DEPOIS DE SER FECHADA, CASA LAR SEMENTES DO AMANHÃ DEVERÁ REABRIR NA SEGUNDA-FEIRA COM NOVA ONG ESPECIALIZADA NA GESTÃO. Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

DEPOIS DE SER FECHADA, CASA LAR SEMENTES DO AMANHÃ DEVERÁ REABRIR NA SEGUNDA-FEIRA COM NOVA ONG ESPECIALIZADA NA GESTÃO. Por Herculano Domício

02/08/2018

A PRESSÃO FEZ A PREFEITURA DE GASPAR CRIAR UMA NOVA EMERGÊNCIA DIANTE DA OMISSÃO E CORRER CONTRA O TEMPO 
 

CASA LAR REABRE SÓ SEGUNDA I

Depois de garantir por nota oficial no dia 13 de julho a tarde - e feita especialmente para desmentir a notícia da manhã no Cruzeiro do Vale - que a Casa Lar Sementes do Amanhã não fecharia, a prefeitura de Gaspar anunciou só nesta terça-feira, dia 31, numa coletiva de imprensa- e mais uma vez para fazer manchete a seu favor na quarta-feira na sucursal da sua assessoria de imprensa – que se tudo der certo, a Casa Lar vai reabrir nesta segunda-feira, dia seis de agosto, depois de fechá-la no dia 26, quinta-feira passada, quando transferiu provisoriamente para outros dois abrigos, o Lar das Meninas e o Cegapam, seis crianças que estavam tuteladas lá. Resumindo: só se reabre o que está fechado. Alguma dúvida sobre os fatos reais? Simples assim!

A CASA LAR REABRE SÓ SEGUNDA II

A Ação Social e Cidadã - a ONG especializada que já administra o Lar das Meninas e o Cegapam (dos meninos) é quem vai assumir a gestão especializada da Casa Lar no lugar do GAIAA. Novamente, a prefeitura entrou em contradição. Afirmou que havia cinco pretendentes à nova gestão. Mostrei que eram apenas duas legalizadas para isso em Gaspar: o GAIAA que estava sendo descartada pela prefeitura e a Ação Social Cidadã. Bingo! Deu a Ação Social e Cidadã. Uma terceira, a Conferência Vicentina precisava adaptar o seu estatuto para se habilitar ao chamamento público – um processo obrigatório para esses casos – e não havia tempo para isso diante da emergência criada. Este chamamento só ocorreu depois que a notícia se espalhou a partir daqui no dia 13. A quem essa gente quer enganar mais uma vez?

A CASA LAR REABRE SÓ SEGUNDA III

As incoerências e as dissimulações oficiais não param aí. Foram 19 meses de enrolação da prefeitura para renovar o contrato com o GAIAA. E mesmo depois que recebeu o aviso no dia seis de junho que ele sairia da gestão no final do mês de julho por não ter mais diálogo com a prefeitura, não se procedeu ao chamamento público, bem como ao atendimento dos artigos 90 a 94 do Estatuto da Criança e do Adolescente para se resolver a situação. A secretaria da Assistência Social, que a prefeitura providencialmente esconde em toda essa polêmica e tocada pelo apadrinhado do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, Ernesto Hostin, vinha definhando a olhos vistos a Casa Lar. Das 17 crianças que pegou, sobraram seis, sendo que apenas duas eram de Gaspar. Com a publicação da notícia, a pressão de todos os tipos e vinda de todos os cantos, a prefeitura de Gaspar voltou atrás no seu plano, sem antes ter que fechar a Casa Lar, mesmo que por dias. Se não era um plano deliberado como nega, está evidente a omissão, a incompetência e a irresponsabilidade.

A CASA LAR REABRE SÓ SEGUNDA IV

Outro fato que se desmente por si só. A prefeitura de Gaspar alegou para dificultar aà negociação e à renovação do contrato, que o GAIAA cobrava demais pelas crianças internadas: R$3.091,00 por mês, cada uma. Mas, agora afirmou na coletiva de terça-feira que vai pagar o mesmo valor cobrado pelo GAIAA – e é preciso conferir pois o contrato ainda não está publicado – para a Ação Social e Cidadã. Esta ONG – cuja competência técnica não se questiona - já recebe por mês R$4.300,00 por criança abrigada no Lar das Meninas e R$4.600,00 no Cegapam. Então onde está a coerência? O GAIAA era o de menor custo de todos. Agora, a prefeitura fala em vender vagas na Casa Lar para outros municípios – a exemplo do que faz para Ilhota – e assim mitigar os custos e manter a instituição. Correto! Entretanto, esta proposta era do GAIAA e não encontrou eco na prefeitura. Está mais do que na hora do GAIAA vir a público e esclarecer todos estes pontos, pois se não fizer isso, será tão culpado quanto a prefeitura neste jogo que usou e deixou exposto um programa de amparo a crianças vulneráveis de Gaspar. Mais uma vez os políticos se sucumbiram aos fatos, à realidade e ao jornalismo que apura e que não é refém de press releases ou conivente com os interesses do poder de plantão de economizar com crianças vulneráveis. Não é a toa que o Cruzeiro do Vale é o mais antigo, o de maior circulação e o seu portal o mais atualizado e acessado na região. E os políticos fazem de tudo para desacreditá-lo há 28 anos. E não aprenderam! Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Quem é mesmo que cuida da imagem do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP? É uma atrás da outra. É uma sina do MDB. Foi assim com Bernardo Leonardo Spengler, o Nadinho. Foi também com Adilson Luiz Schmitt, hoje sem partido.

Foi com o caso da tentativa do corte da verba do FIA; foi com o aumento de 40% da Taxa de Iluminação Pública; foi com a Reforma Administrativa: aumentou-se a folha de pagamento e deu-se poder concentrado para a tal secretaria de Fazenda e Gestão Administrativa e que hoje não serve mais ao dono da reforma. Incrível!

Foi assim com a “economia” que se fez com a Saúde Pública que a deixou num só caos e que para conserta-lo está se gastando mais que a “economia” feita; erraram feio e ficou a má imagem residual como mostram as reclamações das redes sociais, contra o que não conseguirão desmentir por notas oficiais.

Imagem e comunicação não se fazem com “press releases” primários; nem com propagandinhas de agências especializadas. Imagem é algo pensado, estratégico, com propósito e resultados desejados. Não é ofício para curioso, leigo, amigo do rei e desempregado que ganha uma teta temporária para mamar. É coisa para profissional.

A lista de erros é grande em tão pouco tempo que ela não caberia aqui neste espaço. Entretanto, vou abreviá-la com a eleição do político novo, cria de Kleber e irmão de templo evangélico, Silvio Cleffi, PSC, para a presidência da Câmara, com os votos do PT, PDT e PSD, deixando o governo Kleber na humilhante minoria na Câmara. Falta de aviso antecipado daqui, não foi! Está escrito. Todos zombaram e desmentiram. A realidade, não!

Se Silvio não fosse outro errante e refém dos seus próprios erros como a defesa incondicional corporativa dos médicos que ajudaram no caos na Saúde Pública e no comedouro de dinheiro público no Hospital de Gaspar – que ninguém sabe de quem ele é -, bem como o de fazer da Câmara um espetáculo de empreguismo de assessores comissionados bem pagos com o dinheiro do povo, a criatura já tinha colocados seus criadores de joelhos no altar dos sacrifícios.

E a penúltima? É a tal lista de espera nas creches. Na propaganda e no embate político ela tinha algo em torno de 1.200 crianças. Oficialmente, há um mês apareceu apenas 389 e está no site da secretaria de Educação. Um bafafá que você só leu aqui o “milagre” feito nesta (re)contagem. Afinal, não se construiu uma só creche nesse tempo.

O que apareceu na terça-feira no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado? Instrução normativa 01/2018 da secretaria de Educação. Ela está disciplinando a “criação do sistema ‘cadastro de intenção de vagas’ de informação sobre demanda por acesso de crianças na rede municipal”.

Não são as regrinhas estranhas que chama a atenção. Esta normativa ao disciplinar e abrir a contagem, mostra que a que existe e que deu polêmica, é um improviso para discursos e propaganda falsa, como muitas outras do governo. Ela é resultado do jornalismo sério que você só sabe aqui. Acorda, Gaspar!

 

 

Comentários

Herculano
06/08/2018 07:58
HOJE É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA, EXCLUSIVA PARA OS LEITORES E LEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O MAIS ATUALIZADO, O MAIS ACESSADO DA REGIÃO.

NELA, NÃO FAREI - AINDA - NENHUM COMENTÁRIO SOBRE A CORRIDA AO GOVERNO DO ESTADO, ONDE NANICOS BLEFARAM O TEMPO TODO E OS ESPERTOS DE SEMPRE, LEVARAM.

APESAR DE TER TRÊS REPRESENTANTES NAS CHAPAS MAJORITÁRIAS EM DISPUTA, BLUMENAU E REGIÃO DEVERÃO SER AS MAIORES PERDEDORAS NA REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL. COMERAM A ISCA E SERÃO BOI DE PIRANHAS
Miguel José Teixeira
05/08/2018 22:24
Senhores,

"Prra non dicer que non falei das florres"

Já que as frutas não caem longe do pé, o ranzinza de Pindamonhangaba fisgou para sua vice, a afilhada da defenestrada dilmaracutaia, "Ficha-suja", que quer ser Senadora pelas Gerais.

Atentem que, os PeTralhas, assim como as grandes organizações criminosas, CV, PCC e outras, são comandados de dentro da cadeia.

Não deixe seu voto dormir na masmorra, mesmo que seja em cela especial. . .

Em 2018 não perca a peleja:não reeleja!

Herculano
05/08/2018 20:12
MERÍSIO E MARIANI VÃO PARA A DISPUTA COM AS CHAPAS QUE SEMPRE SONHARAM, por Upiara Boschi, no Diário Cararinense, da NSC Florianópolis SC


A definição das principais chapas que vão disputar as eleições de Santa Catarina - nas últimas horas do prazo legal - passou a impressão de que nas últimas duas semanas de articulações, imposições e convenções, perdemos duas semanas. No final das contas, Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) conseguiram isolar caciques e garantiram sua candidaturas a governador com as alianças que eram praticamente as que sonhavam desde de sempre.

A queda de braço geracional que marcou os últimos dias da composição das alianças foi concluída com a vitória dos nomes que representam a nova cara da tradição política do Estado. Merisio e Mariani compuseram blocos partidários que lembram as antigas disputas de PDS e PMDB - antes da fragmentação partidária a partir dos anos 1990. Era exatamente o que pretendiam quando colocaram seus blocos na rua, ano passado, e fizeram de tudo para sobreviver às articulações que visavam a formação de coligações mais amplas.

Merisio conseguiu tomar o controle do processo eleitoral pessedista das mãos do ex-governador Raimundo Colombo, isolar o também candidato Esperidião Amin (PP) e dobrar a resistência de João Paulo Kleinübing (DEM), que não aceitava ser seu vice. É com essa chapa com jeito de PDS (ou PFL) que ele vai para a disputa.

Mariani enfrentou e venceu todos os adversários internos no MDB com ao garantir que iria com sua candidatura até a convenção. Assim, ficaram pelo caminho o prefeito joinvilense Udo Döhler e o governador Eduardo Pinho Moreira. Ao fim, o flerte sem ameaças que manteve com o PSDB de Paulo Bauer nos últimos meses deu resultado. Os tucanos caíram no colo dele quando os tucanos acreditaram que os movimentos de Merisio nos últimos dias haviam isolado o partido. O emedebista herdou um vice peso: o ex-prefeito blumenauense Napoleão Bernardes (PSDB), enquanto Bauer disputa o Senado ao lado do deputado federal Jorginho Mello.

Esses movimentos aconteceram quase ao mesmo tempo e deixaram feridas que ainda precisam ser cicatrizadas. É uma história ainda por ser contada. As duas chapas apresentam um equilíbrio de forças que não se vê desde a eleição de 2002. Serão cerca de 4 minutos no horário eleitoral para Mariani, contra 2min30s para Merisio. O time dos emedebista conta com 150 prefeituras, enquanto 130 estão nas mãos de aliados do pessedista. Jogo aberto.

Com a confirmação da candidatura do deputado federal Décio Lima na convenção do PT realizada ontem, o cenário da eleição catarinense se consolidou com a marca do equilíbrio e da renovação de nomes. Nenhum dos três principais candidatos disputou o governo do Estado antes - o que não acontecia desde a longínqua eleição de 1986.

Há ainda outros quatro candidatos que precisam lutar contra a invisibilidade e vão apostar todas suas fichas nas redes sociais e no desencanto da sociedade com partidos e nomes tradicionais. Coronel Moisés da Silva (PSL), o candidato de Jair Bolsonaro; Rogério Portanova (Rede), o nome de Marina Silva; Leonel Camasão (PSOL) e Ingrid Assis (PSTU). Todos com menos de 15 segundos diários por programa eleitoral.
Herculano
05/08/2018 10:10
SEM OPÇÃO. BOLSONARO TROCA PRÍNCIPE POR GENERAL.FICA CLARO O SENTIDO INTERVENCIONISTA E O POSICIONAMENTO RADICAL DE DIREITA

Conteúdo de O Antagonista. Jair Bolsonaro confirmou a O Antagonista que "tudo mudou" e seu vice será o general Hamilton Mourão.

Ele acertará os ponteiros com Levy Fidelix, presidente do PRTB, hoje à tarde.
Herculano
05/08/2018 08:20
OU SEJA, OS INTELECTUAIS GOSTAM DE ANIMADORES E MENTIROSOS NOS PALANQUES, QUE ENGANAM A PLATEIA PROMETENDO ALGO SÉRIO QUE NÃO SÃO CAPAZES

Alckmin, o 'antipopulista'

Conteúdo do BR18. O filósofo Fernando Schüler, professor do Insper, escola de negócios de São Paulo, usou a sua conta no Twitter para comentar o estilo do presidenciável Geraldo Alckmin, do PSDB.

"Alckmin é o tipo antipopulista por excelência. Previsível, gosta de dados e é razoavelmente aborrecido", afirmou. "Pra quem gosta de política como espetáculo, ele não tem nada a oferecer."
Herculano
05/08/2018 08:10
NÃO É UNÂNIME NO PT A ADESÃO À TÁTICA DE LULA, de Josias de Souza

As máscaras de Lula que o PT aplicou sobre o rosto de seus militantes deu à convenção nacional do partido uma aparência de uniformidade. "Somos milhões de Lulas, como ele pediu", discursou Gleisi Hoffmann. Contudo, a euforia numérica da presidente do PT e o nivelamento teatral da multidão não traduzem com precisão o que se passa nos subterrâneos do partido. Ali, uma minoria inquieta manifesta contrariedade com a tática eleitoral ditada pelo bunker carcerário de Curitiba.

A banda dos insatisfeitos inclui, entre outros grão-petistas, Jaques Wagner e Tarso Genro - ambos serviram ao governo Lula como ministros. Um petista explicou ao blog: "Somos todos solidários a Lula. Mas isso não nos impede de enxergar a realidade. O que une os divergentes é a percepção de que o freio imposto por Lula, retardando o Plano B, prejudica o partido. O que divide o grupo é a falta de consenso quanto ao melhor plano alternativo."

O incômodo da ala minoritária aumentou depois que Lula deu uma rasteira em Ciro Gomes, empurrando o PSB para fora da coligação do presidenciável do PDT. Um pedaço da oposição interna avalia que, em vez de hostilizar, Lula deveria considerar a hipótese de uma aliança com Ciro ainda no primeiro turno. Outra banda não se conforma com o custo do acerto de Lula com o PSB. Foi ao mar a competitiva candidatura da petista Marília Arraes ao governo de Pernambuco.

Proliferam também as críticas à decisão de Lula de retardar a indicação do candidato a vice na chapa do PT. O grande receio é o de que, cutucado por Lula com o pé, o Tribunal Superior Eleitoral resolva morder o PT. No limite, conforme avaliação dos técnico do tribunal, o PT pode ser privado de participar da eleição presidencial.

A chance de Lula levar em conta as opiniões da minoria inquieta é pequena. No momento, a prioridade de Lula é Lula. A segunda prioridade de Lula também é Lula. Pelos seus planos, quando o registro de sua candidatura esbarrar na Lei da Ficha Limpa, Lula lançará um poste. Se o escolhido for bem sucedido, seu sucesso e seu mandato pertencerão a Lula. Se o poste tropeçar nas urnas, Lula continuará desempenhando o seu melhor papel. O papel de vítima.

Nesse enredo, se o TSE excluir o PT das urnas, oferecerá a Lula mais matéria-prima para a tese da perseguição política.
Herculano
05/08/2018 08:07
O FRACASSO DA ESQUERDA IDIOTIZADA, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

E o PT continua sócio do desastre em Caracas

A monumental incompetência do regime venezuelano superou todos os limites e só pode ser qualificada de imbecilidade. O desastre por ela produzido supera algumas das marcas mais sinistras da história da humanidade.

No entanto, só agora, cinco anos e meio depois de ter sido eleito pela primeira vez, Nicolás Maduro confessa que fracassou: "Os modelos produtivos que até agora temos testado fracassaram, e a responsabilidade é nossa, é minha, é sua", afirmou o ditador no congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela, na noite de segunda-feira (30).

Vejamos o tamanho da hecatombe econômica e social gerada pelos "modelos produtivos" testados pelo regime bolivariano, essa ficção inventada para dar algum verniz histórico ao que não passa do velho caudilhismo:

1 - O economista Ricardo Hausmann, venezuelano que leciona na Escola de Governo John F. Kennedy em Harvard, lembra que, no fim do mês passado, Alejandro Werner, diretor do Fundo Monetário Internacional, anunciou que calculava que, ao terminar 2018, a economia da Venezuela seria 45% inferior ao seu nível de 2013 (o ano da primeira eleição de Maduro).

