A língua é o chicote do dono. Na política, aquilo que se promete é bálsamo aos ouvidos dos incrédulos, desinformados e reformadores do mundo - Jornal Cruzeiro do Vale

A língua é o chicote do dono. Na política, aquilo que se promete é bálsamo aos ouvidos dos incrédulos, desinformados e reformadores do mundo

22/10/2020

A realidade é outra

 

Flechado pela oportunidade I

Os ditados populares nos revelam muito do que somos ou não queremos ser. Um deles diz textualmente “há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Eu mesmo já me vi refém desta obviedade. Contudo, nunca pedi votos. Hoje, pela incoerência ou sinceridade, duas coisas delas infernizam à vida do novo vice na reeleição de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Marcelo de Souza Brick, PSD, era uma natural concorrência – e das boas - contra Kleber de acordo com as pesquisas dele e da poderosa coligação onde ele está inserido agora.  Mas, na última hora, surpreendendo o seu eleitorado, sem muitas explicações, Brick se tornou o vice e Kleber. Ambos deviam explodir nas preferências e pesquisas. Esta “união”, todavia, até aqui, não agregou dizem as pesquisas reflexo das ruas. Talvez a intenção de quem articulou tudo isso não fosse mesmo a de agregar, e sim a de inviabilizar o voo solo de Brick e assim ameaçar a reeleição fácil e certa de Kleber. Os eleitores de Brick estão em “fuga”. Nas redes sociais e aplicativos de mensagens estão fulos. Brick, por sua vez, está se explicando. Resumindo: foram para o beleléu a flecha, a palavra e a oportunidade de Brick. 

Flechado pela oportunidade II

O que circula nas redes sociais e aplicativos de mensagens? Uma entrevista de áudio e vídeo de Brick com o então repórter Rudinei Cavalheiro. É recente. Era para demarcar território quando Brick se preparava para ser o candidato da sua turma. Brick foi o que fez sombra séria na eleição de Kleber em 2016. É um minuto e 54 segundos demolidores. A coligação MDB, PSD, PP, PSDB e PDT onde Brick está vice de Kleber, está tonta até agora. E ponderável parte dos seguidores de Brick de alma lavada e livre para retirar o apoio que tinha como incondicional até então. “A Política com “P” maiúsculo é boa para a cidade; a politicagem é que é ruim”, clareou Brick no vídeo que emulava seus apoiadores a buscar no novo. E a partir daí a coisa entorna. E por que? O discurso não bate com a prática do próprio Brick. “Mas teria que ser a nova política? Sem aquele toma-lá-dá-cá...”, interrompeu o entrevistador colocando a isca que Brick a engoliu sem pudor e agora na campanha se transformou num alimento podre na aliança que fez. Brick está na farmácia atrás de um remédio e não o encontra para anular o que disse sobre Kleber, o MDB, o ajuntamento de interesses que tanto condenava. 

Flechado pela oportunidade III

“Quando eu falo de jovens na política, não quer dizer idade, mas pessoas que estão entrando na política agora, e tem os mesmos costumes, a mesma postura dos velhos, né, do jeitinho, da corrupção, do toma-la-dá-cá, do cargo...”, explicou com aparente conhecimento de causa o político Marcelo de Souza Brick, o que até aqui viveu pendurado em cargos em comissão por onde passou, incluindo o último de assessor do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, PSD. “Qual é o partido que está fora do governo prefeito Kelber Wan Dall? São poucos”, perguntou e esclareceu ao mesmo tempo Brick. E quem fez o que ele próprio condena na política e em Kleber no vídeo que roda a cidade? O próprio Brick que se tornou vice de Kleber. “Então, quer dizer o que tem de diferente, né? Por que tem que ser assim? Por que o dinheiro na hora da campanha faz a diferença? Por que é montado. Não estou dizendo que vai ser feito dessa maneira. O que não dá é para que as velhas práticas estarem prevalecendo agora”, radiografou com perfeição Brick para pouco tempo depois desta entrevista, repetir o ditado das três coisas que não voltam atrás: a flecha disparada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.  

Flechado pela oportunidade IV

- É possível governar sem tanto cargo comissionado, Marcelo?”, questionou o repórter. “É possível”, respondeu na lata Brick. Não pestanejou. E estava certo. A entrevista completa amplia as incoerências de Brick. Impressionante! É a prova de que a campanha política é um jogo vale tudo. Os analfabetos, ignorantes, desinformados, ajudados por fanáticos e interesses que não se explicam, são manipulados, feitos de bobos, bonecos e trouxas. “Não adianta tirar dos servidores aquele valor do Vale Alimentação daquela maneira. Imagine aqueles servidores que ganham um salário e meio, dois salários mínimos e aí você tira uma metade de um valor desse, como o servidor vai trabalhar contente? Se a pergunta for direta [referindo-se a do repórter]: é possível fazer uma administração mais enxuta”. Ora, se é mesmo possível fazer uma “administração mais enxuta” Brick como vice de Kleber é a negação do que fala. E para se eleger com Kleber, Brick está usando a estrutura inchada com 170 cargos comissionados e 100 outros em funções gratificadas feitas para catar votos, tudo pago com dinheiro dos pesados impostos. E enxergando ela como uma “máquina,” Brick desistiu de enfrenta-la. Ele não quer perder a eleição e o emprego público. Acorda, Gaspar! 

 

TRAPICHE

Só para esclarecer e para que não haja nenhuma dúvida. Quem paga o sindicalista afastado do seu posto de trabalho no serviço público? Os pagadores de pesados impostos. O sindicalista no sindicado ou na Federação continua na folha de pagamento mesmo não estando trabalhando para a repartição pública para a qual prestou concurso. 

Sai satanás! Um governador que teve 71% dos votos dos catarinenses nas urnas há dois anos, não consegue ter candidatos a prefeito em Gaspar, Ilhota e em Blumenau e do mesmo partido que o defenda? Hum! Político é um bicho-grude, mas em coisas que lhe convém. O eleitor não é mais bobo. As pesquisas publicadas em Blumenau esclarecem bem isso ao campeão de votos de lá. 

Faltam 21 dias para as eleições do domingo dia 15. Em Gaspar, há candidato que começou a campanha há mais de oito anos. Outros, há dez dias, sem dinheiro, sem máquina pública, sem organização e até sem esperanças. Então se o que faz campanha há mais de oito anos com estrutura de arromba, eventualmente perder, será um feito que terá que ir para o livro dos recordes. 

Com pandemia que limita o contato físico tradicional, com restrições financeiras e mesmo se apresentando como jovem, tem candidato em Gaspar que ainda não sabe o que é campanha eleitoral digital. Um comício reúne dez pessoas. Uma aparição digital, até milhares. Incrível! 

Aviso antecipado. Depois de 15 anos, marquei as minhas primeiras férias. Vou estar ausente a partir da coluna do dia 23 de novembro. Os editores Gilberto e Indianara Schmitt, concordaram. Muitos políticos de Gaspar Ilhota acham que eu deveria estar em férias já e para sempre. 

Como funciona. No dia 21 de agosto Felipe José da Costa foi nomeado pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, assessor de Desenvolvimento Econômico. A obrigatória publicidade disso só aconteceu no dia 16 de outubro no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet. Ai, ai, ai 

Tem gente nas redes sociais jurando que a campanha do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, está usando depoimentos sem o consentimento. E bom esclarecer isso logo. 

E o PSDB de Gaspar está na Justiça para ter seus candidatos homologados. Os tucanos dizem que é carma. Na verdade, é desorganização e irresponsabilidade, fruto de vingança mal arquitetada. 

Faltam vagas nas creches e para diminui-las, inventou-se o tal meio período. Como estamos em campanha, o governo para calar os adversários que tomam conta do tema, diz que vai dar creche integral. Só depois de quatro anos percebeu isso?  

Em Gaspar, desconhecido vereador sem votos e propostas está pedindo aos seus clientes nas redes sociais compartilhamentos para projetá-lo e elegê-lo. E os que mais fizerem isso, serão assessores dele na Câmara. Além de prometer empregar gente sem qualificação é compra de voto. A justiça é cega. 

Vaidade. Marcelo de Souza Brick, PSD, está inconformado. Sua foto não aparece nos santinhos dos vereadores de Gaspar. 

Gente poderosa em Gaspar acha que há um clima generalizado de traição silenciosa e de voto útil. 

 

 

Edição 1974

Comentários

Miguel José Teixeira
26/10/2020 08:28
Senhores,

Novo normal, novos títulos

Hoje temos general "cabresto" e general "maria fofoca". No entanto, pelo marchar da tropa, em breve teremos novidades.

Já que perguntar não ofende:

Qual será o título que o capitão zero-zero receberá, assim que tornar-se refém do centrão?

Respostas para a Rádio Cercadinho, que garante que, assim que tivermos a vacina chinesa, os primeiros à procurá-la serão seus atuais detratores.
Herculano
26/10/2020 06:33
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

DAQUI A POUCO
Miguel José Teixeira
25/10/2020 21:55
Senhores,

Cristofobia

"Pastora diz em culto para "meter a mão na cara e pisar no pescoço de filho" ...

- Veja mais em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/10/25/pastora-diz-em-culto-para-meter-a-mao-na-cara-e-pisar-no-pescoco-de-filho.htm?cmpid=copiaecola

Huuummm. . .sila$: fala mala faia!

O império dos vendilhões de palavras bíblicas, com dívidas abissais perdoadas pelo messias e isento de impostos, contra-ataca.

Quando esses vendilhões de palavras bíblicas começarem a vender solenidades de união de pessoas do mesmo sexo (nada contra), nem Cristo salvará a igreja católica!

Deus seja louvado!
Herculano
25/10/2020 17:50
OS BANDIDOS DE SEMPRE DA CAMPANHA ELEITORAL DE GASPAR

Circula desde este domingo, um vídeo talibã e apócrifo [ninguém teve coragem de assiná-lo] nas redes sociais e aplicativos de mensagens. O vídeo associa candidato Rodrigo Boeing Althoff, PL, a correntes possivelmente contrárias aos interesses de poder ou ideologia dos autores do vídeo.

O nível da bandidagem dos autores pode ser medido pelo uso indevido, sem autorização e conhecimento do meu bordão "Acorda, Gaspar!".

As minhas denúncias, opiniões e críticas aqui neste espaço ?" e outros - são feitas de cara limpa; não uso disfarces, recursos falsos, manipulação e me escondo da responsabilidade no enfrentamento dialético de quem acha ou acha que possui razão ?" e as vezes têm - ou pensa diferente de mim.

Quem fez este vídeo e possivelmente está concorrendo, ou possui interesses em candidatos diferentes de Rodrigo, talvez porque ele se tornou uma ameaça, afinal ninguém chuta cachorro morto, é perigoso, sem votos e sem caráter, quando usa o meu bordão crítico de mais de 15 anos como aval de sua propaganda falsa e criminosa.

O meu "Acorda Gaspar", continua válido mais do que nunca. É preciso extirpar gente antiga, mas principalmente nova da política incapaz de propostas e na falta delas, a assinatura de outros com credibilidade para colocar de pé o seu pedido de votos.

Verdadeiramente? Acorda, Gaspar! e livre-nos de gente autora do vídeo.
Miguel José Teixeira
25/10/2020 14:00
Senhores,

Sem procuração

"Na RedeTV!, Sikêra Jr. acusa Xuxa de pedofilia e apologia às drogas" (UOL).

Não conheço o Sikêra. Também não tenho procuração e não sou advogado para defender a Xuxa. No entanto, cabe a pergunta:

Sikêra Jr. o Senhor tem provas do que alega?

Eu conheço a Xuxa desde os tempos que ela posou com um vestido de chochê feito pela minha mãe, a Gasparense Infância Ramos Teixeira, provavelmente feito com linhas da Nossa Arrojada Círculo e não acredito no alegado pelo SJr.
Miguel José Teixeira
25/10/2020 13:17
Senhores,

Faísca & faisqueiro

"Bolsonaro: vacina obrigatória só no Faísca", cachorro da madame que recebeu 89mi do queiroz e ninguém, até agora, sabe porquê.

Talvez seja uma sugestão para o nome da vacina que o Butantã irá produzir, com tecnologia adquirida da China:

"Vacina Faísca! Cura até incrédulos como messias..."
Miguel José Teixeira
25/10/2020 11:43
Senhores,

Schumacher 8 anos depois

Finalmente certos cabeças-de-bagres da Globo conseguiram superar um piloto que abandonou a F1 em 2012. . .

Depois não sabem porque perdem audiência.

Eu, por exemplo, já não assisto mais esporte na TV. Normalmente, a narração não condiz com a realidade em ação. E os comentários então. . .
Miguel José Teixeira
25/10/2020 11:30
Senhores,

Compra casada

1) "PERGUNTA NO POSTO DE SAÚDE"
"Se a vacina chinesa é desenvolvida em parceria com o Butantã, por que o governo de São Paulo importou 6 milhões de doses da China?" (Coluna do CH abaixo

2) "FARPAS NA REDE"
. . ."O imunizante é produzido pelo laboratório chinês Sinovac e a compra desse lote inicial foi feita a pedido do Instituto Butantan, que deve receber a tecnologia chinesa para produção da vacina em larga escala no país. . .(CB, hoje, Caderno Política)

Parece-nos que assim como a compra dos "Gripen" pela corja vermelha, que bolsonaro aproveitou o vôo e tentou faturar politicamente ontem, a compra das vacinas pelo Butantã, vêm acompanhadas da transferência de tecnologias para suas produções no Brasil.

Com a palavra os experts.
Miguel José Teixeira
25/10/2020 09:09
Senhores,

É do ramo

"O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse à rede Record, sem entrar na discussão sobre a obrigatoriedade da vacina, que uma vacinação em massa rápida vai exigir quase uma "operação de guerra". (Cláudio Humberto)

Pronto! Está explicado porquê o capitão zero-zero mantém o general cabresto na enfermaria nacional. . .
Herculano
25/10/2020 07:52
O IMINENTE RETORNO DE MOISÉS DA SILVA, por Cláudio Prisco Paraíso

A volta de Moisés da Silva à condição de governador é praticamente líquida e certa. Porque os quatro votos dos desembargadores que não aceitaram a denúncia estão muito consolidados. Quase impossível imaginar que um deles possa mudar de posição. Do outro lado, há os cinco deputados, mas a degola definitiva do governador exige sete votos. O máximo que o grupo que tenta derrubar o governo pode conseguir é o voto do magistrado que acatou a denúncia na sexta-feira, no âmbito do Tribunal Especial.

