado o ciclo, quebrá-lo é extremamente frustrante, não é algo que nos damos conta por si só. O conectar se torna uma extensão dos pensamentos, sobre a possibilidade de igualdade versus personalidade coletivas, que cada um dos diferentes encontra, para que de alguma forma faça uma ?atua? frente a seus ideais e parceiros.
Afinal, não é a aparelhagem que define os limites de uma quebra nesse ciclo, e sim o alcance da experiência que fica no simbólico coletivo e individual. Os usuários de internet, especialmente os mais jovens, já não fazem a ?translação? entre os mundos, virtual-palpável. Um é continuação do outro e vice-versa. Mesmo aquele que possui caráter ?performático virtual?, que pode não representar a realidade em si! Essa não translação do ?atuar? é a demonstração perfeita do poder que se pode manejar frente à internet. Desligar o aparelho não necessariamente representa se desligar do virtual, que permanece em seus pensamentos. Para essas novas gerações conectar, não é algo opcional, é necessidade para os que possuem e necessidade exigida pelo grupo que permanece a mercê. Nesse contexto, controlar a internet, seja qual for o argumento, é via direta para exercer poder sob a ilusão de poder performático dessas novas gerações. Frente às possibilidades políticas desse controle, isso pode significar um perigo eminente, controlar a performa virtual-palpável (real) seria uma das utopias dos que aspiram poder desde os tempos remotos. Lamentavelmente não criamos ainda nenhum sistema político, ou algo similar, que possa seguramente frear um possível mau uso desse tipo de mecanismo, não importa se suas bandeiras são de comunistas chineses, guerrilheiros do oriente, latinos ou africanos, ou como costumamos chamar, democráticas sociedades desenvolvidas.
Victor Caglioni| Gaspar

Acidente fatal
Sou a filha do José Maurício Maier, que morreu após se envolver em um acidente e passar 80 horas na UTI. Não consigo acreditar que aconteceu isso com o meu pai, eu sou a filha mais nova dele. Eu amava ele tanto que sábado à tarde fomos pescar juntos, ele estava tão feliz, mas no outro dia, ocorreu o acidente, porém todos falavam que não era grave, porém na quinta- feira às 00:55 da madrugada meu pai veio a falecer. Vocês não imaginam como é o sofrimento de perder um pai.
Mirielli de Lima Maier | Gaspar

Edição 1359