Comparações: na Grande Depressão, talvez o maior colapso econômico conhecido na história moderna, a economia americana encolheu 28,9% entre 1928 e 1933 (um lapso, portanto, também de cinco anos).

Na Guerra Civil Espanhola (1936/1939), o Produto Interno Bruto sofreu um retrocesso de 29%. Na recente crise grega, a que afundou o país, o retrocesso foi de 26,9%.

A Venezuela de Maduro conseguiu superar, com folga, muita folga, todos os desastres que os livros de história registram como os mais tenebrosos.

2 - Mas não é tudo: a inflação (hiperinflação na verdade) baterá em um milhão por cento (escrevo por extenso, contrariando o Manual da Folha, para poupar o leitor de contar zeros em penca).

Esse índice obsceno só é comparável ao que se viu na Alemanha a partir de 1923 ou no Zimbábue em 2008/09.

A consequência na Alemanha foi a ascensão de Adolf Hitler e todo o cortejo de misérias que se seguiu. Na Venezuela, ao contrário, foi um ditadorzinho canhestro que ascendeu e gerou a hiperinflação, o retrocesso econômico e a fuga em massa de seus compatriotas.

No caso do Zimbábue, o ditador (Robert Mugabe) já estava instalado e produziu o colapso de um país potencialmente rico (como a Venezuela, aliás), transformado em pária na comunidade internacional.
Como se fosse pouco, Maduro e seus comparsas do PSUV empenham-se a cada dia em complicar a vida dos venezuelanos. A mais recente idiotice é o corte de cinco zeros na moeda.

Causará o seguinte problema prático, conforme o economista Victor Álvarez relatou ao jornal El Nacional: a passagem de ônibus passará a partir do dia 20 para 0,10 bolívar soberano (ou o equivalente a 10 mil bolívares antigos, a serem substituídos pela nova moeda).

O passageiro terá que pagar com uma moeda de 0,50 bolívar e não há como dar o troco porque não há moeda com denominação inferior.

Fica fácil entender por que 5.000 pessoas por dia estão fugindo do país, "no maior fluxo de migração na América Latina em décadas", segundo o jornal The New York Times.

O PT continua apoiando esse desastre, o que demonstra que a idiotia não é apenas do tal de bolivarianismo.
Herculano
05/08/2018 07:54
PT AVANÇA NA SUA "VIAGEM LISÉRGICA" E LANÇA EM CONVENÇÃO O NOME DE LULA; CARTA ASSINADA PELO PETISTA VÊ UM PAÍS QUE FOI DO PARAÍSO AO INFERNO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O PT oficializou, na tarde deste sábado, em convenção, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à Presidência da República. Não! Não há inocência nenhuma nos petistas ou ilusão. Todos eles sabem, como sabemos nós, que o líder mais importante da legenda não vai concorrer porque a Lei da Ficha Limpa, que ele próprio homologou e que foi aplaudida pelo partido - eu, por exemplo, não aplaudi e acho a lei ruim e inconstitucional! -, não permite. Não é questão de gosto. Agora, é só questão de tempo para que o ex-presidente seja apeado daquela que seria sua sexta disputa presidencial. Será substituído por Fernando Haddad.

Então por que criar a cena? Porque os petistas avaliam que a transferência de votos será tão mais eficiente quanto mais tempo Lula permanecer no palco como o nome do partido. Faz sentido, dada a teoria abraçada? Faz. É prudente? Obviamente, não! Como já escrevi, a coisa daria errado ainda que desse certo. Afinal, o país elegeria um presidiário e seria governado da cadeia.

Uma carta assinada por Lula foi lida durante o evento. Segundo o texto, o Brasil que era governado pelo PT lembrava, assim, uma espécie de Jardim do Éden. Aí uma conspiração, liderada pela cobra, sem a participação de Adão e Eva nem de Lula e Dilma, estragou tudo. E o país virou um inferno. Para que a gente tenha o paraíso de volta, só elegendo o inelegível.

Assevera o texto escrito por Lula:

"Chegamos ao governo pelo voto e foi um longo aprendizado para transformar o Brasil. E transformamos.
E vencemos a miséria e a fome. E levamos água para quem sofria com a seca e luz elétrica para quem vivia nas trevas.

Levamos as crianças para a escola, e os jovens, negros, pobres e indígenas para a universidade. São coisas que parecem simples em qualquer país civilizado, mas que representaram uma enorme diferença para a nossa gente sofrida."

Aí o PT foi deposto. E o que temos, segundo Lula?

"Hoje o nosso povo está sofrendo, a fome voltou a rondar os lares e muitos nem tem mais um lar, estão vivendo nas ruas, tornaram-se mendigos junto com os filhos.

Milhões de trabalhadores desistiram de procurar emprego porque não há. Milhões foram excluídos do Bolsa Família.

As universidades e os hospitais vivem a sua maior crise."

Em nenhum momento, Lula e os petistas reconheceram a sua responsabilidade na crise econômica que se abateu sobre o país. É como se a legenda não tivesse conduzido o Brasil à maior recessão de sua história.

Segundo resolução do TSE, os partidos e coligações teriam até amanhã para apresentar a chapa completa - vale dizer: também seria preciso definir o nome do vice. O PT entende que o prazo só se esgota no dia 15 de agosto, que é data-limite para o registro das candidaturas. Por ora ao menos, a ideia é resistir à resolução.

Nesse particular, com efeito, a definição do tribunal parece arbitrária. Se o prazo de registro é 15 de agosto, entende-se que João ou Maria podem ou não ser inscritos como candidatos. Se assim é, por que o nome que ocupará o lugar de vice na chapa tem de ser definido, obrigatoriamente, nove dias antes? Não faz sentido.

Lula ainda tem a esperança de atrair o PDT de Ciro Gomes para a chapa liderada pelo PT, o que poderia atrair o PCdoB, formando, assim, a tão sonhada "unidade de esquerda"?" só o PSOL ficaria fora do arranjo. Ciro Gomes descartou a possibilidade como uma ironia. Diz que o PT está numa espécie de "viagem lisérgica".

Quando o nome de Lula foi oficializado, todos os presentes puseram a máscara de Lula, representando plasticamente um trecho da carta do ex-presidente:
"Companheiras e companheiros. Esta é a primeira vez em 38 anos que eu não participo pessoalmente de um encontro nacional do nosso partido. Mas sei que estou presente dentro de cada um de vocês, de cada dirigente, delegado e militante do PT."

Dentro e também fora,
Herculano
05/08/2018 07:49
PROCURADO

De Ricardo Noblat, de Veja, no Twitter. Procura-se um candidato a presidente da República que se ofereça para dar continuidade à plataforma do governo Temer. Nem Henrique Meirelles, ministro da Fazenda de Temer até um dia desses, candidato dele mesmo e abrigado no PMDB, quer se prestar a esse papel.
Herculano
05/08/2018 07:47
IRRESPONSABILIDADE, por Drauzio Varella, médico cancerologista, para o jornal Folha de S. Paulo

Deixamos a bandidagem se organizar a ponto de virar paradigma para crianças

A sociedade brasileira é, acima de tudo, irresponsável.

Em 20 anos, perdemos o controle das cadeias, a epidemia de crack invadiu cidades pequenas e entregamos os morros e as periferias ao jugo do crime organizado.

Cracolândias e as barbáries do PCC, Comando Vermelho, Família do Norte, Bonde dos Treze, Primeiro Grupo Catarinense, ADA e de outras quadrilhas com milhares de membros já não causam estranheza.

O trabalho tem me levado às periferias, favelas e lugarejos desconhecidos da maioria dos brasileiros. Semanas atrás, na pobreza da beira do rio Juruá, no Acre, entrevistei uma menina de sete anos que teve três episódios de malária nos últimos seis meses. Ao saber que a entrevista seria levada ao ar no Fantástico, a mãe disse que não poderia assistir. A família não ligava a televisão à noite, para a luz da tela não atrair os bandidos da vizinhança.

A violência da qual a classe média se queixa nas cidades é brincadeira de criança perto da que enfrentam os mais pobres. O que falta para nos convencermos de que não dá para viver em paz num país com tamanha desigualdade social?

Num sistema burocratizado, em que apenas R$ 2 de cada R$ 10 destinados à educação chegam às salas de aula, e somente um em cada 27 matriculados no ensino básico entra na universidade, represamos uma massa de despreparados para as exigências da economia moderna.

O desemprego de 12% no país em crise sobe para 25% na população de 18 a 25 anos de idade. Embora os estudos mostrem que a criminalidade aumenta em comunidades com homens desempregados, nessa faixa etária, que iniciativas tomamos para qualificar e oferecer trabalho para esse contingente?

Nesse caldo de cultura, juntamos a gravidez na adolescência. Condenarmos meninas a engravidar aos 14 anos por falta de acesso à contracepção é a maior violência que a sociedade brasileira comete contra a mulher pobre. Na Penitenciária Feminina da Capital, onde atendo, temos uma moça de 28 anos que é avó. Outra, de 40 anos, tem três bisnetos.

Queremos um Brasil sem violência nem políticos ladrões, é o que repetem todos. Acho lindo, mas com essa disparidade de renda?

Por bem ou mal, os que mais têm ou cedem uma parte ou correm risco de perder tudo; eventualmente a vida. Bill Gates criou uma fundação bilionária para financiar programas educacionais e de combate aos grandes problemas de saúde, no mundo inteiro: HIV/Aids, malária e tuberculose, por exemplo. Investe pessoalmente mais do que qualquer país europeu; só perde para o governo americano. A despeito de iniciativas isoladas, o que fazem os milionários brasileiros?

É cômodo jogar a culpa nos políticos, dizer que por causa deles a educação e a saúde são uma vergonha, mas qual a justificativa para as grandes empresas, os conglomerados econômicos, os bancos, o agronegócio e os mais ricos não criarem escolas gratuitas, cursos profissionalizantes, postos de trabalho nas periferias e nas cadeias, unidades básicas de saúde e programas de prevenção que ajudem a reduzir os gastos do SUS?

Quando foi anunciado o Bolsa Família, a turma do "não adianta dar o peixe sem ensinar a pescar" ficou revoltada. Quanta mesquinhez diante de uma ajuda tímida que consome 1% do PIB nacional.

De outro lado, a inteligência brasileira encastelada nas universidades e nas camadas sociais que tiveram acesso a elas, de quem esperaríamos racionalidade na indicação de caminhos para reduzir as desigualdades que nos afligem, continua aturdida no atoleiro das divisões obtusas entre direita e esquerda, décadas depois da queda do muro de Berlim.

Em 1989, quando comecei no Carandiru, havia 90 mil presos no país. No fim deste ano, haverá 800 mil, quase nove vezes mais. Nossas ruas ficaram mais seguras? Faz sentido termos a terceira população carcerária e 17 entre as 50 cidades mais perigosas do mundo?

Não sejamos estúpidos, não há dinheiro para encarcerar tanta gente. Para acabar com a superlotação apenas no estado de São Paulo, precisaríamos abrir 84 mil vagas, ou seja, mais 84 cadeias. A um custo de construção de R$ 50 milhões cada, gastaríamos R$ 4,2 bilhões somente para colocá-las em pé. E para mantê-las? E os novos presos?

Permitimos que a bandidagem se organizasse a ponto de servir de paradigma a ser seguido pelas crianças da periferia e de oferecer a elas a única possibilidade de melhorar de vida. A guerra contra o crime será longa, sofrida e infrutífera.
Herculano
05/08/2018 07:43
COM MARTA FORA, MDB FOI BUSCAR O VICE DE MEIRELLES NA REGIÃO SUL, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A decisão da senadora Marta Suplicy (SP) de sair do MDB e até da disputa pela reeleição fez aumentar as chances de um nordestino ocupar a vaga de candidato a vice, na chapa de Henrique Meirelles para presidente, mas acabou prevalecendo a escolha de um político da região Sul: o ex-governador gaúch Germano Rigotto, histórico do partido. E, algo raro no MDB: ele tem ficha limpa. O senador José Maranhão (MDB-PB) também chegou a ser cogitado.

SOLUÇÃO RIGOTTO
Vice do Nordeste foi opção descartável, no Planalto, após Germano Rigotto sinalizar que aceitaria ser companheiro de chapa de Meirelles.

NORDESTINO FARIA SENTIDO
No "Encontro com o Futuro", em maio, o MDB fez juras de amor ao Nordeste, sugerindo representante da região na chapa presidencial.

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL
A dificuldade do MDB foi encontrar um nome com força regional e potencial nacional, mas sem estar enrolado na Justiça e na Lava Jato. Rigotto preenche esses requisitos.

EUNÍCIO E O SONHO
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, vai atrás do sonho de governar o Ceará, seu Estado, mas também foi cotado para ser o vice de Meirelles.

MULTAS ELEITORAIS RENDEM R$108 MILHÕES A PARTIDOS
O Tribunal Superior Eleitoral atualizou o valor previsto a ser arrecadado com multas eleitorais: estima-se em R$ 108,4 milhões só em 2018. O problema é que quem é beneficiado pela multa são os próprios políticos que infringem a lei eleitoral. Segundo a legislação, a arrecadação com multas será redistribuída a partidos na proporção do Fundo Partidário. Ou seja: o político é multado e depois ainda recebe a multa de volta.

TOTAL AUMENTOU
A estimativa do total de multas distribuídas de volta aos partidos este ano está agora em R$108.377.585,00.

QUASE A METADE
O valor de multas eleitorais pagas à Justiça e até junho deste ano efetivamente redistribuídas aos partidos foi R$ 53.708.637,82

MILHõES EM MULTAS
Até julho, o PT levou R$ 7,13 milhões; MDB, R$5,73 milhões; PSDB, R$ 5,8 milhões e DEM, R$ 2.21 milhões. Tudo em multas distribuídas.

DECISÃO AMADURECIDA
A decisão de abandonar o MDB e até a própria reeleição vinha sendo amadurecida há meses pela senadora Marta Suplicy, em longas conversas com o maridão Márcio Toledo.

INCLUA-ME FORA DISSO
Marta Suplicy desligou o celular, ao viajar com o marido para o exterior em plena semana de convenções estadual e nacional do MDB. Seu marido só atendeu a uma ligação: do ministro Moreira Franco. Mesmo assim para combinar que falariam no dia seguinte. Mas não falaram.

LEI DA FICHA LIMPA É CLARA
Lula pode ser impedido antes do que imagina. Ministros do TSE aprovaram súmula que os autoriza a negar "ex-officio" o registro de candidaturas que não se enquadram na Lei da Ficha Limpa.

OUTRO QUE CHUTA O BALDE
O deputado federal Fabio Garcia (DEM-MT) desistiu da reeleição. Será suplente na chapa do pré-candidato a senador Jayme Campos, do seu partido. A decisão será finalizada na convenção deste sábado (4)

PALANQUE PROBLEMÁTICO
O PSDB ainda resiste à exigência do PP para apoiar o ex-presidente Fernando Collor (PTC) ao Governo de Alagoas. O senador Benedito de Lira e o deputado Arthur Lira (pai e filho do PP) estão empenhados.

VICE FICA DE FORA
O indeferimento de registro de candidatura a presidente, no caso de Lula por exemplo, pressupõe que o partido substitua o nome impedido por outro candidato a presidente. Não afeta o vice.

MAIORIA DEVE GASTAR
Cerca de 72% dos brasileiros devem comprar presentes no Dia dos Pais este ano. Desses, no entanto, apenas 34% pretende comprar mais de um presente. E só 8% têm intenção de dividir a conta com alguém.

MINIGOLPE?
Gonzaga Patriota (PSB-PE) apresentou projeto de lei para entregar a execução de obras para o Exército. Todas as obras acima de R$ 15 milhões no setor de energia, transportes ou paralisadas seriam feitas por soldados. E todas acima de R$ 150 milhões. Sem licitação.

PERGUNTA NO CONGRESSO
Depois de trocar o PT de Dilma pelo MDB de Michel Temer, será que Marta Suplicy se interessaria no PSDB de Alckmin?
Herculano
05/08/2018 07:35
FUX MATOU NO PEITO E FEZ GOL CONTRA, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Lula não precisa de amigos, bastam-lhe as trapalhadas de seus adversários

O ministro Luiz Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, tinha diante de si um pedido para declarar a inelegibilidade de Lula. A petição era processualmente imprópria e ele rejeitou-a. Fez o mesmo que a ministra Rosa Weber há algumas semanas.

A notícia foi divulgada pelo UOL. Fux deu-se conta de que rejeitando o pedido apenas por impróprio, poderia dar a impressão de que admitiria, em tese, a elegibilidade de Lula.

Deve-se ao repórter Reynaldo Turollo Jr. a narrativa do que aconteceu em seguida, nas palavras de Fux:

"Depois que saiu essa notícia, eu fui verificar se a decisão tinha sido publicada [no Diário da Justiça]. Então, peguei a decisão, para não deixar dúvida, e fiz questão de colocar nela (...) aquilo que tenho defendido publicamente, que é a inelegibilidade de candidatos que já incidiram em uma condenação em segunda instância".

Fux deixará o TSE no próximo dia 14 e decidiu acrescentar um parágrafo ao despacho informando que vislumbrava a "inelegibilidade chapada" de Lula. Se o pedido tinha um vício processual, a questão estava resolvida, não havia por que acrescentar "aquilo que tenho defendido publicamente", muito menos usando o termo "chapada".