Neste contexto, seria de bom alvitre Daniela Reinehr não promover grandes mudanças no colegiado.

O grande algoz de Moisés da Silva, Júlio Garcia, na volta do recesso parlamentar, lá em fevereiro de 2021, deixará de ser presidente da Alesc. Voltará ao plenário acumulando as acusações do MPF e da PF. E, de quebra, extremamente desgastado pela Alcatraz e pela maquinação que patrocinou para derrubar o governo.

Na terça-feira, haverá a escolha dos cinco deputados que vão formar o segundo Tribunal Especial de impeachment, este embasado no escândalo dos Respiradores. E nesta segunda, o Tribunal de Justiça promove novo sorteio para definir o quinteto de desembargadores do segundo processo de impedimento. Os cinco magistrados que compõem o atual Tribunal Especial, do impeachment do aumento salarial dos procuradores, vão participar do sorteio e eventualmente podem novamente integrar o segundo colegiado especial.

Esse novo tribunal será novamente presidido pelo desembargador Ricardo Roesler, que é o presidente do TJSC.

Necessário se faz frisar que o segundo impeachment prossegue. Ele não perde o objeto com o afastamento temporário de Moisés da Silva, mesmo com o processo girando exclusivamente em torno do governador.

Pergunta-se: os parlamentares vão ter interesse em seguir com esse segundo impeachment? Um cenário, já bem conhecido, é Moisés da Silva retornar e continuar governador, considerando-se que ele não tem a menor perspectiva de reeleição. Outro, completamente diferente, seria a ascensão definitiva de Daniela Reinehr, com dois anos de governo e o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Ela poderia se fortalecer e entrar no páreo com vistas a 2022, atrapalhando planos de grandes partidos que miram o governo catarinense na próxima eleição majoritária estadual.
Márcia Regina
25/10/2020 07:42
RODOVIÁRIA

Até em ILhota os candidatos propõem construir uma rodoviária, mas aqui em GASPAR tem um terminal de ônibus que faz as vezes de uma rodoviária. Qualquer cidade do interior com a economia menor do que a nossa tem na sua rodoviária o cartão de visitas de seu povo, ACORDA GASPAR!
Herculano
25/10/2020 07:39
da série: Santa Catarina está recuperando aos poucos o jornalismo raiz que teve no passado na disputa por leitores e leitoras com os jornais O Estado, A Notícia e Santa Catarina, que a RBS quando esteve por aqui, acabou ao monopolizar e delapidar a comunicação catarinense

O TRIBUNAL DO IMPEACHMENT E A LIÇÃO PARA JORNALISTAS E POLÍTICOS, por Claiton Selistre, no portal Making of

Como tantas vezes destacado em títulos e textos nos últimos dias, a sessão do Tribunal Especial realizada ontem [sexta-feira],23, na Assembleia Legislativa foi um momento histórico. Mas não só porque o placar foi favorável a vice-governadora, impedindo o que estava sendo chamado de "governo do legislativo, como também deixou tudo mais às claras.

E o que ficou claro, em primeiro lugar, é que o processo que monopolizou os deputados em plena pandemia, tinha objetivo político. Os votos de todos os deputados foram, favoráveis ao impedimento, um dos quais citou em discurso a reivindicação de aumento para policiais, não atendida por Moisés e outro salvou Daniela lembrando Jair Bolsonaro. Apenas um desembargador acompanhou. Os demais defenderam teses legais, isentas e republicanos, como também o presidente do Tribunal de Justiça em voto de minerva pró-vice.

A outra clareza do resultado da votação serve como lição para jornalistas: nada está definido até o último voto. Aqueles que usaram seus espaços de opinião para pressionar pela condenação do governo, chegando a usar adjetivos fortes, ao defenderam interesses pessoais, da sua empresa ou de seus blogs, levaram um susto durante a sessão. Um ou outro já estava mudança de discurso quando a reunião sinalizava o resultado inesperado. E outros adaptaram suas posições depois do final, já na madrugada.

Saíram fortalecidos dessa maratona de reuniões, debates e votações, por outro lado um grupo de jornalistas, que se manteve coerente todo o tempo. Alertou sobre os interesses que estavam em jogo e para o fato que os desembargadores dariam voto técnico. Não seriam influenciados pelo ambiente.

Nesse pequeno grupo, foram destaque os jornalistas da NSC, Ânderson Silva; da Making Of e Barriga Verde, Roberto Azevedo e do SCC/BT, Claudio Prisco Paraíso.
Herculano
25/10/2020 07:32
A VERDADE INCONVENIENTE.

QUANDO O JORNALISMO EXERCE O SEU PAPEL SOCIAL, OS PODEROSOS ACOSTUMADOS AOS JOGOS CORPORATIVOS, CONSTRANGEM, CULPAM E CENSURAM. BASTAM SER DESNUDADOS.

ESTÃO MAL ACOSTUMADOS. DIANTE DE PROVAS IRREFUTÁVEIS NÃO DEVIDAMENTE RESGUARDADADAS DA CURIOSIDADE PÚBLICA, TRATAM-NA COMO INVASÃO DE PRIVACIDADE.

O POLÍTICO SEM CONDIÇõES DE NEGAR O SEU ATO E PARTICIPAÇÃO DELE, AMEAÇA.

DEVIA RECORRER NA ARBITRAGEM CONTRA A IMPRENSA QUE O FLAGROU A QUEM QUALIFIFICOU MÁFIA TOGA. A SOCIEDADE, HÁ MUITO SABE QUEM É A MÁFIA QUE USA ELEIÇõES LIVRES PARA SE ESTABELECER NO PODER CONTRA OS SEUS PRóPRIOS REPRESENTADOS, OS ELEITORES E ELEITORAS

Alesc reage à matéria da NSC sobre deputado falando em "máfia de toga", diz artigo publicado no Making Of

Imagens feitas pelo cinegrafista da NSC TV Fabiano Souza, direto do celular do deputado Kennedy Nunes, durante reunião do tribunal do impeachment ontem [sexta-feira à noite], 23, provocaram uma nota de repúdio da Assembleia Legislativa divulgada neste sábado.

Nas imagens, o deputado relator do tribunal, em conversa com uma pessoa pelo WhatsApp, fala em "máfia de toga" se referindo aos desembargadores que participavam da votação.

Mais adiante, a pessoa que conversa com Kennedy chama Moisés de "traíra" e em outro momento, em um grupo chamado "Kennedy Nunes", o deputado escreve ao grupo: "O direito é BEM mais sujo que a política".

Mais tarde, quando a votação estava em 4 a 4, um outro contato do deputado diz: "Se escapar dessa, na outra deve cair", em uma referência ao segundo pedido de impeachment, sobre o caso dos respiradores. Kennedy Nunes responde: "Não creio em mais nada", segundo a reportagem do NSC.

Sobre essa divulgação, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina divulgou a seguinte nota:

"Assembleia Legislativa repudia com veemência a quebra de sigilo pessoal e familiar cometida hoje pelo grupo NSC, no jornal do Almoço e também no portal, a pretexto de "matéria", ao tornar pública a conversa do deputado Kennedy Nunes no seu grupo familiar de WhatsApp.

Nenhuma justificativa há para esse tipo de invasão em conversa estritamente privada. E nenhum objetivo cumpre a propagação dessa "informação", senão o de buscar desmoralizar o homem público e espalhar a cizânia entre os Poderes constituídos.

O Poder Legislativo de Santa Catarina age e sempre agiu com transparência, respeito a todas as posições políticas e ideológicas e apreço à democracia e à liberdade de expressão. No entanto é preciso respeitar primeiramente os limites éticos da convivência em sociedade.

A "matéria" patrocinada pela NSC nada mais é do que afronta deliberada ao Legislativo e a todos os seus representes.

Florianópolis, 24 de outubro de 2020.

Diretoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Santa Catarina"

VOLTO

Impressionante, que esta nota esteja assinada pela Diretoria de Comunicação da Assembleia. Devia ser assinada pela área jurídica. Devia ser a manifestação apenas da assessoria ou do deputado. Isto mostra, como as coisas estão fora da razoabilidade e da inteligência dentro da Alesc
Herculano
25/10/2020 07:06
A ÂNCORA E A CORDA: ALGUMAS PROPOSTAS POSSÍVEIS, por Arminio Fraga, economista, ex-presidente do Banco Central, Sócio da Gávea Investimentos, é presidente do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), no jornal Folha de S. Paulo.

Governo precisa sinalizar como vai parar de tomar mais empréstimos para pagar juros

Há um ano e meio escrevo esta coluna procurando variar, mas com frequência voltando a um tema: como viabilizar investimentos vultosos em áreas de alto retorno social, como saúde, educação, assistência social, para colocar o Brasil em um caminho de crescimento inclusivo, acelerado e sustentável e, ao mesmo tempo, e de forma complementar, como sanear as finanças públicas do país, fonte de incertezas paralisantes e de crises recorrentes.

Hoje, os dois objetivos estão ameaçados. O que fazer?

Sim, algumas reformas importantes foram feitas a partir de 2017. O quadro fiscal melhorou com a introdução do teto de gastos e com a aprovação da reforma da Previdência. No entanto, a despeito desses esforços, as fragilidades fiscais seguem nos assombrando, ameaçando a sustentação do teto, a única âncora fiscal que nos resta. Ademais, o clima geral de negócios piorou em face de sinalizações preocupantes do atual governo (que, por razões de espaço, não poderei detalhar aqui). Como se não bastasse, com a pandemia a situação social e fiscal se deteriorou ainda mais.

Após sete anos de déficits fiscais (primários) e mais de 10% de queda acumulada do PIB, a dívida pública se aproxima dos 100% do PIB. Mesmo respeitado o teto, o déficit primário só seria eliminado em cinco anos, o que não seria suficiente. A rolagem da dívida vem ficando cada vez mais difícil e o Tesouro está sendo obrigado a encurtar os prazos da dívida. As taxas juros de prazo mais longo exibem um elevado prêmio de risco. O dólar a R$ 5,60 grita o mesmo recado. Não se iludam com a bolsa. Estamos mal.

Claramente falta uma âncora fiscal mais robusta. Em bom português: o governo precisa sinalizar como vai parar de tomar mais empréstimos para pagar juros, pois essa bola de neve é insustentável. Chegou a hora de definir metas plurianuais para o saldo primário, que em quatro anos precisa passar de um déficit de 3% do PIB em 2019 para um superávit de pelo menos 3%, de forma a promover uma gradual queda da dívida pública. Essa segunda âncora fiscal nos serviu bem por 15 anos a partir de 1999 e precisa ser relançada.

Como chegar lá? Em vários círculos, inclusive no governo, prevalece a posição de que a tributação não pode aumentar. Penso diferente. Eliminar uma série de subsídios injustificáveis e reduzir a regressividade da tributação nos permitiria obter um espaço fiscal de pelo menos dois pontos do PIB. Segundo dados do Monitor Fiscal do FMI recém-publicado, uma recuperação modesta da economia brasileira ao longo de quatro anos melhoraria o saldo primário em cerca de dois pontos percentuais do PIB. Os dois pontos restantes, teriam que vir do lado dos gastos, com a ajuda de medidas como a PEC da flexibilização.

Muitos acreditam que essas medidas seriam recessivas. Ignoram o fator confiança. Ignoram que na raiz da profunda recessão que começou em 2014 estava um colapso fiscal de cerca de seis pontos percentuais do PIB. Relevam também 1999, quando ocorreu o inverso: fez-se um ajuste de quatro pontos e evitou-se um colapso da economia (à época a projeção de consenso no início do ano era de queda de 4% no PIB; acabou ligeiramente positivo).

Vejo tensões em torno da manutenção do teto no curto e no longo prazos. No curto prazo, há legítimas pressões para a prorrogação por mais algum tempo de gastos com assistência social. O teto é uma âncora. Embora boa em tese, como toda âncora, depende da resistência da corda, que no caso corre o sério risco de não aguentar a tensão.

Não recomendo a volta ao orçamento pré-Covid em apenas um ano. A economia vem se recuperando, mas segue fraca. Melhor seria deixar um pouco do ajuste para 2022, sem, no entanto, abandonar a meta de superávit primário de 3% do PIB para 2024.

Não ignoro que 2022 seja um ano eleitoral, o que tornaria pouco crível a promessa de qualquer aperto adicional naquele ano. Mas nas circunstâncias atuais é o caminho que nos resta, pois há sinais de que importantes reformas estruturais não parecem politicamente viáveis no curto prazo. E nem estamos falando dos estados, a maioria em crise, em alguns casos grave.

Num prazo mais longo, a aderência ao teto levaria ao final de seus sete anos a uma queda de cerca de três pontos percentuais do PIB no gasto federal (em função do gasto crescer menos que o PIB).

Quedas semelhantes terão que ocorrer também nos estados, onde gastos com folha de pagamentos e Previdência são insustentáveis.

Sem completar a reforma da Previdência e fazer uma reforma do RH do Estado que tenha impacto de curto prazo (inclusive sobre a qualidade dos serviços públicos), será impossível fazer o ajuste fiscal necessário e ,ao mesmo tempo, gerar recursos adicionais em maior escala para investir nas áreas sociais.

Mesmo sem as grandes reformas, seria possível com os ajustes propostos acima criar algum espaço para investimento, fazendo o teto crescer 1% ao ano acima da inflação. Dessa forma, ao final dos sete anos, o ajuste fiscal do governo como um todo ocorreria dividido em partes mais ou menos iguais entre cortes de gastos, aumentos de tributação e ganhos de receita com a recuperação. Pela ótica do gasto haveria uma redução do tamanho do Estado. Pela ótica da arrecadação haveria um aumento, voltando aos níveis de 2011.

Fazer as reformas para reforçar o SUS e a rede de assistência social seria a melhor opção. Não sendo possível, recomendo a opção acima.

Embora não recomendáveis, outras opções seriam possíveis. Apresento aqui os casos extremos: por um lado, com as reformas, usar as economias para reduzir a carga tributária; por outro, sem as reformas, seguir aumentando a carga para gastar mais ou para preservar privilégios. Essa última opção tem prevalecido há décadas no Brasil, com resultados modestos, a meu ver, bem modestos.

