Por Augusto César Diegoli - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Augusto César Diegoli

18/05/2018

Leilão da Manes
Bens da tradicional fabricante de colchões e estofados Manes, de Guaramirim, vão a leilão. O pacote inclui um complexo fabril às margens da BR-280 com cerca de 60 mil m2 de área e outros imóveis não operacionais, além de terrenos. Tudo está avaliado em R$ 84 milhões. Caso não apareçam interessados em primeira chamada, será convocada uma segunda dia 1º de junho. Neste caso, o lance mínimo cai para R$ 50 milhões.

Hercílio Luz vende estádio
O Hercílio Luz, de Tubarão, concluiu a venda do Estádio Anibal Costa para um grupo de investidores. A transação foi efetivada pelo valor aproximado de R$ 12 milhões, dinheiro que o clube pretende utilizar para quitar dívidas e fazer uma grande reestruturação. A compra foi feita pela empresa 3-Sm Administração de Bens, de São Ludgero. O clube iniciou a movimentação para vender o imóvel em 2016.

Pesquisa
Pela primeira vez, a Secretaria de Turismo de Balneário Camboriú lançou pesquisa de demanda exclusiva para o público idoso. O questionário leva em conta a escolha da cidade e o que há a melhorar na oferta turística para quem tem mais de 65 anos. Balneário é uma das cidades mais visitadas do Estado por grupos de idosos, especialmente nos meses seguintes à alta temporada de verão.

Abusivo
Esses burocratas das estatais federais não aprendem mesmo. A Eletrobrás, totalmente quebrada e com uma dívida bilionária, oferece o mais novo exemplo da falta de espírito público. Seu presidente está pedindo aumento do próprio salário. Passaria de R$ 52,2 mil para R$ 76,6 mil. Não só para o presidente da Eletrobrás, mas também para os “62 diretores estatutários das empresas Eletrobrás”. O reajuste foi indeferido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Cadastro positivo
O plenário da Câmara dos Deputados acaba de aprovar o texto-base do projeto de lei que prevê a adesão automática de todos os consumidores ao cadastro positivo, uma espécie de banco de dados com informações de tomadores de crédito. Prevaleceu a proposta da equipe econômica, que enxerga na iniciativa uma forma de reduzir a taxa de juros ao cliente final.

IFC de Brusque
Desde o início de abril, toda a estrutura do Instituto Federal Catarinense (IFC) de Brusque já funciona no espaço construído no bairro Jardim Maluche. A obra teve início em 2013, ficou paralisada por um ano devido a problemas na licitação e adaptação de projetos e há cerca de um mês, foi entregue de forma parcial, ou seja, a empresa continua fazendo ajustes necessários, sem interferir na rotina dos alunos. A construção do campus de Brusque teve o valor final de pouco mais de R$ 11,3 milhões, sendo que o local tem 5,6 mil m2 de área construída.

Queixas dos Correios
Agências lotadas, entregas mais lentas, funcionários e clientes descontentes são o cenário deixado pela crise dos Correios, que vai entrar em mais uma etapa. Enquanto explodem reclamações de usuários, a estatal anunciou que estuda fechar mais agências. No primeiro semestre de 2017, cerca de 250 foram fechadas. Mais de 33 mil queixas foram registradas de janeiro a abril, ante 12,3 mil em igual período de 2017. Desde 2015, 10 mil funcionários foram cortados. Hoje, o número de trabalhadores é de 106 mil.

Mais inadimplentes
A inadimplência do consumidor cresceu 3,54% em abril, a sétima alta seguida. Os dados são de levantamento feito pelo SPC/CNDL. O Brasil tem quase 18 milhões de contas em atraso na faixa dos 30 a 39 anos de idade. O mês de abril fechou com 62,2 milhões de pessoas negativadas.

Ação milionária
A advogada Márcia Maes deve impetrar no final deste mês ação civil pública contra a Fundação Celos e a Celesc Distribuição para buscar a recuperação das perdas ocorridas na Fundação Celesc de Seguridade Social. Empregados aposentados e pensionistas estiveram reunidos e decidiram ingressar na Justiça. Segundo a advogada, as perdas são superiores a R$ 900 milhões. Já há decisões favoráveis na Petros e na Postalis sobre as mesmas perdas.