Lula sabe que será declarado inelegível, mas isso só poderá acontecer quando ele estiver na condição legal de candidato. Ademais, "chapado" não quer dizer nada.

Lula é candidato a vítima para eleger o "Poste". Quanto mais o vitimizarem, maior será a sua capacidade de transferir simpatias e preferências. A barafunda provocada pelo drible do desembargador Rogério Favreto, abrindo uma temporada de bate-cabeças no Judiciário, premiou-o com as trapalhadas dos que não querem vê-lo como candidato ou mesmo em liberdade.

O complemento de Fux ao despacho foi um mimo para Lula. Primeiro, porque não é adequado que o presidente de um tribunal tenha "defendido publicamente" uma posição relacionada a um julgamento que ainda não aconteceu. Mesmo que o seja, foi despicienda a iniciativa de repeti-la num despacho que tratava de um pedido processualmente viciado.

Até a balbúrdia prende-solta dos desembargadores e do juiz Moro, podia-se achar que Lula era um apenado fingindo que era candidato. Depois dela, tornou-se uma vítima. Fux, como Moro, matou no peito e chutou contra o próprio gol.

TEMER DEVE CUIDAR DE SEU CREPÚSCULO
O presidente Michel Temer mostrou que caminha para um lastimável fim de governo. Numa canetada, retirou o nome de Davidson Tolentino de Almeida para uma diretoria da Agência Nacional de Saúde.

Pudera, ele estava radioativo desde que foi acusado por um ex-assessor do senador Ciro Nogueira (do PP) de ter feito coisas que não devia. Noutra, indicou Paulo Rebello Filho para o mesmo lugar. Rebello é chefe de gabinete do ministro da Saúde, Gilberto Occhi (do PP).

Um presidente que entrou no Planalto demitindo um garçom arrisca sair deixando um testamento de nomeações de protegidos pela coligação partidária que o amparou.

Temer tem todo o direito de preencher os cargos que a lei lhe faculta, mas é no mínimo falta de educação nomear um diretor para a notória ANS, com mandato de três anos, quando faltam menos de cinco meses para o fim de seu governo. Está quitando contas com o cartão de crédito de seu sucessor.

Muita gente não gostou da maneira como Temer chegou à Presidência, mas ele sempre poderá dizer que cumpriu-se a Constituição. No crepúsculo de seu governo, o doutor é dono do ritual da sua saída, e a pior maneira de ir para casa é o legado testamentário.

Há mais mimos na cumbuca. Desde maio está vaga a cadeira do Brasil na Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos. O titular renunciou em maio, abatido por uma denúncia da ex-mulher que dizia sofrer humilhações e espancamentos. O felizardo ganha um mandato de sete anos. Já há candidatos.

RECORDAR É VIVER
Na sua entrevista ao Roda Viva, o deputado Jair Bolsonaro disse o seguinte: "Fui acusado por uma jornalista de ter um plano de botar bombas na Vila Militar. O Superior Tribunal Militar arquivou o processo."

Não foi bem assim. Em 1986, numa entrevista a uma repórter da revista Veja, Bolsonaro e outro oficial falaram em explodir uma bomba na adutora do Guandu, que abastece o Rio de Janeiro. Seriam apenas palavras, mas durante o encontro Bolsonaro fez um desenho primitivo, mostrando um trecho da adutora, o local da bomba, o percurso da fiação e a localização do detonador, com um reloginho.

Bolsonaro defendeu-se apresentando dois exames grafotécnicos inconclusivos. Dois outros, um deles da Polícia Federal, concluíram que a caligrafia era dele. O Conselho de Justificação informou que ele "mentiu durante todo o processo" e considerou-o culpado.

O processo foi ao Superior Tribunal Militar. Em 1988, o empate ocorrido nas perícias deu-lhe o benefício da dúvida, e ele foi absolvido por 8 votos contra 4. O capitão Bolsonaro deixou a tropa e foi para a reserva.

PEZÃO, UM SOFREDOR
O governador Luiz Fernando Pezão disse: "Acho muito cruel a vida do político", queixou-se do "excesso de poder dos órgãos fiscalizadores" e revelou: "Sofro junto" com a desdita de Sérgio Cabral, já condenado a mais de cem anos de prisão.

No dia em que suas lamúrias estavam na rua, uma senhora morreu por falta de atendimento num hospital público do Rio. A médica de plantão disse a um familiar desesperado que estava ocupada, lendo um artigo científico.

Em 2007, nos primeiros dias de seu governo, o magnífico Cabral disse que a situação dos hospitais do Rio podia ser comparada a um "genocídio" e que acionaria o Ministério Público para cuidar do descalabro. Estava acompanhado pelo secretário de Saúde, Sérgio Côrtes.

Ambos acabaram em cana, mas Pezão sofre pelo padrinho e reclama da crueldade dos "órgãos fiscalizadores".

OUÇAM GLEISI
Quando a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o nome de Ciro Gomes "não passa no PT, nem com reza brava", muita gente - inclusive o signatário - achou que era apenas uma frase de efeito.

Ela falava e fala por Lula.

FAVRETO FRITO
A procuradora-geral Raquel Dodge pegou pesado na sua representação criminal contra o juiz Rogério Favreto, que mandou soltar Lula num domingo, provocando o bate-cabeças do Judiciário.

O PAPA É CRAQUE
Quando cardeal-arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio tinha um monsenhor encarregado de afastar de suas proximidades figuras com as quais não gostaria de aparecer em fotos.

Quando lhe foi pedido que mandasse uma mensagem espiritual a Lula, seguiu uma fórmula que junta caridade e cautela:

"A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco."

Nela, roga ao destinatário que reze por ele, mas não promete reza sua.
Herculano
05/08/2018 07:26
O QUE PARECE, E O QUE É, por Carlos Brickmann

Aécio desistiu de disputar a reeleição ao Senado, e tenta a Câmara Federal. Alegação: "A gravidade da situação de nosso Estado exigirá uma bancada forte e unida na defesa dos interesses de Minas". Verdade: Aécio temia ser derrotado. E, sem foro, é com Moro. Aécio prefere o STF.

Alckmin escolheu uma grande vice: a senadora gaúcha Ana Amélia. Alegação: Alckmin disse que ela sempre foi sua favorita. Verdade: Alckmin tentou Josué Alencar, que pagaria sua própria campanha; e Álvaro Dias, para livrar-se do oponente que disputa seus eleitores. Na falta do dinheiro de um e dos votos do outro, optou pela melhor candidata.

Os verdes se aliaram a Marina, indicando Eduardo Jorge para vice. Alegação: "A aliança reforça o trabalho nos Estados", disse o presidente do PV. Verdade: ou aceitava a vice de Marina ou ficava sem nada.

O PSC, do Pastor Everaldo, retirou a candidatura de Paulo Rabello de Castro à Presidência e o indicou para vice de Álvaro Dias, do Podemos. Alegação: "A aliança", diz Paulo Rabello, "é o primeiro passo para acabar com a picaretagem na política.". Verdade: Rabello corria o risco de ter menos votos que Meirelles, pois de Meirelles se sabe ao menos que é candidato e foi ministro de Temer. Álvaro Dias empacou nas pesquisas e não tinha um vice popular. Vai portanto de Rabello, que não é popular mas tem boa reputação e ficha limpa. Antes ao lado do que concorrendo.

ASSIM É...

A aliança de Álvaro Dias com Rabello foi rica em boas frases. O Pastor Everaldo, presidente do PSC de Rabello, disse que a principal negociação foi programática. "O senador aceitou incorporar à sua proposta de governo nosso Plano de 20 Metas". Claro! E o fará assim que descobrir que metas são essas. Renata Abreu, presidente do Podemos de Álvaro Dias, festejou a aliança: "Além de PSC e Podemos, o PRP estará na aliança". Álvaro Dias disse que busca o apoio do PROS. E ainda falou com ar de alegria!

...SE LHE PARECE

E Alckmin? Na Globonews, elogiou a história do PTB, que o apoia. É uma história rica, riquíssima: Roberto Jefferson, seu presidente, cumpriu pena por ser condenado no Mensalão, e é investigado pela Polícia Federal no caso da venda de registros de sindicatos no Ministério do Trabalho.

FALSA FORÇA

Os candidatos medem forças pelo número de simpatizantes no Facebook e no Twitter. Mas qual é o número? Com a ferramenta Twitter Audit, o colunista Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br) apurou quantos simpatizantes são falsos. No caso de Lula, 20%. De Dilma, 30% - ou seja, de 6,02 milhões de seguidores, 1,8 milhão são fake. Bolsonaro tem, entre seus seguidores, 24% inventados (pior: segundo O Globo, um secretário parlamentar de Bolsonaro, cujo salário é pago pela Câmara, é figura-chave no esquema. Traduzindo, o caro leitor paga para o candidato ter seguidores fake). E o campeão absoluto em seguidores falsos é Alckmin, com 36%.

Pois é: contar seguidores no Facebook e no Twitter como se fossem eleitores é a mesma coisa que ficar rico no Banco Imobiliário.

FALSOS PUROS

Lula jogou pesado e, de seu escritório na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, torpedeou a candidatura de Ciro Gomes (que foi seu ministro), única possibilidade real de união dos partidos de esquerda. A união de esquerda que podia admitir era em torno de seu nome ?" embora inelegível.

O PT mantém o discurso da pureza ideológica. Mas se aliou àqueles a quem chamava de "golpistas" para as disputas estaduais. Em Alagoas, fechou com Renan Calheiros; em Pernambuco, fez o possível para rifar Marília Arraes e se aliar ao governador Paulo Câmara, do PSB (mas Marília venceu a convenção - e agora?). No Piauí, a senadora Regina Souza, do PT, foi queimada; o partido apoia Ciro Nogueira, do PP, um dos líderes do Centrão (que, nacionalmente, está com Alckmin). E no Ceará o PT apoia Eunício - que não apenas chamavam de "golpista" mas atacavam por ser amigo do presidente Michel Temer. Em resumo, vale tudo, exceto aquilo que possa prejudicar a suprema posição de Lula.

ATENÇÃO ÀS MULHERES

Vale a pena prestar atenção nas duas gaúchas envolvidas na disputa pela Presidência: Manuela d'Ávila, candidata do PCdoB à Presidência, e Ana Amélia, do PP, vice de Alckmin, são adversárias, pensam diferente, mas pensam. Manuela d'Ávila tinha sido lançada pelo PCdoB para ocupar o espaço até que o partido decidisse o que fazer, mas ocupou-o tão bem que, a menos que haja uma união das esquerdas, é candidata até o fim. Ana Amélia é competente, ficha limpa, corretíssima (este colunista, que trabalhou com ela na Rede Bandeirantes de Televisão, é seu admirador). E há anos é colocada pelos jornalistas entre os melhores senadores. Observe.
Miguel José Teixeira
04/08/2018 20:08
Senhores,

"Não deixem seu voto dormir na cadeia"

(Roberto da Luz, PDT-Blu).

Após a recusa do Marcola e do Fernandinho-Beira-Mar, nem o tal de Jacques Wagner, contrabandista de relógios falsificados, aceitou ser vice do presidiário lula. . .
Herculano
04/08/2018 18:34
ESTAVA NA CARA QUE NÃO DARIA CERTO. ELA É MULHER E TEM OPINIÃO. JANAÍNA DIZ NÃO A BOLSONARO PARA A VICE.

Este texto é dela no twitter

Conversei com o Dep. Bolsonaro e com o Pres. do PSL, Dr. Gustavo Bebiano, e cheguei à conclusão de que, neste momento, não tenho como concorrer à Vice-Presidência. Por questões familiares, por ora, eu não posso me mudar para Brasília. A minha família não me acompanharia.

Eu tentei todas as composições possíveis. Peço desculpas ao Brasil e prometo, esteja onde estiver, com ou sem cargo, continuar lutando por um país livre. Acima de tudo, um país de mentes livres. Essa tem sido minha luta, desde que nasci. Acho até que nasci para isso!

Sou testemunha de que Bolsonaro não é machista. Ele me tratou de igual para igual, desde o primeiro momento. Sou testemunha de que ele não é autoritário, cedeu em muitos pontos. Todos puderam constatar a sua tolerância com os meus posicionamentos.

Agradeço ao próprio Bolsonaro, a Bebiano, a Bivar, a Major Olympio, a Leticia, Victor, aos filhos de Bolsonaro, por todo carinho e compreensão. Se esqueci alguém, peço que se sinta igualmente abraçado.

Eu acredito em Deus e sei que Ele move as peças do jogo da vida como devem ser movidas. Com todo amor que sempre devotei à Imprensa, aviso que não conversarei com ninguém. Vou me concentrar na ADPF 442. Esta ação é tão importante quanto às eleições para mim e para o país.
Herculano
04/08/2018 18:19
PT ENTRONIZA DOM SEBASTIÃO LULA DA SILVA, por Clóvis Rossi, no jornal Folha de S. Paulo

Ex-presidente teve morte jurídica decretada pela Lava Jato, mas seus seguidores não acreditam na morte, rezam e jejuam pelo seu reaparecimento

A convenção do PT entronizou neste sábado (4) a candidatura de dom Sebastião Lula da Silva. Dom Sebastião é aquele rei de Portugal que supostamente morreu na batalha de Alcácer-Quibir (1578). Como o corpo nunca foi encontrado, nasceu um movimento místico - o sebastianismo - que acreditava que o rei voltaria para salvar Portugal de todos os problemas surgidos após seu desaparecimento.

Luiz Inácio Lula da Silva teve sua morte jurídica (como candidato) decretada na esteira da Operação Lava Jato. Mas seus seguidores não acreditam na morte, rezam e jejuam pelo seu reaparecimento para superar o único problema que aflige o PT neste momento: ter um candidato presidencial viável.

O "sebastianismo" - "lulismo", em sua versão brasileira- era onipresente na Casa de Portugal, que abrigou o encontro petista que, por aclamação, indicou Lula como seu candidato presidencial.

Presente até no nome oficial da convenção: "Encontro Nacional do PT 2018 - Lula livre". Presente na frase, bem "sebastianista", de uma militante no vídeo sobre os cem dias da prisão de Lula: "Você é e sempre será nosso eterno presidente".

Presente, sempre como essa característica de solução para todos os problemas, no grande banner que ocupava o fundo do palco e gritava em letras brancas sobre fundo negro: "O Brasil feliz de novo".

Presente nas camisetas polo vendidas a R$ 30 ou nas t-shirts, pela metade do preço.

Justifica-se, pois, o rótulo de religião que Ciro Gomes, candidato do PDT, cravou no petismo em entrevista à GloboNews. Esse "lulismo" místico é definido como "perversão do petismo" por Francisco de Oliveira, fundador do PT mas depois rompido com o partido. Lulismo seria "o carisma de Lula combinado com assistencialismo", segundo esse sociólogo, um dos raros intelectuais de esquerda que se manteve de esquerda.

Que o PT vive da expectativa de renascimento de Lula fica evidente no fato de que a convenção deste sábado não indicou candidato a vice-presidente. Fazê-lo seria lido como um sinal de que há, sim, um plano B, ao contrário do que dizem oficialmente todos os petistas, graúdos ou miúdos.

Pior para o partido: o reinado de Lula impediu o surgimento de qualquer nome que pudesse rivalizar com ele, mesmo que fosse um pouquinho. É uma característica do caudilhismo. Caudilhos em geral impedem que nasça até grama em suas imediações, quanto mais uma palmeira que lhes faça sombra.

Se os aplausos dos convencionais deste sábado significam alguma coisa, o único eventual plano B seria a inelegível Dilma Rousseff, ovacionada quando o nome foi anunciado. Abaixo dela, Fernando Haddad. Para os demais, as palmas foram tímidas, pouco mais que protocolares.

O Eurasia Group, consultoria de risco político, bate mais palmas do que os convencionais para o candidato que o PT vier a lançar se Lula for mesmo vetado. Terá "grandes chances relativas de ir ao segundo turno", diz em nota desta semana.

Mas falar de plano B é proibido no PT, como diz o vereador e candidato a senador Eduardo Suplicy. O partido, aliás, não é mais o mesmo: seu manifesto de fundação dizia que "o PT pretende ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema capitalista".

Trinta e oito anos depois, o PT é Lula, o presidente que cansou de dizer que nunca antes na história do Brasil os capitalistas ganharam tanto dinheiro quanto no governo dele.

O programa em elaboração para a campanha presidencial, pouco explorado na convenção, talvez por ainda incipiente, passa muito longe da condenação ao sistema capitalista. É até bem burguês: diz que "é preciso investir para acelerar a economia, com inflação controlada, crédito disponível, juros baixos e geração de emprego."

Convenções nunca são bom termômetro para avaliar a saúde de um partido, por ser reservada aos militantes, já convertidos.

Mas, à margem dela, parece claro que o partido não perdeu capacidade de atração: no número mais recente de Nueva Sociedad, a revista da social democracia alemã, Esther Solano Gallego (Universidade Federal de São Paulo) relembra dados de pesquisas feitas em duas mobilizações em São Paulo em 2016, predominantemente de jovens: "Quase 90% dos participantes concordam total ou parcialmente com a ideia de que o PT é corrupto; por outro lado, mais de 90% afirmam que as políticas do PT melhoraram a vida dos brasileiros".

Na convenção, a primeira constatação não passou nem perto. E a segunda foi atribuída inteiramente a Luiz Inácio Lula da Silva, razão poderosa para rezar por sua volta (como "eterno" candidato) até o último minuto possível.
Herculano
04/08/2018 18:00
MIGUEL REALE JR SOBRE BOLSONARO: "PARLAMENTAR MEDÍOCRE E DESPREPARADO"
SALVAR

Conteúdo de O Antagonista. O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, escreveu no Estadão que a intenção de voto em Lula e em Jair Bolsonaro é "adotada sem reflexão".