No âmbito da assistência social, seria sensato prorrogar modesta e temporariamente o auxílio emergencial, enquanto se aprofunda a discussão sobre o formato e a viabilidade de propostas mais permanentes. Importante notar que tanto a esquerda quanto o governo se recusam a considerar ajustes internos à rede de assistência, uma curiosa convergência. Fica claro aqui que a eliminação dos aspectos regressivos da tributação nos daria autoridade moral para uma discussão desarmada do desenho da assistência social.

Claramente estamos diante de um caso extremo de cobertor curto. Não é possível ao mesmo tempo manter o teto atual, gastar mais com assistência social e SUS e não elevar a carga tributária. Não é possível esperar tanto tempo pelo ajuste fiscal. Se as reformas estruturais avançassem, a margem de manobra fiscal aumentaria. Idem com a eleição em 2022 de uma alternativa de centro.
Herculano
25/10/2020 07:01
ONGS TENTAM IMPEDIR FERROVIA NO TAPETÃO DO TCU, por Cláudio Humberto na coluna que publicou neste domingo nos jornais brasileiros

Organizações não-governamentais (ONGs), que recebiam milhões do governo (até o presidente Jair Bolsonaro fechar a torneira) agora tentam, através de ação do Ministério Público, atrapalhar investimentos como no caso da ferrovia EF-170. Conhecida como Ferrogrão, que liga Sinop (MT) a Itaituba (PA), a ferrovia atravessará quase 1.000km para escoar os produtos da região aos portos, na costa. Há previsão de quase R$13 bilhões de investimentos na região, que é uma das mais pobres do País.

OUTRO GOVERNO

A ideia é parar tudo porque durante o governo Temer o diretor da ANTT, prometeu "ouvir comunidades indígenas", ou sejam, as próprias ONGs.

CAIU NO PAPO

O MPF entrou na "vibe" das ONGs e pediu para o Tribunal de Contas da União suspender a ferrovia até que os indígenas sejam "consultados".

A LEI NÃO É BRASILEIRA

A iniciativa se sustenta em uma convenção da Organização Internacional do Trabalho (nº 169) sobre povos indígenas.

TORNEIRA FECHADA

A ONG Instituto Socioambiental (ISA), que só em 2018 abiscoitou R$19,7 milhões do governo e já não leva mais nada, é uma das autoras da ação.

PICPAY ACUSADA DE ENGANAR CLIENTES COM CASHBACK

A fintech PicPay, ligada ao Banco Original e JBS, tem sido acusada de enganar e endividar clientes em promoções supostamente falsas de dinheiro de volta, os cashbacks. O envio de promoções de até 20% para usar o aplicativo no pagamento parcelado de boletos esconde do cliente que juros e taxas cobradas pela empresa superam o cashback ofertado. Pior, os textos sugerem ser uma boa saída para quem está com dívidas.

NÃO CAIA NESSA

Pela tentadora oferta, o usuário que parcela um boleto de R$1.000 em 10x ganha 20% de volta (R$ 200). O problema é que ele paga R$1.237.

ALô, BANCO CENTRAL!

O cliente que acredita em oferta de 20% de cashback acaba pagando 3,7% a mais se aceitar a "promoção" da PicPay. Mas há casos piores.

ERA DE SE ESPERAR

A PicPay tem mais de 26 mil reclamações não respondidas no Reclame Aqui e, procurada, não respondeu aos questionamentos desta coluna.

PROVAS INCONTESTES

Réu pela quarta vez, agora por lavagem de dinheiro, o ex-presidente Lula insiste na curiosa estratégia de atacar a Justiça em vez de contestar as provas abundantes contra ele. Repetiu a ladainha de "perseguição".

CELEIRO DE JURISTAS

Bolsonaro nomeou o ex-chefe de gabinete Pedro Souza para a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil. Inexperiente na advocacia, ele é oriundo da Polícia Militar do DF, como Jorge Oliveira, futuro ministro do TCU. Fica combinado que a PM é um celeiro de notáveis juristas.

NOVO CERIMONIAL

O diplomata Marcos Sperandio será o novo chefe do Cerimonial do presidente Jair Bolsonaro, a partir de dezembro. Trabalho muito difícil, que exige competência, dedicação e muita paciência.

BESTEIROL PETISTA

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), quer uma lei para obrigar o cidadão a ser vacinado contra o coronavírus. Na justificativa de uma página, o presidente Bolsonaro é citado, de forma negativa, três vezes.

O PROBLEMA É PRÁTICO

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse à rede Record, sem entrar na discussão sobre a obrigatoriedade da vacina, que uma vacinação em massa rápida vai exigir quase uma "operação de guerra".

EU E EU MESMO

Deputado estadual e candidato a prefeito de São Paulo, Arthur do Val (Patri) ridicularizou anúncio do adversário Guilherme Boulos de fazer um debate com ele mesmo. "Esse é o diálogo que o Psol prega", disse.

QUEM APOSTA?

Segundo o site de apostas Betfair.net, o desempenho do presidente dos EUA, Donald Trump, no debate de quinta (22) melhorou suas chances de ser reeleito em 2%. Mas Joe Biden ainda lidera com 66% de chance.

SOLTANDO O FREIO DE MÃO

Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade comemora os resultados dos primeiros leilões no saneamento básico. Segundo ele, o sucesso é uma comprovação que "o novo marco legal trouxe segurança jurídica".

PERGUNTA NO POSTO DE SAÚDE

Se a vacina chinesa é desenvolvida em parceria com o Butantã, por que o governo de São Paulo importou 6 milhões de doses da China?
Herculano
25/10/2020 06:52
REFORMA TRIBUTÁRIA E ESCOLHA SOCIAL, por Samuel Pessôa, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e sócio da consultoria Reliance, no jornal Folha de S. Paulo

Todos terão que perder simultaneamente para que todos possam se beneficiar

Há um argumento poderoso contrário ao projeto de emenda constitucional 45. O projeto, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e que contou com suporte técnico do Centro de Cidadania Fiscal, promove uma profunda reforma dos impostos indiretos - ISS, ICMS, PIS/Cofins e IPI. O argumento contrário é que a reforma é demasiadamente ambiciosa.

O sistema tributário é fruto de construção institucional e, portanto, seu desenho mais geral, bem como os detalhes, foram fruto de um processo histórico.

Se nosso sistema tributário é muito complexo, e gera muito litígio e inúmeras ineficiências na produção e na decisão de investimento, isso se deve a um processo de escolha da sociedade. Não tem as atuais características porque algum anjo maligno resolveu nos infernizar.

Assim, deve-se aplicar um princípio conservador que Edmund Burke aprovaria: reformas institucionais devem ser incrementais e respeitosas ao status quo. O melhor, por essa visão, é partir de onde estamos e aprovar pequenas reformas, em geral medidas infraconstitucionais, na direção da simplificação.

O argumento acima me parece correto e poderoso em tese. Aplica-se a quase todo processo de mudança institucional. Mas, no caso da reforma tributária, penso que está equivocado.

O motivo é que, por detrás de cada complexidade, cada regime especial ou desoneração, há algum grupo da sociedade que tem interesse na manutenção da excepcionalidade.

Como se diz em Brasília, jabuti não sobe em árvore.

Assim, o caminho incremental para a reforma tributária de impostos sobre a produção é impossível. Toda pequena alteração incremental na direção da simplificação significa atingir algum grupo organizado da sociedade que no passado colocou aquele jabuti em algum galho da árvore do sistema tributário brasileiro. O grupo de pressão lutará fortemente para manter seu jabuti no lugar.

Mancur Olson nos ensinou que, nesses casos, a maneira de resolver o problema de ação coletiva é haver um fórum abrangente que permita a negociação em bloco da reforma. Todos terão que perder simultaneamente. A perda de todos se trata, na verdade, de uma perda específica para cada grupo. Porém, como cada grupo participa do todo, todos se beneficiarão do impacto agregado da reforma.

Como o nível de distorção e ineficiência gerada pelo sistema tributário é enorme, há uma possibilidade de que os diversos grupos de pressão percebam que os ganhos, advindos dos efeitos difusos da reforma, são superiores, em larga margem, às perdas localizadas.

Com relação à reforma de nosso hipercomplexo sistema de tributação da produção, não há saída incremental possível. Teremos que ser revolucionários.

Na semana passada afirmei que o STF deliberou que feria o princípio da autonomia dos entes da Federação o fato de o Tesouro Nacional interpretar, nos contratos de renegociação de dívida com os estados, "gasto com pessoal" segundo seus critérios.

A informação está errada. A Advocacia Geral da União não defendeu junto ao STF a constitucionalidade do artigo 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que determina um critério único de contabilização dos gastos com pessoal definido pela União. Os Estados contabilizam gastos de pessoal segundo critérios próprios.

Já passou do tempo de a AGU propor uma ação direta defendendo a harmonização do critério de "gasto com pessoal" entre o Tesouro e os estados.

Agradeço à minha colega Cristiane Schmidt - que tem feito trabalho excelente à frente da Secretaria de Estado da Economia de Goiás - me chamar a atenção para esse ponto.
Herculano
25/10/2020 06:45
A TROCA TRIUNFAL DAS MOSCAS, por Carlos Brickmann

Bolsonaro está quase completando dois anos de mandato. Prometeu varrer a corrupção, afastar do Governo a velha política, acabar com a busca de apoio em troca de cargos. Teve seus tropeços: as acusações contra seu filho mais velho, o senador Flávio, a delirante ideia de nomear Eduardo, seu filho mais novo, para a Embaixada em Washington, a proximidade do filho do meio, Carluxo, com o Gabinete do ?"dio. A pergunta que vem sendo feita há dois meses, por que Queiroz e esposa depositaram R$ 89 mil na conta de Michele Bolsonaro, não foi respondida; formalizou-se a aliança com o Centrão, a base da Velha Política. Diante disso, qual a opinião do eleitor sobre o Governo?

A revista Exame contratou o Instituto Ideia para pesquisar o tema.

Corrupção: para 37%, a corrupção no atual Governo não aumentou nem diminuiu. Para 34%, a corrupção aumentou. Para 25%, diminuiu.

Tendência da corrupção, diante das providências do Governo: para 29%, vai aumentar. Para 35%, continuará igual. Para 27%, deve diminuir.

Popularidade: a avaliação do presidente Bolsonaro é positiva para 37%, que o consideram "ótimo" e "bom".

Influência nas eleições: até agora, nada sensível. Bolsonaro apoia com firmeza Celso Russomano, em São Paulo, e Marcelo Crivella, no Rio. Mas muita gente, 21%, tende a não comparecer à votação, por causa da pandemia. E metade dos entrevistados ainda não escolheu candidato à Prefeitura, nem tem posição pró ou contra o candidato do presidente. Pode haver surpresas.

SEM FANTASIA

A nota acima não traz conclusões: só mostra o resultado de uma grande pesquisa. Mas é interessante verificar que a grande promessa de Bolsonaro, o combate à corrupção, até agora, na opinião dos eleitores, não rendeu frutos.

RACHADINHA NO PODER

É guerra aberta. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desativou boa parte do aparato de combate às queimadas por falta de recursos (a mesma briga de há poucas semanas). A colunista Bela Megale, de O Globo, publicou nota dizendo que há gente no Governo acreditando que Salles estica a corda, testando a força dos militares. Salles atribuiu a informação da nota ao general chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o acusou de adotar "postura de Maria Fofoca". Até aí, normal: os ministros de Bolsonaro brigam muito. Mas a briga cresceu: e os olavistas, os "ideológicos", os "radicais" se puseram ao lado de Salles contra os militares. Houve quem chamasse Ramos de "Maria Fifi". Eduardo Bolsonaro ficou com Salles.

Rachadinha profunda.

TÁ FALTANDO UM

E o general Mourão, vice-presidente da República, encarregado de tomar conta da Amazônia? Na última briga de Salles por falta de dinheiro, foi ele que segurou os dois lados. Mourão está quieto. Logo agora, que Bolsonaro deixa claro que será candidato à reeleição, mas não quer Mourão de vice! De que lado vai ficar? Seu futuro político também está em discussão. Mourão, se for candidato à Presidência, provoca uma divisão no bolsonarismo.

E BOLSONARO?

Os filhos fecharam com Salles, contra o general Ramos. Bolsonaro nada falou. Mas convidou Ramos para acompanhá-lo, na manhã de sexta, à festa do Dia do Aviador, marcada pelo voo inaugural em Brasília do caça Gripen,

A GUERRA DA VACINA

Guerra da vacina? Besteira: o presidente Bolsonaro está em guerra contra o governador paulista João Doria, que identifica como adversário na eleição presidencial (e, a julgar pela raiva com que atua, deve julgá-lo forte), não contra a vacina criada na China. Se o problema fosse a China, Bolsonaro também não aceitaria a vacina desenvolvida pelo Imperial College de Oxford e o laboratório Astra-Zeneca. Boa parte dos produtos farmacêuticos desta vacina é comprada na China. O problema não é a China, é a eleição.

MUY AMIGOS (GOOOOOD FELLOWS)

Foi só a missão diplomática americana que veio pedir apoio na guerra à Huawei chinesa deixar o Brasil que os EUA começaram a investir - investir contra a economia brasileira: impuseram sobretaxa de 50% às importações de chapas de alumínio aqui produzidas. Segundo a Associação Brasileira do Alumínio, a sobretaxa inviabiliza as exportações para o mercado americano, até agora o maior cliente do Brasil. Isso ocorre junto com a assinatura do acordo brasileiro-americano sobre redução de obstáculos ao comércio.

MAS A ALIANÇA EXISTE

Mas não nem tudo é dificuldade entre Brasil e EUA: nesta semana, em reunião na Suíça, ambos, mais 30 aliados, se aliaram no Consenso de Genebra, união internacional contra o aborto. Uganda, Hungria, Egito e Indonésia, com Brasil e EUA, lideraram a criação do Consenso de Genebra. Pelos EUA, lá esteve pessoalmente o secretário de Estado Mike Pompeo. Pelo Brasil, por vídeo, o chanceler Ernesto Araújo e a ministra Damares.
Herculano
25/10/2020 06:38
BOLSONARO RESPONDEU UMA MENSAGEM NAS REDES E ABRIU UMA RIDÍCULA GUERRA DA VACINA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Desde que o coronavírus chegou ao Brasil, matando mais de 150 mil pessoas, Bolsonaro militou no exercício ilegal da medicina com sua cloroquina

Sabe-se que Jair Bolsonaro dorme mal. No ano passado ele revelou que penava 89 episódios de apneia por hora: "Detenho o recorde brasileiro". Sabe-se também que instalou uma escrivaninha no espaçoso guarda-roupas do Alvorada e passa o tempo ligado nas redes sociais de sua estima.

