Por Gilberto Schmitt - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Gilberto Schmitt

25/02/2011

Padre porreta
Há algum tempo o Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosos das repartições públicas. O frade Demetrius dos Santos Silva, inconformado com o pedido, fez uma declaração na Folha de São Paulo, e vou transcrevê-la:

?Sou padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A cruz deve ser retirada! Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas e compradas. Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quarteis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver, muito menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento. É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimentos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos?.
Não preciso dizer mais nada!


Baú I
O Complexo do Baú ainda sofre com o descaso do Poder Público, reflexos e consequências da tragédia. Veja só: no Braço do Baú as crianças que frequentavam o CEI estão ficando em casa, sem aula. O educandário improvisado estava um trapo e foi interditado. Os pais não têm onde deixar as crianças para poder trabalhar. E para piorar, a única educadora formada foi transferida. A revolta é grande. A única esperança da comunidade é de que nos próximos dias deve ser inaugurado um novo CEI. Tomara!


Baú II
Além disso, andar pelas estradas do Baú é uma verdadeira maratona. Milhares de buracos e obstáculos fazem parte do rally. Uma vergonha de primeiro mundo. O calçamento novinho, que custou mais de R$ 2 milhões, verba do PAC, numa extensão de dois quilômetros cedeu e tem que ser refeito. Obra pública de quinta categoria. Faltou fiscalização na hora da execução. Dinheiro jogado pelo ralo. O serviço tem que ser refeito urgentemente. Os moradores não aguentam mais.


Questionamentos
A reurbanização de ruas centrais de Gaspar, que vai custar R$ 2,2 milhões aos cofres públicos, mais a participação de lindeiros, está gerando polêmica na comunidade. O maior questionamento é se a obra é prioridade neste momento em que todos cobram diversas frentes de trabalho para minimizar alagamentos, buracos de ruas, limpeza de tubulação, cabeceira da ponte que está prestes a cair, trânsito caótico, anel de contorno, nova ponte, entre outras obras urgentes. Não sou contra a reurbanização. A cidade tem que ficar mais bonita e acolhedora. Mas vejo que o momento é inoportuno diante do caos que se encontra o município.


Todos pagando

Quem não pagava pelo serviço de coleta de lixo orgânico em Gaspar agora vai começar a desembolsar uma graninha. O Samae já começou a enviar boleto bancário para todos pagarem a conta. É que muitas residências que não utilizavam água do Samae também não contribuíam para a coleta. Agora todos vão pagar pelo serviço.

edição 1269

Comentários

jose carlos da silva
28/02/2011 19:16
quero aqui questionar a coleta de lixo em gaspar ja pagamos a muito tempo e por conta de uma obra nos fundos da rua jacob junges as ruas luiz alves , guaramirim , lauro miller .estão sem coleta a 2 semanas, esta uma vergonha, a empresa say muller faz a coleta do recilavel e o lixo organico esta ficando apodrecendo nas ruas.
Carlos
28/02/2011 13:34
Não entendo muito de legislação pública, mas sei que, se o governo Federal libera verba para um projeto, não pode ser redirecionado para outro fim se não, ao doprojeto em si. Claro que Gaspar é carente de muitas obras, porém, sejamos justos, se os recursos vieram para o projeto de reurbanização, é nele que devem ser aplicados, caso contrário, terão que ser devolvidos aos cofres da União.
José Roberto Demmer
27/02/2011 09:27
Gostei da boa resposta que deu o padre Demétrios a decisão do MP de São Paulo. Eu também sempre vi aquilo como uma forma hipócrita, onde diante da imagem do respeito, as pessoas cometem coisas absurdas que não condiz com o exemplo que CRISTO nos deixou.

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