21/09/2020
O comandante Moisés e a sua vice Daniela estão prestes a perder comando e o quartel numa batalha bem armada pelos inimigos que desdenharam desde o início
Ao ouvir os discursos - chorosos, incoerentes, as vezes travestidos de técnicos, outras vezes assertivos, mas fingidos e todos para se justificar perante a analfabetos, ignorantes, desinformados e cabos eleitorais - dos deputados catarinenses na sessão que se discutiu à admissibilidade do impeachment do governador Carlos Moisés da Silva, PSL, na tarde e noite de quinta-feira no Palácio Barriga-Verde, em Florianópolis, ficou claro que ele é culpado.
Se Carlos Moisés merece uma segunda chance? Dificilmente, ele a terá! Carlos Moisés está marcado para morrer. Simples assim! E por que? Não faz política, apesar do cargo ser antes de gestão, político e como político pediu votos para estar nele.
Carlos Moisés não é culpado exatamente pelo suposto erro técnico que o acusam para embasar o primeiro impeachment admitido na Assembleia no governo dele. Baseado em determinação judicial, o governador autorizou o reenquadramento e o aumento dos Procuradores do Estado.
Essa isonomia, é a busca esperta e reiterada da elite do funcionalismo para se equiparar por cima aos vencimentos dos outros. Carlos Moisés os igualou os do Executivo aos Procuradores da Assembleia, que lhe quer cassar o mandato. Ironia!
A determinação judicial era para quem foi e ganhou esse direito na Justiça. Carlos Moisés deu para todos. Este é motivo pelo qual se pede o seu impedimento pela primeira vez. Entretanto, no fundo, a oposição pressentiu a oportunidade diante da desarticulação, do enfraquecimento com o caso da CPI dos respiradores e da arrogância em que se estabeleceu o governo de Carlos Moisés até aqui. E exagerou. Também, simples assim!
Carlos Moisés foi engolido pelos fatos e principalmente pela sua omissão diante de uma legião de interesses que o governo dele contrariou, desarticulou e desestabilizou no ambiente político, partidário e até empresarial. Sabia ele que estava cercado de raposas e mesmo assim se achou imune diante de supostos 71% votos válidos dos catarinenses.
Já escrevi e vou repetir pela enésima vez. Carlos Moisés, um Bombeiro Militar, precocemente alçado à reserva como Tenente Coronel e com alto soldo - obscuro até no ambiente em que servia -, prometeu aos catarinenses fazer a tal “nova política”.
Foi por isso, que os eleitores responderam com a surpreendente votação nas urnas em 2018. Contudo, ele embutia muito mais: o voto protesto. Foi dado um mandato a Carlos Moisés para ele efetuar essa mudança em favor dos cidadãos, cansados das oligarquias, das tretas políticas, das dúvidas e as mesmices de sempre no poder de plantão.
NÃO COMANDOU, NÃO GOVERNOU, NÃO SE PROTEGEU
Carlos Moisés não comandou – como era o seu velho ofício nos quartéis -, não apagou incêndios - sua especialidade técnica -, enfim, não fez a prometida tal “nova política”, mote de seu discurso de mudanças.
Resumindo, não governou - o que é pior - e agora, como castigo pela inércia - erro de cálculo, ou arrogância - a velha política, com todos os seus abutres estão sobre ele, devorando-o, em carne viva. Nem esperaram Carlos Moisés se tornar carniça. Incrível à falta de proteção para um político com a estatura de governador ficou para os seus adversários (e inimigos).
Carlos Moisés e sua turma precisam assistir as três temporadas da série dinamarquesa Borgen, na Netflix. É didática para principiantes como eles.
Ah, mas Carlos Moisés não fez nada até aqui em quase dois anos de governo? Fez, e muito. E até nisso errou. Não comunicou. E se comunicou, não sensibilizou o seu eleitor, os catarinenses, muito menos os políticos que estão devorando as suas entranhas. Carlos Moisés não prestou contas. Exagero? Então faça uma pesquisa rápida e dissipe as dúvidas perante a sociedade.
É UMA SOMA DE ERROS
Mas, quem é o culpado disso tudo? As velhas raposas como mostrou o The Intercept também na semana passada? A velha política? As circunstâncias?
Não! O próprio governador Carlos Moisés, o bunker de fardados e de pijamas que o rodeia, bem como seus "çabios", se é que ele os tinha, porque o que se apresentou como esperto no novo, deixou-o fragilizado está de tornozeleira eletrônica: Douglas Borba, chefe da Casa Civil e que a Grande Florianópolis sabia quem era, menos Carlos Moisés.
