19/10/2020
Os bons números do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, (à esquerda) e o presidente do Colegiado Superior de Segurança, Paulo Norberto Koerich (à direita), mas que poucos conhecem |
Esta será mais uma semana de voltas e reviravoltas até sexta-feira, dia 23? Só lá se saberá – ou não - se o governador Carlos Moisés da Silva, PSL e a vice Daniela Cristina Reinehr, ex-PSL, e sem partido agora, terão o benefício dos seis togados do Tribunal de Justiça para interromper o processo do primeiro impeachment, aquele que diz ter sido um erro a isonomia que o governo deu nos salários aos procuradores estaduais com os da Alesc.
Tem outro impeachment admitido na Casa, e desta vez só contra o governador para responsabilizá-lo nas supostas fraudes na licitação dos respiradores – que se pagou adiantado, sem garantias e não se recebeu o produto comprado – e do hospital de campanha em Itajaí, abortado quando ainda era uma ideia.
E se isso não for pouco, ainda há a CPI dos respiradores
Retomando. Como este primeiro impeachment é um processo político em matéria essencialmente técnica, os cinco votos dos deputados-juízes já estão no saco contra Moisés. Os deputados não vão julgar nada. Vão votar. E entre eles, já decidiram como vão votar. E contra Moisés com ou sem culpa.
Entretanto, como o Tribunal de Justiça de Santa Catarina é agora um interessado, pois em tese com o impedimento que ronda o presidente Júlio Garcia, PSD, devido a Operação Alcatraz, mais o hábil articulador na caçada ao governador; como a Câmara de Direito Público do TJSC deixou de apreciar matéria-técnica de mérito na semana passada e essencial no julgamento político de sexta-feira, tudo por questões de procedimento, os votos técnicos dos juízes julgadores, também ficam em suspenso quanto ao entendimento técnico da matéria.
Há, portanto, espaços e chances reais para se apresentar axiomas e hermenêuticas particulares tão comuns em julgamentos nos tribunais – e neste caso, misto - movidos por conhecimentos superlativos, interesses, paixões políticas ou ideológicas.
Já escrevi aqui várias vezes que o governador Carlos Moisés da Silva é o único culpado da situação onde está metido e sendo avaliado. Ele não governou – no sentido lato - e até mesmo, não comandou o ofício que tinha antes de entrar na política, muito menos foi preventivamente um bombeiro num ambiente de permanente chamas.
Prometeu em campanha para mentes e corações fazer a nova política, mas ficou isolado e inerte à proposta. Pois a grosso modo o que é governar? “Ter mando, direção; dirigir, influenciar as ações e o comportamento de (algo ou alguém)”. Então...
Carlos Moisés foi omisso, e as raposas políticas que se revezam no poder há um século em Santa Catarina e a quem ele as derrotou, logo perceberam que governador não criou os tentáculos, não fez e não se estabeleceu na proteção da nova política, do novo poder e articulou-se na proteção mínima, para aquilo que estava derrubando nos privilégios e vícios dos velhos políticos.
Enfezados, foram à forra. E para piorar tudo, Carlos Moisés se cercou em alguns casos, como o da Casa Civil, de gente que jurou não serviria ao seu governo caso se fosse eleito.
SEGURANÇA IMPRESSIONA
Há vários setores onde Carlos Moisés avançou, economizou, facilitou e enfrentou o vício. Contudo, pouco se sabe disso ou se realçou estes resultados diferenciais entre os catarinenses. O governador não se comunica. A sua turma, seguindo o estilo do chefe, também não se comunica. Atolado de fracos e traíras na Alesc, nada se reverbera lá e nas bases políticas. Chacrinha, o velho guerreiro, ensinava-nos: quem não se comunica, se trumbica. E Carlos Moisés está trumbicado.
Ora se o governante não passa a impressão certa para seus governados; se mesmo fazendo isso, é percebido que nada está fazendo; que despreza naquilo que deve explicações elementares à sociedade; se não inspira, naturalmente se enfraquece.