"O voto no deputado Bolsonaro é fruto de ressentimento contra os desmandos da nossa política. Nada o qualifica, pois foi um parlamentar medíocre, despreparado, que encontra sossego no livro de cabeceira do torturador major Ustra. Seu nome cresceu por causa das redes sociais, vendendo a imagem de ser contra o sistema, com desprezo em face das instituições democráticas, levando criancinha a posar em seu colo fazendo o sinal de revolver com a mão. Dos nossos imensos problemas institucionais, sociais e econômicos, nada diz e nada sabe. O voto em Bolsonaro é um voto com o estômago, de revolta, impensado, contra tudo, sem ser a favor de nada. Voto filho da raiva, não do convencimento, razão pela qual Bolsonaro tem elevada rejeição."
Herculano
04/08/2018 17:51
CASA DE VAVÁ ENTREGUE NESTE SÁBADO PELO CRUZEIRO DO VALE


A casa de Genivaldo dos Santos Chagas, o seu Vavá, reconstruída na Bateias, depois de ser destruída por incêndio há três meses, já é um lar a sua família.

Neste sábado, com a participação da comunidade e doadores de materiais e recursos, as chaves da casa foi entregue à família de Vavá e sob as bençãos do Frei Paulo Jackson Pessoa de Moura. Estima-se que ela tenha custado em torno de R$60 mil

A campanha foi coordenada pelo Cruzeiro do Vale, sob a liderança do editor chefe e proprietário do jornal o mais antigo e de maior circulação, bem como o portal mais acessado e atualizado da região, Gilberto Schmitt.

Algumas autoridades de fizeram presentes como o chefe de gabinete do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB (e que estava em Florianópolis na convenção do partido que homologou o nome do deputado Mauro Mariani, candidato a governador), Pedro Inácio Bornhausen, PP; o presidente da Câmara, Silvio Cleffi, PSC; o vereador do bairro, Evandro Carlos Andrietti, MDB, entre outros.

Esta é a sexta Casa que o Cruzeiro do Vale construiu em Gaspar, todas em mutirão com a comunidade.
Herculano
04/08/2018 17:36
EM CONVENÇÃO, ALCKMIN ATACA AUTORITARISMO DE BOLSONARO E RADICALISMO DO PT. TUCANO JUSTIFICA AMPLA ALIANÇA COMO CONDIÇÃO PARA AS REFORMAS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O tucano Geraldo Alckmin fez um discurso correto na convenção do PSDB que sagrou seu nome candidato à Presidência da República. Defendeu as alianças - porque só elas permitirão que se façam as reformas - e atacou as postulações de Jair Bolsonaro (PSL) e do PT segundo termos que me parecem os adequados.

Afirmou o tucano:

"Ainda hoje a América Latina vê regimes produzidos por quem promete dar murro na mesa dizendo que faz e acontece, que pode governar sozinho ou apenas acompanhado de fanáticos. Gente assim quer a ditadura, que degenera em anarquia. Precisamos da ordem democrática que dialoga, tolera diferença, ouve o contraditório".

Fala oportuna. Ainda que não cite o alvo, é evidente que este se chama Bolsonaro, aquele que não diz o que pretende fazer e com quem pretende fazer, apenas como: na base do "eu quero". Pelo Congresso, que ele integra há 28 anos, nota-se um solene desprezo.

A Venezuela de Hugo Chávez, que Bolsonaro admirava, e de Nicolás Maduro fala por si. Há ainda o regime fanaticamente homicida de Daniel Ortega, na Nicarágua. Como? "São governos de esquerda, e Bosonaro é de extrema-direita?" E daí? São falas, discursos e práticas fascistoides, não importa o sinal. O relevante nos dois extremos é o desprezo pela democracia.

Alckmin mirou também no adversário à esquerda:

"Vamos mudar o Brasil não com bravatas, conversas fiadas, gritaria, tumulto e desarmonia entre os Poderes. Foram bravatas e radicalismos que criaram a coincidência que sintetiza a herança trágica que o governo petista nos deixou. São 13 milhões de desempregados, o número do PT."

Com efeito, a herança do PT é detestável. O governo de Michel Temer pôs ordem em boa parte da casa, mas há, obviamente, muita coisa desarrumada. E o país precisa levar adiante o ciclo de reformas.

O candidato tucano diz que pode lidera-lo, e é nisso que ancora a necessidade das alianças:

"Não basta uma mulher ou homem. Um governo de qualidade requer espírito público, coesão, alianças para fazer o melhor para o povo. Aceito ser candidato pelo PSDB e dos demais partidos que aqui nos apoiam nesta ampla aliança dos que acreditam no caminho do desenvolvimento e não na rota da perdição do radicalismo".

Alckmin lidera uma coligação com 10 partidos, incluindo o seu. Se vencer, não terá, em tese, dificuldade para fazer uma maioria no Congresso. A questão será: "para quê?"

Quando chegou ao poder, em 2003, FHC obteve o número necessário para aprovar emendas constitucionais. Implementou as reformas e o ciclo bem-sucedido de privatizações. Lula, igualmente, conquistou o número necessário no Parlamento, justiça se faça, e mudou, no que houve de virtuoso em seu governo, o patamar da assistência social no país.

O PT começou a se perder, ainda não gestão lulista, quando quis instrumentalizar a tal maioria apenas com o propósito de se manter no poder.

Vale dizer: sem a maioria no Congresso, não se governa. Só com ela, também não se chega a lugar nenhum. A maioria é importante quando se quer chegar a algum lugar, quando há um propósito.
Herculano
04/08/2018 17:20
ALGO INOCENTE, MAS BANDIDO A LONGO PRAZO

"A mordomia é a porta aberta para a corrupção", disse o sociólogo e ex-presidente da República,Fernando Henrique Cardoso, na convenção nacional do PSDB que lançou Geraldo Alckmin candidato ao Planalto
Herculano
04/08/2018 17:16
DODGE QUER QUE GILMAR DESARQUIVE INQUÉRITO SOBRE AÉCIO

Conteúdo de O Antagonista. Raquel Dodge recorreu da decisão de Gilmar Mendes que arquivou um inquérito sobre Aécio Neves que apurava envolvimento do tucano em suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro relacionado a Furnas, registra o Estadão.

A procuradora-geral afirma que, graças à cooperação com o Principado de Liechtenstein, foram juntadas novas provas ao processo.

"Não há como arquivar a apuração sem analisar antes o material recebido do exterior. Seria uma irresponsabilidade."

A PGR pede também que o caso seja encaminhado para análise na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Herculano
04/08/2018 16:54
ALCKMIN: 'NÃO SOU SHOWMAN"

Conteúdo do BR18. O presidenciável Geraldo Alckmin, do PSDB, reproduziu no Twitter a afirmação que fez no Central das Eleições, da GloboNews, na quinta-feira, 2, ao ser questionado sobre seu estilo ponderado, em meio à gritaria dos adversários e a polarização política do País.

"Eu não vou mudar, não sou showman. Não acho que vamos fazer escola a bala, construir hospital a bala, fazer acordo comercial a bala", afirmou. "Mário Covas dizia: o povo não erra, precisa ter todas as informações. Vamos, na campanha, conversar com a população."
Herculano
04/08/2018 16:35
NUM MUNDO BEM PARTICULAR

A estupidez é algo sagrado para o PT e os petistas.Esse gesto e ato de estabelecer como seu candidato um condenado, preso e inelegível é a exata negação do estado democrático de direito. Vale a norma particular de quem é incapaz de reconhecer suas próprias limitações e o direito dos outros
Miguel José Teixeira
04/08/2018 11:37
Senhores,

O trairão entrega o chefão:

"Lula é quem manda

O senador Humberto Costa (PE) revelou que foi coisa de Lula o acordo com o PSB para afastar Marília Arraes e facilitar a reeleição do governador Paulo Câmara:

"você acredita que exista alguma coisa que seja aprovada no PT que não tenha o apoio e conhecimento de Lula?".

(Coluna do Claudio Humberto, replicada abaixo).

Em 2018 não perca a peleja: não reeleja!
Herculano
04/08/2018 08:39
Domingo estará tudo consumado. Uma só palavra. Tetelestai. Esta é a palavra grega traduzida pela expressão "Está consumado" (João 19:30). Foi a última ou penúltima palavra falada por Jesus antes da sua morte.

BLEFES E VAIDADES: A RETA FINAL DAS NEGOCIAÇõES DAS ALIANÇAS, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis, SC.

Uma queda-de-braço geracional - ou seria um jogo de pôquer? - marca a reta final das composição das coligações da eleição catarinense este ano. Até o início da noite desta sexta-feira, lideranças de PSD, PP e PSDB conversavam entre si e silenciavam sobre os rumores de composições para transformar em uma só, talvez duas, as candidaturas do pessedista Gelson Merisio, do pepista Esperidião Amin e do tucano Paulo Bauer. O enredo parece cansativo e repetido, leitor? É.

Alguns dias atrás, um observador perspicaz das negociações políticas desabafou ao colunista: "são muitas insanidades e vaidades juntas". Nesta sexta, outro participante das discussões lembrou das idas e vindas que culminaram na definição das chapas das últimas três eleições estaduais para constatar que os impasses dos últimos dias vão além do que estava acostumado.

- Vivemos um jogo do blefe, da mentira. Tudo que te falarem agora, em dez minutos muda.

Até o final da noite de sexta-feira, as candidaturas de Merisio, Amin e Bauer continuam no tabuleiro. A novidade era que depois de uma semana, o pessedista e o pepista reabriram o diálogo. Nos bastidores, circulou a informação de que Amin havia "piscado". Ou seja, aceitava ceder a cabeça-de-chapa em troca de uma coligação que melhore as chances do PP nas eleições proporcionais.

Escrevi na quinta-feira que a regra de ouro da tríplice aliança é que quando dois partidos acertam os ponteiros, o terceiro corre atrás deles. Essa passou a ser a expectativa assim que surgiram os rumores de acerto entre Amin e Merisio. Ao longo do dia, no entanto, as conversas continuavam. Ao longo da semana, em recado aos tucanos, o pessedista deu sinais de que abriria mão da candidatura se fosse para apoiar Napoleão Bernardes, hoje candidato ao Senado, e não Bauer.

Nessa brecha, Amin teria sugerido uma solução semelhante: ambos abriam mão das candidaturas em favor de João Paulo Kleinübing (DEM), hoje candidato a vice do pepista. Solução que não teria sido bem recebida por Merisio.

Enquanto isso, Bauer via arrefecer a pressão que vem sofrendo nos últimos dias para abrir mão da candidatura. A preocupação no ninho tucano é de que ir para disputa em chapa pura reduza as bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados - mesma fobia que em maior ou menor grau atinge os candidatos do PP e do PSD. No entanto, nomes de peso no partido começaram a defender internamente a candidatura de Bauer. O deputado federal Marco Tebaldi chegou a dizer em grupos de whatsapp que estava disposto a abrir mão da candidatura à reeleição e ir à majoritária.

Falei no começo do textos sobre a disputa geracional em curso na centro-direita catarinense. Amin e Bauer de um lado, Merisio de outro. O jogo está perto do fim. Por enquanto, Amin admite abrir mão da candidatura se o nome não for Merisio. O pessedista sinaliza que abre mão para um integrante dos três principais partidos que não se chame Paulo ou Esperidião. E Bauer, até a noite desta sexta, não cede para ninguém. É possível que apenas na noite de domingo saibamos quem venceu essa partida.
Herculano
04/08/2018 08:34
GLOBO RESPONDE A BOLSONARO SOBRE O GOLPE DE 64, por Josias de Souza

O presidenciável Jair Bolsonaro provocou uma saia justa durante sabatina transmitida pela Globonews na noite desta sexta-feira. Questionado sobre a ditadura militar, o ex-capitão injetou em sua resposta um elogio ao patriarca do grupo Globo, Roberto Marinho, por um editorial publicado na capa de O Globo, em 1984, apoiando o golpe de 1964. No final do programa, a mediadora Míriam Leitão leu uma nota oficial. O texto reconheceu que "O Globo apoiou editorialmente o golpe". Mas realçou que, em 2013, o jornal veiculou outro editorial, no qual reconheceu o erro.

Bolsonaro citou Roberto Marinho em resposta a uma indagação feita por Roberto D'Ávila. O entrevistador lembrou que o candidato havia declarado que não houve uma ditadura no Brasil. E perguntou: "Como podemos imaginar que o senhor, presidente da República, não vai fazer atos ditatoriais?"

"Quem sempre quis o controle social da mídia foi o PT, não fui eu", respondeu Bolsonaro. "Uma das marcas da ditadura é ter uma imprensa única. A TV Globo nasceu em 1965. A revista Veja nasceu em 1968."

Bolsonaro prosseguiu: "Quero elogiar, saudar a memória do senhor Roberto Marinho. Editorial de capa do jornal O Globo, de 7 de outubro de 1984. Abre aspas para o senhor Roberto Marinho: 'Participamos da revolução de 1964, identificada com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, distúrbios sociais, greves e corrupção generalizada.' Fecha aspas."

Bolsonaro devolveu a pergunta: "O senhor Roberto Marinho foi um democrata ou um ditador?" A provocação do candidato do PSL era absolutamente previsível. Ele já havia citado o editorial de O Globo nas redes sociais. Repetira a menção na última segunda-feira, em entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura. A despeito disso, a atmosfera de improviso que marcou o término da sabatina revelou que a equipe da Globonews deixou-se surpreender.

Embora Míriam Leitão tivesse anunciado o término da sabatina, o programa permaneceu no ar. Sem saber que continuava sendo filmado, Bolsonaro excedia-se nos gracejos. ''Vou ter dois ministros nessa sala'', disse, entre risos, aos repórteres que o rodeavam. "Vou dar um abraço hétero no Gabeira", acrescentou, com a língua destravada.

Súbito, Míriam pôs a ler a nota: "O candidato Jair Bolsonaro disse há pouco que o Roberto Marinho, em editorial de 1984, afirmou que participava do que chamava de revolução de 64, identificado com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas. É fato. Como todos os grandes jornais da época, com exceção da Última Hora, O Globo apoiou editorialmente o golpe, com o objetivo reiterado de Roberto Marinho 20 anos depois."

A leitura de Míriam era entrecortada por pausas insuais, como se o texto estivesse sendo ditado por meio de um ponto eletrônico. A jornalista prosseguiu: "O candidato Bolsonaro esqueceu-se, porém, de dizer que, em 30 de agosto de 2013, O Globo publicou um editorial em que reconheceu que o apoio ao golpe de 64 foi um erro. Nele, o jornal disse não ter dúvidas de que o apoio pareceu aos que dirigiam o jornal na época e viveram aquele momento a atitude certa, visando ao bem do país. E finaliza com essas palavras o editorial: 'À luz da história, contudo, não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editorias no período, que decorreram desse desacerto original. A democracia é um valor absoluto. E corre risco. E ela só pode ser salva por si mesma'."
Herculano
04/08/2018 08:30
IMPRESSIONANTE, ESSES RADICAIS DOS EXTREMOS

Bolsonaristas e petistas, na mesma proporção e ira, bombardeiam Ana Amélia Lemos, PP, nas redes sociais por ela ter se decidido ser vice de Geraldo Alckmin, PSDB. Ela chegou até a fazer ontem, sexta-feira, um vídeo respondendo essa gente.

Esta é a prova mais concreta delas de que ambos - bolsonaristas e petistas - são farinhas do mesmo saco e que apenas se disfarçam com rótulos diferentes. São extremistas,intolerantes e usam de baixaria, chantagem e constrangimento permanente para desqualificar gente limpa que não lhes serve ao seu projeto de poder.

Perigo desnudado por Janaína Paschoal, cotada para vice de Jair Bolsonaro, PSL, na própria convenção que escolheu Jair.

Ana Amélia até quarta-feira servia aos bolsonaristas, pois tudo se encaminhava para o apoio dela na coligação que se montava para o palanque de Jair no Rio Grande do Sul. Da noite para o dia, ela virou comunista. Simples assim, para quem não possui argumentos, respeito e quer tudo na marra e ao seu modo, na incapacidade de dialogar e aceitar derrotas próprias do embate político e jogos de interesses.

Afinal, quem não consegue compreender esta essência da política, não terá condições de governar. Foi assim, como Fernando Collor de Mello, PTC. Wake up, Brazil!
Herculano
04/08/2018 08:19
A ELEIÇÃO DE NENÉM PRANCHA, por Luiz Weber, secretário de redação da sucursal de Brasília do jornal Folha de S. Paulo

Com a escolha de Ana Amélia, Geraldo Alckmin fez política à moda antiga

Roupeiro e massagista do Botafogo numa época sem estatísticas ou VAR, Neném Prancha resumia o futebol a frases de efeito. "Quem se desloca recebe."

Geraldo Alckmin fez política à moda antiga. Se mexeu. Pescou um espécime raro no poço do PP: alguém fora do radar da Lava Jato. "Vice dos sonhos", disse o tucano sobre a senadora gaúcha Ana Amélia.

Vice bom é o do tipo samambaia, que enfeita a chapa e não cria problemas. Ruralista, antipetista e ficha limpa, a senadora é uma planta ornamental frondosa. Não atrapalha e ainda é capaz de atrair a curiosidade de um eleitorado hoje na órbita de Jair Bolsonaro.

