10/04/2021
O engenheiro e professor universitário, candidato derrotado a prefeito de Gaspar, com 22,21% numa campanha solo e franciscana, Rodrigo Boeing Althoff, está com um pé fora do PL. Ele se diz cansado de ser boicotado (e enrolado) pelo seu então amigo – são originários do PV onde Rodrigo já foi vereador aqui e até candidato a vice na derrota com Kleber Edson Wan Dall, MDB em 2012 –, deputado Ivan Naatz.
Rodrigo possui planos. Desenha um futuro político fora do que está posto e viciado aqui. Contudo, Naatz quer Rodrigo morto politicamente, submisso e um mero cabo eleitoral dele, numa reeleição difícil do deputado. Naatz fez jogo duplo com o poder de plantão e deixou Rodrigo na mão como candidato a prefeito no ano passado. Agora, Naatz monitora Rodrigo para que ele não desponte como alternativa até ao próprio Naatz ou aos interesses do MDB, PSD, PP, PDT e o PSDB daqui.
A aposta de Naatz é que Rodrigo fique sem alternativas partidárias e por isso, quieto. O MDB, PSD, PP, PDT e PSDB já estão com Kleber. O PSL do deputado Ricardo de Alba – se ele não trocar de partido -, mantém o mesmo tipo namoro com o poder de plantão em Gaspar, por questões de sobrevivência depois do vexame do ano passado em Blumenau do deputado mais votado de Santa Catarina em 2018. O PT – ao qual Rodrigo já serviu como técnico na administração de Pedro Celso Zuchi - tem dono e planos próprios para Gaspar e na região.
Sem alternativas, restou, aparentemente, o DEM para Rodrigo. Aqui, o DEM operou como poucos nas redes sociais – com gente radical e amalucada - contra a campanha de Rodrigo, isto sem falar que, num clique, desfiliou em micro-segundos o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, fato que interessava só a Kleber. Ao estudar a saída do PL, Rodrigo pensa que precisa se livrar de gente que o quer sempre fraco e apenas usá-lo na sua credibilidade para o trampolim alheio. Rodrigo quer luz própria e não descarta ser candidato a deputado estadual. Por isso, o PSB de Laércio Schuster, de Timbó, também não lhe cai bem.
A Bancada do Amém na Câmara e que reúne MDB, PSD, PP, PDT e PSDB, rejeitou a ideia do único vereador da oposição entre os 13, Dionísio Luiz Bertoldi, PT. Ela nem foi a plenário. Morreu nas comissões. E na velocidade de uma bala. Por ela, a prefeitura de Gaspar poderia comprar vacinas contra a Covid-19 quando houvesse disponibilidade delas no mercado e assim atender os gasparenses, para que tudo volte, o quanto antes, ao normal.
A lei nacional já permite esse tipo de compra. E se Gaspar quiser ir adiante usando-a, agora o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, terá que fazer um “novo” Projeto de Lei igual ao do Dionísio, para os mesmos vereadores que o rejeitaram, aprovem o de Kleber. Gente estranha. Estranhíssima. Não pode existir ideia boa para a cidade e os cidadãos, principalmente os mais vulneráveis, fora do governo Kleber - o que falhou neste assunto, apesar da montanha de comissionados que emprega e de “çabios” que o rodeia.
Bastava emendar naquilo que seria supostamente conveniente e aprovasse o PL de Dionísio. Saia-se bem na foto nesse imperdoável cochilo e ficava com a Lei na gaveta, inclusive para o uso de verdade e emergencial. No blog www.olhandoamare.com.br de 30 de março antecipei este triste desfecho: “POLITICOS ENSAIAM COLOCAAR DIFICULDADES NA COMPRA DE VACINAS PARA OS GASPARENSES”. Bingo. O relator geral Cleverson Ferreira dos Santos, PP (evangélico) e o presidente da Comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação, Francisco Hostins Júnior, MDB (católico) conduziram o enterro do Projeto de Dionísio. Ajudaram na pá de cal: Franciele Daiane Back, PSDB, Ciro André Quintino e Zilma Mônica Benevenutti Sansão, ambos do MDB e Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, PP, esta, uma técnica de enfermagem e ligada ao ramo na prefeitura. Acorda, Gaspar!
A renovação de uma simples passarela para pedestre mostra mais que erros: falta de zelo e fiscalização. A enrolação, inclusive interdita, perigosamente, há quase dois meses, a estreita ponte sobre o ribeirão Gasparinho nas ligações da Rua Itajaí com a Coronel Aristiliano Ramos, na Sociedade Alvorada.
Mostrei no blog, um vídeo da retirada do guarda-corpo. Ele era novo e recém colocado. Correria na prefeitura, pois tudo se escondia o que é o normal por lá. O material era de quinta e diferente do caro contratado. E isso não é novidade. Outra passarela de pedestres, a poucos metros dali e sobre o mesmo ribeirão, mas na Rua Industrial José Beduschi, feita para alimentar à marquetagem da campanha eleitoral do ano passado, já está enferrujando. Impressionante!
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