O governador Carlos Moisés, na verdade, com esse comportamento amorfo e distante, não responde politicamente aos 71% dos eleitores que o elegeram em outubro de 2018, exatamente esperando por mudanças na e pela tal nova política que jurou ser o portador dela.
Se está quieto, como estava até semanas atrás, assumiu que quis ficar refém dos discursos, narrativas, mentiras e manobras dos políticos organizados em interesses naturais da representação e de poder dos quais foram retirados pelos votos livres, democráticos e legítimos. Impressionante!
Vou tirar um exemplo desses, e só porque está relacionado a Gaspar, de onde vem o atual presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial e Delegado Geral da Polícia Civil, Paulo Norberto Koerich. Ele mudou muito o modo da Polícia Civil agir, e agora da segurança, mas está também no modo silencioso. Afinal, ele não pode ser mais que o rei.
Errado, pois o reinado é um só. Mas...
O que aconteceu na semana passada durante a análise semanal de indicadores da área de Segurança enquanto os olhos do governo, dos representantes do povo, da mídia e dos catarinenses estavam voltados para um punhado de deputados e desembargadores em Florianópolis? A revelação de índices e números surpreendentes da área de segurança. Quantos tomaram conhecimento de que a vida deles está mais segura?
Analisando friamente tudo isso, afinal quem erra? A imprensa ou o governo que deve transparência aos seus cidadãos pelas trombetas que deveria ter criado e alimentado para assim sustentar à tal nova política e pela qual pediu e ganhou uma montanha de votos?
Quer alguns números? Roubos e furtos: queda de 51,8%, ou seja, de 112 em 2019 para 54 ocorrências em uma semana. No total, comparando-se ano com ano (e do mesmo governo para não se estabelecer na politicalha rasa), a queda do roubo foi de 16,7% (8.785 contra 7.317) e do furto a queda foi 17,5% (de 80.784 para 66.663).
Os crimes violentos letais intencionais cresceram 4,6% (615 para 643), mas mesmo assim, quase a metade dos 8,5% da semana anterior, ou seja, um caso raro onde a soma está diminuindo.
A queda nos latrocínios foi 47,6% e nas lesões corporais seguida de morte 28,6%. Enquanto os feminicídios foram 7% menores.
Por outro lado, cresceu o confronto policial contra bandidagem em 17,5% (de 63 para 74) percentual que já foi maior há dias atrás: 25,9%. Os homicídios aumentaram 6%: de 517 para 548 na comparação de semanas iguais em um ano entre eles.
E para finalizar. São números bons na quantidade? São! Mas, falta dar qualidade a eles. Eles são circunstanciais ou fruto de uma política de governo, de liderança da área? Onde estão os focos, o que se faz para mitiga-los como inteligência, estratégia preventiva, policial de enfrentamento e suporte da social do estado e dos próprios municípios onde estão localizado este tipo de ocorrência e violência?
É claro que não precisa contar segredos operacionais e da inteligência, mas é preciso mostrar o que se faz para conter a violência urbana, enquanto a população cresce, os problemas sociais, tráfico, culturas e migração se expandem, muito devido à falha política assistencial e ocupação fundiária irregular própria dos guetos urbanos ou periféricos nos municípios onde a maioria desses números são gerados.
O Terminal Urbano de Gaspar não serve ao transporte coletivo, mas mesmo assim, a prefeitura está gastando dinheiro para arrumá-lo |
A hipocrisia dos políticos que governam Gaspar é assustadora. Passaram a conta da má gestão deles em algo essencial para a mobilidade urbana e para o ir e vir dos desempregados, trabalhadores e estudantes para os bolsos dos menos favorecidos. Incrível!
E isso, em tempo de plena campanha eleitoral e porque quem está atrás de reeleição no Executivo e na Câmara. Imagina-se, se esses políticos não estivessem à cata de votos para si e os seus! A única coisa que querem é que eu pare de apontar o dedo contra esta ferida, principalmente neste momento. Impressionante! Nem disfarçar, disfarçam mais.