Foi o novo político Carlos Moisés quem escolheu o seu Calvário, à sua Cruz e à forma carrega-la, de ficar exposto, fragilizado e judiado nessa Via Crucis.
Uma lição. É algo já da história política catarinense.
Agora, Carlos Moisés vai para a etapa que parece ser pragmática do seu julgamento na Alesc. Eu escrevi, parece e realço, parece.
Cinco políticos da mesma Alesc que o quer morto (eleitos e provavelmente todos cortarão a cabeça de Carlos Moisés) e cinco magistrados desembargadores (sorteados) e mais um, o presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo José Roesler a presidir e desempatar, se for necessário.
A parte pragmática é que Carlos Moisés, a sua vice Daniela Cristina Reinehr, ambos do PSL que não se fala – outra fragilidade que não resolveu e alimentou -, diz que ele não cometeu crime. Dependendo das escolhas, Carlos Moises e a vice vão perder os cinco votos dos políticos. E dependendo da hermenêutica dos desembargadores, a pragmatismo da lei também vira um fato político contra o governador e a vice. Exemplos abundam nos bastidores e nos tribunais.
E por que? Carlos Moisés está abatido e isolado politicamente. O presidente da Assembleia, um reconhecido expert em arrumações políticas em Santa Catarina e artífice do procedimento de desgaste de Carlos Moisés, deputado Júlio Garcia, PSD, também está ameaçado de ser pego no contrapé pela Operação Alcatraz, conduzida pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.
Se Moisés ficar impedido, se Daniela ficar impedida, se Júlio ficar impedido em outro imbróglio jurídico de vários vaivéns, e se por algum momento houver tantas coincidências, o presidente do Tribunal de Justiça poderá ser até o governador de passagem em Santa Catarina. Então, o julgamento que se avizinha pode não ser tão pragmático assim à luz da lei. É mais um procedimento para se dar poder aos que perderam a corrida eleitoral. Outra coisa simples de se perceber.
O que se comemorou no Palácio da Agronômica em taças de espumantes registrada pelas lentes das câmeras da NSC TV, bem como nos corredores do Centro Administrativo e Palácio Barriga Verde, pode vir com outro sabor que não estaria em nenhum vinhedo.
ARMADILHAS EM SÉRIE
Mas, supondo que Carlos Moisés e sua vice Daniela se livrem desse impeachment antes do afastamento deles de 180 dias dos cargos e funções, lapso temporal que será esticado de propósito para ultrapassar 31 de dezembro e dar oportunidade casuística à Alesc escolher um novo governador entre poucos. Ainda assim, Carlos Moisés, continuará um morto-vivo.
Os deputados – via Júlio Garcia que fez a admissibilidade deste impeachment - já fizeram o novo caixão para o próximo funeral e estão prontos com os pregos e o martelo para selar a tampa dele e baixá-lo ao sepulcro dos fariseus. Vem o impeachment dos respiradores, bem como a própria CPI dos respiradores, onde Carlos Moisés falhou e deu munição para virar alvo fácil.
Entretanto, teimoso, Carlos Moisés trabalha com um cenário onde para os seus há oportunidade de sobrevivência. É que um novo impeachment ou a CPI dos respiradores, provavelmente não alcançarão a vice, só ele. E aí pode estar o fio tênue de escapatória de Carlos Moisés.
E por que? É que os políticos não querem, de verdade, é a vice no governo. E de jeito nenhum. Se não conseguem acesso com Carlos Moisés, com Daniela a coisa é pior ainda. Ela é mais rejeitada do que o próprio titular.
Resumindo, há armadilhas em série e para todos os gostos. Sai de uma, entra na outra. A verdade, é que ambos, mesmo salvando-se, ou um ou outro, estarão em ambientes políticos e administrativos extremamente vulneráveis, impregnados pelas velhas raposas que prometeram buscam retomar o controle perdido nas eleições de votos livre e ambiente democrático.
COMUNICAÇÃO PÍFIA
Nem se comunicar, o governo do estado – como um corpo - foi capaz até aqui, onde essa prática é essencial, digital, instantâneo, responsiva. Está na era do press release, da nota oficial, onde todos metem o bedelho e o material é amorfo.
A comunicação do governo foi nula durante quase dois anos e pasmem, para um governo de resultados, na minha avaliação, surpreendentes. Entretanto, poucos conhecem eles. Se as redações não deram importância, faltou buscar outros meios para interagir com a sociedade. São esses resultados que tiraram o sono dos acostumados às tetas. E é este leite que alimenta à polêmica em que está metido neste momento na Assembleia.
