Senhor editor,
Gaspar, Ilhota e Luis Alves podem cair no esquecimento...
Venho por meio desse espaço pedir a todos vocês que ajudem estas cidades afetadas pelas chuvas. Como não há emissora de televisão local, estas três cidades poderão ficar esquecidas.
Em Blumenau temos a Ric, que pra ficar registrado vem desempenhado seu papel de forma muito competente, e a RBS que faz a mesma coisa a vida toda num sistema de informação quase robótico, só fala de Gaspar se houver homicídio. A outra cidade que está muito na mídia é Itajaí, pois seu porto comprometido vai gerar um prejuízo grande aos ?grandes?.
Estas duas cidades, Blumenau e Itajaí, vão estar na mídia e vão se recuperar rapidamente. Agora as cidades menores que foram totalmente assoladas, como é caso de Ilhota que até o momento, já foram registrados 32 mortos,e em Gaspar já são 15 mortos. Alguém pode pensar: mas em Blumenau morreram 22! Bom, Blumenau tem 296.151 habitantes, Ilhota tem 12 mil, a proporção da dimensão da tragédia deve ser medida dessa forma.
Assim se percebe que numa cidade que tem aproximadamente 12 mil como é caso de Ilhota, 0,4% da população morreu quando em Blumenau não chega 0,01%. Não deixem de ajudar todas as cidades do vale, mas lembrem-se de Gaspar, Ilhota e Luis Alves.
Obrigado,e que Deus os proteja.
Wilson Pereira Júnior
Gaspar
Senhor editor,
Venho agradecer ao prefeito da nosa cidade e o pessoal do Corpo de Bombeiros, Exército, Defesa Civil, policiais que trabalharam em nossa cidade pois hoje tenho meu irmão perto de mim. Ele estava no baú e foi salvo pelo helicóptero, ele está em minha casa no Belchior, perto da BR-470, mas acabei perdendo amigos que moravam no Baú e a unica coisa que existe de errado, nossa cidade e a cidade de Ilhota serem tão desprezadas pelas imprensas de fora. Obrigado por nos manter informados. Sabemos que vai ser difícil reconstruir as coisas em nossa cidade, mas não será impossivel.
Katia Aparecida Bauler
Gaspar
Senhor editor,
Quero parabenizá-lo pela excelente cobertura de toda essa tragédia que assola nossa querida Gaspar. Aqui de Piçarras estou consternado com o povo gasparense.
E essa foto da explosão do gasoduto é uma coisa de louco. O sol da meia noite. A visão do inferno. Continuem sempre avante.
Sucesso. Forte abraço.
Edson Luiz da Costa Senhor editor,
Balneário Piçarras
Nota esclarecedora
O Parque Aquático Cascanéia vem por meio deste esclarecer o que realmente aconteceu entre os dias 22 e 25 de novembro de 2008 nas suas dependências. Lembrando primeiramente que nunca aconteceu algo semelhante ou parecido com o ocorrido na região.
Sábado (22/11) cerca de 600 pessoas ficaram ilhadas no parque juntamente com os funcionários que estavam trabalhando naquele dia, devido a barreiras que caíram na estrada, impossibilitando a passagem. Por toda a região houve deslizamentos de terra e barreiras caindo nas estradas e até mesmo soterrando casas, como todos acompanharam pela mídia.
Todos os turistas que estavam ilhados no Parque Aquático Cascanéia receberam três refeições diárias, água potável e alojamento durante os dias que aqui permaneceram. Falou-se na mídia de racionamento de água e comida. O que aconteceu é que no sábado (22) foi servido o jantar como Buffet livre e percebemos uma quantidade absurda de desperdício. Como não sabíamos até quando os turistas permaneceriam no parque e para evitar tal desperdício foi servido nos outros dias prato feito e aconselhamos todos a não desperdiçar comida, água nem energia para que não faltasse. Toda a região estava sem energia elétrica, mas no parque nós tínhamos devido a um gerador movido a diesel.
Foi veiculada uma notícia de que estávamos cobrando o triplo pelas refeições. Essa é outra notícia totalmente inverídica, pois como já dito nós fornecemos três refeições diárias a todos que aqui estavam gratuitamente. Neste período cobrou-se apenas eventual consumo de bebidas alcoólicas e refrigerantes, mas mesmo estes, a preço normal.