Não vou fazer discurso. Vou à Constituição Federal. Resumidamente ela diz com todas as letras:
“o transporte coletivo é um dever do Estado e como tal deve ser prestado com dignidade de forma a atender indistintamente todas as necessidades de deslocamento do cidadão. Ou seja, um transporte público de qualidade não é um favor do Estado ou das empresas particulares de prestação de serviço”. Ponto final. Entenderam?
Em Gaspar, nem dignidade, nem solução. Ao contrário, retrocesso. Se continuar a pedir solução, a empresa que estaria “fazendo um favor” aos políticos e ao povo, vai embora e ai a coisa vai ficar pior ainda. Os políticos têm que lucrar com a gambiarra contra a cidade. A tem empresa tem que lucrar economicamente na operação que coloca prejuízo para os mais vulneráveis.
Discordo dos políticos, todos irresponsáveis.
Concordo, todavia, com a empresa que faz o serviço em emergência, mas entre amigos com os políticos: ela precisa realmente lucrar naquilo que é permitido, investiu e deve, repito, deve ser remunerada no retorno. Então, ela não é obrigada a fazer favor nenhum e a ninguém! Nem eu faria.
Ora, a prefeitura que gerou esse déficit, por incapacidade de gerenciar esse serviço, até porque empregou curiosos nesta área de gestão – e que se pegue a longa lista de nomeados em quatro anos do atual governo – só para os ajustes políticos e empreguismo, que cubra o prejuízo, mas não o pobre, o vulnerável, o desempregado como quer e está fazendo contra os gasparenses.
A prefeitura está obrigando a população que depende de ônibus a pagar duas passagens para ela sair de um bairro e ir a outro. Um descalabro. Um retrocesso. Um crime e sob os olhos de todos, inclusive daqueles que deveriam fiscalizar este tipo de abuso, como o Ministério Público, o defensor da sociedade e direitos coletivos.
O EXPERTO IMBROGLIO
E qual a razão disso? É que fecharam o único terminal urbano denominado de vereador Norberto Willy Schossland, na Coloninha. Nele é que se fazia o reembarque de passageiros que se deslocavam de um bairro para o outro.
A desativação do terminal, malandramente, esta interconexão foi desativada e colocou mais dinheiro no bolso da empresa e menos do bolso do desempregado, do operário e do estudante.
Quem gastava em média R$180,00 para ir de um bairro a outro, agora, pelo modelo implantado pelo governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, gasta no mínimo R$360,00 numa conta de 20 dias úteis, ou seja, um impacto de mais de um terço no salário mínimo líquido. Impressionante, como pode na Câmara, vereador, em processo de reeleição, achando e defendendo isso como normal bem como essa chancela do atraso do atual governo.
Inversão da prioridade social neste modelo perverso do atraso. Estão gastando dinheiro naquilo que nem usando estão, como o embelezamento do terminal, ao invés de pegar esse dinheiro e subsidiar as passagens aos pobres, obrigados ao gasto em dobro nos deslocamentos dentro de Gaspar.
Também não cola que isso é um problema que atinge outras cidades, como se alegou – inflamado e com raiva - o líder do governo na última sessão da Câmara. É raro. E como tal, também não é aceitável se comparar ao pior, a repetida mania daqui.
Também é falso alegar que Blumenau já passou por isso. Não passou! Basta ir ao arquivo da imprensa ou do Google.
O prefeito de lá na época, Napoleão Bernardes, ex-PSDB e hoje no PSD, mesmo sob ameaça de não ser reeleito naquela época, corajosamente botou o dedo na ferida e colocou para correr as empresas incompetentes que se estabeleciam no extinto Consórcio Siga, onde estava a empresa que atua hoje emergencialmente por aqui.
Em Gaspar, estão fazendo tudo ao contrário que se fez em Blumenau para por ordem mínima na casa nesse setor. Lá em Blumenau, Napoleão amanheceu com o improviso, transporte coletivo comprometido, uma chiadeira sem fim, jornais, tevês e rádios sem dó – e alimentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores - no pescoço do prefeito de lá, mas logo a população percebeu a melhoria. Na licitação, ganhou quem tinha competência, mas já tinha o aprendizado da cidade. E tudo sob os olhos do sindicato dos motoristas e cobradores que não deu trégua o tempo todo ao processo de mudança. Por aqui, desde que começou o improviso em 2016, com a passagem mais cara e por quem não era do ramo, nem um pio.