Varejo catarinense
O volume de vendas do varejo catarinense cresceu 12,8% no primeiro trimestre deste ano, alcançando o segundo melhor desempenho do país frente aos três primeiros meses de 2017. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE. Roraima registrou o maior incremento: 12,9%. Na outra ponta, Goiás sofreu a maior queda: (-5,5%), seguido do Distrito Federal (-2,3%). A média brasileira para o período foi de 6,6%.

Brasil ou Argentina (1)
Muitos anos atrás, foi inventada a expressão “efeito Orloff” para falar de problemas enfrentados pela Argentina que acabavam no Brasil. Isso começou por causa de um famoso comercial de vodca, em que um sujeito dizia a uma sósia “Eu sou você amanhã”, para mostrar que a bebida não dava ressaca. Por muito tempo, de fato, as economias brasileira e argentina passaram por crises parecidas: ora era a dívida externa, ora a inflação descontrolada. Também havia a tradição de pedir grana ao FMI, que sempre impõe medidas duras de ajuste aos países que ajuda. Pois a Argentina, mais uma vez na pindaíba, resolveu agora negociar um novo pacote de socorro com o Fundo Monetário. Será que o Brasil vai pelo mesmo caminho?

Brasil e Argentina (2)
Ao que tudo indica, não. Nossa situação está longe de ser boa, mas desta vez os países estão enfrentando dificuldades diferentes. Lá, o governo gasta mais do que arrecada e cobre essa diferença com dinheiro buscado no exterior. Eles precisam muito de dólares. Aqui também há um rombo (até maior) no Orçamento, mas ele é bancado com a grana dos brasileiros, em moeda nacional. Nós temos dólares sobrando. Isso não quer dizer que a solução brasileira seja boa. Como o governo toma tanta grana no país, sobra pouco nos bancos para financiar os consumidores e as empresas. Lá como aqui, vai ser preciso arrumar as contas públicas, o que é sempre duro. Nossa vantagem, pelo menos por enquanto, é não precisar seguir as ordens do FMI.

Inflação pelo IGP-DI
O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) fechou abril em 0,93%. O acumulado de janeiro a abril é de 2,24% e, dos últimos 12 meses, é de 2,97%. Seis dos oito setores que compõem a índice subiram, com destaque para saúde e cuidados pessoais (1,12%).

Pente-fino
Cidades do Vale foram alvo da Operação Rhea, deflagrada por fiscais da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina. Os agentes verificaram a regularidade no uso de equipamentos de controle fiscal em estabelecimentos comerciais. A ação ocorreu em 50 municípios catarinenses.

Indústria comemora
A indústria automotiva vendeu 762,9 mil veículos entre janeiro e abril, 21,3% a mais ante o mesmo período de 2017, segundo a Anfavea (associação dos fabricantes). Em abril, foram comercializados 217,3 mil unidades, 38,5% acima do mesmo mês de 2017, melhor resultado desde 2015.

Imposto de Renda
A Receita Federal está disponibilizando consulta à restituição do Imposto de Renda para quem saiu da malha fina entre os anos de 2008 a 2017. O crédito será pago para 125,6 mil contribuintes. Informações no site: receita.fazenda.gov.br ou pelo telefone 146.

Altona contrata
A Altona abriu processo seletivo para contratação de 80 funcionários. São vagas operacionais em diferentes áreas do parque fabril da fundição blumenauense, O objetivo é reforçar o quadro de pessoal para o segundo semestre, época em que tradicionalmente o volume de encomendas é maior. Os números de 2018 até agora indicam aquecimento nos negócios da empresa, sobretudo em projetos ligados aos segmentos de energia, infraestrutura e mineração.