Às 5h45 da madrugada de quarta-feira (21) o presidente continuava diante de seu computador quando respondeu a uma mensagem com um grito de guerra: "O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. (...) Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a vacina".

Estava aberta uma ridícula Guerra da Vacina. Bolsonaro sabia que o Ministério da Saúde havia oficializado a sua intenção de comprar 46 milhões de doses da Coronavac, que, nas suas palavras, transformou-se na "vacina chinesa do João Doria". Desde que o vírus chegou ao Brasil, matando mais de 150 mil pessoas, Bolsonaro militou no exercício ilegal da medicina com sua cloroquina, fritou dois ministros da Saúde e, com seu surto matutino, começou a refogar o terceiro. Nos seus gritos de guerra anunciou que a "vacina não será comprada" porque "não abro mão de minha autoridade".

Parolagem. Horas depois, a Agência de Vigilância Sanitária (detentora da autoridade) informou que, como acontece com qualquer medicamento, autorizará a compra do fármaco que cumpra os requisitos científicos.

No rescaldo do surto, 11 palavras do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz explicam a barulheira: "Falta de capacidade e organização interna" e "um nível de mediocridade extrema".

Santos Cruz foi um dos três ases militares levados para o governo pelo capitão Bolsonaro. Os outros dois foram Hamilton Mourão e Augusto Heleno. Ele era o único a não ter se envolvido em episódios de indisciplina. Durou seis meses, dois dos quais em processo de fritura. Desde que saiu do governo Santos Cruz tem sido um crítico raro porém pontual. Se quisesse, teria sido candidato à Prefeitura do Rio, mas afastou-se do cálice.

Quem entende o mundo dos generais garante que Santos Cruz é ouvido.

AMY E KASSIO

O ministro Gilmar Mendes não gosta que se façam paralelos entre a Suprema Corte dos Estados Unidos e o Supremo Tribunal Federal.

O que aconteceria com a escolha da juíza Amy Coney Barrett, indicada para o tribunal, dissesse aos senadores americanos que seu marido trabalha lá, mas não sabe exatamente o que ele faz? E se o senador em cujo gabinete o cidadão está lotado também não souber?

O juiz federal Kassio Nunes Marques não soube dizer aos senadores o que sua mulher faz no gabinete do senador Elmano Férrer (PP-PI). Nem ele.

Kassio explicou aos doutores que o custo de vida em Brasília é muito caro. Treze milhões de desempregados encaram o custo de vida sem salário algum, mas faça-se justiça: ela é economista e não advoga nas cortes de Brasília. Jesse Barrett, o marido de Amy, é advogado criminalista e trabalha numa banca em Indiana.

UMA GRANDE HISTóRIA DOS EUA

Está nas livrarias "Estas Verdades - História da Formação dos Estados Unidos", da professora Jill Lepore, de Harvard. Com 866 páginas e quase dois quilos, vai de Cristóvão Colombo a Donald Trump.

Lepore gosta da vida, de História e dos Estados Unidos. Isso faz com que sua produção tenha um discreto bom humor, levando-a a tratar de tudo, inclusive cinema ou esporte. Os personagens de "Estas Verdades" têm carne e osso. Ela olha para os magnatas, os poderosos, os negros, os índios e as mulheres. Em 1760 o fazendeiro George Washington consertou sua boca usando dentes de escravizados. (Pelo menos 43 deles fugiram e um combateu ao lado dos ingleses. Da fazenda de Thomas Jefferson fugiram 13. O futuro presidente acasalava-se com a escrava Sally Hemmings, meia-irmã de sua falecida mulher. Na conta do erudito amante e senhor, ela só tinha um oitavo de sangue negro.)

No século 18, as colônias americanas tiveram duas revoluções, uma contra o domínio inglês, outra contra a escravatura. Esta levou quase um século para prevalecer. O que levou os colonos a se rebelar não foram apenas os impostos e a repressão, mas sobretudo a oferta da liberdade para os escravos. Em 1776 um grupo de "subversivos", segundo o filósofo inglês Jeremy Bentham, criou um estado "absurdo e visionário". Em 1801 a Suprema Corte se reunia na pensão em que viviam seus juízes.

Lepore diz coisas assim: "A Inglaterra manteve-se no Caribe e desistiu da América". Ou ainda, tratando da Guerra Civil: "O Sul perdeu a guerra, mas ganhou a paz".

A grande nação americana foi construída também pelos movimentos dos trabalhadores, dos imigrantes e dos negros. "Estas Verdades" vai mostrando essa história aos poucos, com um elegante domínio dos fatos: em 1776, quando foi proclamada a independência dos Estados Unidos, a temperatura na cidade de Filadélfia era de 11 graus, às vésperas da chegada de Donald Trump era de 15. Para Bill Gates, "Estas Verdades" é o "relato mais honesto e mais bem escrito que já li sobre a história dos Estados Unidos". Jill Lepore conta uma grande aventura e termina com certa ansiedade: "Uma nação não pode escolher seu passado, só pode escolher seu futuro".

RECORDAR É VIVER

Deu no New York Times: pelo menos 545 crianças cujas famílias tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos estão em abrigos, sem que seus pais tenham sido localizados. No debate de quinta-feira (22) Donald Trump fugiu da pergunta durante vários minutos.

Essas coisas acabam passando despercebidas enquanto a vida segue, naquilo que parece ser uma rotina maior que pequenos dramas.

No dia 12 de dezembro de 1938 chegou a Londres um navio que transportava 200 crianças judias alemãs, entregues pelos pais para que fossem criadas por famílias inglesas. (Até o fim da guerra foram mais de 10 mil. O filho de uma delas, Michael Moritz, tornou-se um milionário e doou US$ 15 milhões para programas de ajuda aos pobres da Universidade de Oxford.) Nas semanas em que as crianças judias desceram em Londres, Josef Stálin assinou 30 listas com os nomes de 5.000 pessoas que deviam ser executadas e foi ao cinema do Kremlin ver uma comédia.

No Rio, Vargas posou para o escultor Leão Veloso e foi ao cinema ver "Corpo e Alma de uma Raça". Passou o tempo e a história de Nicholas Winton, o inglês que organizou o resgate está na rede, em vários vídeos. Quem quiser poderá cultivar suas emoções por alguns minutos. O título de um deles é "Nicholas Winton, o Herói Anônimo da Segunda Guerra".
Miguel José Teixeira
24/10/2020 20:13
Senhores,

1) "Moisés será afastado por 180 dias e Daniela Reinehr assume governo de SC" (Cruzeiro do Vale).

2) "Na política, se você quiser que algo seja dito, pergunte a um homem; se você quiser fazer alguma coisa, pergunte a uma mulher." (Margaret Thatcher)(Correio Braziliense).

Portanto, nós Catarinenses teremos uma ótima oportunidade para testar o potencial da frase da ex-primeira-ministra britânica.

Saúde e força, Governadora Daniela Reinehr!

A Bela e Santa Catarina é infinitamente maior que a cobiça de certos homens públicos pelo vil metal!
Miguel José Teixeira
24/10/2020 16:41
Senhores,

Davi ou Golias

Caso Chico: Alcolumbre ignorou precedentes. Desde 2012, ao menos cinco senadores pediram à Mesa Diretora do Senado a chamada "licença para tratar de interesse particular" por um período superior a 120 dias. Em todos os casos, o afastamento abrangia mais de um ano legislativo. Dentre eles, apenas o do senador Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro entre as nádegas, não foi submetido à votação pelo plenário do Senado, graças a uma brecha no regimento encontrada pela turma de Davi Alcolumbre . A equipe jurídica do Senado defende que tudo aconteceu sob a interpretação dos artigos do regimento que regulamentam a concessão de licenças. O texto que determina a votação em plenário para requerimentos de licença maiores que 120 dias menciona que a folga se dá "em uma mesma sessão legislativa", ou seja, no mesmo ano legislativo iniciado em 2 de fevereiro e encerrado em 22 de dezembro. Davi entendeu que, como a licença de Chico Rodrigues só acaba em fevereiro do ano que vem, ele próprio poderia autorizar sozinho o requerimento, sem que a decisão fosse dividida com os demais senadores. Só que o mesmo tratamento não foi dado pelo próprio Alcolumbre a Cid Gomes, que pediu uma folga de 122 dias no dia 11 de dezembro do ano passado, voltando ao trabalho somente no dia 10 de abril deste ano, ultrapassando, portanto, o ano legislativo. (Crusoé)

E não é que o cangaceiro renan calheiros tinha razão?

"Alcolumbre é o golias travestido de davi". . .
Miguel José Teixeira
24/10/2020 12:40
Senhores,

O novo normal

De general cabresto à general maria fofoca o capitão zero-zero vai tangendo a tropa.

. . .
"Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente". . .

(Theophilo Augusto De Barros Neto/Geraldo Vandré ( Pedrosa De Araujo Dias)

Ouça a Disparada com o Saudoso e Iluminado Jair Rodrigues em:

https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=musica+disparada
Miguel José Teixeira
24/10/2020 08:34
Senhores,

Cinco frações

1) "Após vitória de aliado, Evo Morales deixa Argentina e vai para a Venezuela" (FSP)

Pois é. . .reprovou no estágio que fazia no purgatório e foi para o inferno. . .

Será que a Bolívia irá criar o "ministério da coca e derivados" para abrigar o cocaleiro evo morales?

2) "Lula vira réu pela quarta vez na Lava Jato por lavagem de dinheiro" (UOL).

Pois é. . .vira, mexe e aparece as impressões digitais dos 9 quirodáctilos. . .

Será que lavar dinheiro é mais nobre que k-gá-lo como o fêz o vice-líder do bolsonaro no senado?

3) "Delegada de esquerda, Martha Rocha ameaça polarização entre Paes e Crivella" (UOL).

Pois é. . .parece-me que está aí a solução para a Cidade Maravilhosa. . .

Será que as tais duas polegadas, que no passado determinaram a derrota de sua "xará" no concurso Miss Universo, se repetirá?

4) "Com apoio de filhos do presidente, núcleo ideológico pressiona Bolsonaro a trocar Ramos" (FSP).

Pois é. . .parece-me que o exército está literalmente "deitado eternamente em berço esplêndido"

Será que as FFAA continuarão a fazer o papel de "bobos da corte" nesse atabalhoado pentiunvirato bolsonaro?

5) "Desisto da polidez e boa educação. Fora,
Bolsonaro!

(UOL-por Carlos Fernando dos Santos Lima advogado e ex-procurador da República. Integrou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba entre 2014 e 2018)
Herculano
24/10/2020 07:13
AI, AI, AI

Corre áudio nos aplicativos de mensagens em que um ex-vereador candidato agora, oferece a um eleitor vaga no governo. Então...
Herculano
24/10/2020 07:08
HUMILHAÇÃO DE GENERAIS VIRA ROTINA SOB BOLSONARO, por Josias de Souza, no UOL

Deve doer nos integrantes da ala militar do governo a percepção de que fazem o papel de generais desastrados, numa peça confusa, em que o protagonista é um capitão destrambelhado e o epílogo é o centrão. Aos pouquinhos, os generais vão se tornando asteriscos humilhantes de um governo em que imaginavam ser os mais importantes. Jair Bolsonaro humilha-os e permite que sejam humilhados. Resignados, os generais humilham-se a si mesmos.

O paraquedista Eduardo Pazuello assumiu a pasta da Saúde depois que Bolsonaro fritou o ortopedista Henrique Mandetta e tostou o oncologista Nelson Teich. Agora, carbonizado pelo chefe na guerra da vacina, o general tornou-se uma porção de cinzas. E conformou-se com o seu novo estado: "Um manda e outro obedece."

Luiz Eduardo Ramos trocou o prestigioso Comando Militar do Sudeste pelo posto de comandante de uma escrivaninha no Planalto. Assumiu a Secretaria de Governo da Presidência. A vaga era ocupada pelo também general Carlos Alberto dos Santos Cruz, dissolvido nos primeiros seis meses do governo num caldeirão em que se misturavam ataques de um filósofo autoproclamado, Olavo de Carvalho, e de um filho aloprado, Carlos Bolsonaro.

Menos de 24 horas depois da calcinação do amigo Pazuello, Ramos caiu numa fritura sui generis. Quem manuseia o cabo da frigideira não é o presidente, mas o colega civil Ricardo Salles, titular da pasta do Meio Ambiente. Membro do bloco ideológico-apocalíptico do governo, Salles plugou-se às redes sociais para grudar em Ramos a hashtag #mariafofoca. Não se ouviu um pio do general. Tampouco o presidente se manifestou em público.

Relações administrativas são regidas por uma combinação lógica de fatores. Se um ministro executa movimentos que não coincidem com a tática do chefe, ele é mandado embora. Se o presidente desfaz o que estava combinado, aí é o ministro quem pede para sair. Quando um Pazuello prefere bater continência para a humilhação a elevar a própria estatura, reduz o pé-direito do ministério.

Quando um ministro vai às redes sociais para desmoralizar um colega e nada acontece, desmoraliza-se o governo. Se a desmoralização ocorre no Meio Ambiente, esculhamba-se o ambiente inteiro. O fogo não arde apenas na Amazônia e no Pantanal. Há incêndio também nos gabinetes de Brasília. Estabeleceu-se nesse setor um duplo comando que não tem o menor risco de dar certo.

Bolsonaro impôs a Ricardo Salles uma convivência compulsória com o vice-presidente Hamilton Mourão, convertido em coordenador do Conselho Nacional da Amazônia. Subordinado a Salles, o Ibama suspendeu o combate às queimadas sob a alegação de que o Tesouro Nacional não liberou as verbas. Incumbido de melhorar a imagem ambiental do Brasil, o general Mourão abespinhou-se por não ter sido avisado. Entrou em campo para abrir o cofre.

Os generais do Planalto tomaram as dores de Mourão. Salles enxergou as digitais de Luiz Eduardo Ramos numa nota publicada no Globo. Despejou sua insatisfação nas redes sociais: "Tenho enorme respeito pela instituição militar. Como em qualquer lugar, infelizmente, há sempre uma maçã podre a contaminar os demais. Fonte de fofoca, intriga, de conspiração e da discórdia, o problema é a banana de pijama."