Também é falsa a afirmação de que o Tribunal de Contas não permite o uso de micro-ônibus em determinadas linhas. Em Blumenau, isso existe. Então...
E mesmo que esta desculpa esfarrapada dita pelo líder do MDB na Câmara e pelo líder do governo Kleber, também do MDB, fosse verdade absoluta, nós em Gaspar estamos sob contrato de emergência, ou seja, sem a tutela do Tribunal de Contas.
Então a pergunta que não quer calar é: qual a razão para não se fazer a experiência de micro-ônibus e horários alternativos em bairros, linhas ou horários de alegado menor movimento até para quando houver a licitação de verdade, haver comprovação de tal fato e necessidade?
Nada aguenta em pé nos discursos, desculpas e narrativas dos políticos de ontem e de hoje para enganar a população, os desinformados e os seus defensores numa sucessão de fatos e erros que conspiram contra o óbvio e a favor dos mais desfavorecidos social e economicamente. Vergonha!
No atual modelo que não usa a integração do transporte coletiva via o terminal urbano e que existiu até 2002 – e aí está o tamanho da volta ao atraso e passado por quem jura falsamente que Gaspar está avançando -, é mais barato ir e voltar ao centro de Blumenau, desenvolver o comércio de lá, ampliar à condição de Gaspar como cidade dormitório do que tornar os gasparenses donos da sua cidade pela mobilidade urbana. Impressionante!
ASSUNTO PROIBIDO
Desde que este assunto veio a público através desta coluna no dia cinco de outubro sob o título “povo pobre paga e sofre pelo improviso do atual governo de Gaspar”, os poderosos no poder de plantão ao invés de promoverem e anunciarem soluções, estão estudando formas jurídicas de me punir e impedir que este assunto seja levado ao conhecimento e debate públicos.
Qual o fundamento? Estamos em tempos de eleição e isso poderia prejudicar os políticos interessados em permanecer no poder. Meu Deus!
Ora, exatamente por estar em tempo de eleição é que este tipo de assunto deve ser exposto, debatido e solucionado porque possui o poder na mão. Simples assim! Qual a razão para censurar, escondê-lo e ter medo de ser desnudado na enrolação e até mentiras espalham aos analfabetos, ignorantes, desinformados e pobres?
Impressionante. Quem arrumou esta situação contra a cidade, os cidadãos, a mobilidade e os pobres e mais vulneráveis? Os gestores públicos e políticos eleitos ou contratados como comissionados com os pesados impostos e por isso, obrigados à solução.
Quem tem a obrigação de prover alguma solução? Os gestores públicos e os políticos. Quem quer esconder o problema que está na cara de todos? Os gestores públicos e os políticos. Quem acha que a imprensa, mas principalmente esta coluna é um problema para eles depois que falharam naquilo que prometeram ser a solução? Os gestores públicos e os políticos do presente, que dizem que Gaspar não pode parar.
Neste caso específico, é preciso parar urgente de colocar o prejuízo nos bolsos dos mais pobres e de levar a mobilidade urbana para o passado sombrio de décadas que se esperava ter sido superado
Então, qual a razão para mais uma vez censurar, constranger e humilhar quem expõe o erro contra o bem coletivo? Acorda, Gaspar!
A atual crise do PSDB de Gaspar tem nomes e sobrenomes. Esta coluna a anunciou há quatro anos, quando a então candidata a prefeita, Andreia Simone Zimmermann Nagel, perdeu a corrida eleitoral.
Ela como “consolo”, com apoio regional, foi inicialmente levada à presidência do partido. E lá sofreu toda a sorte de traição e boicote, orquestrado pela mais jovem vereadora eleita por aqui com os votos do DEM, Franciele Daiane Back com meia dúzia que a cercavam.
