Por Gilberto Schmitt

09/04/2010

Avermelhou

Pintou o sinal vermelho no Hospital de Gaspar. Depois do primeiro trimestre de sua reabertura (janeiro, fevereiro e março), o balanço não é nada agradável. Nesses três primeiros meses de atendimento o Hospital contraiu um déficit de quase R$ 1 milhão de reais. As receitas são bem inferiores às despesas. E por isso o futuro do Hospital é incerto.

Sem dinheiro

O Hospital reabriu sem dinheiro em caixa. E as promessas políticas de repasse não se concretizaram. O maior devedor do compromisso é o Governo do Estado. E essa grana está fazendo muita falta no caixa do hospital. Outro fator que não está correspondendo são as cirurgias no Centro Cirúrgico, que está aquém da estrutura disponível.

Repasse

A Prefeitura de Gaspar está repassando agora direitinho o valor de R$ 175 mil mensais, mas o hospital ficou com o ônus do fechamento do CAR. Foi trocado seis por meia dúzia. Um péssimo negócio. O maior câncer é o atendimento pelo SUS. São quase três mil consultas para receber pouco mais do que R$ 130 mil. O hospital deve receber em média R$ 5 reais por atendimento, que é muito pouco para a estrutura que oferece.

Fechado

Diante do déficit, o Grupo Gestor não descarta a possibilidade de fechar o Hospital para, assim, não entrar num mar de dívidas, como outrora. Mesmo diante de todas as dificuldades o Grupo Gestor trabalha incansavelmente na busca de recursos prometidos para equilibrar receita e despesa. Tomara que consigam. Gaspar não merece ter novamente o hospital fechado.

Lixo

A empresa Say Müller é a vencedora da licitação da coleta e transporte do lixo orgânico em Gaspar. O resultado saiu na quarta-feira, dia 7. É uma empresa gasparense que está se especializando neste tipo de serviço. Tomara que se estruture daqui para frente para prestar um bom serviço à comunidade, já que num passado recente deixou muito a desejar.

Tragédia

A tragédia que está assolando o Rio de Janeiro possui características com a nossa de novembro de 2008. O número de mortos no Rio já é bem superior à nossa tragédia do Vale do Itajaí. Aqui foram 135 mortos. A imprensa nacional está fazendo várias comparações com a que aconteceu aqui. Com um detalhe: lá o aglomerado de pessoas é maior, sendo os reflexos bem mais negativos.

Mais um?

Correm boatos que o Secretário de Finanças da Prefeitura de Gaspar, Evandro Assis Müller, estaria deixando o cargo. Os rumores são fortes, inclusive confirmados por funcionários públicos bem próximos ao prefeito. Questionado por telefone, Evandro Müller desmentiu que estaria saindo da Administração de Zuchi. Nos próximos dias, ou horas, será revelada a verdade.

Mudanças

Devido ao 4º Encontro de Trilheiros no Belchior, que acontece neste domingo 11, a Diretoria de Trânsito de Gaspar fará um desvio na rua Bonifácio Haendchen, no Sentido Belchior/BR-470. Os carros irão passar pela rua Antônio Schmitt, entrar na rua José Koser e retornar para a Bonifácio Haendchen. O sentido BR-470/ Belchior não sofrerá alterações.

Buraco

Um buraco aberto pelo Samae há mais de seis meses está incomodando os motoristas que trafegam pela rua Águas Negras, no bairro Figueira. O buraco foi aberto bem na entrada da rua, no entroncamento com a rodovia Jorge Lacerda, que passou por uma obra de recapeamento, mas o buraco não foi tampado. Os moradores da localidade estão indignados e perguntam: quanto tempo mais teremos que esperar pela boa vontade e burocracia do Poder Público?

Comentários

Herculano 11/04/2010 07:10: Ao que se identificou como "gasparense".
1. Você devia se identificar, o anonimato neste caso favorece, ao estelionato praticado por este tipo de médico contra a comunidade da qual ele se alimenta. Deixa mais doente o hospital resgatado para salvar vidas.
2. Foram os médicos que ajudaram a quebrar o hospital agindo dessa forma. Foram eles, inclusive que foram a Justiça para fechá-lo por falta de condições técnico e financeiras.
3. Os médicos não ajudaram com um tostão na reconstrução e reabertura do hospital. Sempre tiveram dúvidas e restrições à empreitada.
4. Sem médicos qualificados, comprometidos e que atuem em favor do hospital, o hospital reformado e moderno não é um hospital de verdade e não sobreviverá.
5. Este tipo de médico como você relata, pelo bem de Gaspar e do seu hospital, precisa ter o seu nome divulgado. Não basta contar a história, que são conhecidas e repetidas entre as paredes dos consultórios locais, é preciso dar nomes. Está na hora de agir.
6. Afinal, qual é o paciente que vai contrariar um médico? Se estabelece uma quebra de confiança na relação. É um terrorismo psicológico num dos piores momentos da vida de uma pessoa, é um estelionato contra um hospital qualificado e o médico está tomando puramente decisões negociais corporativas que lhe favoreçam.
7. Você já viu médico quebrado financeiramente? Mas, hospitais, muitos, incluindo cooperativas médicas administradas por médicos.
8. Acorda, Gaspar.

Gasparense 09/04/2010 11:59: Bom dia Gilberto.

A respeito das condições do hospital é lamentável a perspectiva de vê-lo fechado. É certo que o pouco uso de sua bela estrutura é uma das causas da falta de recursos. Então quero lhe passar um fato senão curioso, mas lamentável. Tenho um parente que consultou em Gaspar, pela UNIMED e o médico também é de Gaspar. Diagnóstico: operar uma hérnia. Acredito que o nosso hospital tem plenas condições de oferecer este procedimento; mas o médico cooperado da UNIMED, indicou que a cirurgia fosse feita no hospital dia da UNIMED em Blumenau. Resumo: um caso que poderia ser atendido pelo nosso hospital e com retorno interessante para suas finanças, foi feito pela UNIMED em seu próprio estabelecimento, mesmo havendo o convênio com o hospital de Gaspar. Assim não tem jeito. Com essa falta de bom senso é que as coisas não se resolvem. Além de não prestigiar a nossa bela estrutura, essa opção obrigou o paciente e seus familiares aos estressantes deslocamentos à Blumenau.

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