Nós pudemos acompanhar muitas notícias sem procedência se referindo ao parque e às pessoas que estavam aqui. Já no domingo (24) haviam notícias sendo veiculadas de que havia vítimas fatais no parque, isso não aconteceu, o que de fato ocorreu é que havia pessoas que precisavam de seus medicamentos e nós solicitamos à Defesa Civil que os mandasse o quanto antes possível. Na segunda-feira (24) chegaram os medicamentos trazidos por um helicóptero e também por um grupo de moradores do bairro que queriam ajudar e que chegaram ao parque por uma trilha aberta na mata. As pessoas que precisavam foram medicadas e passavam bem. Por essa trilha que chegaram esses rapazes foram evacuadas cerca de 50 pessoas no domingo (23) acompanhadas por monitores do parque. A trilha possui aproximadamente 2,5 km, na segunda-feira (24) mais um grupo de aproximadamente 100 pessoas foram evacuadas por outra trilha com cerca de 1,5 km. No dia 25, terça-feira, todos puderam ir embora, pois a estrada já estava liberada, ninguém foi resgatado de helicóptero do parque porque não existia a necessidade, pois como já dito estávamos fora de risco e tínhamos alimento, água potável e energia elétrica.
Duas pessoas da FAB vieram ao parque na segunda feira (24) fazer um pronunciamento a todos que aqui estavam, explicando que a situação fora do parque era de emergência, mas que dentro do parque todos estavam seguros, com alimento, água e medicamentos e que mesmo assim estariam sendo monitorados caso precisássemos de algo.
Os colaboradores do parque (maioria residente da cidade de Blumenau) mesmo estando longe de seus familiares e sabendo que suas casas estavam em áreas afetadas pela enchente e por desmoronamentos continuaram firmes mesmo emocionalmente abalados, na tarefa de dar suporte e auxílio aos turistas que aqui estavam.
Nós somos uma grande família e abraçamos as pessoas que estavam aqui como sendo parte dela. Infelizmente presenciamos cenas desoladoras, algumas pessoas que estavam aqui agiram de forma inadequada depredando o patrimônio do parque e entrando em conflito com os demais tuuristas. Por outro lado muitos se mostraram solidários à situação e ajudaram no que podiam apoiando uns aos outros. Nós fizemos o possível para acolher a todos que estavam aqui porque entendemos que como nós estávamos passando por um momento difícil eles também estavam com saudades de suas famílias e assustados com a situação. Queremos agradecer a todos que estão enviando ajuda para as pessoas afetadas da região, agradecer as pessoas que estavam aqui pela paciência e pelo apoio.
Muito obrigado.
Parque Aquático Cascanéia
Gaspar
Senhor editor,
Lamentável a atitude de algumas pessoas que não se sensibilizam com a dor das pessoas que perderam tudo, e ainda se acham na razão de reclamar que entrou água em suas casas. Penso que essas fazem isso sem ter noção do que estão falando. Essas pessoas que estão aí reclamando deveriam levantar as mãos para o céu e agradecer a Deus por estarem vivas e poderem recomeçar, é difícil, mas não impossível. Me revolto com as pessoas que reclamam, porque perderam colchões e outros objetos pessoais, enquanto nossos irmãos do Baú além de perderem tudo, perderam pais, mães, filhos, familias inteiras foram dizimadas, e além de ter perdido tudo isso não têm nem para onde voltar, porque suas casa ja não existem mais, isso sim é para se lamentar. E ao invés de ficarem reclamando deveriam e estar ajudando essas pessoas. Digo isso porque sou funcionária pública e estou sendo voluntária e presenciei cenas lamentaveis que jamais pensei que veria em minha vida. É muito triste.
Andrea Visinhewski dos Santos
Ilhota
Senhor editor,
Olá! Gostaria de parabenizar este jornal pelo trabalho divulgado diante desta desgraça que paira sobre nosso estado. É com empenho e dedicação destes profissionais que suas vozes rompem fronteiras e deixam mesmo os mais distantes informados, como é o meu caso.
Carlos Cunha, de Portugal
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