O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

Leitura

Sou professora de Língua Portuguesa do Colégio Honório Miranda e, ao desenvolver uma atividade que envolvia diversas temáticas, a qual uma delas era sobre o incentivo à leitura, surpreendeu-me o texto escrito por um aluno do 2º ano do ensino médio 4, do período matutino, demonstrando que nossos jovens leem e gostam de ler. Muitas vezes nos deparamos com alunos conectados ao mundo virtual e pensamos: ?eles não querem mais ler, apenas teclar?. Ledo engano. Temos grandes leitores e, por que não dizer, grandes escritores. É importante que seja divulgado, principalmente pela mídia impressa, para que outros se sintam à vontade para escrever também. Segue o texto na íntegra do aluno:

Incentivo à leitura

Por Leonardo Clemente

Por que ler? Por que passar três horas na frente de um monte de folhas? Pois bem, colega leitor, se você não consegue ler um texto por mais de cinco minutos, peço-lhe encarecidamente que leia o próximo parágrafo. E se não sentir vontade de continuar lendo, se não sentir alguma semelhança, eu entenderei. Ao menos tentou.

Eu nunca fui de ler muito, nunca me vi lendo um livro. Eu já leio as conversas do MSN, passo horas nas redes sociais e em blogs. Para que ler um livro? Então, em um dia de aula normal, apareceu uma nova professora de português e de cara pediu a resenha de um livro, que iria valer 60% da nota. Óbvio que protestei! Ninguém iria me obrigar a fazer nada, ainda mais ler! Mas não teve jeito, tive que fazer. Então caminhando, voltando do colégio em um dia nublado, estava eu com o notebook e o celular, ambos sem bateria suficiente. De repente uma chuva estrondosa começa a cair. Então, correndo, avisto uma enorme figueira. Resolvo me abrigar embaixo. Sentei e fiquei com o notebook e o celular, já sem bateria. Então, vi o livro no fundo da mochila. Disse a mim mesmo: Não vou ler isso! Mas depois de aproximadamente uma hora, a chuva não diminuiu e decidi me render ao livro.

Comecei a ler sem muito entusiasmo, assim que conheci os personagens, suas histórias e suas características, um mundo novo surgiu em minha mente, cheio de aventuras e mistérios.

Depois de duas horas a chuva havia passado e o sol voltava a brilhar como em uma manhã de verão. Em vez de levantar-me e ir embora, fiquei ali lendo e sonhando.

Caro leitor. Se você chegou até aqui, dê uma chance a um livro, porque os livros são as portas para os nossos sonhos. Então leia e sonhe!

Liliana Michela dos Santos | Gaspar

Ataques em SC

Será que o governador vai tampar sol com peneira por muito tempo? Estamos em estado de alerta e ele vem dizer que está tudo sob controle. Está na hora de parar com rivalidade política e admitir que não está dando conta. Pedir ajuda não é feio. Feio é isso que aconteceu. Afinal, para que temos Exército se não para nos defender?

Schirlei Maria de Souza Teske | Gaspar

Reajuste da tarifa de ônibus

Parabéns ao Jornal Cruzeiro do Vale. Grande alerta à população. Três reais a passagem de ônibus! Preço mais caro que várias capitais do país. É justo ao povo de Gaspar? Fazendo uma conta rápida, levando em conta 26 dias de trabalho ida e volta, o trabalhador gastará R$ 6 x 26 = R$ 156!

Gastando aproximadamente 25% do salário mínimo, sendo que o governo nos aconselha a não comprometer mais de 30% da renda. E aí, como fica o restante?

Por esse preço se financia uma moto 100 cilindradas. Levando em conta o investimento, a agilidade e o fato de poder usar para qualquer necessidade além do trabalho!

Welligton Carlos Laurentino (Lélo) | Gaspar

Nuances políticas

Questionando um vereador que aprovou o aumento do número de vereadores no município, e que hoje luta pela construção de um prédio novo, moderno e amplo para o Legislativo municipal, se não teria sido mais importante contratar médicos qualificados por meio de salários mais atrativos para atender às necessidades da população do município.

Ele me respondeu que tinha conhecimento da falta de raio-x, de ortopedistas e de pediatras, mas que isto é um fato corriqueiro e que acontece no país inteiro.

Fato corriqueiro, senhor vereador?

Será que é por que o alto escalão do governo não é obrigado a usar o serviço público de saúde, que carecemos de uma gestão menos burocrática e mais voltada para o povo?

Por favor, olhem para baixo porque somos nós que pagamos os impostos que pagam os seus salários. Para que vocês atendam às nossas necessidades coletivas. Que antes de vestir terno e posar de autoridade, que vocês se coloquem no lugar de vocês! Legislar pelo povo e para o povo.

Exigimos prioridades, não ostentação.

Queremos profissionais qualificados com salários dignos da prestação de serviço que estendem à comunidade.

Gaspar pode se tornar uma grande referência na qualidade do serviço de saúde do município. Basta que se reduza o número de cargos comissionados, que se enxuguem as extravagâncias com os desperdícios, que elabore um plano de governo realmente voltado para o povo.

Do governo a gente esperta isso: nem mais, nem menos.

Odete Fantoni | Gaspar


Edição 1443