Numa campanha com concorrentes achatados, neste momento, pelo capitão reformado e pelo fantasma de Lula, o tucano precisava ampliar seu raio de captação de votos.

Mas a transmutação de Ana Amélia de peça decorativa em puxadora de votos é outra história. Não há evidência empírica de que um vice faça diferença numérica numa eleição.

Em 2002, o senador José Serra disputou o Planalto em companhia da então deputada capixaba Rita Camata. Relatora do Estatuto da Criança e do Adolescente, sem nenhuma bola de ferro presa à canela, ela não ajudou o tucano a vencer Lula nem sequer no Espírito Santo. Tarefa difícil na ocasião, é claro.

Mais uma vez candidato, em 2010, o mesmo Serra, ladeado agora pelo deputado carioca Índio da Costa, voltou a perder no Espírito Santo, dessa vez para Dilma Rousseff, com porcentual de votos válidos próximo ao obtido oito anos antes no estado.

Trocando em miúdos: vice não dá voto nem no próprio estado. Mas ajuda a moldar o perfil do presidenciável, dando-lhe mais latitude para se adaptar ao gosto do eleitorado.

Numa campanha sem Dudas e Joões Santana, redes sociais em ebulição, pode ser boa estratégia fazer a política tradicional, com alianças incômodas e vices decorativos. Alckmin se movimentou em campo. Quantos votos receberá? Isso falta combinar com os russos.
Herculano
04/08/2018 08:16
APóS ROMPER COM O MDB, MARTA DEVE APOIAR CIRO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

A senadora Marta Suplicy protagonizou, nesta sexta (3), o fato político mais explosivo da semana. Em carta dura, na qual critica o "toma lá dá cá" no MDB, do qual se desfiliou, e a "agenda atrasada" do Congresso, ela anunciou que não disputará a reeleição. E ainda poderá anunciar seu apoio à candidatura presidencial de Ciro Gomes, de quem o marido Márcio Toledo se aproximou quando cearense foi candidato pelo PPS.

POTE DE MÁGOAS
Marta ficou magoada com o presidente Michel Temer por não ser sido nomeada ministra da Educação. Ele ofereceu Turismo, ela recusou.

A QUEIXA DE SKAF
Paulo Skaf se queixou de Marta ao presidente Michel Temer: ela não foi à convenção do MDB que o escolheu candidato a governador.

CELULAR DESLIGADO
No início da semana, no exterior, Marta não atendeu às ligações de ministros do Planalto. Ela já havia decidido "chutar o balde".

PDT COMO DESTINO
Atual partido de Ciro Gomes, o PDT é uma das principais opções de filiação de Marta Suplicy, sobretudo após o distanciamento dele do PT.

PRESIDENTE DO PSB QUASE PERDEU O JATINHO DE VOLTA
O pernambucano Carlos Siqueira, presidente do PSB, só não ficou sem ter como voltar a Brasília porque o ex-prefeito de Belo Horizonte, que o havia mandado buscar, educado, fez seu jatinho levá-lo de volta. Siqueira alegava não haver voo disponível, quarta, para ir a BH explicar estranha aliança com o PT que só beneficia, no PSB, Paulo Câmara, governador de Pernambuco, porque tenta afastar da disputa a principal ameaça à sua reeleição: Marília Arraes (PT), neta de Miguel Arraes.

CLIMA RUIM
A reunião entre Siqueira e Lacerda foi péssima, segundo pessoas próximas ao ex-prefeito de BH, que não escondia sua indignação.

TIRO NO PÉ
Feita para Paulo Câmara, a aliança PSB-PT desagrada Márcio Lacerda e os governadores Márcio França (SP) e Rodrigo Rollemberg (DF).

IMPLOSÃO NACIONAL
O acordo provinciano pode levar à implosão do PSB em nível nacional segundo temem parlamentares boquiabertos com a desinteligência.

LULA É QUEM MANDA
O senador Humberto Costa (PE) revelou que foi coisa de Lula o acordo com o PSB para afastar Marília Arraes e facilitar a reeleição do governador Paulo Câmara: "você acredita que exista alguma coisa que seja aprovada no PT que não tenha o apoio e conhecimento de Lula?".

LULISTA RIMA COM GOLPISTA
Nada como um dia após o outro. Lulistas como Humberto Costa foram recebidos com uma conhecida "trilha sonora", quando chegavam ao hotel do Recife onde o PT fez sua convenção: "golpista, golpista!".

LANTERNAS EM ARRECADAÇÃO
A Justiça Eleitoral reservou apenas R$970 mil para cada um dos partidos sem parlamentares fazerem campanha: Novo, PMB, PCO e PCB. Mas, dignamente, o Novo já avisou que não usará o dinheiro.avisou que não usará o dinheiro.

DIA DOS PAIS MELHOR
Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o SPC Brasil em todas as capitais estima que o Dia dos Pais vai movimentar este ano R$13,9 bilhões. Em 2017, foram R$11 bilhões.

CORAÇÃO PARTIDO
A adesão de Ana Amélia (PP) a Alckmin (PSDB) revoltou os adeptos de Jair Bolsonaro, que esperava tê-la como vice. Ele até a elogiou em entrevista, como uma das exceções no PP no recebimento de propina.

NÃO É PRA TANTO
O lucro de R$10 bilhões da Petrobras, o maior desde o início do governo Dilma, não paga o acordo com acionistas da Petrobras na Bolsa de Nova York, por prejuízos causados pela ladroagem petista.

DIVISÃO PARA REINAR
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), está otimista com a reeleição, após a divisão do grupo de oposição líder nas pesquisas, fragmentado em quatro. Aliados já falam em vitória no primeiro turno.

BRASIL INTERNACIONAL
O número de voos internacionais para o Brasil aumentou 11,24% na oferta mensal de voos diretos (4.942 para 5.611 mensais) e também de assentos, 11,41%, segundo Boletim da Malha Aérea da Embratur.

PENSANDO BEM...
... banalizou: Lula se comparou a Mandela, Luiz Felipe "7 a 1" Scolari também, agora só falta Dilma e Eduardo Cunha fazerem o mesmo.
Herculano
04/08/2018 08:08
da série: os petistas sem candidato viável, a não ser o condenado e presidiário, querem que impor como caudilhos da esquerda do atraso, um jogo onde só eles mandam e desmandam que chamam de democrático

LULA CONTRA A CORRENTE, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no jornal Folha de S. Paulo

Ex-presidente marcou dois tentos na difícil partida que decidiu disputar

No dia 7 de abril deste ano, Luiz Inácio da Silva era preso no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Começava ali uma guerra particular.

Lula, contra todos que o queriam fora do jogo, trataria de seguir na política, mesmo trancado numa sala da Polícia Federal em Curitiba. Passados quase quatro meses, ele marcou dois tentos na difícil partida que decidiu disputar (em vídeo gravado pouco antes de se entregar, ele lembrava que poderia, facilmente, ter saído do país).

O gol mais recente foi impedir que o PSB (Partido Socialista Brasileiro) fechasse uma aliança com o cearense Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência. O primeiro foi a manutenção, até aqui, de uma intenção de votos, medida pelas pesquisas, em torno de 30%.

Ao contrário da possível dispersão causada pelo aprisionamento, o seu capital de sufrágios continua quase intacto.

Utilizando a larga popularidade que detém em Pernambuco, Estado onde nasceu, Lula comandou com punho de ferro a desconstituição de uma aliança quase certa entre o partido criado por Miguel Arraes e o ex-governador do Ceará.

Ajudado pelo fantasma da candidatura de uma neta de Arraes, a qual provavelmente inviabilizaria a continuidade dos pessebistas à frente do governo pernambucano, Lula enfraqueceu a postulação do seu ex-ministro de Integração Nacional.

Note-se que Lula não tem nada contra Ciro. Trata-se "apenas" de impedir que, ao ganhar musculatura com a sustentação do PSB, o comboio cirista toldasse o lulismo.

A informação publicada pelo Painel de que o PT, ao mesmo tempo, ofereceu a Ciro a vaga de vice-presidente na chapa de Lula confirma que não há prevenção contra ele. Desde que o pedetista cedesse a precedência ao líder petista.

O oferecimento é menos disparatado do que parece, uma vez que, como se sabe, Lula no final não poderá concorrer por motivos judiciais. Chegado o momento de indicar o substituto, a escolha poderia recair sobre o seu vice, no caso da hipótese acima, Ciro. O preço a pagar seria, contudo, o reconhecimento de que é Lula quem dá as cartas e a submissão à incerteza que tal implica.

Em 1989, argumentava-se que não fazia sentido um dirigente metalúrgico aspirar à Presidência tendo como base apenas uma bem-sucedida eleição para deputado federal em 1986.

Em 2002, após três derrotas, dizia-se que Lula tinha teto (cerca de 30% dos sufrágios) e devia ceder a vez a alguém que pudesse superá-lo. Em 2018, o ex-retirante decidiu nadar de novo contra a corrente. Vamos ver quem é mais forte.

PS: a escolha de Ana Amélia (PP) como vice de Alckmin mostra que, no campo da direita, as melancias começam a se acomodar, conforme previ aqui em 23/6 ("Lógica Polar").
Herculano
04/08/2018 07:55
A PF ATENTA CONTRA OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DE OUTRO PROFESSOR DA UFSC. ATÉ QUANDO? O PAPOL ESTÁ FUGINDO DO CONTROLE. CADÊ A OAB?, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Setores da Polícia Federal - e, em breve, o comando dela vai se transformar em sujeito da frase se nada fizer - resolveram rasgar a Constituição e transformar a liberdade de expressão em caso de polícia. É um acinte! É um disparate! Ficamos sabendo agora, segundo reportagem da Folha, que "a Polícia Federal de Santa Catarina intimou o professor Mario de Souza Almeida, do departamento de Administração da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), para dar explicações sobre críticas que fez a uma investigação policial durante discurso em evento de formatura da turma do curso de ciência da administração, da qual foi paraninfo."

Informa ainda o jornal:

Em seu discurso na cerimônia da formatura, Almeida questionou o resultado das investigações. "A suspeita de desvios de R$ 80 milhões destinados à educação à distância [cifra divulgada pela PF no dia da deflagração da operação] se mostrou totalmente equivocada", disse. "Eles [professores] foram presos sem ao menos terem sido acusados e não tiveram até este momento, portanto cinco meses depois, o direito de se defenderem", afirmou o professor.

Já escrevi uma série de posts sobre a investida da PF contra professores da UFSC. O atentando às garantias constitucionais do professor Mario de Souza Almeida não é o primeiro.

Antes, uma explicação necessária. Luiz Carlos Cancellier de Olivo, ex-reitor da instituição, foi preso no dia 14 de setembro do ano passado, acusado de chefiar uma "ORCRIM" (organização criminosa) que atuava na instituição e que teria desviado R$ 80 milhões. Vestiu uniforme laranja, foi algemado e teve os pés acorrentados. Solto, ele se matou 18 dias depois, jogando-se do 7º andar de um shopping em Florianópolis. A leitura de 6 mil páginas do inquérito e 800 do relatório da PF leva à seguinte conclusão: nada existe contra Cancellier. Para se ter medida do absurdo, os R$ 80 milhões que teriam sumido representam a soma de verbas que a UFSC recebeu ao longo de 10 anos. As acusações que há contra o reitor assombram pela fragilidade.

A PF investiga já há cinco meses outro professor: Aureo Mafra Moraes, chefe de gabinete da reitoria. A suspeita? Ele teria atentado contra a honra da delegada Erika Mialik Marena. Para lembrar: ela era membro da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba. Pelo visto, gostou dos métodos empregados por lá. Foi transferida para Florianópolis em fevereiro de 2017 e deflagrou a Operação Ouvidos Moucos, destinada a desbaratar suposto esquema de desvio de recursos na UFSC. Cancellier era suspeito de obstruir a investigação. Ele chegou a ser preso, passando por todos os rituais de humilhação que se tornaram rotina no país. Posto em liberdade, foi proibido de pisar da universidade. Atirou-se do sétimo andar de um shopping.

Por que o professor Aureo está sendo investigado?

Em dezembro do ano passado, no aniversário de 57 anos da universidade, a TV UFSC fez um vídeo de 2min46 segundos sobre o evento. O professor Aureo Mafra Moraes aparece em dois momentos. Uma das falas tem 6 segundos e trata da "reação da sociedade a tudo aquilo que nos abalou neste ano". Na outra, ele se refere a uma placa em homenagem a Cancellier e afirma: "É um tributo a uma pessoa que nos deixou de forma tão trágica, tão abrupta, e que tinha um compromisso gigantesco com esta instituição, colocando no lugar de honra que todos os reitores desta instituição têm guardado, que é a galeria dos reitores".

Mas por que diabos ele está sendo, então, investigado? Porque, atrás dele, havia uma faixa onde se lia:

"Agentes públicos que praticaram abuso de poder contra a UFSC e que levou ao suicídio do reitor", estampando-se as fotos da delegada Erika Marena, da juíza Janaína Cassol, que decretou a prisão de Cancellier, e do procurador da República André Bertuol, responsável pela operação no Ministério Público Federal. No vídeo, aparecem ainda faixas e cartazes com os seguintes dizeres: "Não ao abuso de poder", "Universidade rima com verdade e liberdade. Quem matou o reitor?". Foi o que bastou para que a delegada pedisse a abertura de inquérito.

Achando que truculência pouca é bobagem, a PF de Santa Catarina avança agora contra os direitos fundamentais de outro professor. Na segunda-feira, cobrei aqui providências do ministro Raul Jungmann, da Segurança Pública, pasta à qual a PF está subordinada. Ele enviou um pedido de explicações sobre o caso. Como se vê, não parece o bastante para restaurar o estado de direito na relação entre a PF e a Universidade Federal de Santa Catarina.

Eis aí? Os, digamos assim, "militantes da PF" estão mobilizados para, ora vejam!, reivindicar a "autonomia" do órgão, como se autônomo já não fosse, reclamando que a categoria eleja diretamente uma lista tríplice de candidatos a delegado-geral, e o presidente da República se obrigaria a escolher um deles para o comando.

Como as coisas estão hoje, setores da PF já não reconhecem as garantias do Artigo 5º da Constituição. Talvez a PF devesse declarar a sua independência do Brasil, que tal? Passaria à condição de "força beligerante", com a qual a cidadania brasileira se obrigaria a negociar. O que lhes parece?

O Partido da Polícia (Papol), que envolve setores da PF, do MPF e do Judiciário, perdeu há muito o senso de ridículo. Perder o respeito pela Constituição era o passo seguinte.

O professor Almeida, a vítima da vez, não quer mais falar a respeito. Não é imprudente ter medo. Hoje, o Papol não respeita nem mesmo os direitos constitucionais do presidente da República.

Ah, sim: Rogério Galloro, o chefão da PF, tem simpatia pela eleição direta em lista para delegado geral.

O próximo presidente tem a responsabilidade adicional de tentar devolver os candidatos a Leviatã do Brasil a seus limites constitucionais. Não será fácil.

Cadê a OAB?
Herculano
04/08/2018 07:48
CANCELLIER, EU E VOCÊ, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Cancellier não fará o que fez Caldas, temos que fazer por ele, para nós

"Convivo com a pior de todas as sentenças: a mácula da minha honra por crimes que não cometi ou que sequer existiram". Eduardo Jorge Caldas, secretário-geral da Presidência no governo FHC (1995-98), enfrentou uma incessante campanha de acusações, sem prova ou nem sequer denúncia formal, conduzida por Luiz Francisco de Souza, um procurador-militante. Reagiu, lutando nos tribunais por uma década, até provar sua inocência.

Já o reitor Luiz Carlos Cancellier, preso sem um fio de prova e proibido de colocar os pés na universidade, não resistiu à "pior de todas as sentenças", suicidando-se diante do público num shopping de Florianópolis. Cancellier não fará o que fez Caldas. Temos que fazer por ele, para nós.

O Conselho Nacional do Ministério Público reconheceu finalmente, em 2009, que Luiz Francisco perseguia Caldas por razões político-partidárias. Prudentemente, desde o fim do governo FHC, o procurador sumiu do palco iluminado, desistindo da missão sagrada da denúncia da corrupção para refugiar-se num sinistro blog "socialista cristão", de onde dispara petardos difamatórios.

Já a delegada Erika Marena, que mandou prender o reitor, foge à obrigação mínima de reconhecer o erro monstruoso, preferindo inventar um processo vazio contra um colega da vítima. Quanto pesa a injustiça? Será necessária uma nova década até que se repare o irreparável?

De Caldas a Cancellier, mudaram os tempos. Sob o signo da Lava Jato, há cheiro de sangue no ar. Da barriga da operação anticorrupção que desvendou tantos crimes escorrem líquidos contrastantes. Num lado, vastas, justificadas esperanças cívicas; no outro, a substância tóxica da arrogância missionária.

Nas suas imensas diferenças, o acordo de imunidade judicial para Joesley e a prisão de Cancellier ilustram o desvio escuro da Lava Jato. Pois, embora a Operação Ouvidos Moucos, que vitimou o reitor, não tenha ligação formal com a Lava Jato, nela pulsa o espírito do arbítrio angelical.

"Cortem-lhe a cabeça!" - a Rainha de Copas que premia Joesley é a mesma que condena um reitor sem amigos na corte. A delegada Marena notabilizou-se na força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba. Deslocada para a Ouvidos Moucos, levou para Florianópolis uma inclinação ao espetáculo que resultou na tragédia.