Mentoria de peso
Organização mundial de fomento ao empreendedorismo, a Endeavor selecionou 21 empresas catarinenses para participarem do Scale-Up, programa de apoio às startups que se destacam pela inovação e crescimento. O objetivo é que os empreendedores aprendam com os principais líderes empresariais do país e potencializem seus negócios. Na última edição do programa em 2017, foram 23 empresas do Estado entre os participantes. Em apenas sete meses, elas geraram cerca de 260 empregos e um aumento de, em média, 126% na receita dos negócios. Neste ano, empresas de Tubarão, Florianópolis, Blumenau, Brusque, Pomerode e Garopaba foram selecionadas para participar da turma de 2018.

Mais vendidos em abril
O mercado automotivo nacional registrou emplacamentos em abril, com uma média diária de 9.593 unidades. Entre os veículos, o Onix da GM mantém a ponta, seguido do HB20, na terceira posição vem o Ford Ka. O Prisma da GM e o Fiat Strada completam os cinco mais vendidos.

Balanço da Hering
A Cia. Hering, de Blumenau, encerrou o primeiro trimestre do ano com receita bruta de R$ 405,9 milhões, alta de 4,4% frente ao mesmo período de 2017. O lucro líquido oscilou um pouco para baixo, caindo de R$ 37,8 milhões para R$ 34,3 milhões. Todos os canais de venda (incluindo lojas próprias e multimarcas, franquias e comércio eletrônico) apresentaram resultados melhores. A antecipação dos feriados de Carnaval e Páscoa contribuíram para o bom desempenho.

Exportações de SC
As exportações catarinenses fecharam abril com valor de US$ 750 milhões, o que representa um aumento de 9,01% em relação ao mesmo período de 2017 e garante o melhor índice desde 2014. No cenário nacional, o Estado responde por 3,76% das vendas totais do Brasil. O balanço do primeiro quadrimestre de 2018 mostra que o setor alcançou quase US$ 2,7 bilhões, valor levemente acima dos primeiros quatro meses de 2017 (3,3%).

Projetos Sociais
O Banco Social e o Fundo Social são oportunidades para as empresas devolverem para a sociedade até 9% do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ). O valor pode ser aplicado em projetos de várias áreas sociais, educação e cultura por meio das leis federais, que contribuam para a transformação e a melhoria dos indicadores sociais da região. Segundo a Federação das Indústrias (Fiesc), R$ 200 milhões poderiam ser revertidos em projetos com essas finalidades, mas apenas 30% do total foram usados para isso ao longo de todo o ano passado pelas indústrias catarinenses.

Exportação de ovas
A primeira safra da tainha (pesca artesanal) começou na última semana, antes que o impedimento às exportações de pescado brasileiro para a União Europeia, que dura cinco meses, tenha sido resolvido. O impasse tem consequências graves para Santa Catarina, já que as ovas são o principal produto de exportação do nosso setor pesqueiro para a Europa. Se a suspensão não for revertida nas próximas semanas, a previsão é que o Estado deixe de vender o equivalente a US$ 3,5 milhões. Sem previsão de retomada das exportações, SC corre um sério risco de perder o mercado mais importante de ovas de tainha no mundo. A Europa absorve, além do produto melhor qualificado, também o de menor qualidade, como ovas avermelhadas ou quebradas, algo que outros mercados não aceitam.

Antiga Expofair
Uma faixa fixada no prédio da antiga Expofair, próximo à Vila Germânica, em Blumenau, revela que o imóvel está mais uma vez à venda. São 2,9 mil m2 de área construída em um terreno de 4,3 mil m2, incluindo um estacionamento externo. O espaço está avaliado em R$ 6,5 milhões. Fechado desde o fim de 2011, o imóvel chegou a receber feiras de negócios, shows e formaturas.

Cidade para se viver
O que faz de uma cidade um bom lugar para se viver? Qualidade de vida é um conceito subjetivo que pode ser medido de muitas formas. Mas, levando em contas os parâmetros da ONU, são critérios de avaliação o acesso à educação, expectativa de vida per capita. A tríade configura o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), parâmetro que atesta a qualidade de vida em municípios, estados e países. O resultado do índice fornece pontuações com números que variam de 0,001 a 1,000. Notas acima de 0,8 são consideradas com muito alto índice de desenvolvimento humano e, em Santa Catarina, um local é referência quando o assunto é viver bem: Balneário Camboriú. A cidade chegou à pontuação 0,845 em 2016 e é uma das que possui maior índice em todo o sul do Brasil. A vida ali comprova o que os números indicam. Balneário Camboriú tem atrativos que enchem os olhos de pessoas de todas as partes, que sonham em fixar residência em uma das mais belas cidades do país.