Primeiro, a adolescente Franciele sem aval do partido, na mesma noite da eleição de Kleber em 2016, alinhou-se incondicionalmente a Kleber sem o aval do PSDB. E para isso, ele e seus “çabios” lhe prometeram à presidência da Câmara em 2018, além de outros quitutes.
É do jogo político jogado. Sem maioria na Câmara de 13 – quatro vereadores do MDB, um do PSC, um do PP eleito com os votos do PSC – Kleber precisava de mais um vereador na sua turma para as mudanças que prometia passar na Câmara. E foi em Franciele que ele mirou e conquistou.
O sinal de que o xadrez político é algo dinâmico e se precisa ter controle dele, aconteceu na eleição da prometida presidência da Câmara em dezembro de 2017. Foi um vexame conhecido e que não vou repeti-lo pela enésima vez.
Diante do resultado adverso, estimulada por Kleber, Franciele trabalhou como poucas nos bastidores para tirar Andreia da presidência do partido e anular qualquer pretensão política dela dentro do PSDB.
Bico grande, só Franciele, mesmo Andreia não tendo nada a ver com a sua derrota. Nem Franciele, nem Kleber, nem a base dele na Câmara articularam e pediram votos por Franciele. Simples assim!
O resultado de toda essa infantilidade em algo que exige cuidados e dedicação adulta, está aí escancarado na busca de uma solução jurídica para Franciele ser candidata à reeleição a vereadora, com o mínimo de legenda a lhe ajudar na cata aos votos, e torcendo para que ninguém que vier aa perder a vaga, conteste-a, se for eleita nestas condições.
Andreia, por sua vez está no PL e é candidata a vereadora. O atual presidente do partido, Jorge Luiz Prucinio Pereira, como chefe de gabinete de Kleber Edson Wan Dall, MDB até tentou o tiro de misericórdia para tirá-la do páreo. Ofereceu a secretaria da Educação em plena pandemia. O poder de plantão odeia concorrentes.
Por outro lado, Franciele que tinha uma reeleição quase certa, agora corre o risco de nem candidata ser e por sua própria culpa, não do presidente do partido que ela arrumou no último minuto no dia 26 de abril do ano passado no lugar Claudionor da Cruz Souza, hoje vice. O castigo da trama, veio agora.
No fundo mesmo, quem deixou tudo isso chegar onde chegou, foi o emérito presidente do PSDB catarinense, o ex-senador Dalírio Beber. Ora, se não fez a opção errada, ficou em cima do muro como uma característica essencial do tucanato e está vendo o PSDB Gaspar micar.
Se não puder ser candidata, Franciele terá que buscar votos pela reeleição do seu parceiro e protetor, Kleber, para poder pleitear uma indicação no futuro governo como consolo de todos os equívocos que orquestrou para não ter ninguém brilhando além dela no PSDB gasparense. Agora, ansiosamente ela espera por uma solução, que até pode não vir.
O PT de Gaspar anuncia no programa de rádio que vai implantar, se eleito, o Plano Previdenciário dos funcionários públicos municipais. Será? Este Plano está pronto desde 2008 quando o prefeito era Adilson Luiz Schmitt, sem partido. Depois dele, o PT ficou no poder por oito anos com Pedro Celso Zuchi e nada foi feito pelos servidores.
O PT insiste na mesma propaganda que vai acabar com a intervenção política no Hospital de Gaspar. Já escrevi e vou repetir: foi o PT com Pedro Celso Zuchi que inventou esta intervenção no Hospital e que é política-partidária. Era tomar o Hospital e para pegar os “ladrões” do dinheiro da prefeitura que ela colocava lá. Até hoje, nenhuma auditoria e nomes.
Nas entrevistas nas rádios e jornais da cidade está claro, disparadamente, diferenças entre os candidatos. E isso, está chamando a atenção de muitos. Consequências? Acendeu a luz amarela no poder de plantão na prefeitura de Gaspar. Quanto mais cedo vier a eleição é melhor para essa gente. Por que? Para que ninguém seja tocado pelo novo.