A acusação a Cancellier, de obstrução da Justiça, tinha as marcas kafkianas clássicas: a "prova" brandida pela Polícia Federal era um ato oficial do reitor, avocando para si a condução da investigação interna. Quem, no mundo, obstrui a Justiça por meio de decisões administrativas documentadas? Mas, sob o amparo da juíza Janaina Machado, o arbítrio fez seu curso, impondo a um inocente a "pior de todas as sentenças".

Mais Kafka. Em janeiro, diante de um modesto ato acadêmico em memória de Cancellier, a delegada Marena moveu inquérito contra o professor Áureo Moraes, chefe de gabinete da reitoria, acusando-o do "crime" de aparecer, num vídeo estudantil, à frente de cartazes de denúncia do abuso de autoridade.

A Justiça converte-se em ferramenta de intimidação. "Eles não têm nenhum cuidado com a honra alheia e são tão cuidadosos quando criticam os seus", registrou Gilmar Mendes, conclamando o ministro Jungmann a "instalar o Estado de Direito na PF".

"Cortem-lhes a cabeça!". Dos 686 mil presos no Brasil, 236 mil são provisórios. A presunção de inocência está morta para essa multidão de gente sem rosto que, atrás das grades, aguarda julgamento pelo tempo médio de um ano.

Na sua saga judicial contra o abuso de autoridade, Caldas lutou para limpar seu próprio nome, mas também por um princípio geral inegociável. O ato extremo de Cancellier, tão diferente na forma, aponta o mesmo norte. Quando holofotes iluminam as portas das delegacias e dos tribunais, quem não deve teme sim. Dessa vez, não é comigo ou com você. Por mero acaso.
LEO
03/08/2018 21:41
O CAFEZINHO DE CADA DIA A ALESC,TJSC E O GOVERNO DO ESTADA GASTARAM R$ 15 MILHÕES EM 5 ANOS COM O CAFEZINHO.ISTO PORQUE FOI CORTADO O CAFÉ GOURMET. NA INICIATIVA PRIVADA A GENTE FAZ VAQUINHA OU CADA UM COMPRA O SEU CAFÉ.NO BRASIL É ASSIM FALTA REMÉDIO.EXAMES FALTA TUDO.MENOS VERGONHA NA CARA DOS POLÍTICOS. É O FIM
Herculano
03/08/2018 17:08
FIRME PROPóSITO DA CANDIDATURA DE PAULO BAUER INVIABILIZARIA CHAPÃO ENTRE PSDB, PSD e PP, por Altair Maganin, no Diário de Notícias (Ric Record)

Conversas entre os três partidos, que sugeriam Napoleão Bernardes na cabeça de chapa, enfraqueceram

O firme propósito de Paulo Bauer (PSDB) levar a cabo a pretensão de concorrer ao governo do Estado é considerado um entrave decisivo para o chapão especulado entre PP, PSD e PSDB. As conversas entre lideranças dos três partidos até admitiam os tucanos na cabeça de chapa, mas com a candidatura do ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), hoje candidato ao Senado. Bauer está fazendo valer aquilo que disse em convenção no domingo, de que a candidatura é irreversível.

Esperidião Amin e Gelson Merisio voltam a conversar sobre possibilidade de aliança

A executiva estadual do PSDB fará uma reunião no domingo pela manhã, às 9h30, para discutir os detalhes que ficaram em aberto na convenção. Se optar por chapa pura, o partido deve resolver a indicação do vice e anunciar candidatura única ao Senado.

PSDB + MDB

Ainda no campo da especulação de bastidores, voltou à pauta a possibilidade de aliança do MDB com o PSDB. Além das dificuldades locais, há também o fato das candidaturas presidenciáveis de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) como obstáculo para a operação.
Miguel José Teixeira
03/08/2018 16:55
Senhores,

A mídia, hoje, está um espetáculo:

"PT propõe mudar:

a)"o STF" (te cuida, são tópholili),

b)"Taxar grandes patrimônios" (te cuida zédirceu) e

c)"nova política de drogas" (quem já vota ou já votou no PT não será considerado drogado).
Herculano
03/08/2018 16:34
FESTIVAL FAKE IN RIO, por Guilherme Fiúza, no portal Fazeta do Povo, Curitiba PR

Como todo mundo sabe ?" embora a maioria não tenha se dado conta ?", o fingimento está na moda.

O Facebook finge combater fake news exterminando quem não reza pela cartilha politicamente correta. A Copa do Mundo foi marcada pelo teatro canastrão de Neymar - e apesar da reação geral à pantomima do menino-lobo, a final da Copa consagrou a manha: o gol inaugural da França saiu de uma falta simulada pelo manhoso Griezmann.

O juiz não haveria de estragar esse grand finale da Era Fake.

A apoteose do fingimento ficaria bem no Sambódromo carioca, mas acabou acontecendo perto dali, nos Arcos da Lapa - doravante conhecidos como Arcos da Apoteose: o Festival Lula Livre reuniu uma suposta elite cultural em defesa do maior farsante do Ocidente (não se sabe se no Oriente existe algum à altura, mas sejamos modestos).

O malandro-otário que está preso por roubar o povo fingindo defendê-lo foi defendido por essa suposta elite que finge defender esse mesmo povo, fingindo não ver que ele foi esfolado pelo seu ladrão de estimação. É ou não é apoteótico?

A ofensiva moralizante do Facebook tem um teor de honestidade intelectual muito próximo ao do ato cívico-cínico da Lapa. Os critérios de eliminação sumária de perfis e ideias (Stálin era uma criança de playground) foram cuidadosamente montados em alinhamento com a turma do jornalismo tarja preta que está até hoje gemendo à boca pequena contra o impeachment de Dilma Rousseff, a presidenta mulher.

Você se sente realmente seguro imaginando essa militância bem maquiada, que pergunta "cadê as provas" do maior assalto já perpetrado e esfregado na cara do país pela Lava Jato, trabalhando para te proteger de notícias falsas. Eles são chancelados por essa imprensa que adotou açougueiro bandido como denunciante de corrupção, então você já sabe que de fake news eles entendem.

Como diria Neymar Jr (quase tão perseguido quanto o filho do Brasil e a enteada): pode deitar e rolar, parça.

Deite e role, mas não se esqueça: grite e chore. A consagração do fingimento na Copa da Rússia mostrou que a reação mundial à comédia do sofrimento do menino Ney era fogo de palha. O menino Mbappé, craque francês e aluno aplicado do colega de PSG, fez as mesmíssimas manhas e malcriações - e saiu ileso, porque ficou com a taça.

Honra ao mérito e à fraude vencedora.

A seleção francesa (em parceria com a inglesa) trouxe para a Copa 2018 a técnica inédita e sofisticada da substituição incompreendida. Vamos explicar, porque vale a pena: o time que está ganhando anuncia uma substituição, o quarto árbitro indica o número do jogador a ser substituído, e este simplesmente finge que não vê.

Não é genial?

E finge para sempre, vagando a esmo por uma região remota do gramado, com o olhar perdido em direção ao céu ou ao chão, até que o juiz percorra uma longa distância até o pobre alienado para levar-lhe pessoalmente a informação cruel. Revejam as interpretações magistrais do francês Matuidi e do inglês Dele Alli.

Focados demoradamente pela câmera da FIFA, ambos têm a expressão vazia e desvitalizada, parecendo apartados do mundo, qual um Neymar sem Instagram. O momento do choque de realidade é terrível. Avisados pelo juiz da trágica notícia (depois de cutucados para notar o interlocutor e sair do transe), passam a uma feição de incompreensão, como se estivessem sendo convocados para montar um arranjo floral na mansão de Putin.

Eu? Você disse: eu? Como assim, eu?

O tempo vai passando, com milhões e milhões de testemunhas do truque em completo silêncio. Ninguém viu, ninguém protestou, ninguém nem estranhou. A humanidade do século 21é reverente ao grande fingidor.

Aí o desavisado fake, agora resignado, passa a cumprimentar um a um seus companheiros de time, acrescentando à velha técnica de sair lentamente de campo saudações em 360 graus às arquibancadas ?" ritual já devidamente assimilado e replicado nas partidas do Campeonato Brasileiro.

As grandes invenções se espalham rápido.

É por isso que você pode soltar uma frase politicamente correta e virar herói instantâneo do Facebook sendo a criatura mais egoísta do mundo. Vá com fé, ninguém vai notar! O fingimento está na moda, seu bobo. Perca esse pudor e declare agora, para delírio da cracolândia digital, que você não tolera o racismo. Fim de papo ?" você está dentro!

Não seja estúpido de criticar o maniqueísmo dos debates atuais, que marginaliza quem não repete tiradas humanitárias de pára-choque de caminhão. O escritor Luciano Trigo foi fazer isso no livro "Guerra de narrativas" (Editora Globo) e foi banido da Flip - festa que consagrou a campanha Lula Livro, a mais importante celebração intelectual da ignorância e do crime já vista por aqui.

Onde o Luciano estava com a cabeça para escrever sobre o controle do imaginário? Vai acabar banido também do Fakebook e enviado à Nicarágua para aprender o que é a verdadeira verdade.

Aliás, depois do sucesso nos Arcos da Apoteose, a segunda edição do Festival Fake in Rio bem que poderia ser em Manágua. Lisboa tá muito parada.
Miguel José Teixeira
03/08/2018 16:04
Senhores,

Na Mídia, de novo:

"Gleisi e Haddad vão para Curitiba discutir com Lula quem será o vice do PT"

Huuummm. . .chapadamente chapado, recomendo: marcola ou fernandinho-beira-mar. . ."pra não dizer que não falei das flores". . .
Miguel José Teixeira
03/08/2018 11:13
Senhores,

Na mídia:

São falsos 20% dos seguidores do petista Lula no Twitter

Dilma tem mais de 30% de seguidores falsos. . .

Huuummm. . ."fake followers". . .mortadelas falsas!!!
LEO
03/08/2018 10:53
SE TEM ALGUÉM QUE AJUDOU,A MANTER A CASA LAR SEMENTE DO AMANHÃ ABERTA. FOI O SEU HERCULANO.PORQUE SE NÃO TIVESSE FALADO NA SAÍDA DA GAIAA A POPULAÇÃO NÃO IRIA SABER.E O GESTOR DA SECRET. DE ASSISTÊNCIA SOCIAL IRIA EMPURRAR TUDO PARA DEBAIXO DO TAPETE.ESPERAR O QUE DE QUEM NÃO ENTENDE NADA DO RISCADO.
Miguel José Teixeira
03/08/2018 10:26
Senhores,

Na mídia:

"PT se alia a apoiadores do impeachment e revolta próprias bases no Nordeste..."

Olhem o GOLPE aí gente!!! Vale tudo pela reeleição!!!

Em 2018 não perca a peleja: não reeleja!!!

- Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/08/03/pt-se-alia-a-apoiadores-do-impeachment-e-revolta-proprias-bases-no-nordeste.htm?cmpid=copiaecola
Herculano
03/08/2018 07:59
da série: está chegando ao fim o tempo dos blefes. A falta de um líder para comandar o processo politico eleitoral em Santa Catarina, determinou "viagens" de anões, coadjuvantes e espertos nestes últimos dias. O fator Ana Amélia Lemos de ontem a tarde, pode ter influência de hoje até domingo nas definições de Santa Catarina e fazer água naquilo que se tinha como quase certo ontem ao meio-dia

CHEIRO DE TRÍPLICE ALIANÇA NO AR, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

A rigor, a chamada tríplice aliança aconteceu duas vezes em Santa Catarina. Em 2006 quando PMDB, PSDB e PFL apoiaram a reeleição de Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e quatro anos depois quando os mesmos partidos - pefelistas rebatizados como DEM - fecharam com Raimundo Colombo (DEM). Esses dois momentos guardam semelhanças com estes dias que encerram o período da confirmação das candidaturas a governador.

Nos dias que antecederam os acordos de 2006 e 2010, os três partidos tinham candidaturas próprias inarredáveis. Nenhuma convenção havia sido realizada ainda, mas os projetos eram garantidos por pré-candidatos e cúpulas partidárias. Na primeira vez, estavam no páreo o PFL de Colombo e o PSDB do então senador Leonel Pavan (PSDB). Até o último momento, os pefelistas tentavam o apoio de Esperdião Amin (PP) - que acabou decidindo ser candidato ele mesmo. O pepista alegou que estava melhor nas pesquisas.

Sem Amin, Colombo aceitou uma carona de Florianópolis a Joinville oferecida por Luiz Henrique, candidato à reeleição. Em duas horas de conversa, acertaram os ponteiros e o ex-prefeito lageano virou senador. A composição PMDB/PFL assustou os tucanos e Pavan entrou no time - trocando os quatro anos de mandato que ainda teria no Senado pela vaga de vice-governador.

Reeleito LHS, os quatro anos seguintes foram um longo ensaio para as pré-candidaturas de Colombo, Pavan e do peemedebista Eduardo Pinho Moreira - que aceitara não concorrer à reeleição como vice-governador para viabilizar a ampliação da coligação. Mais uma vez, três projetos que duraram até os últimos dias antes do fim do prazo das convenções. Pinho Moreira chegou a vencer uma prévia contra o então prefeito florianopolitano Dário Berger. Com a renúncia de LHS para concorrer a senador, Pavan herdou o governo e a disposição de disputar a eleição - fragilizada pela citação em investigação do MP-SC por suposto tráfico de influência junto a uma empresa de combustíveis com dificuldades junto à Fazenda. Mesmo assim, o tucano garantia que concorreria.

LHS fez o que pode para desidratar a candidatura de Moreira, que acabou aceitando na última hora ser vice de Colombo. A aliança entre os dois gerou a pressão do PSDB nacional para que Pavan desistisse em nome de ampliar o palanque para o presidenciável José Serra (PSDB). Estava mais uma vez montada a tríplice aliança.

Voltando a agosto de 2018, constatamos três candidaturas inarredáveis e rumores de composição para uma ampla aliança. Gelson Merisio (PSD), Esperidião Amin (PP) e Paulo Bauer (PSDB) foram homologados nas festivas convenções de seus partidos nos últimos dois finais de semana. Até domingo, todos tinham todas as garantias da cabeça-de-chapa. Nestes cinco dias, no entanto, todas as conversas de entendimento negadas no último ano passaram a ser feitas. Nos ensaios, as maiores possibilidades são de que as três candidaturas permaneçam ou que nenhuma delas se confirme - Napoleão Bernardes (PSDB) seria o nome da unidade. Se valer a regra de 2006 e de 2010, se dois partidos se acertarem, o terceiro vem correndo para fechar.
Herculano
03/08/2018 07:52
LAVA JATO: BANQUEIRO RELACIONADO A SÉRGIO CABRAL E EIKE BATISTA É PRESO NO RIO

Conteúdo do Infomoney. A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (3) o banqueiro Eduardo Plass, dono do TAG Bank e sócio da corretora Opus Participações, em nova fase da Operação Lava Jato. O banco está relacionado ao esquema de corrupção do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e do empresário Eike Batista. A PF ainda cumpre ainda outros dois mandados de prisão nesta fase, segundo informações do G1.

Investigações da Polícia Federal apontam que uma conta no TAG Bank foi usada para o pagamento de US$ 16 milhões, o equivalente R$ 60 milhões, a Eike Batista. Essa transferência que já foi alvo da Operação Eficiência.

O banqueiro também é sócio do empresário que vendeu a cobertura em que mora o ex-secretário de Saúde Sérgio Côrtes. O banqueiro já foi levado coercitivamente para depor em 2016, na Operação Calicute.
Herculano
03/08/2018 07:47
CHUCHUMAN SEM BALAS

Conteúdo de O Antagonista. Na entrevista de ontem à GloboNews, Geraldo Alckmin disse que não é um 'showman' e não vai mudar para ganhar votos.

"Eu não vou mudar, não sou showman."

Ele afirmou também que não vai fazer "escola a bala, hospital a bala ou acordo comercial a bala". "Vamos conversar com a população."
Herculano
03/08/2018 07:41
DISTRIBUIDORAS SOB SUSPEITA DE COMBINAR PREÇOS, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

As distribuidoras de combustíveis, cujas margens de lucro crescem desde a greve dos caminhoneiros, agora dão sinais de cartelização. Notas fiscais obtidas pela coluna revelam a prática de preços muito parecidos. A distribuidora Ipiranga cobrou de postos de Brasília, em 27 de julho, R$3,2740 pelo litro de diesel comum, valor apenas dois milésimos de centavo maior que a BR Distribuidora em 1º de agosto: R$3,2742. A diferença mínima pode evidenciar preços combinados.

POR QUE CARTEL É CRIME
Fora do cartel, a distribuidora Total, que tem como sócia a Petrochina, cobra 17 centavos menos que a BR e Ipiranga pelo diesel comum.

TUTTI BUONA GENTE
A estatal BR Distribuidora e a Ipiranga, para além da Raízen/Shell, são investigadas por práticas criminosas contra a livre concorrência.

LUCROS SUBSIDIADOS
Além de praticar a mesma margem de lucro abusiva, a BR Distribuidora se beneficia dos subsídio mensal de R$700 milhões do governo.

BOCA DE SIRI
A coluna pediu explicações à BR para a "coincidência" de preços, mas não houve resposta. E não conseguiu contato com a Ipiranga.

SÃO FALSOS 20% DOS SEGUIDORES DE LULA NO TWITTER
Levantamento com a ferramenta Twitter Audit, que faz uma auditoria no microblog, revela que são falsos (ou "fake") exatos 20% dos seguidores do perfil oficial no Twitter do ex-presidente preso por corrupção, o @LulaOficial: mais de 68 mil dos 328 mil seguidores do petista. Perde para outra petista Dilma Rousseff, cujo perfil foi "engordado" com 1,8 milhão (30%) de seguidores fajutos no Twitter, do total de 6,02 milhões.