O tamanho da mordida (1)
Quem entregou a declaração do Imposto de Renda até dia 30 de abril, deve ter notado uma novidade: o programa deste ano calcula a alíquota efetiva paga pelo contribuinte. Isso quer dizer o quanto o valor devido de fato representa da renda recebida. Ou seja, o tamanho da mordida do leão. Por exemplo: quem ganha R$ 4.700 por mês (R$ 56,4 mil por ano, sem contar o 13º), entra na faixa mais alta de 27,5%. Mas o que o trabalhador de fato paga de imposto vai ser uns 9% do salário. Ou até menos, se ele gastar com plano de saúde ou escola particular, que podem ser deduzidos.

O tamanho da mordida (2)
Para a turma mais rica, as possibilidades de desconto são uma festa. Números da Receita Federal mostram que milionários também conseguem pagar em Imposto menos de 10% da grana que recebem. Isso acontece porque é baixa a tributação dos lucros dos empresários e dos ganhos das grandes aplicações nos bancos. Por essas e outras, o Brasil arrecada pouco com a taxação direta da renda. Aqui, o imposto alto mesmo é sobre as mercadorias e serviços. Isso acaba prejudicando os mais pobres. É claro que o leão quer chamar a atenção para isso quando divulga o cálculo da alíquota efetiva. O governo vem adotando a manobra malandra de manter congelada a tabela do IR para aumentar a receita. Seria mais justo fazer uma reforma geral do imposto, para que os mais ricos pagassem uma parcela maior de seus rendimentos. Mas, para isso, também seria importante haver mais cuidado com o dinheiro e melhores serviços públicos.

Taxas condominiais podem ser protestadas
Problema comum na gestão condominial, a inadimplência pode gerar consequências desastrosas à saúde financeira dos condomínios, já que é por meio das taxas que são pagas as despesas do condomínio, como água, energia, salários de funcionários, manutenções, e outros custos. Portanto, se o condomínio não arrecada as taxas, torna-se inviável o seu sustento. O protesto de taxas condominiais tem sido utilizado para recuperar os pagamentos em atraso. Segundo o Instituto de Protesto de Títulos do Estado de Santa Catarina, mais de 65% das dívidas encaminhadas a protesto são resolvidas em até três dias. É uma saída econômica para cobrança das taxas condominiais, pois é online e não exige a necessidade de deslocamento até o cartório. Após o título ser enviado a protesto o devedor tem três dias para pagar. Caso o devedor pague, o condomínio recebe o valor em 24 horas, do contrário fica protestado. Com as mudanças introduzidas pelo CPC (Código de Processo Cicil) que entraram em vigor em março de 2016 as taxas condominiais passaram a ser consideradas títulos extrajudiciais. Desta forma, ficou mais rápido o condomínio realizar a cobrança dos créditos através da Justiça.

Métodos extrajudiciais
Os avanços no campo dos Métodos Extrajudiciais de Solução de Conflitos vêm se avolumando com grande rapidez. Após as significativas alterações no CPC e promulgação da Lei 13.140, ambos de 2015, foi publicado em março deste ano o Provimento 67 da Corregedoria Nacional de Justiça, fixando regras e procedimentos para que os cartórios extrajudiciais de todo o país possam oferecer os serviços de mediação e conciliação judicial, até então de atribuição exclusiva dos Tribunais de Justiça. Iniciativas legislativas como estas demonstram a toda evidência que a sociedade tem assimilado de forma receptiva uma quebra de paradigmas, que consistia em atribuir ao Judiciário, exclusivamente, a missão de solucionar todo tipo de conflito.

 

Edição 1851

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