Decorridos alguns minutos, Salles decidiu dar nome à banana. Apagou a primeira mensagem e postou algo mais incisivo: "@Min-LuizRamos não estiquei a corda com ninguém. Tenho enorme respeito e apreço pela instituição militar. Atuo da forma que entendo correto (sic). Chega dessa postura de #mariafofoca."

O general Santos Cruz, antecessor de Ramos na coordenação política do Planalto, fez uma avaliação ácida logo que foi expurgado do governo. Definiu o governo Bolsonaro como "um show de besteiras", que "tira o foco daquilo que é importante." Nesta sexta-feira, Santos Cruz levou à vitrine do Twitter um ensinamento para os colegas que continuam no governo.

"Hierarquia e disciplina, na vida militar e civil, são princípios nobres", anotou o ex-ministro. "Não significam subserviência e nem podem ser resumidos a uma coisa 'simples assim, como um manda e o outro obedece'... como mandar varrer a entrada do quartel."

O acúmulo de humilhações simplifica a vida dos militares do governo. Para demonstrar alguma altivez, basta que os generais continuem agachados. O "festival de besteiras" logo evoluirá para o estágio da balbúrdia. Se é que já não evoluiu.
Herculano
24/10/2020 06:53
da série: mais uma confusão. E ela não nasce do nada. É plantada para resultados futuros. Todas elas, foram assim e tiveram o mesmo desfecho com ex-ministros que deram lustro ao governo, mas foram engolidos pelas circunstâncias. Chupa-se a cana, sem doçura, joga-se o bagaço fora. Antes, porém, é preciso criar discórdias que se estabelecem em motivos para a decisão ou escolhas. Simples assim!

COM APOIO DE FILHOS DO PRESIDENTE, NÚCLEO IDEOLóGICO PRESSIONA BOLSONARO A TROCAR RAMOS

Presidente, porém, ainda não deu sinais de que pretende substituir ministro, que ganhou confiança ao articular aliança com centrão

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Gustavo Uribe, Danielle Brant, Daniel Carvalho e colaboração de Ricardo Della Colleta, da sucursal de Brasília.

As críticas públicas feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, são amparadas pelos filhos de Jair Bolsonaro e fazem parte de estratégia do núcleo ideológico para convencer o presidente a trocar o responsável pela articulação política do governo.

A pressão, que ocorre nos bastidores desde agosto e até agora vinha sendo refutada pelo presidente, tornou-se pública nesta sexta-feira (23), após Salles ter citado nominalmente Ramos nas redes sociais e pedido ao militar para parar com uma postura de "maria fofoca".

O estopim para a crise foi uma nota no jornal O Globo que afirmava que o ministro estava esticando a corda com a ala militar do governo em decorrência do episódio envolvendo a falta de recursos no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) - Salles disse que, sem dinheiro, brigadistas interromperiam atividades de combate a incêndios e queimadas.

A decisão de Salles de tornar público o embate, segundo assessores palacianos, busca tentar acelerar o desgaste de Ramos para que seja possível convencer Bolsonaro a incluir o general na minirreforma ministerial programada para fevereiro.

A ideia é repetir a fritura realizada no ano passado com o general Carlos dos Santos Cruz, que também comandava a Secretaria de Governo e foi criticado pelo núcleo ideológico por sua postura moderada. Bolsonaro foi influenciado a substituí-lo no posto.

O grupo que defende a substituição de Ramos conta com o respaldo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Para reforçar o apoio a Salles, o filho 03 do presidente postou mensagem desejando "força" ao ministro. "O Brasil está contigo e apoiando seu trabalho", escreveu.

A troca de Ramos também tem respaldo do secretário da Pesca, Jorge Seif, e do escritor Olavo de Carvalho, considerado o guru da família presidencial.

No processo de fritura, congressistas da base ideológica dizem que falta a Ramos jogo de cintura por ele ser militar. Eles também reclamam que o ministro da articulação política os trata bem, mas, em questões práticas, como a liberação de dinheiro das emendas parlamentares, prioriza os pleitos do centrão.

Até o momento, Bolsonaro não deu sinais de que pretende sacar Ramos do cargo. O general conta com a confiança do presidente e é creditada a ele a articulação que selou a aliança do governo com o bloco do centrão. O militar ganhou recentemente um forte aliado: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nesta sexta, Bolsonaro fez acenos aos dois ministros. Chegou com Ramos em seu carro à Base Aérea de Brasília, na manhã desta sexta (23), para a cerimônia de apresentação do Gripen, caça da FAB (Força Aérea Brasileira), que fez seu voo inaugural. Salles estava na plateia, junto com outros auxiliares presidenciais.

Em determinado momento, os dois ministros ficaram próximos a Bolsonaro, que deu um abraço em Salles. Ramos apenas observou.

O vice-presidente Hamilton Mourão foi questionado por repórteres nesta sexta sobre as divergências entre os ministros. "Isso não passa por mim, os ministros são do presidente e eu não me meto nessa guerra", afirmou.

Caso Bolsonaro seja convencido a fazer uma mudança até fevereiro, assessores presidenciais apontam que o nome favorito para desempenhar a função é o do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Em conversas com aliados, porém, Faria tem dito que não pretende assumir o posto e que apoia a manutenção de Ramos.

Nos bastidores, Faria já desempenha informalmente o papel de articulador, fazendo a ponte entre Executivo e Legislativo.

No Congresso, a avaliação de líderes partidários é de que uma troca não traria grandes mudanças na articulação política. Faria também tem boa relação com Maia e conta com até mais respaldo que Ramos junto ao centrão, bloco do qual o PSD, partido ao qual é filiado, faz parte.

Faria, deputado federal licenciado, teria amparo de lideranças do centrão e poderia atuar como uma espécie de porta-voz do bloco dentro do Executivo.

Apesar disso, o nome de Ramos ainda é forte entre os congressistas. Líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) usou uma rede social para manifestar apoio ao general.

Barros postou uma foto em que aparece ao lado de Ramos e de Bolsonaro. "Ministro Ramos competente na articulação política. Ainda ontem em solenidade no Palácio do Planalto, tratamos do tema da articulação com o presidente Bolsonaro", escreveu. "Entrosado com os líderes do governo e dos partidos na Câmara e no Senado, Ramos está assegurando governabilidade."

Líder do Podemos na Câmara, o deputado Léo Moraes (RO) criticou Salles. "Sabemos que os motivos dos ataques ao ministro Luiz Eduardo Ramos não são nada republicanos", afirmou.

"O presidente Bolsonaro precisa permanecer atento, fiel a suas promessas de campanha e valorizar quem tem princípios e compromisso verdadeiros com o Brasil, como é o caso do general Ramos."

A disputa entre militares e ideológicos era frequente no início da atual gestão, mas passou por um arrefecimento neste ano, após o presidente ter fortalecido a cúpula fardada, entregando a ela todos os cargos ministeriais do Palácio do Planalto.

As críticas enfrentadas por Ramos no início do ano, sobretudo de líderes partidários, restabeleceu o embate, que perdeu força novamente após o acordo com o centrão. Agora, com a iminência de uma troca de cadeiras na Esplanada dos Ministérios, o conflito foi retomado.
Herculano
24/10/2020 06:40
INTRIGAS TERIAM COMO FONTE ASSESSORIA DE RAMOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou neste sábado nos jornais brasileiros

A polêmica envolvendo o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente), que reagiu a "fofocas e intrigas" que "atrapalham o governo Jair Bolsonaro", lançou luz sobre uma queixa crescente contra a assessoria do ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos. Ministros e parlamentares aliados estão convencidos de que saem daquela pasta, que funciona no Palácio do Planalto, as intrigas plantadas em órgãos de imprensa, em geral atribuídas a uma fantasiosa "ala militar" do governo.

'MARIA FOFOCA' TEM CRACHÁ

Ao se utilizar da expressão "maria fofoca", o ministro Ricardo Salles se referia a uma assessora de Ramos, cuja identidade não revelou.

TURMA DO 'DEIXA DISSO'

Após Salles reagir às "fofocas", no Twitter e depois durante entrevista à Rádio Bandeirantes, entrou em campo a "turma do 'deixa disso'".

O 'HOMEM SORRISO'

Poucos acreditam que Ramos faça intrigas. Afável e simpaticão, "ele ri até de barulho de xícaras", diz um ministro com gabinete no Planalto.

BRONCA NO CONGRESSO

Apesar disso, Ramos tem sido acusado por político aliados de "não resolver" e de manter emperradas demandas e emendas parlamentares.

COVID: PANORAMA DO BRASIL É O MELHOR EM 130 DIAS

Em queda livre desde 8 de agosto, quando atingiu o pico de 818,5 mil, o número de casos ativos, pessoas atualmente infectadas pela covid, despencou 51,3% para 399 mil nesta sexta, segundo o Ministério da Saúde. Ao contrário de europeus como França e Espanha, que têm números recordes de infecção este mês e já passaram de 1 milhão de casos, o Brasil tem o menor número de doentes dos últimos 130 dias.

O QUE IMPORTA

A queda nas mortes também foi de 52%, segundo o Worldometer, que monitora a pandemia no mundo. A média diária caiu de 1.019 para 493.

MENOS INFECÇõES

No mesmo período, o Brasil também reduziu a média de casos em 48% o número de casos, de 43,5 mil para 22,7 mil, segundo o levantamento.

EUROPEUS VÃO MAL

França, Espanha, Reino Unido e Itália juntos "dão um Brasil", mas os casos nesses subiram 917% e as mortes, incríveis 1.496% no período.

CHAVE DE CADEIA

Condenado pela distribuição de leite em caixas com logotipo de sua gestão, quando prefeito de Nova Iguaçu, o ex-senador Lindberg Farias (PT) é suspeito também de lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. E ainda queria ser candidato a vereador no Rio de Janeiro.

A FORÇA LOCAL

Candidato à prefeitura de Manaus com o apoio ostensivo de Bolsonaro, Coronel Menezes (Patriota) patina desde a largada. Já o veterano político Amazonino Mendes lidera com folga todos os levantamentos.

OUTRO ACORDO DE PAZ

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou mais um acordo de paz na região do Oriente Médio e África do Norte. Os EUA vão ajudar o Sudão financeiramente em troca de o país africano reconhecer o estado de Israel. É o quarto acordo mediado por Trump na região.

É TUDO FAKE?

A CNN, que apoia os democratas, divulgou sua pesquisa sobre quem venceu o debate, nos EUA: deu Joe Biden, claro, com 53% a 39%. Já na Fox News, pró-republicanos, Donald Trump venceu de 74% a 24%.

A CRISE É SÉRIA

Centenas de moradores de um bairro de Brasília ficaram 36 horas sem acesso à internet ou televisão entre quinta e sexta. O motivo: roubo de mais de 100m de cabos de fibra ótica e outros equipamentos.

TOMBO MENOR É VITóRIA

A Confederação Nacional da Indústria prevê que a economia brasileira vai retrair 4,2% neste ano de pandemia. É boa notícia: lembra que "no auge da crise, teve quem acreditasse que o tombo seria de 9%".


FAKE NEWS

O ativismo ideológico relata interpretações e não fatos. Ontem, Ernesto Araújo (Itamaraty) afirmou, em português, que o Brasil rejeita o aborto "como método de planejamento familiar". Não houve afronta às leis ou decisões do Supremo, como relatado por muitos comunicadores.

ÚNICO LADO BOM

Os incêndios no Pantanal e na Amazônia afetaram a nossa fauna, mas trouxeram um avanço. Resoluções do Conselho Federal de Veterinária liberaram uso de ozonioterapia e células-tronco para tratar queimaduras.

PENSANDO BEM...

...dizer que a vacina de Oxford é "chinesa" porque os insumos vêm da China é como dizer que o vendedor do cimento é o arquiteto do projeto.
Herculano
24/10/2020 06:28
da série: Bolsonaro usa os militares e eles estão ficando cada vez mais irritados.

A VASSOURADA DO GENERAL

Conteúdo de O Antagonista. O general Santos Cruz comentou o vídeo em que Jair Bolsonaro humilhou publicamente o general Eduardo Pazuello:

"Hierarquia e disciplina, na vida militar e civil, são princípios nobres. Não significam subserviência e nem podem ser resumidos a uma coisa 'simples assim, como um manda e o outro obedece' ... como mandar varrer a entrada do quartel."

A vassourada de Santos Cruz, nesse caso, não é no presidente abusivo, e sim na vassalagem vexaminosa do general. O Exército está perdendo a autoridade, e daqui a pouco ninguém mais vai varrer a entrada do quartel.
Herculano
24/10/2020 06:17
VACINA! CAPITÃO TANTÃ X BUTANTAN! por José Simão no jornal Folha de S. Paulo

A Coronavac foi pro brejo! Vai empacar na Anvisa! Estou anvisando! Rarará!

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador-Geral da República!

Pensamento do dia: "Eu não entro em 2021 sem ver o trailer antes". Senão não entro! Aceito spoiler! Rarará! Pensamento da semana: humanos tomam vacina, e gado, cloroquina! E o Bozo devia tomar vacina antirrábica! "Bolsonaro não compra vacina chinesa por pressão dos apoiadores." O gado mugiu! Mas deve ter cacarecos chineses em casa! Rarará!

Capitão Tantã x Butantan! Como disse o Guedinho do Studioi: o Bolsonaro tem dois fantasmas: China e Doria. E vieram juntos! De mãos dadas! Combo Fantasma! Rarará!

E desculpe o trocadilho, mas a Coronavac foi pro brejo! Vai empacar na Anvisa! O presidente da Anvisa é bolsonarista! E militar, claro! A Anvisa tem 60 dias para dar a resposta. O Doria entrega o protocolo em dezembro. E a resposta sai em fevereiro. Depois do Carnaval! Não estou prevendo, estou anvisando! Rarará!

Piadas Prontas! 1) Folha: "Russomano derrete". E vira uma poça de botox! O Celso Russominion. O Manobolso! Rarará! 2) "Candidato a vereador é preso com mais de R$ 15 mil na cueca em Sergipe". O novo normal! Rarará!

3) "Ministro do STJ aparece sem calças durante sessão virtual na Corte". Ou seja, DE CUECA! Cueca é tendência! 4) "Senador Chico diz que dinheiro na cueca era pra pagar salário de funcionários". Salário de merda! Rarará.

5) "Coração de Jesus, candidato a prefeito já vem com tornozeleira eletrônica". Prático! Toninho da Tornozeleira. Esse quando nasceu não chorou, apitou! Rarará! 6) "Mulher assiste a pornô gay e reconhece o marido." Isso se chama azar. Faz pornô gay achando que a mulher não vai ver nunca. E ela viu e gritou: "Comigo ele não faz nada disso". Rarará!