Recomendar e fumar maconha é doping, atividade recreativa ou curativa? Com a palavra, os especialistas da Fundação Municipal de Esportes e Lazer. Outra: deve-se assumir ou se desculpar? Pego naquilo que é público, o autor da recomendação virou valentão estimulado por pitbulls que o cercam no ambiente público. No dia seguinte, ele estava louvando Deus nas redes sociais como camaleão! Pode? Aqui, pode tudo para preservar o emprego!
Já escrevi aqui de que as obras de revitalização da Rua Barão do Rio Branco, no bairro Santa Terezinha, em Gaspar, é um caso de polícia e se assemelha muito ao que aconteceu na Rua Frei Solano, no bairro Santa Terezinha. Lá, as dúvidas deram numa CPI, que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, exposto, teve que manobrar no tapetão para enterrá-la na Câmara.
A denúncia da Barão é do vereador Rui Carlos Deschamps, PT, moderado, que não concorre à reeleição e por isso cito, funcionário público municipal aposentado, ex-diretor do Samae e ex-superintendente do Distrito do Belchior, ou seja, um conhecedor desse tipo de assunto que está falando à Câmara e a cidade. Ele pediu explicações à prefeitura e ainda não as recebeu.
Um arquivo – com detalhes impressionantes - de alguém que também conhece tecnicamente este tipo de obra - se espalha nas redes sociais e aplicativos de mensagens. É um atestado da burrice técnica executiva, de desperdício de dinheiro dos pesados impostos de todos nós, da vivaldice e irresponsabilidade, e a prova da vergonhosa falta de fiscalização da prefeitura – por seus engenheiros, técnicos e prefeito - nas obras. Impressionante!
Entende-se agora, muito bem, a razão pela qual os empreiteiros lambões daquela obra, estarem ameaçando os moradores e outros que estavam documentando os erros e irregularidades daquela conturbada e morosa revitalização, que tanto vem infernizando moradores e comerciantes da região.
Entende-se também, a ira do líder do governo em desqualificar os que apontam essas barbaridades.
Ele e o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e seus “çabios” deviam agradecer, intimar o empreiteiro para corrigir urgentemente os erros apontados e vistos a olhos nus. Tudo isso, pelo próprio bem da imagem do político, do dinheiro empregado lá, e para o benefício mais duradouro do que se fez lá para comunidade.
Vergonhoso, mais uma vez, esse comportamento da prefeitura em arrumar culpados exatamente na suposta fraca oposição e não aceitar que quem falhou, mais uma vez, na execução e fiscalização de uma obra pública de tamanha relevância à mobilidade urbana, conforto e urbanização do bairro Santa Terezinha, o mais populoso da nossa cidade, foi a prefeitura.
“Eu não tenho dúvidas de que se a oposição tivesse maioria aqui na Câmara já teríamos uma CPI política como aconteceu com a Frei Solano”, rebateu desesperadamente o líder do governo ao discurso calmo de Rui. “Na Frei Solano não encontraram nada e não conseguiram contestar o trabalho de Kleber”, sublinhou o líder do prefeito na Câmara na mesma sessão.
Não vou repetir as dezenas de artigos esclarecedores que escrevi aqui, todos disponíveis neste portal. A CPI da Frei Solano naufragou porque o governo Kleber usou com habilidade o Regimento Interno, fez maioria na CPI da Câmara e mudou o relatório final dela. Entretanto, tudo está no Tribunal de Contas, Ministério Público e na própria polícia para ser necropsiada. E na prefeitura, todos estão com receios dessa necropsia.
Mas, o líder do governo sabe muito bem “que há algo de podre no Reino da Dinamarca” (Hamlet). Tanto que admitiu que há opositores enrustidos no governo de Gaspar.
Não seria o caso de se livrar deles? Quem contratou, não fiscalizou e viu a empreiteira fazer o que fez, não pode estar de bem com o governo, a cidade e os cidadãos. Se não o faz, temem, exatamente por ter o rabo preso com o erro que permitiram se estabelecer aos olhos de todos. Onde mesmo está o fiscal da prefeitura dessa obra? Acorda, Gaspar!
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