'PELO BRASIL' NO LIXO
O PT mudou o perfil de Lula no Twitter. Descartou @LulapeloBrasil (lançado 2014) e adotou @LulaOficial.

CONSERVADORES FAKE
O líder de pesquisas para presidente, Jair Bolsonaro (PSL) tem ainda mais seguidores falsos no Twitter: 282 mil, 24% do total.

TUCANO É RECORDISTA
Geraldo Alckmin (PSDB) tem a pior proporção de perfis falsos no Twitter: 36% do total. São 353 mil "seguidores" em 965 mil declarados.

MICO PIGMEU
Pagaram mico os "dissidentes" do MDB, que ficaram contra Henrique Meirelles para bajular Lula, o presidiário: não passaram de 62 dos 419 votantes, 14% do total. Viraram "pigmeus", como definiu Temer.

MEIRELLES AGRADOU
Agradaram aos meios políticos o discurso e o slogan do ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer: #ChamaOMeirelles. Foi a estreia na campanha do marqueteiro Paulo Vasconcelos, ex-Aécio Neves.

BOLSONARO FORA
Apesar da liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aposta em segundo turno entre o candidato do PT, seja quem for, e Geraldo Alckmin (PSDB), na disputa pelo Planalto.

REGRAS TRÊS
É improvável que a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) aceite ser a vice de Meirelles, mas, se isso acontecer, o ex-deputado Marcelo Barbieri deve assumir sua vaga no partido como candidato ao Senado.

PROCURADORES NA POLÍTICA
A associação dos procuradores (ANPR) foi ao STF contra a regra constitucional que impede a classe de se filiar a partidos e disputar eleições. E pediu cautelar para autorizá-los a concorrer já em 2018.

MAU COMPORTAMENTO
Mais um figurão petista barrado na eleição. Acusado de crime de improbidade, o ex-governador do Mato Grosso do Sul Zeca do PT teve os direitos políticos suspensos e declarado inelegível pela Justiça.

MÁFIA DO PT
O Ministério Público Federal em São Paulo, que denunciou a máfia da merenda tucana, acusa o ex-prefeito de Guaíra Sérgio de Mello (PT) e mais seis por fraudes na merenda das escolas do município.

PAÍS DA CERVEJA
Estudo da Cuponation com o Deutsche Bank merece destaque no Dia Internacional da Cerveja, celebrado nesta sexta (3). Mostra que o brasileiro gasta em média 14% do salário consumindo a bebida.

PENSANDO BEM...
...os recessos do Legislativo de do Judiciário acabaram ontem, mas quase ninguém percebeu.
Herculano
03/08/2018 07:32
LULA E TEMER PõEM CIRO EM XEQUE, por Reinaldo Azevedo, no jornal Folha de S. Paulo

Sem parcerias e com alguns de TV, o pedetista se tornou 'outsider'

A política no Brasil tem lá as suas particularidades. As duas figuras mais influentes na eleição presidencial deste ano são Luiz Inácio Lula da Silva, hoje um presidiário, e Michel Temer, que bate recorde de impopularidade desde que pesquisas do gênero são feitas ao menos ?"avaliação que, já deixei claro muitas vezes, considero injusta, incompatível com o resultado de seu trabalho. Tal reconhecimento deve ficar para a história.

Resultado? Apesar da "certeza somente na inconstância", o país pode assistir a uma disputa final entre PSDB e PT. Como tem sido rotina desde 1989. E assim tende a ser depois de muitos movimentos de superfície, conversa-fiada sobre nova política e outros fricotes novidadeiros.

O petista, que será declarado inelegível pelo TSE, continua a dar as cartas mesmo na prisão. A condição de recluso facilita seu trabalho. Se inelegível, porque condenado em segunda instância, mas em liberdade, poderia ser confrontado com os fatos e exposto às próprias contradições. Como está, e chamei muitas vezes a atenção para este risco, o processo político fica à mercê de uma entidade, de um ente de razão de onde emanam "diktats". Em muitos aspectos, seus movimentos definem os dos adversários. E Temer segue na arena, embora alvo de golpes desfechados pelo MPF e pela PF que não reconhecem regras o u leis.

As respectivas atuações de Lula e Temer, antípodas entre si, convergiram para asfixiar uma candidatura em particular. O Planalto atuou, de modo confesso, para afastar de Ciro Gomes o dito "centrão", onde o petista também tinha ?" e ainda tem! - um operador: Valdemar Costa Neto, chefão do PR. No campo da esquerda, a grande jogada do ex-presidente foi tornar inviável a aliança entre o PSB e o candidato do PDT.

Em três semanas, o cenário, que se afigurava extremamente favorável a Ciro, mudou radicalmente. De um lado, com a anuência de Temer, o "centrão" antecipou a sua adesão a Geraldo Alckmin. O tucano, visto até então como inviável por parte considerável do mundo político, passou a ser tratado como um dos favoritos. Aposta-se que os fatores estruturais de uma campanha farão a diferença: tempo de propaganda em rádio e TV, capilaridade e recursos.

Do outro lado, o pedetista viu subtraída a possibilidade de uma aliança com o PSB. Sem parcerias e com alguns segundos apenas na propaganda de rádio e TV, Ciro é que se tornou uma espécie de "outsider". O "statu quo", ainda que bastante avariado pelas legalidades e ilegalidades da Lava Jato, se mobilizou para tirá-lo do jogo.

O candidato do PDT não é um neófito. Com a ironia costumeira, ele se disse o "cabra marcado para morrer", aludindo ao filme de Eduardo Coutinho. Não há dúvida, para citar São Lucas, de que tem diante de si "a porta estreita". Pensem aí, e ele certamente estará fazendo o mesmo lá com seus botões: haveria alguma maneira de suas postulações e de sua agenda não sumirem do debate junto com a eventual inviabilização de sua candidatura? Na política, o campeonato moral vale ainda menos do que no futebol.

Acrescento à margem que inexistem na disputa "outsiders" em sentido tradicional, ainda que a formulação pareça contraditória. O nome que mais guarda semelhanças com uma figura exótica é Jair Bolsonaro (PSL). Mas isso se deve menos ao fato de ser um estranho no ninho, o que não é, do que à sua inteligência peculiar e criativa, que o levou, na entrevista ao "Roda Viva", a desmoralizar a segunda estrofe de "Os Lusíadas". Ele não reconhece os reis "que foram dilatando/ A Fé, o Império, e as terras viciosas/ De

África e de Ásia andaram devastando". Chutou o traseiro de Camões, "um caolho!" É o que pedem aqueles que até o general Hamílton Mourão considera "meio boçais".

Marina Silva (Rede), a versão de Bolsonaro com clorofila e uma flor na mão, também tenta faturar com a antipolítica. Ele está no 28º ano de seu mandato na Câmara, e ela vai concorrer à Presidência pela terceira vez. "Insiders".
Herculano
03/08/2018 07:23
ALCKMIN CONCEDE AO CENTRÃO UM HABEAS POESIA, por Josias de Souza

Depois que o centrão colocou suas nuvens sobre a campanha de Geraldo Alckmin, alguma coisa subiu à cabeça do presidenciável tucano. Na noite desta quinta-feira, espremido por perguntas sobre a radioatividade que o grupo transmite, Alckmin concedeu aos aliados tóxicos um habeas poesia. Disse que nenhum time tem "só gente boa" ou só "gente ruim". Rodeado de valdemares e outros azares, o candidato evocou o príncipe dos poetas brasileiros. "É de Olavo Bilac: há no interior de cada homem e de cada mulher um Deus que chora e um demônio que ruge".

O poema que inspirou Alckmin durante sabatina na Globonews chama-se "Não és Bom, nem és Mau". Nele, Bilac discorre sobre a alma humana, "capaz de horrores e ações sublimes." Leia abaixo:

Não és bom, nem és mau: és triste e humano?
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se a arder no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal padeces;
E rolando num vórtice insano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas com as virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora.

O centrão não se afeiçoa muito a poesias, disse um dos entrevistadores, tentando trazer os pés de Alckmin para o chão enlameado de sua coligação. E o candidato: "Queremos ter maioria para trabalhar. Do contrário, não acreditamos na democracia." Retomando o timbre lúdico, Alckmin afirmou que "o Brasil está com muito ódio, muito nós contra eles." Para avançar, disse o tucano, "precisamos nos unir."

União com criminosos?, indagou outro jornalista. "Nós fazemos alianças com partidos políticos", desconversou Alckmin. "Não tem democracia sem partidos políticos." Súbito, a repórter que mediava a sabatina anunciou a exibição de uma cena gravada na convenção em que o PTB formalizara dias antes seu apoio a Alckmin. No vídeo, o tucano transborda em elogios ao presidente da legenda, um ex-presidiário do mensalão.

"Conheço o Roberto Jefferson há 30 anos, fomos constituintes juntos", declarou Alckmin. "Ele é um homem de coragem. Aliás, teve um papel importante, colocando o dedo na ferida, mostrando os problemas do PT." O candidato referia-se ao escândalo do mensalão. Em verdade, Jefferson implodiu o esquema não por coragem, mas por vingança.

Sob Lula, um apadrinhado do PTB foi pilhado plantando bananeira dentro do cofre dos Correios. O esquema ganhou as manchetes. E Jefferson enxergou no noticiário as digitais do grão-petista José Dirceu, então chefe da Casa Civil. Defendeu-se atacando. Levou os lábios ao trombone numa célebre entrevista à repórter Renata Lo Prete. Jefferson confessaria que ele próprio recebeu um mimo de mais de R$ 4 milhões. Disse que a verba foi rateada com correligionários. Mas sonegou os nomes dos beneficiários.

Sob Michel Temer, o PTB foi brindado com o controle do Ministério do Trabalho. Deitou e rolou. Hoje, Jefferson, sua filha Cristiane Brasil e prepostos enfiados pela dupla no organograma da pasta são protagonistas de um inquérito da Polícia Federal sobre a venda ilegal de registros de sindicatos na pasta do Trabalho.

Na sabatina desta quinta, além de conceder uma biografia nova a Jefferson, Alckmin torturou a história ao vincular o trabalhismo de resultado$ do seu aliado ao trabalhismo nascido sob Vargas: "O PTB é um partido que tem história, desde Getulio Vargas. É um partido importante na industrialização do Brasil, reformas de base. [...] É um partido das reformas, da mudança, compromissado com o trabalhador, com a trabalhadora, com a retomada do crescimento do Brasil."

Os primeiros 50 minutos da sabatina foram mais constrangedores pelas perguntas que Alckmin teve de ouvir do que pelas respostas que não conseguiu dar. Afora os escândalos alheios, o candidato foi submetido a questionamentos sobre malfeitorias que explodiram ao seu redor e no quintal do tucanato federal: a verba que migrou do departamento de propinas da Odebrecht para a caixa da campanha do entrevistado, os milhões enviados clandestinamente para o estrangeiro pelo operador tucano Paulo Preto, o superfaturamento no Rodoanel, o derretimento moral de Aécio Neves...

Alckmin declarou que não tem apenas a ficha limpa, mas uma "vida limpa". A certa altura, perguntou-se ao candidato: Vale a pena participar da política? E ele: "Um dia desses, um colega meu, governador, falou: 'olha, não vou ser candidato, porque a política no Brasil está totalmente criminalizada. Infelizmente, o resultado disso não vai ser bom, porque vai afastar as melhores pessoas da vida pública. Não é adequado, não é correto. E há um intuito de jogar todo mundo na vala comum. Não é tudo igual."

A banda podre da política, de fato, foi criminalizada. O que o presidenciável tucano finge não ter notado é que a PF, a Procuradoria e a Justiça estão enviando para trás das grades corruptos que se meteram em transações políticas que visavam assaltar cofres públicos. Ou seja, a política foi criminalizada pelos criminosos. Sabe-se que há políticos piores e melhores. Contudo, ficou mais difícil discernir uns dos outros. E os gatunos ficam ainda mais pardos quando diferentes presidenciáveis disputam o apoio de partidos financiados pelo déficit público.

Definitivamente, alguma coisa subiu à cabeça de Alckmin depois que o centrão encostou seu lixão na candidatura do tucano. Considerando-se que o candidato se apresenta ao eleitorado como uma opção renovadora, sua hipotética Presidência se liquefaz antes mesmo de virar algo sólido. Alckmin enganou-se na escolha do poeta. Os versos que mais se encaixam à aliança que celebrou com o centrão não são os de Bilac, mas os de Antonio Carlos de Brito, o Cacaso. Em "Jogos Florais", ele anotou:

Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico.
Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá.

Ficou moderno o Brasil ficou moderno o milagre: a água já não vira vinho, vira direto vinagre.
Herculano
03/08/2018 07:17
VICE SIMBOLIZA ESFORÇO DE ALCKMIN PARA TOMAR ELEITOR DE BOLSONARO, por Bruno Boghossin, no jornal Folha de S. Paulo

Ana Amélia busca acentuar tom antipetista do tucano e recuperar espaço no campo

Geraldo Alckmin deu um passo largo à direita ao escolher Ana Amélia (PP) como vice em sua chapa presidencial. A senadora gaúcha se incorpora ao esforço dos tucanos para retomar um eleitorado conservador que votava no PSDB, mas migrou para Jair Bolsonaro (PSL).

Ana Amélia tentará devolver fôlego a Alckmin em cinco nichos: 1) no antipetismo; 2) no setor rural; 3) nos movimentos conservadores; 4) no debate anticorrupção; 5) no Sul.

A nova vice tende a acentuar as notas de polarização com o PT na campanha de Alckmin. Ana Amélia se notabilizou por um discurso agressivo contra Lula nos últimos meses.

Quando a caravana do ex-presidente foi recebida com ovos e chicotes em municípios do Rio Grande do Sul, em março, ela parabenizou quem "botou a correr aquele povo que foi lá levando um condenado".

Bolsonaro ameaça dominar o ambiente antipetista. Alckmin desvia de confrontos violentos com o PT, mas pode escalar a vice como porta-voz para evitar que o rival reine sozinho.

Ana Amélia representa ainda uma tentativa de reconectar Alckmin ao campo. Integrante da bancada ruralista, ela defende o agronegócio e indicou ser favorável à posse de armas por produtores. A parlamentar também é um xodó do MBL (Movimento Brasil Livre). O grupo, que liderou protestos contra Dilma Rousseff, afastou-se do PSDB e corteja políticos considerados mais conservadores.

Os tucanos esperam aplicar Ana Amélia como vacina contra a corrupção que corroeu a imagem do PSDB. Defensora ferrenha da Lava Jato, a senadora seria apresentada como um selo de garantia para Alckmin.

A gaúcha é ainda uma aposta dos tucanos para ganhar terreno no Sul. Em 2014, Aécio Neves (PSDB) teve 50% dos votos na região. Alckmin aparece com 5% ali, atrás de Bolsonaro (22%) e Álvaro Dias (14%).

Alckmin cita Ana Amélia como potencial vice desde 2017. A ideia era descartada, pois seu perfil era tido como similar ao do tucano. A concorrência na direita, porém, obriga o candidato a arrumar a própria casa
Herculano
03/08/2018 07:13
Bolsonaristas e petistas bombardeiam Ana Amélia? Esta é a prova mais concreta delas de que ambos são farinhas do mesmo saco e que apenas se disfarçam com rótulos diferentes: extremistas,intolerantes e usam de baixaria p desqualificar gente limpa que não lhes serve. Perigo já desnudado pela própria possível vice Janaína Paschoal

BOLSONARISTAS E PETISTAS BOMBARDEIAM ANA AMÉLIA, por Vera Magalhães, no BR 18

Nem bem saiu a confirmação de que Ana Amélia será vice de Geraldo Alckmin e a senadora do PP, antes elogiada por seguidores de Jair Bolsonaro, passou a receber ataques de perfis ligados ao candidato do PSL. A saraivada, aliás, uniu bolsonaristas e petistas.

Foi resgatado, por exemplo, por seguidores de Bolsonaro um vídeo de Ana Amélia apoiando a eleição de Manuela D'Ávila (PC do B) para a prefeitura em 2012. Outros apontaram incoerência pelo fato de ela ser apoiadora da Lava Jato e ter na aliança envolvidos em escândalos investigados na operação.
Herculano
02/08/2018 20:03
MARINA "ROUBA" PV DE ALCKMIN E EDUARDO JORGE SERÁ VICE

Conteúdo do 247.Candidata da Rede foi adversária de pevista nas eleições de 2014 e agora terá Eduardo como companheiro de chapa; PV era cotado como parte da aliança de Geraldo Alckmin como parte do grupo de siglas conservadoras conhecida como Centrão

Eduardo Jorge será candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva (Rede). Dirigentes do PV e da Rede se encontraram nesta quinta-feira (2) e acertaram os detalhes da coligação, que ainda precisará ser aprovada pelos diretórios das duas legendas. Apesar disso, uma consulta extra-oficial indica que a aliança será aprovada.

O casamento é bom para o PV, que ganha protagonismo nas eleições, mas melhor ainda para Marina. Como os Verdes tem quatro deputados federais e um senador, a candidata da Rede garante vagas nos debates eleitorais. O que a aliança não garantiu é um 'casamento nacional': segundo o coordenador da Rede, Bazileu Margarido, não será possível estar juntos em todos os estados, já que o PV já havia se comprometido com candidaturas de outras legendas nas eleições regionais.