As corporações, os sindicatos de sempre, os políticos – incluindo os da própria base - foram mais hábeis e alimentaram com mais eficácia as redes sociais, os aplicativos de mensagens, a mídia tradicional com contrainformações, protegendo os seus interesses. Um jogo legítimo, diga-se, neste ambiente de contraditórios.
Só nos últimos dias, o governo de Carlos Moisés tentou sair da toca e do isolacionismo onde está metido na comunicação de seus atos e defesa. Em vão. Infantil. Até porque atende aos interesses das estratégias de seus advogados, e não exatamente do governo.
Os saudosos Adolfo Ziguelli, Eurides Antunes Severo, José Nazareno Coelho ou mais recente nesse ambiente, Derly Massaud Anunciação, para o também falecido, Luiz Henrique da Silveira, MDB, parecem distantes dos aprendizes ou desautorizados, na missão de comunicar com autoridade e articuladamente nos dias de hoje com os meios e a sociedade.
Na outra ponta, por sua vez, os políticos matreiros perceberam à falta de mobilidade popular a favor do governador, da vice pela permanência dos governantes no poder de plantão. Entenderam o recado. E montaram o cavalo encilhado.
Com a derrota acachapante de quinta-feira na Alesc, o governo de Carlos Moisés soltou uma nota oficial. Impressionante o gesto e o conteúdo. A renúncia, não é carta fora do jogo. Entretanto, é uma jogada arriscada, complicada e mostrará como Carlos Moisés não entendeu nada das regras desse jogo, exatamente resistir a entrar no jogo que só ele quis quando se tornou candidato e fez promessas aos catarinenses.
Corre nas redes sociais. Ainda é preciso fazer alguma legenda?
O discurso de quinta-feira na Assembleia do deputado Ricardo Alba, PSL, de Blumenau, o mais votado em Santa Catarina em outubro de 2018, é o atestado sinalizador desta fragilidade de Carlos Moisés da Silva, PSL.
Jovem, Alba já mostrou que sabe escolher a melhor onda política para surfar, tanto que já esteve no DEM, PSDB, PP (pelo qual se elegeu vereador) e PEN – partidos que “sumiram” da sua biografia - depois dele chegar ao PSL e ser um surpreendente vencedor.
Alba é o dono do PSL de Blumenau e Gaspar.
Ele se elegeu na onda de Jair Messias Bolsonaro, mas apostou em Carlos Moises, enquanto os demais eleitos pelo partido em Santa Catarina se posicionavam contra o governador que resolveu criar uma independência do Presidente Bolsonaro.
Carlos Moisés apostou as fichas no PSL. Os demais eleitos pelo PSL, no tal Aliança pelo Brasil – o partido dos Bolsonaros - e que faz água a tal ponto do próprio presidente Jair estar sondando o próprio PSL para se “refiliar”, desde que o PSL faça uma limpeza, entre elas, a de expulsar Carlos Moisés.
Alba, apostou as fichas em Carlos Moisés.
Por isso, Alba virou saco de pancadas em encontros do partido – inclusive naquele no ano passado em Criciúma feito para a criação do “Aliança pelo Brasil” e com a presença do deputado Federal paulista, Eduardo Bolsonaro, bem como nas redes sociais, onde os bolsonaristas as dominam como poucos a arte de encurralar e constranger os seus, imagina-se os adversários, os com opiniões divergentes...
Ricardo Alba sentiu o bafo e de há muito.
Num discurso de pouco mais de quatro minutos na quinta-feira, na Assembleia, carregou mágoas, foi um desabafo e um “mea culpa”. O discurso aparentemente está tardio. Foi pronunciado para salvar a sua candidatura e reafirmar que ele é um bolsonarista raiz tal qual na campanha de 2018. Afinal, ele está na corrida para prefeito em Blumenau e esse eleitorado dos Bolsonaros está solto, outra vez – lá - e aqui em Gaspar.
No fundo, Alba sabe que dificilmente consertará a onda errada que escolheu para surfar desta vez. As redes sociais estão explicando a espuma que ele criou.
Desde que este assunto da volta seletiva das creches e escolas particulares para as atividades de lazer e recreação tomou conta do debate político, eleitoral, redes sociais, aplicativos de mensagens e mídia, ele também se tornou torto aqui em Gaspar.
Alegou-se para infringir dispositivos legais em vigor, que os donos de escolas particulares estão passando fome. Errado. Eles estão passando um cortado, sim, mas não é por este motivo que se deve voltar às atividades escolares, e sim por uma consciência de cidadania com a educação das crianças e dos jovens.
