Por Gilberto Schmitt - Jornal Cruzeiro do Vale

ELEIÇÕES I
Apurados os votos em Gaspar, dois cenários estão claros:  PT no município parece ter algo em torno de 10 mil votos razoáveis seguros para a legenda, além disso, PMDB e DEM, apesar de divididos, mostraram a sua força nos candidatos que apoiaram. Sobraram o PSDB e o PP. Eles passaram ao largo desta eleição em Gaspar. Assim, esses dois partidos, provavelmente, terão aqui, papel secundário do próximo pleito. PSB, PPS e PV ficaram bem à margem de todo o processo. Renovação de lideranças? Talvez Marcelo Brick, Jean Carlos Grimm e Rodrigo Boeing Althoff. Kleber Edson Wan Dall,  presidente da Câmara, esteve ele praticamente ausente.

ELEIÇÕES II
Outra constatação: o número de gasparenses decididos a votar nos rotulados gasparenses  está caindo. Em 2002  Gaspar teve a chance de fazer um candidato. Naquele ano, Pedro Bornhausen, PP, obteve aqui 46,06% dos votos da cidade, ou seja, dos 20.227 votos que conseguiu no estado, 12.012 foram de gasparenses.

ELEIÇÕES III
Mas, naquele ano, o PT e Pedro Celso Zuchi no seu primeiro mandato, impediram que Bornhausen fosse o projeto da cidade. Por que? Com medo de que ele viesse a se fortalecer como futuro candidato a prefeito. Por isso,  Liliani Zuchi, PT, abocanhou 4.347 aqui dos 6.054 que conseguiu no estado. Resultado: todos naufragaram (Gaspar, gasparenses, Zuchi, Bornhausen, PT e PP). Apesar disso, a estratégia dos petistas não deu certo.  Em 2004 Zuchi não se reelegeu. Perdeu para uma poli aliança liderada por Adilson Luiz Schmitt, PMDB (na época).

ELEIÇÕES IV
 Em 2006, os votos de gasparenses em candidatos daqui somaram exatos 13.421 (3.642 dados a Pedro Bornhausen, PP;  3.416 a Marcelo Schmitz, PSDB; e 6.363 a então vereadora Mariluci Deschamps Rosa, PT). Agora, a vice-prefeita obteve 11.054 votos dos gasparenses de um total de 14.604 no estado.

ELEIÇÕES V
Conclusão. Os atuais votos do PT em Gaspar podem se situar entre os 11.054 dados a Mariluci, os 8.797 dados a gasparense honorária  Ideli Salvati e com traição explícita de parte do PP, e os 10.735 dados a Cláudio Vignatti no pleito de Domingo. Todos esses números são reveladores se considerarmos que os votos válidos dos gasparenses foram de 30.106. Ou seja, hoje, dois terços dos votos estão fora do controle do PT. Resumindo: a atual administração de Pedro Celso Zuchi precisa urgentemente recuperar terreno. Provavelmente com muito trabalho e menos propaganda, entrevistas montadas, discursos vazios e múltiplas assinaturas de convênios, alguns deles, sobre o mesmo tema ou objeto.

NUMA FRIA

Na formatura dos Bombeiros Comunitários, dia 1º de outubro, em plena praça municipal de Gaspar, na hora do batismo (esguicho de água), o prefeito de Gaspar, Celso Zuchi, não foi poupado. Olha como o alcaide ficou.... (cala-te, boca!)

edição 1235