Marina se reaproxima da sigla onde teve uma votação expressiva para presidenta, em 2010, onde fez 19,33% dos votos.
Herculano
02/08/2018 19:54
ANA AMÉLIA ACEITA SER ALCKMIN, MAS CONDICIONA APOIO A ACERTOS NO RS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.Texto de Daniel Carvalho, da sucursal de Brasília. A senadora gaúcha Ana Amélia (PP), 73, aceitou na tarde desta quinta-feira (2) ser vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) para disputa pelo Palácio do Planalto. Porém, só confirmará a aliança depois que PSDB e PP se acertarem no Rio Grande do Sul.

PP e PSDB têm candidatos ao governo do estado. O deputado Luiz Carlos Heinze (PP), com apoio de DEM, PSC, Pros e PSL, enfrenta o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB), com apoio de PHS, Rede, PTB, PPS e PRB?.

Heinze disse que está disposto a deixar a disputa para ser candidato ao Senado em uma composição entre as legendas, inclusive para a disputa proporcional. Ele disse também que deixaria de apoiar a candidatura presidencial Jair Bolsonaro (PSL) para apoiar Alckmin.

Aliados de Alckmin já comemoram a decisão da gaúcha, mas ela disse que a palavra final será do próprio candidato.

"A minha decisão depende desses acertos. Ele que vai falar sobre isso depois de fechar todos os acordos com o nosso partido", afirmou a senadora.

Ela havia sido procurada por Alckmin na quarta (1º) e, nesta quinta, pelo ex-presidente FHC.

Além da questão do estado, Ana Amélia analisou também seu estado de saúde. Ela foi internada nesta semana com uma crise de hipertensão.

Até o início desta semana, Ana Amélia descartava ser vice na chapa de Alckmin, mas disse que, agora, analisa a relevância do posto.

Ao longo do dia, o pré-candidato do PSDB e representantes do centrão - DEM, PP, PR, PRB e SD - negaram repetidamente que tivessem feito o convite à gaúcha.

Depois de ser rejeitado pelo empresário Josué Alencar (PR), Alckmin e seus aliados não queriam sofrer o desgaste de uma nova recusa.

O ex-governador de São Paulo se esforçava para chegar à convenção de seu partido, no sábado (4), já com o posto de vice definido.

O nome de Ana Amélia não é consenso em seu partido e também entre siglas do centrão. Embora Ciro Nogueira diga não haver veto à gaúcha, correligionários reconhecem a total falta de entrosamento entre a senadora e a cúpula do partido.

Aliados de Nogueira dizem haver preocupação com uma eventual perda de poder da ala nordestina do PP.

Além da presidência da legenda com o senador do Piauí, cabe ao paraibano Aguinaldo Ribeiro a liderança do governo na Câmara, e ao alagoano Arthur Lira a liderança do PP na Casa.

Outra preocupação é que, ao levar um quadro do partido para a Vice-Presidência, Alckmin queira diminuir o espaço que o PP tem hoje na Esplanada dos Ministérios.

A sigla domina atualmente as pastas de Saúde, Agricultura e Cidades, além da Caixa Econômica Federal. Integrantes da bancada do partido dizem ironicamente que Ana Amélia tem que ser tratada como cota pessoal do tucano.

Pela manhã, Ana Amélia disse que só acetaria a vaga na chapa do PSDB se pudesse manter sua autonomia em um eventual governo.

"Em qualquer lugar que eu estiver, se eu não for independente, se eu não pensar e agir com as minhas convicções, não serve para mim", afirmou a senadora.

Nascida em Lagoa Vermelha (RS) e jornalista durante cerca de 40 anos, ela termina em 2018 seu primeiro mandato e estava empenhada em tentar a reeleição. Ao longo de seus oito anos no Senado, Ana Amélia apresentou 91 projetos de lei e 14 PECs (propostas de emenda à Constituição). Seis propostas apresentadas ou relatadas por ela se tornaram lei.
Herculano
02/08/2018 19:30
da série: quando a esperteza é demais, ela come o dono (Tancredo de Almeida Neves)

BOLSONARO MENTE À GLOBO PARA ATACAR ALCKMIN, por Alex Solnik, no 247


Bolsonaro seria o entrevistado de hoje [quinta-feira] na série de entrevistas da Globo News com os presidenciáveis. O formato é inédito. Um verdadeiro tribunal. O candidato tem que encarar uma bancada de nove jornalistas (ou jurados?) durante duas horas. Chose de loque. Ontem, a mediadora Miriam Leitão informou que o candidato da extrema-direita pediu para trocar a data com Geraldo Alckmin pois teria tido um imprevisto. Alckmin concordou. Passou a ser o personagem de hoje e Bolsonaro, de amanhã. Hoje todo mundo descobriu por que Bolsonaro propôs a troca. Não foi por algum imprevisto. É que ele resolveu fazer hoje, ao vivo, no mesmo horário do programa da Globo News que vai entrevistar Alckmin um programa de entrevistas só seu, em seu canal na internet, no qual será sabatinado por correligionários e apresentar seu "posto Ipiranga", o economista Paulo Guedes. Vai concorrer com a Globo. Além de ter conseguido, com essa manobra que lembra tática de guerra, virar o último entrevistado da série (o que não obteve por sorteio), ele vai roubar audiência da Globo News e, portanto, prejudicar seu adversário direto do campo da direita, diminuindo o alcance do seu discurso. O plano ainda permite que ele responda, em tempo real, qualquer crítica feita por Alckmin e ainda ataque o ex-governador paulista à vontade, sem ninguém para interrompê-lo. A troca com Alckmin também o ajuda porque amanhã ele irá ao programa sabendo de antemão o que Alckmin disse. Poderá, assim, responder ao tucano e também partir para cima dele, sem que ele tenha direito de resposta. Alckmin caiu nessa feito um patinho. Se as datas não fossem trocadas ele é que teria essa vantagem. É a primeira emboscada de Bolsonaro contra seu principal rival. Não será a última.
Herculano
02/08/2018 19:17
MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO NÃO VOTARIA SE PUDESSE

Conteúdo do BR18. Na mesma pesquisa CNI/Ibope que mostra o desinteresse e o pessimismo brasileiro com as eleições, mostra que tem muita gente que se pudesse deixaria de votar. 56% dos entrevistados no levantamento concordaram totalmente com a frase: "se eu pudesse não iria votar esse ano". 12% ainda concorda em parte com a afirmação.

Isso com 70% concordando totalmente ou em parte com "a eleição tem o potencial de mudar o País para melhor" e 85% acreditando na importância do voto dos brasileiros.
Herculano
02/08/2018 19:13
MEIRELLES-2018 É UM EMPREENDIMENTO NATIMORTO, por Josias de Souza

Com 85% dos votos, Henrique Meirelles obteve a confirmação de sua candidatura presidencial na convenção do MDB. O êxito partidário do ex-ministro de Michel Temer só foi possível graças ao autofinanciamento. Milionário, Meirelles retira do próprio bolso o sustento de sua ambição política. Se tivessem de repartir com o candidato a verba do seu fundo eleitoral, os convencionais do MDB não dariam a Meirelles nem bom dia, quanto mais votos.

Tomado pelos números da mais recente pesquisa do Datafolha, Meirelles-2018 é um empreendimento que foi à breca antes de nascer. O patrimônio político do candidato é ínfimo: 1% das intenções de voto. Ele entra no mercado eleitoral com um enorme passivo a descoberto: o apoio de Michel Temer. Nada menos que 82% dos brasileiros reprovam Temer; 92% informam que jamais votariam num candidato apoiado por ele; e 72% avaliam que a situação econômica piorou.

Meirelles acredita que seu primeiro desafio é tornar-se conhecido do eleitorado. Por isso, virou o candidato mais marquetado da campanha. O problema é que, quando Meirelles ficar mais conhecido, o eleitor desavisado ligará o nome à pessoa. Perceberá que, no governo do presidente reprovado por oito em cada dez patrícios, o candidato do MDB comandou a economia que piora. Até Meirelles explicar que a conjuntura se deteriorou à sua revelia, a campanha já terá passado.

O enorme patrimônio do MDB no horário eleitoral não cobre o déficit de explicações do seu candidato. Meirelles entra em cena com Temer sobre os ombros e as correntes dos indicadores econômicos no tornozelo. Segundo os números mais atualizados do IBGE, há na praça pelo menos 27,7 milhões de eleitores desempregados, subempregados, desalentados e desafortunados que não têm grandes estímulos para votar em alguém que fala sobre o futuro sem entregar no presente a prosperidade prometida num passado tão recente.

O autofinanciamento de Meirelles tornou-se uma modalidade nova de dinheiro jogado pela janela. Somando-se a impopularidade recorde de Temer com a insignificância eleitoral de Meirelles, falta matéria prima para a fabricação de um candidato viável.
Herculano
02/08/2018 19:11
da série: corrida para não perder o foro privilegiado

AÉCIO ANUNCIA CANDIDATURA A DEPUTADO FEDERAL

Conteúdo da revista Carta Capital.Senador desistiu de tentar renovar seu mandato na Casa e se disse vítima de "ataques violentos e covardes"

O senador Aécio Neves, do PSDB, anunciou que disputará uma vaga na Câmara dos Deputados nestas eleições. Em nota, o tucano afirmou que não tentará renovar seu mandato de senador, e não reeditará, assim, a disputa de 2014 com Dilma Rousseff, candidata a senadora por Minas.

Por que nada impede que Aécio seja candidato?

Segundo o tucano, o objetivo é ampliar o apoio à candidatura do ex-governador tucano Antonio Anastasia, também senador. Segundo ele, "a gravidade da situação do nosso Estado exigirá uma bancada forte e unida na defesa dos interesses de Minas no Congresso e junto ao Governo Federal."

Ele diz não ter sido uma decisão fácil. "Por um lado, porque todas as pesquisas realizadas até aqui apontam meu nome entre os mais bem avaliados na disputa para o Senado Por outro, porque estão vivas na minha memória as inúmeras manifestações de estímulo que tenho recebido de lideranças dos mais variados setores e de todas as regiões de Minas."

Aécio disse que toma a decisão "com a responsabilidade daqueles que sempre colocaram os interesses de Minas acima de qualquer projeto pessoal." Ele se disse vítima de "ataques violentos e covardes". "Diariamente as falsas versões engolem os fatos. Mas apesar de todas as injustiças, estou seguro de que, ao final, a verdade prevalecerá e com ela restará provada a correção de todos os meus atos."

Delação da JBS

Aécio foi um dos principais alvos da delação da JBS, que também atingiu Michel Temer. Ele foi gravado em conversas comprometedoras a pedir 2 milhões de reais a Joesley Batista, dono da JBS, dinheiro entregue a seu primo Frederico Pacheco, e a sugerir uma interferência na direção da Polícia Federal para barrar as investigações da Lava Jato.

Após a revelação da delação da JBS, Aécio foi denunciado por corrupção e obstrução à Justiça pelo então procurador-geral Rodrigo Janot. Pouco depois, o PGR pediu ainda a prisão do parlamentar. "O senador Aécio Neves também estava tecnicamente em estado de flagrância em relação aos crime de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço a investigação criminal que envolve a organização criminosa", afirmou Janot.

Dessa forma, o procurador-geral pedia para Aécio o mesmo tratamento dispensado ao ex-senador Delcídio do Amaral, preso em flagrante e alijado de seu mandato pelo Congresso na sequência.

O STF não concordou com o estado de flagrância de Aécio e negou a prisão. Em contrapartida, o ministro determinou o afastamento de Aécio de seu mandato parlamentar. A decisão foi revogada por Marco Aurélio Mello, que negou novo pedido de prisão do senador pela PGR. O plenário do Supremo decidiu em seguida que apenas o Congresso poderia afastar o parlamentar de seu mandato. O Senado então derrubou a medida por 44 votos a 26.
Herculano
02/08/2018 19:06
MEIRELLES SE TORNA CANIDATO COM APOIO DE 85% DOS CONVENCIONAIS DO MDB; ELE DISCURSOU CONTRA "SALVADORES DA PÁTRIA" E "AUTORITÁRIOS", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

A primeira parte da corrida com muitos obstáculos, vamos convir, Henrique Meirelles, agora candidato oficial do MDB à Presidência, enfrentou com notável desenvoltura. Na convenção desta quinta do partido, seu nome foi sufragado por 85% dos convencionais. Nem ele esperava marca tão expressiva. O rebelde senador Renan Calheiros (AL), aliado do PT em seu Estado e fora dele, prometia um discurso duro. Desistiu.

O mais rico dos candidatos - fortuna feita na iniciativa privada - pretende gastar o limite que a legislação permite na campanha (R$ 70 milhões), e parte considerável desse dinheiro deve vir de sua fortuna pessoal, o que é legal. O inequívoco "self-made man" entrou tardiamente na política - disputou seu primeiro cargo público em 2002, aos 57 anos, elegendo-se deputado pelo PSDB de Goiás. Renunciou para ser o onipotente presidente do Banco Central das duas gestões de Lula. A ele é atribuída a lua de mel que o petista viveu com o mercado financeiro. À sua saída do governo, muitos atribuem os desatinos dos dois mandatos de Dilma Rousseff.

No discurso em que assumiu a candidatura, Meirelles fez alusão a essa biografia singular. "O mundo não se divide entre quem gosta e não gosta do Lula e quem gosta ou não gosta do Temer, mas entre quem trabalha quando o Brasil precisa e quem não trabalha", afirmou.

Afirmou que o Brasil não precisa de "um messias, que veste uniforme de salvador da pátria", nem "de um líder destemperado". O Messias é Lula, embora Jair Messias seja Bolsonaro, que entra na formulação como o "líder destemperado". Meirelles mira, assim, o líder nas pesquisas de opinião, que não será candidato, e o ainda segundo colocado.

"Sempre que fui chamado, me coloquei a serviço do país. Quero ser o elo de reconstrução do espírito de confiança que deve contagiar o país", afirmou, numa alusão clara ao período em que esteve à frente do Banco Central. O candidato deu destaque a uma das ideias-força e sua postulação à Presidência, o "ProCriança". Segundo explicou na entrevista que me concedeu no programa é "O É da Coisa", trata-se de uma espécie de ProUni voltado para crianças pobres.

O presidente Michel Temer compareceu à convenção e fez um rápido discurso. Atacou os "candidatos sem propostas que vão para a baixaria. São pigmeus políticos. Nós não somos pigmeus políticos, o MDB é feito de gigantes".

O alvo principal, não é segredo para ninguém, é Ciro Gomes (PDT), que tem sido o mais duro crítico do governo Temer entre os postulantes com mais visibilidade. Ainda ontem, na entrevista à GloboNews, fez ataques muito contundentes à atual gestão e ao presidente em particular. O "pigmeu" é certamente uma alusão ao fato de que o pedetista, por enquanto, está isolado na disputa, sem ter conseguido se coligar com ninguém.

Para encerrar: no que concerne ao corte ideológico e à trajetória dos partidos, o lugar natural do MDB seria na grande coligação que hoje sustenta a candidatura Geraldo Alckmin. Mas o acordo não foi possível. A saída do PSDB da base de apoio ao governo e o fato de os tucanos, na Câmara, terem votado a favor das duas denúncias que Rodrigo Janot apresentou contra o presidente impediram a aliança. Com um tempo considerável no rádio e na televisão, o MDB decidiu ter seu próprio candidato. Por enquanto, também está sem parcerias. Os chamados "partidos da base" migraram para Alckmin. Sem composição, mas em fase de armistício, Temer não criou dificuldades para o tucano. Havia só um veto explícito: a composição com Ciro Gomes.

A sorte está lançada. Meirelles tem credibilidade, tem discurso e tem agenda. O peso está em ser identificado como o candidato de um governo impopular - impopularidade, reitero, injusta. Mas assim são as coisas.
Herculano
02/08/2018 19:00
EM SANTA CATARINA PSDB E PSD PROMETEM DEFINIÇÕES PARA ESTE FINAL DE SEMANA. OS TUCANOS ESTÃO EM UMA SINUCA DE BICO

O PP de Esperidião Amim Helou Filho diz que não abre mão de nada. O PSD de Gelson Merísio até pode conversar, mas estaria fora de questão a cabeça de chapa. E os tucanos que bateram pé, mais uma vez tendem a marchar isolados apostando numa improvável sorte grande.

Paulo Bauer, PSDB, até ofereceu a cabeça de chapa para compor, mas não deu liga até agora.

E com a decisão desta quinta-feira no final do dia da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos, PP, aceitando ser vice de Geraldo Alckmin, PSDB, alguma coisa pode até mudar nas negociações catarinenses envolvendo PSDB, PSD e PP. Mas, quem participa diretamente delas, acha muito difícil, devido a históricos e vaidades.

O certo é que Alckmin, se nada mudar, vai ter dois palanques em SC. Um com Amim e que enfraque os tucanos. E outro dos tucanos que apostam numa suposta renovação e desta vez, com o ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes.

O muro é o eterno problema dos tucanos, em qualquer lugar do Brasil, mas neste final de semana se saberá que teve mais bala na agulha e quem blefou. Ah, os custos de campanha, supostamente sem financiamento privado, também é um ingrediente que está sendo considerado
Herculano
02/08/2018 18:46
URGENTE: ANA AMÉLIA ACEITA SER VICE DE ALCKMIN, por Cláudio Dantas, de O Antagonista.

O Antagonista acaba de confirmar que Ana Amélica aceitou ser vice na chapa de Geraldo Alckmin.

Ela está reunida em seu gabinete com lideranças do PP do Rio Grande do Sul. Mais cedo, a senadora antecipou à Crusoé que decidiria hoje.

"Nunca tive que tomar uma decisão tão adulta como essa", disse. A Crusoé foi a primeira a citar o nome de Ana Amélia como a preferida de Alckmin.

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.