7) "Carlos Bolsonaro pede doação para campanha a vereador no Rio". ?" dó! Cadê o Queiroz? Ele só gosta do Flávio. E da Micheque! E o Carluxo fez crowfunding, vaquinha! Quem não tem rachadinha vai de vaquinha! COWfunding! E os robôs não vão doar nada? Robós ingratos! Rarará!

8) Chargista Alecrim: "Ministério da Saúde adverte: salve-se quem puder". Rarará!

O site Apocalipse Underline fez um meme em homenagem ao senador da cueca: "Devo não nego, pago quando cagar". Rarará! ?" esculhambação!

Nóis sofre, mas nóis goza! Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
Herculano
24/10/2020 05:57
MOISÉS NÃO VOLTA OU SERÁ UM MORTO-VIVO. COMEÇARAM A TIRAR OS SEUS APARELHOS DE RESPIRAÇÃO

O julgamento de admissibilidade do primeiro impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, e a sua vice, Daniela Cristina Reinehr, sem partido, mas eleita pelo PSL, mostra como a máquina política de moer quem não estava na fila desse ônibus do jogo partidário e de poder funciona.

Os votos técnicos dos desembargadores são suficientes para esclarecer isso. Os textões deles não deixam dúvidas. Mas, houve uma divergência e não foi no mérito. Os que trabalharam o mérito inocentaram governador e vice.

Já os textinhos, improvisos e manifestações corporativas - e até extemporâneas ao processo sob julgamento - dos deputados, realçaram ainda mais durante a sessão, a fragilidade da acusação contra Moisés e sua vice Daniela.

A verdade? Ambos estavam marcados para morrer por não pertencerem à patota e pior do que isso, não ter se aproximado para acariciar a patota naquilo que ela sempre se estabeleceu como vital: a vaidade.

O impeachment foi um exercício de vingança, e como sempre escrevi aqui, por culpa do próprio governador. Ele prometeu ser a nova política, elegeu-se e achou que isso bastaria em si mesmo, mesmo com advertências feitas a ele por todos os lados. Isolou-se. Não governou, não comandou, não percebeu e nem apagou incêndios, sua especialidade como bombeiro militar.

A vice foi salva numa manobra diversionista no pacto político entre os deputados. Valeu o espírito de corpo político do bolsonarismo, somada à vingança do corpo de farda ao ex-fardado Comandante Moisés, exatamente por ele ter se distanciado até mesmo da sua tropa.

Se em ambiente onde está claro que se trata de perseguição, onde se inventa e se amplia problemas, ou se procura pelo em ovo, Moisés estará muito mais encrencado no segundo impeachment, o dos Respiradores pagos adiantados e não entregues, bem como do Hospital de Campanha de Itajaí e que nem saiu do papel.

E se isso fosse pouco e ainda conseguisse Moisés superar tudo isso, ele, certamente, não passa pela CPI dos respiradores: onde tudo é um jogo político que mostrou será ele massacrado, mesmo que houvesse inocência.

Enfim, será uma sangria permanente pelos políticos ardilosos, vaidosos e vingativos não apenas contra o governador, mas contra os catarinenses que os sustentam, exatamente num ambiente prejudicado pela pandemia.

Começaram a tirar os aparelhos respiratórios de Moisés. A morte definitiva é uma questão de tempo. Ela dependerá totalmente dos outros, e não mais dele. Se não manobrarem, Santa Catarina terá dois anos de governo de Daniela Cristina Reinehr e que também não terá vida fácil na Assembleia Legislativa.
Herculano
24/10/2020 05:27
O BOLSONARISTA MINEIRO SARGENTO CARLOS HENRIQUE DE LIMA, PSL, ELEITO COM 35.053 VOTOS PELA REGIÃO DE JOINVILLE FOI QUEM ROMPEU O "PACTO" COM OS DEPUTADOS E SALVOU DANIELA DA DEGOLA.

O VOTO DELE CONTRA O GOVERNADOR MOISÉS, MAS A FAVOR DA DANIELA, OBRIGOU O PRESIDENTE DO TRIBUNAL ESPECIAL DE JULGAMENTO, DESEMBARGADOR RICARDO ROESLER, A DESEMPATAR A FAVOR DA VICE

ESTE VOTO, ALIÁS, MOSTRA QUE SE DESEMBARGADOR LUIZ FELIPE SIEGERT SCHUCH TIVESSE ACOMPANHADO OS DEMAIS DESEMBARGADORES, CARLOS MOISÉS TERIA BEM PROVAVELMENTE SE LIVRADO DO DESTES PRIMEIRO IMPEACHMENT
Herculano
24/10/2020 05:10
O MAIS RECÉM PROMOVIDO DOS DESEMBARGADORES FOI QUEM DESTOOU DOS DEMAIS NO JULGAMENTO DE MOISÉS E DANIELA

O magistrado Luiz Felipe Siegert Schuch foi promovido por merecimento para o 94º cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, em vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Joel Dias Figueira Júnior. A eleição - havia outros 11 candidatos - ocorreu em sessão do Tribunal Pleno realizada na tarde desta quarta-feira (7/8). Em segundo turno, formada a lista tríplice com os nomes dos magistrados Bettina Maresch de Moura e Sílvio Dagoberto Orsatto, Siegert Schuch venceu por unanimidade de votos.

Natural de Porto Alegre-RS, Schuch iniciou carreira na magistratura catarinense como juiz substituto em 1993, e atuou nas comarcas da Capital, Imaruí, Caçador, Curitibanos, Blumenau, Lages e Balneário Camboriú. Com longa formação acadêmica, o magistrado é mestre e doutorando em Ciências Jurídicas e também doutorando em Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Herculano
24/10/2020 05:02
da série: Júlio Garcia, PSD, armou com os deputados contra o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, mas não levou a fatura completa. O governador foi afastado, mas a vice não. A bolsonarista e que está sem partido, mas foi eleita pelo PSL, Daniela Reinehr é a nova governadora interina de Santa Catarina.

TRIBUNAL DE JULGAMENTO ACEITA DENÚNCIA DE IMPEACHMENT CONTRA GOVERNADOR DE SANTA CATARINA

Vice-governadora Daniela Reinehr teve denúncia rejeitada e assume governo do estado interinamente a partir de terça-feira (27). Carlos Moisés será julgado por crime de responsabilidade em aumento salarial dado aos procuradores do estado.

Conteúdo do portal G1- Texto de Joana Caldas e Valéria Martins

O Tribunal de Julgamento aceitou na madrugada deste sábado (24) a denúncia contra o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL), no caso do aumento salarial dado aos procuradores do estado em 2019. Com isso, ele será afastado do cargo a partir de terça-feira (27) por até 180 dias. A denúncia contra a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), foi rejeitada pelo tribunal. Por essa razão, ela assume interinamente o cargo de Moisés quando ele for afastado.

O advogado de Carlos Moisés, Marcos Probst, afirmou à CBN Diário após a sessão que "O governador teve votos muitos importantes hoje, que nos fazem acreditar na possível absolvição no julgamento, mas desde já se fez justiça com a vice-governadora. [...]Assim como a vice, o governador não cometeu crime de responsabilidade. [...] Acreditamos que o julgamento será em curto espaço de tempo".

A sessão começou na manhã de sexta (23) e terminou às 2h deste sábado. O encontro ocorreu na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. A vice-governadora acompanhou a sessão na própria assembleia. Já o governador cumpriu agenda oficial no Sul e Oeste do estado.

No caso do governador, foram seis votos a favor do recebimento da denúncia e quatro contra. Porém, houve empate no caso da vice-governadora. Por essa razão, o presidente do tribunal de julgamento, desembargador Ricardo Roesler, precisou fazer o voto de minerva.

Enquanto Moisés fica afastado, o tribunal, formado por deputados e desembargadores, precisa fazer o julgamento dele.

O pedido de impeachment tem como justificativa uma suspeita de crime de responsabilidade cometido ao ser dado aumento salarial aos procuradores do estado, por meio de decisão administrativa, com o intuito de equiparar o salário deles aos dos procuradores da Alesc.

O reajuste ocorreu no ano passado. O autor do documento é o defensor público Ralf Zimmer Junior. Segundo ele, o reajuste deveria ter sido feito por meio de aprovação de projeto de lei na assembleia.

Após o fim da sessão, Reinehr afirmou, em entrevista à CBN Diário, que sempre clamou por justiça. "Fiquei maravilhada com o altíssimo nível de nossos desembargadores. Agora é momento de muito trabalho, de união de esforços. Não vai ser uma tarefa fácil. É uma honra muito grande, mas uma responsabilidade muito grande, e o fato de ser a primeira mulher [a governar Santa Catarina] aumenta ainda mais essa responsabilidade. Tenho que honrar essa missão", disse.

A advogada dela, Ana Blasi, disse ao G1 que "Estamos muito felizes com o resultado. Demonstrou aquilo que vínhamos falando, que não tinha prova contra a Daniela, ela não fez absolutamente nada que justificasse ela ser punida por um crime de responsabilidade".

Próximos passos

será instaurado um julgamento contra Moisés, que deverá ser feito em até 180 dias pelo mesmo tribunal;
durante o afastamento, o governador perde um terço dos vencimentos, que serão devolvidos se ele for absolvido na etapa seguinte;

se for condenado no julgamento, Moisés perde o cargo de forma definitiva.

Súmula do julgamento

Após os votos, o presidente do tribunal de julgamento fez a leitura do resultado. "O representado Carlos Moisés da Silva passa à condição de denunciado e a partir de terça-feira, dia 27 de outubro de 2020, fica suspenso do exercício das funções do governador do estado de Santa Catarina até sentença final, com redução de um terço dos vencimentos pelo prazo de 180 dias".

Votos

Veja abaixo os votos de cada um dos integrantes do tribunal de julgamento, na mesma ordem em que votaram na sessão desta sexta (veja mais detalhes abaixo):

Deputado Kennedy Nunes (PSD) - votou por aceitar a denúncia contra Moisés e Reinehr. Ele é o relator do tribunal

Desembargador Carlos Alberto Civinsk - votou por rejeitar a denúncia contra governador e vice

Desembargador Sérgio Antônio Rizelo - votou por rejeitar a denúncia contra Moisés e Reinehr

Deputado Maurício Eskudlark (PL) - votou por aceitar a denúncia contra o governador e a vice

Desembargadora Cláudia Lambert de Faria - votou por rejeitar a denúncia contra Moisés e Reinehr

Deputado Sargento Lima (PSL) - votou por aceitar a denúncia contra o governador, mas rejeitá-la em relação à vice

Desembargador Rubens Schulz - votou por rejeitar a denúncia contra Moisés e Reinehr

Deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB) - votou por aceitar a denúncia contra o governador e a vice

Desembargador Luiz Felipe Schuch - votou por aceitar a denúncia contra Moisés e Reinehr

Deputado Laércio Schuster (PSB) - votou por aceitar a denúncia contra o governador e a vice
Herculano
23/10/2020 18:26
A ESPERTEZA DA PESQUISA DO MDB QUE ELE MANDOU PUBLICAR E DISTRIBUIR NAS REDES SOCIAIS

67% dos entrevistados aprovam o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP.

Mas, só 58% desses 67% votariam em Kleber e Marcelo de Souza Brick, PSD, o seu novo vice.

Uma conta rápida. Se Gaspar tem 47.438 eleitores e eleitoras. Supondo que devido a Covid-19, desinteresse natural conforme média dos últimos pleitos destes mais de 47 mil, dez mil deles não aparecerem para votar, sobrariam 37 mil. Em 2016 compareceram 35.280, numa disputa acirrada e clima que não há hoje.

Quanto é 67% que aprovam o governo Kleber de 37 mil eleitores? 24.790.

E quanto é 58% desses 24.790 que estão dispostos a votar em Kleber? Arrendondando para cima 14.400 votos.

Perguntar não ofende: com quantos votos Kleber venceu em 2016? 13.290. Quantos votos ganhou Brick que ficou em segundo? 9.210

Ainda para a lembrar aos esquecidos que naquele pleito Lovídio Carlos Bertoldi, PT, e que sucedia a Pedro Celso Zuchi com a poderosa máquina da prefeitura e ainda sem mancha que o PT carrega hoje, fez 8.230, e a então vereadora Andreia Simone Zimmermann Nagel ficou em último com 4.811 votos.

Então a pesquisa do MDB, tem razão de ser. E precisa ser melhor analisada. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
23/10/2020 18:14
Senhores,

Enquanto eu encerrava o expediente, na Pátria "Amigos acima de tudo. Parentes acima de todos":

"Bolsonaro envolve Abin e GSI em reunião com defesa de Flávio sobre rachadinha" ...

- Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/10/23/bolsonaro-envolve-abin-e-gsi-em-reuniao-com-defesa-de-flavio-sobre-rachadinha.htm?cmpid=copiaecola
Herculano
23/10/2020 18:04
POLITICAGEM X TECNICIDADE

No Tribunal Misto sobre a admissibilidade do pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, e a vice, Daniela Cristina Reinehr, sem partido, mas eleita pelo PSL, duas coisas parecem cada vez mais clara: de um lado a politicagem dos velhos políticos e do outro, desembargadores sem como enveredar para esta aventura como querem os políticos. Se forem técnicos, como deixaram claros os relatórios de dois deles até aqui, vai ser seis a cinco contra a admissibilidade do processo de impeachment. Mas...

