Por Gilberto Schmitt - Jornal Cruzeiro do Vale

Como a opinião de nossos leitores é sempre muito importante, nesta fria quinta-feira de maio, fechamento da edição, resolvi abrir mão de minha coluna para poder publicar o que pensam os leitores do Cruzeiro do Vale. Lembro que há exatos 22 anos, dia 1º de junho de 1990, numa sexta-feira, circulou a primeira edição do Cruzeiro do Vale. E para brindar, neste sábado, juntos vamos comemorar com o Stammtisch de Gaspar!

SAÚDE
Infelizmente, hoje reclamar tornou-se algo trivial e com isso, sem muita importância, principalmente no que diz respeito ao serviço público. O que vou relatar agora pode ser que usando este veículo, se resolva. Ocorre que o telefone do Posto de Saúde do Centro ? 3332-9173, quando ligamos para lá se não está ocupado, quem atende simplesmente tira do gancho e a pessoa do outro lado da linha acaba ouvindo conversas e acaba desligando pela demora no atendimento, que muitas vezes nem atendido é.

Outras vezes se a pessoa precisar ligar no horário do meio-dia, desista, pois neste horário acredito que o telefone ?sai para almoçar?. Isto mesmo, haja visto que o servidor que trabalha no posto quando sai, deixa outro para atender em seu lugar. Bom, pelo menos deveria ser assim.

Tirando a ironia do texto e também dos fatos, aproveito para questionar a Prefeitura por não ter em sua sede ?ainda? uma central telefônica para atender ao munícipe quando este precisa de um esclarecimento. Seria bem melhor do que ter que ficar catando na internet números de telefones que por vezes nem em funcionamento estão mais, ou já mudaram, ou foram desativados. Até quando teremos que reclamar por serviços que deveriam funcionar com um mínimo de qualidade?! Lamentável.
Fabiano Ferreira Fernandes | Gaspar


DISTRITO INDUSTRIAL
Acho muito boa essa iniciativa da Prefeitura para trazer novas empresas para a cidade, mas como vizinho desse ?distrito industrial? não concordo com a localização que lhe foi dada, pois a grande maioria das construções nessa localidade são de residências e não de indústrias. E agora os moradores terão que conviver com o trânsito frequente de caminhões e toda a poluição sonora, visual e material que essas empresas irão trazer junto consigo.

Mas no fim das contas, a falta de planejamento urbano é algo mais que normal em Gaspar e já faz parte da estrutura política da nossa cidade, assim como a incompetência generalizada que toma conta dos políticos da nossa cidade nos últimos anos.
André Luís Vieira | Gaspar

ANIMAIS
Parabéns pela fantástica iniciativa e visão da urgente necessidade de se criar uma Associação de proteção aos animais em Gaspar. Tenho participado com vários amigos, de socorro ou tentativa de socorro, principalmente a cães e gatos abandonados, famintos e muitas vezes feridos.

Lamentavelmente temos tido grandes dificuldades de atenção pelas entidades de proteção animal, corpo de bombeiros, polícia, etc.. principalmente aos sábados, domingos e feriados, pois não possuem estrutura e locais adequados para atender também em Gaspar. Deus nos premiou com estas criaturinhas que precisam de alimentos, cuidados e carinho e que sabem retribuir com todo amor.
Alceu Torres | Gaspar

SEM ÁGUA
Muito boa a intenção do Samae de incutir nas crianças e adolescentes boas ações. Como disse a diretora Elisângela, há uma mudança de hábitos nos alunos. Imaginem vocês que eu e toda a minha família, sem palestra nenhuma, mas graças ao Samae, também mudamos os nossos hábitos?

Vou explicar: aqui onde moro, a Rua Piracicaba, mesmo eu tendo caixa de água, sexta já tinha acabado a água. Veio água de novo às três horas da manhã, mas a alegria durou pouco, míseros 20 minutos. Sábado aqui já é normal não ter água o dia todo. Somente domingo o Samae resolveu liberar o fornecimento de alguns copos de água, quem sabe para não matar a gente de sede de uma vez. Mas não foi suficiente. Meu final de semana foi assim: sexta, sábado e domingo quase o dia todo sem água. Meu início de semana foi assim: sem água na segunda de manhã até a hora de dormir.

Essa é a maneira que o Samae encontrou para mudar os hábitos de minha família. Mudanças que incluíram não poder tomar banho, não poder lavar roupa e nem louça, e a mais prejudicial, não poder dar descarga no vaso sanitário. Imaginem como ele ficou depois de quatro dias. É isso mesmo! Igual o cérebro de muitos políticos por aí.

Só um aviso ao Samae: já mandei confeccionar algumas faixas para colocar na nossa rua, de um lado ao outro, bem visíveis. Até vou dizer o que vai ser escrito. A primeira: ?Essa rua foi contemplada com o descaso do Samae. Não temos abastecimento regular de água.? A segunda: ?Atenção! Trafegue com cuidado! Moradores revoltados com a falta de água?. A terceira:?Corrente forte de oração. Ajude-nos com suas preces para Deus nos mande chuva. Só assim pra ter água por aqui?
Aldair Marcos Lanz | Gaspar

Edição 1393