Miguel José Teixeira
23/10/2020 18:04
Senhores,

Só para encerrar o expediente desta 6ª feira:

"Tempo de esquecimento"

"Que querem de mim minhas lembranças
Se o esquecimento é tudo de que lembro
Até hoje não atino como passei no vestibular
Não sei por que escrevo versos
Nem imagino quando essa mania começou
Menos ainda quando ela vai me deixar

Que querem de mim minhas lembranças
Se eu não me credito alguma importância
Nem creio que algo de mim me sobreviva
Tenho entre minhas incertezas a descrença
Na significação transcendental da vida
E da existência dos astros e das estrelas

Que querem de mim minhas lembranças
Se nem lembro se paguei o condomínio
Se desliguei a televisão na noite de ontem
Se me esqueci da letra daquela canção
Se apaguei a luz da cozinha ao sair
Afinal, que querem de mim minhas lembranças?"
Climério Ferreira
(Tantas Palavras, CB, hoje)


O letrista, poeta e professor Climério Ferreira é natural de Angical do Piauí, nasceu em 1943, viveu a infância e adolescência em Teresina e com 18 anos de idade mudou-se para Brasília. É formado em Jornalismo, depois fez mestrado e se tornou professor na UnB atuando na área por vinte anos. Climério tem dez livros publicados, o primeiro se chama "Memórias do Bar do Pedro e outras canções" (1975) e o último se chama "Poesia Mínima e Frases Amenas" (2011). Na música tem oito discos gravados, a maioria feitos com a parceria dos irmãos, e tem 118 músicas que já foram interpretadas por diversos artistas como: Dominguinhos, Ednardo, Nara Leão, Elba Ramalho, Mastruz com Leite, Fagner, Tim Maia, Amelinha, Fernanda Takai, entre outros. Ente os discos destacam-se o são 'São Piauí" (1977) e o solo "Canção do Amor Tranquilo" (2001). As músicas de Climério Ferreira conquistaram o público, mesmo que na voz dos grandes nomes da MPB.
(https://www.geleiatotal.com.br/2018/01/17/climerio-ferreira/)
Herculano
23/10/2020 15:35
OS POLÍTICOS SÃO BICHOS AUTOFÁGICOS

Quem provou isso? O desembargador Carlos Alberto Civinski no voto que negou a representação do impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva, PSL, e a vice-governadora Daniela Cristina Reinehr, sem partido, mas eleita pelo PSL

Impressionante.
Miguel José Teixeira
23/10/2020 12:39
Senhores,

Xiii. . .agora foi a vez de um braço forte da indústria extrativista atacar uma mão amiga:

"Chega dessa postura de Maria Fofoca, diz Salles a ministro Ramos" (UOL).

. . .
"Piuí, piuí, puá, puá
Eu quero ver onde essa zorra vai parar". . .

(Marquinho Lessa/Hercules Correa/Almir De Araujo/ Balinha, com Simone em:
https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&sxsrf=ALeKk00d0KWQsxJcihCzCZ23xiXPCea3Tw%3A1603467336693&ei=SPiSX5TPKbu-5OUP_KmkkAY&q=musica+disputa+do+poder
Herculano
23/10/2020 12:23
SEM TRÉGUAS NA PROPAGANDA ENGANOSA

Depois da pesquisa-propaganda de partido, agora rola uma enquete nas redes sociais, com cara de coisa séria e isenta, com cabos eleitorais digitais se espalhando pelos aplicativos de mensagens.

Mas, perguntar não ofende: Ministério Público Eleitoral enquetes deste tipo não estão vetadas pela Legislação em vigor? Acorda, Gaspar!
Herculano
23/10/2020 11:18
POSTO DE COLETA DO LABORATóRIO SANTA CATARINA, EM GASPAR É INTERDITADO

A falta de alvará sanitário levou a Vigilância Sanitária da prefeitura de Gaspar, interditar nesta manhã o posto de coleta de materiais para exames do Laboratório Santa Catarina, de Blumenau.

O posto está situado no Edifício Atitude.
Miguel José Teixeira
23/10/2020 10:18
Senhores,

Na Cidade Maravilhosa a guerra é entre o mal e o mal.

Um católico suspeito de ilícitos e um evangélico idem.

Ainda bem que não voto lá. Porém, se votasse lá, preferiria um ateu honesto. Ou não?
Herculano
23/10/2020 09:44
E PENSAR QUE POR MUITO MENOS EM 2012 O MDB IMPEDIU A PUBLICAÇÃO DE UMA PESQUISA CONTRATATA NUM JORNAL DE GASPAR.

NA JUSTIÇA SUSPEITOU QUE A PESQUISA ERA UMA PEÇA DE PROPAGANDA QUE FAVORECIA O PT.

O MDB SEM VOTOS, IMPEDIU A PUBLICAÇÃO E PERDEU AS ELEIÇõES COM KLEBER EDSON WAN DALL

Miguel José Teixeira
23/10/2020 09:14
Senhores,

?"cio criativo?

Sintam o tamanho da asneira do gerico fábio ramalho (MDB/MG) que na mais completa ociosidade e recebendo polpudos salários e penduricalhos. Apresentou na Câmara dos Deputados o:

"Projeto cancela eleições deste ano e unifica eleições municipais e gerais".

(Leia + em: https://www.camara.leg.br/noticias/701326-projeto-cancela-eleicoes-deste-ano-e-unifica-eleicoes-municipais-e-gerais/

Pois é. . .depois de muito recurso financeiro já investido no processo eleitoral desse ano, o asno quer adiá-la!

Não é de pegar um galho de goiabeira seco, bater-lhe até a goiabeira brotar?

Uai, sô! Nada de violência nas eleições!
Mas bah, tchê! é no sentido figurativo!
Viche! Que êle merece, merece!
Vicheuaitchê! Já passou da hora de revermos nosso sistema representativo!
Miguel José Teixeira
23/10/2020 08:49
Senhores,

Quem te viu, quem te vê.

Na república tupiniquim "os amigos sobre tudo e os parentes sobre todos", o capitão zero-zero mete a cloroquina no general cabresto e ele relincha de faceiro!

Pois é FFAA. . .a mão amiga manda e o braço forte obedece.

. . .
"Quem te viu, quem te vê
Quem não a conhece não pode mais ver pra crer
Quem jamais a esquece não pode reconhecer"
. . .
(Chico Buarque em https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=quem+te+viu+chico+buarque)

Herculano
23/10/2020 08:07
BINGO

O que escrevi no Trapiche do Olhando a Maré de sexta-feira passada? Repriso.

Duas coisas que viraram artigo de luxo em Gaspar: debate entre os candidatos ?" que os poderosos têm medo como o diabo da cruz - e pesquisa eleitoral registrada na Justiça para ser pública. As falsas inundam os aplicativos de mensagens. E algumas delas, pelos números falsificados, melhor mesmo era nem ter eleição.

VOLTO

Errei. Pesquisa registrada pelo exagero, mostrou que o diabo não tem medo da cruz. E pelos números, agora oficializados pela Justiça Eleitoral, realmente a campanha terminou. Economizem. Não precisa de eleição. Bobagem.

Se os candidatos que se dizem inconformados e seus "assessores" que não acessam e se atentam, fossem mais cuidadosos, descobririam na internet e nos cartórios, os laços perigosos dos envolvidos na pesquisa. Mas, todos por aqui parecem ainda estarem dormindo, ou com medo, ou já desistiram. Acorda, Gaspar!
Herculano
23/10/2020 07:35
A PESQUISA POLÊMICA DO MDB, PP, PSD, PDT E PSDB

Com todos os representantes dos partidos que concorrem contra a coligação que está em torno da reeleição do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, tão logo rodou nas redes sociais ontem a noite o comercial, ou seja, anúncio pago, que seria publicado no jornal Cruzeiro do Vale, estabeleceu-se uma unanimidade: dúvidas, dúvidas, dúvidas.

E como dizia o dramaturgo, escritor e jornalista pernambucano Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra, a burrice também aderiu aos queixosos.

Primeiro a coligação de Kleber fez o que tinha que fazer, estancar o crescimento dos adversários. Se o método que usou foi o certo, ai é outra história.

Segundo, fez isso, abalando o moral dos adversários. Se usou uma dose que pode virar veneno contra si, aí é outra história e não depende do MDB, mas dos adversários

Terceiro, os adversários sentiram a paulada e quando reagiram, não tinham números, não tinham provas, não sabiam origem da pesquisa, o passado das pessoas envolvidas nelas, não conheciam a metodologia, nem sabiam que a pesquisa estava registrada há dias e disponível na Justiça Eleitoral, não foram atrás dos números para tentar ao menos sentir menos, ou então impugná-los naquilo que acham estar errado.

Quarto, se não estão preparados para a guerra, que desistam das batalhas. É David contra Golias e bota Golias nisso, sob todos os aspectos

Quinto, Kleber e seu grupo estão em campanha há mais de oito anos e já perderam uma eleição, então sabem o que têm que fazer, não importando os métodos.

Além disso, possuem uma máquina poderosa de cata votos na mão, então a pesquisa pode até ser contestável, mas como fatos, números, métodos e provas. Não apenas com nhenhenhen

E por fim, eu opino, mas não sou marionete, nem de um, nem de outro. Se os que querem tirar Kleber não possuem competência, não sou eu que vou substitui-los. Estão reclamando, mas todos quietinhos e pedindo off. Nas redes, estão falando de Brasília, São Paulo... Acorda, Gaspar!

Herculano
23/10/2020 06:55
LAÇOS DE FAMÍLIA

A Pesquisa do MDB, PP, PSD, PDT e PSDB de Gaspar foi realizada pela Tendência Pesquisa e Consultoria. Ela fica num apartamento em Meia Praia, em Itapema

A Tendência tem como sócio gerente Daniel Felipe Weber.

Quem toca a superintendência de Comunicação da prefeitura de Gaspar é Amanda Elisa Weber. Ela é filha de Normélio Weber bem conhecido nesta área de pesquisas eleitorais.
Herculano
23/10/2020 06:47
SOBRE A PESQUISA DO MDB, PSD, PP, PDT E PSDB PUBLICADA NA EDIÇÃO IMPRESSA DESTA SEXTA-FEIRA NO JORNAL CRUZEIRO DO VALE

1. É uma peça de propaganda política da coligação que marcha para a reeleição do prefeito Kleber Edson Wan Dall e da eleição do seu novo vice, Marcelo de Souza Brick

2. Não é uma pesquisa do jornal Cruzeiro do Vale, a de credibilidade, a que sempre acertou os resultados dentro da margem de erro, como muitos errônea ou maliciosamente estão espalhando por aí.

3. Esta pesquisa está avalizada pela Justiça Eleitoral. Então é legal e o lugar de reclamar não é aqui. As duas perguntas certas neste caso são: por que os outros partidos não fizeram as suas pesquisas com aval da Justiça e as publicaram aqui ou em qualquer outro lugar? Por que contestam nos bastidores e não de cara limpa e com dados aqui, nas redes sociais e outros veículos?

4. E qual a principal razão do MDB, PP, PSD, PDT e PSDB pagaram para publicar a pesquisa deles no Cruzeiro do Vale? Por três aspectos principais: o jornal é independente, o Cruzeiro é o de maior credibilidade e o de maior circulação em Gaspar ou seja, atinge o maior número de leitores e leitoras. OU SEJA, como dizia o líder chinês Deng Xiao Ping, quando lhe acusavam de estar tornando o comunismo num capitalismo competitivo permitindo parcerias privadas internacionais e que fez hoje a China uma potência mundial quase imbatível: não importa a cor do gato, contando que ele cace o gato. Se o jornal tivesse se dobrado às pressões, constrangimentos e processos do poder de plantão não teria tantos leitores, prestígio e credibilidade e não serviria ao anúncio de quem tanto lhe critica. Simples, assim!

5. Feitos os esclarecimentos, voltarei ainda ao tema. Acorda, Gaspar!
Herculano
23/10/2020 06:27
COM BOLSONARO, DIPLOMACIA ENCAAMINHA BRASIL PARA O ISOLAMENTO, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Ernesto Araújo cumpriu sua missão com discurso vazio e agenda ultraconservadora

O ministro Ernesto Araújo finalmente reconheceu que a chancelaria bolsonarista não tem muitas credenciais para exibir pelo mundo. Ele disse que o Brasil é visto como um pária internacional por sustentar uma defesa da liberdade. "Então, que sejamos esse pária", afirmou.

Após pavimentar uma via para o isolamento e de infiltrar o fundamentalismo na diplomacia brasileira, Ernesto posa de vítima de suas supostas virtudes. Numa formatura de diplomatas, nesta quinta (22), o chanceler comemorou sua retórica vazia e escondeu os prejuízos dessa gestão para os interesses nacionais.

O ministro se gabou do fato de que Jair Bolsonaro e Donald Trump "foram praticamente os únicos a falar em liberdade" na última Assembleia Geral da ONU. Se esse é um critério relevante para a diplomacia, o Brasil está em má companhia. O chanceler da Coreia do Norte também pediu um mundo "livre de dominações" e defendeu a soberania dos países.

Na cartilha internacional do bolsonarismo, a liberdade serve de slogan para o atraso. Ernesto usa esse argumento para agir como despachante de uma agenda religiosa, dos interesses do atual governo dos EUA e de bandeiras da ultradireita.

Às vezes, a liberdade fica esquecida. Nesta quinta, o Brasil se aliou a alguns dos países mais conservadores do mundo numa declaração em defesa da família baseada em casais heterossexuais e contra o aborto. Nesse clube está a Uganda, onde reina a discriminação sexual e de gênero.

Ernesto aproveitou a cerimônia de formatura para celebrar a intolerância que levou à perseguição do poeta João Cabral de Melo Neto, acusado de liderar uma célula comunista no Itamaraty em 1952. O chanceler disse que o autor escolheu "o lado errado do marxismo e da esquerda".

Para justificar a posição marginal do Brasil, o ministro disse que talvez seja melhor ficar ao relento do que participar do "banquete do cinismo interesseiro dos globalistas". Missão cumprida. Caso esteja sem companhia para jantar, Ernesto pode telefonar para seu colega norte-coreano.
Herculano
23/10/2020 06:20
SENADO CENSURA OPINIÃO DO CIDADÃO HÁ 42 DIAS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Já passa de 42 dias a "manutenção" usada como desculpa pelo Senado para retirar do ar, no site oficial, consultas públicas sobre os projetos em tramitação. A censura se estabeleceu após a enquete do site "E-Cidadania" registrar a repulsa de 99% de quase 9 mil eleitores que opinaram sobre a proposta de emenda à Constituição que permite a reeleição dos presidentes Davi Alcolumbre (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara). Subitamente, o site entrou "em manutenção". Até hoje.

RUIM DE SERVIÇO

Segundo a Secretaria-Geral e o Prodasen, a "manutenção" seria finalizada até 25 de setembro, mas a opinião popular segue censurada.

SILÊNCIO

A avaliação sumiu a pretexto de "manutenção", segundo o Senado, à época. Questionado novamente, não respondeu aos questionamentos.

REJEIÇÃO? IMAGINA

O Senado também culpou frequentes "tentativas de ataques à rede", que culminaram na manutenção para "varredura de segurança". De 42 dias?

VEIO A CALHAR

O bloqueio impede também a consulta sobre a cassação do senador Chico cuecão Rodrigues (RR), articulador da reeleição de Alcolumbre.

MILITAR, PAZUELLO BATE CONTINÊNCIA PARA O PRESIDENTE

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, liquidou especulações sobre sua suposta "insatisfação" com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de desautorizar o acordo para comprar 46 milhões de doses de eventual vacina de origem chinesa, produzida pelo Butantã. "Um manda, outro obedece", resumiu o general e ministro, fiel à hierarquia, um dos mais caros valores da caserna. Bolsonaro é o presidente, comandante em chefe das Forças Armadas, é ele quem manda. Simples assim.

PERNAS CURTAS

Divulgou-se a lorota de "insatisfação dos militares" pelo fato de Pazuello ter sido desautorizado. Todos eles também batem continência.

JOGO POLÍTICO

Inexperiente em política, Pazuello foi convencido de que estaria sendo usado para favorecer o governador João Doria, inimigo do seu chefe.

FESTA EM CASA ALHEIA

Para o Planalto, Doria manipulou o ministro para brilhar numa festa para a qual não convidaram o "dono da casa", que resolveu chutar o balde.

CONTA OUTRA, CHINÊS

Não ajuda na credibilidade da vacina os números que a China divulga sobre a contaminação de covid. A ditadura da nação mais populosa do mundo relata apenas 85.715 casos, 4.634 mortes e 247 casos ativos.

PALPITEIRO ATÉ NO TCU

Após auditoria no Ministério da Saúde, o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União, resolveu palpitar sobre a pandemia, "determinando" providências contra novas ondas de covid. Ele acha que o vírus só será vencido quando todos os brasileiros forem imunizados.

CORDA EM CASA DE ENFORCADO

Ambientalistas de araque vão falar mal do Brasil na União Europeia, "denunciando os impactos da hidrelétrica de Sinop". Logo a europeus, cuja energia vem 70% de petróleo, gás ou carvão, segundo a Eurostat.

CONTANDO OS DIAS

O isolamento prolongado tem mexido com o psicológico das pessoas e ninguém aguenta mais ficar em casa. Prova disso é que a busca por viagens cresceu 32% na semana antes do Dia das Crianças este ano.

FRANÇA EM ALERTA

A França sofre com a segunda e mais grave onda de contágios de covid e passou de 1 milhão após 41,6 mil novos casos ontem. No sentido oposto, o Brasil não tem tantos casos diários desde 11 de setembro.

FEBEAPÁ DA VACINA

No Festival de Besteiras que Assolam o País (Febeapá) sobre covid, o PDT de Carlos Lupi foi ao STF para dar aos governos estaduais o direito de obrigar a população a tomar vacina. Os abestados não explicam como obrigar vacinação se não haverá vacinas para todos.

NÚMEROS, NÚMEROS

Brasil e Estados Unidos registram letalidade por covid de 7 para cada 10.000 habitantes. Números idênticos ao do terremoto em L'Aquila, no centro da Itália, em 2009, e à taxa de mortalidade da cirurgia de tireoide.

NOVO LIVRO

"Retalhos de meus devaneios", é o título do novo livro do coronel Diógenes Dantas Filho, com prefácio do general Agenor Francisco Homem de Carvalho. Ambos trabalharam com o ex-presidente Collor.

PENSANDO BEM...

...as videoconferências passam, mas os prints são eternos.
Herculano
23/10/2020 06:14
A 'VACINA PAULISTA' NO OUTRO LADO DO MUNDO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Indonésios correm, mas ainda não têm certeza de quando começam a usar a Coronavac

A Indonésia pode ser um dos primeiros países do mundo a vacinar sua população contra a Covid-19. De início, vai usar a mesma vacina comprada pelo governo paulista, a CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac. Mas pretende começar uma vacinação emergencial e por ora apenas prevista para fins de novembro. Pode ser bem depois, talvez em janeiro ou depois. Não é bem como dizem por aqui.

Um ex-colega de faculdade deste jornalista trabalha no governo da Indonésia, embora não no ministério da Saúde. Conta que eles ficaram tão interessados no que se passa no Brasil como nós agora começamos a nos informar sobre o que se faz por lá com a "vacina paulista".

A associação dos médicos e parlamentares indonésios dizem que o governo não deve se apressar e deve esperar a publicação dos testes. O próprio governo diz que precisa da aprovação da vigilância sanitária, permissão por ora apenas para vacinação emergencial, e das autoridades religiosas.

Meu ex-colega conta que a resistência às vacinas aumentou faz uns anos, depois de um rolo com a vacinação contra o sarampo. Certas autoridades islâmicas disseram então que a vacina talvez não fosse "halal", permitida pela religião (talvez fosse contaminada por algum produto proibido pela lei religiosa). O rolo foi tamanho que as autorizações religiosas foram distribuídas por três instituições diferentes - cerca de 87% dos indonésios são muçulmanos.

Outra preocupação meio "pop" é se a vacina seria adequada às etnias indonésias (centenas) e apropriada para evitar o vírus que circula no país.

A vacinação vai começar em cerca de 9 milhões dos 270 milhões de indonésios, prioritariamente em trabalhadores de saúde ou em situação de risco, em pessoas de 18 a 59 anos, sem comorbidades. Os pesquisadores responsáveis pelos testes clínicos diziam no início deste mês, em entrevistas à imprensa local, que os primeiros exames de eficácia ficariam prontos apenas em dezembro. E então, como fica?

É esse o debate, diz meu ex-colega. Todo mundo quer a vacina, mas não quer ser cobaia, embora exista confiança na universidade, na estatal que vai fabricá-la e na vigilância sanitária, diz.

Brasil e Indonésia estão quase no mesmo estágio de teste da Coronavac. Os indonésios começaram a avaliação em agosto, três semanas depois do programa brasileiro. Há testes em estágios ainda mais preliminares na Turquia e um para começar no Chile. Os indonésios vão comprar a Coronavac e outras duas vacinas chinesas, além daquela desenvolvida pela Astra Zeneca e pela Universidade Oxford. Desenvolvem uma vacina nacional, que pretendem testar em massa a partir de meados do ano que vem.

A Indonésia conta muito menos mortos de Covid que o Brasil, 12.857, ante mais de 155 mil - em termos relativos, o número de vítimas por aqui é 15 vezes maior. O país é uma das 20 maiores economias do mundo. A renda (PIB) per capita do Brasil é 26% superior, o Índice de Desenvolvimento Humano é maior e a expectativa de vida também, embora não muito mais.

O país é uma democracia desde o fim da ditadura de Suharto (1966-1998). O presidente Joko "Jokowi" Widodo foi acusado de causar confusão na política anticoronavírus, de ter subestimado a doença etc., entrando em conflito com governos locais que impuseram medidas de distanciamento social. Mas Jokowi jogou a toalha ainda em abril. O governo central agora diz que, mesmo com a vacina, não será possível relaxar no distanciamento e no uso de máscaras.

Parece uma situação bem melhor do que a nossa. Né.
Herculano
22/10/2020 19:05
HOJE É DIA DA VELHA POLÍTICA DIZER QUE NÃO TOLERA NEM QUEM DIZ DEFENDER A NOVA POLÍTICA.

O GOVERNADOR CARLOS MOISÉS DA SILVA, PSL, QUE NÃO GOVERNOU, NÃO COMANDOU, NÃO SE RELACIONOU, NÃO SE COMUNICOU MAS FEZ BONS RESULTADOS QUE POUQUÍSSIMOS CONHECEM, VAI SENTAR NO BANCO DOS RÉUS. ELE ESTÁ MARCADO PARA MORRER

ESTE IMPEACHMENT DA ISONOMIA NOS VENCIMENTOS DOS PROCURADORES DO ESTADO COM OS DOS PROCURADORES DA ASSEMBLEIA É PELO EM OVO.

JÁ O DOS RESPIRADORES...E DO HOSPITAL DE CAMPANHA DE ITAJAÍ QUE NEM SAIU DO PAPEL, AI ELE TEM COISAS PARA SE EXPLICAR. IRONIA. NESTE É QUE ELE PODE SE SALVAR, PORQUE OS DA VELHA POLÍTICA ATÉ TOLERAM MOISÉS, MAS NÃO PODEM OUVIR O NOME DE DANIELA CRISTANA REINEHR, SEM PARTIDO, MAS QUE ESTAVA NO PSL
Herculano
22/10/2020 18:57
ESTA COLUNA VEM PERDENDO FEIO, MAS BOTA FEIO NISSO, PARA OS MEMES QUE DESNUDAM OS POLÍTICOS QUE SE ACHAVAM INTOCÁVEIS EM GASPAR.

AS VERDADES E EXAGEROS TAMBÉM, ESCLARECEM MUITO MAIS NOS APLICATIVOS DE MENSAGENS DO QUE MEUS TEXTõES CHEIOS DE PROVAS QUE PUBLICO AQUI. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/10/2020 18:55
ELEIÇõES DEVERIAM ACONTECER TODOS OS ANOS E SE POSSÍVEL, A CADA SEIS MESES

Depois de quase quatro anos no comando da cidade, o poder de plantão em Gaspar mudou convenientemente o discurso.

Para abrir mais vagas, ao invés de construir mais creches e contratar vagas em escolas particulares, fez mágica: o turno integral virou meio período. Aliás, a legislação permite isso, diga-se antes que se acuse de estar fazendo algo contra a lei, mas contra o bom senso.

Depois de ver seus quatro adversários prometerem creche em período integral aos filhos de trabalhadores e desempregados, se eleitos, o atual prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, deu meia-volta e já admite que pode também oferecer as vagas nas creches em período integral.

Boa. Mas, perguntar não ofende: só agora "descobriu" que isso é o mínimo e é possível? Acorda, Gaspar!
Herculano
22/10/2020 18:45
PENSANDO BEM

Gaspar fez do seu terminal de ônibus urbano uma instalação fantasma

Para os pobres, trabalhadores, desempregados, professores e estudantes quando eles voltarem das férias pandêmicas, terão que pagar a passagem dobrada para não dar prejuízo a empresa que a prefeitura arrumou emergencialmente.

Enquanto isso, em plena campanha eleitoral, a prefeitura de Gaspar anuncia um parque náutico. Quem é que possui iates, motonáuticas e lanchas caras em Gaspar? Os pobres, desempregados, operários, estudantes, professores?

Escárnio! Não disfarce há mais. Acorda, Gaspar!
Herculano
22/10/2020 18:40
GUEDES DIZ QUE O GOVERNO TEM "TUDO PREPARADO" PARA A RETOMADA DO "CRESCIMENTO"

Conteúdo de O Antagonista. Ao lado de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira, 22, que o governo federal está "com tudo preparado para o Brasil fazer uma retomada do crescimento" e declarou que "o horizonte para o ano que vem é muito bom".

De acordo com o ministro da Economia, após a adoção de medidas emergenciais para a mitigação dos efeitos da pandemia da Covid-19 e a assistência aos vulneráveis, o governo está "voltando ao trilho, à agenda de reformas".

Quem quiser que acredite.
Herculano
22/10/2020 18:35
da série: vidas importam, mas os políticos entendem que brigas entre eles é mais importantes. Vergonha!

ANVISA VIRA PALCO DE GUERRA POLÍTICA DAS VACINAS, por Josias de Souza, no UOL

Ao declarar guerra à "vacina chinesa do Doria", Jair Bolsonaro transformou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária numa frente de batalha. "Quem está com o relógio das vacinas contra a Covid-19 na mão é a Anvisa", disse o governador Renato Casagrande, do Espírito Santo. "A pergunta que temos de responder é: a agência terá ou não independência para analisar as vacinas tecnicamente?"

A dúvida de Casagrande é compartilhada por outros 23 governadores que, como ele, participaram na terça-feira de reunião com o ministro Eduardo Pazuello (Saúde). Foram informados sobre a intenção do governo de incluir no programa nacional de vacinação 46 milhões doses da vacina chinesa CoronaVac, testada no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

O Brasil precisará de mais de uma vacina para imunizar sua população. No momento, a Anvisa monitora os testes de quatro. Entre elas "a chinesa do Doria" - como Bolsonaro se referiu ao imunizante do laboratório chinês Sinovac Biotech. E a britânica da Universidade de Oxford, cuja testagem no Brasil é monitorada pela Fiocruz, fundação vinculada ao Ministério da Saúde.

Avalia-se que o processo de aferição da eficácia da vacina testada pelo Butantan será mais rápido. E os governadores receiam que, por pressões políticas, a Anvisa atrase o relógio da certificação da vacina refugada por Bolsonaro. Nesta quarta-feira, João Doria João Doria esteve com o presidente da Anvisa, o almirante Antonio Barra Torres.

O almirante disse a Doria que o seu compromisso é o de tratar tecnicamente o processo de certificação das vacinas. "Para nós não importa de onde vem a vacina", disse o próprio Barra Torres aos repórteres após reunir-se com o desafeto de Bolsonaro. Será?, perguntam os governadores aos seus botões.

Até para comprar diretamente do Butantan doses da CoronaVac os governadores precisariam da Anvisa. No limite, se Bolsonaro não der mão forte ao seu ministro da Saúde, o conflito com Doria pode estimular alguns estados a formar um consórcio ou negociar isoladamente com o Butantan.

Casagrande resume assim a síndrome do que está por vir: "Podemos comprar uma parte das vacinas, mas como posso realizar a compra, individualmente ou num consórcio de estados, sem saber se essas vacinas serão aprovadas pela Anvisa?" Ou ainda: "Se a Anvisa aprovar uma vacina, significa dizer que ela será eficaz. Se o governo federal não adquirir essa vacina, vai começar uma corrida dos estados para comprar a vacina. Não é possível que chegaremos a esse ponto."

Ironicamente, o almirante Antonio Barra Torres, que presidia a Anvisa interinamente desde dezembro de 2019, foi efetivado pelo Senado na presidência da agência apenas na última terça-feira, dia em que Pazuello se reuniu com os governadores. Prometeu realizar uma gestão independente. Faltou definir independente.

Há sete meses, em 15 de março, Bolsonaro deu de ombros para as recomendações de distanciamento social ao participar de um protesto defronte do Planalto. O almirante da Anvisa fez companhia ao capitão. A certa altura, Barra Torres atuou como cinegrafista, filmando Bolsonaro enquanto o presidente distribuía apertos de mão aos seus devotos. A sintonia entre o presidente da República e o personagem que agora promete agir de forma independente na Anvisa parecia intensa.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.