Em Gaspar, por exemplo, o IDEB revelou o que já se sabia: os nossos alunos sabem menos. E isso tem nome e sobrenome. Estão escondendo esse vergonhoso desastre que interessa o futuro das crianças e seus país, do debate eleitoral. Fez-se politicalha ao invés de ensino e educação. Na Câmara, um silêncio só. Fez-se obras sob dúvidas, ao invés de mais creches públicas, contra-turno e turno integral.
Voltando. Ora, se com regras, quase todas atividades essenciais voltaram, inclusive as esportivas, recreativas, por que o ato de educar, ensinar e cuidar de crianças e jovens não pode voltar gradativamente, com cuidados e protocolos, depois de seis meses em quarentena?
E a volta não pode ser só nas escolas particulares. A piedade não é para com o bolso, mas principalmente, com a responsabilidade de educar, transmitir conhecimento, socializar e preservar a saúde mental que estudos sérios mostram já estar afetando as crianças e jovens neste tempo de reclusão da pandemia.
Desde que esta matéria transitou na Câmara, originada por proposta legislativa no final de agosto por gente em reeleição, esta coluna vem afirmando de que ela afrontava o decreto do Governo do Estado. O decreto libera o funcionamento da área de educação, a critério dos municípios e por regras e protocolos próprios, só a partir de 12 de outubro. O governo Federal se mexe para antecipar esse descalabro, mas dá autonomia aos estados e municípios. E eles...
UMA JOGADA POLÍTICA
Os donos de creches e escolas particulares daqui foram ao Ministério Público de Gaspar tirar a limpo a razão pela qual a promotora Camila Vanzin Pavani pediu e a juíza Camila Murara Nicoletti barrou, liminarmente, a lei 4.072/2020, sancionada pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB.
Depois de aprovada na Câmara em tempo recorde e por unanimidade dos vereadores, que nada questionaram sobre a irregularidade dela, amparados pelos técnicos que assessoram os vereadores nas comissões e na procuradoria da Casa, “autorizaram as instituições privadas de educação infantil e assemelhados, excepcionalmente durante a pandemia da Covid-19, a atuarem com atividades de cunho recreativo, esportivo, cultural, entretenimento e hospedagem de curta duração”.
O Projeto de Lei eleitoreiro e casuístico entrou no dia 25 de agosto, no dia primeiro de setembro já tinha passado pelas comissões, quando foi aprovado em plenário presencial e virtual. No dia seguinte, foi sancionado pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, naturalmente, com o aval da montoeira de entendidos da Procuradoria Geral do Município.
Esta coluna alertou para a aberração. Como sempre, foi esnobada: “falta do que escrever”, disse-me um próximo ao gabinete de Kleber que ainda insiste em procurar os que falam comigo para puni-los.
Deviam repetir esta esnobada para a Promotora e a juíza, da qual escaparam, quando não precisaram da Câmara, para espertamente fazer um decreto que liberou o futebol de patotas, também proibido naquele tempo pelas regras estaduais. Tudo pelo voto dos marmanjões. Criança não vota.
Ou seja, como escrevi, a Lei da volta das creches e ensino infantil nos ambientes privados e que tomaram um baita prejuízo com a pandemia, foi feita para ser barrada, para lavar as mãos do prefeito, seus asseclas, vereadores em busca de reeleição e jogar a culpa nos outros. E por que? A promotora no encontro virtual que teve com os donos de creches e escolas particulares na semana passada, colocou os pingos nos is. Se a Lei assinada fosse séria, no mínimo, ela deveria estar acompanhada dos pré-requisitos e protocolos para esta reabertura, vaticinou a doutora Camila.
Agora estão correndo atrás disso. Estão remendando. E os políticos que culparam o MP e a Justiça se fingem de vítimas. Não são. Eles sabem o que fazem. Pois, quando este protocolo estiver pronto, vai servir e não há como impedir, a abertura das escolas e creches municipais.
E como estamos em campanha eleitoral, mesmo que ela aumente o emburrecimento das crianças e jovens para que os políticos vençam, há um movimento silencioso na área de educação e nos sindicatos para que nada volte à “nova” normalidade nas escolas públicas. Afinal, os servidores continuam ganhando dando aula em dobro de casa, como reclamam, ou não fazendo atividade alguma, como se denunciam sobre os auxiliares e direção.
Ah, mais vai aumentar a contaminação! Vai. Mas, não foi essa opção de imunização rebanho quando se abriu às atividades industriais, logísticas, comerciais e de lazer por aqui e em quase todo o Brasil? Qual é mesmo a diferença de um trabalhador ser vetor do vírus ou uma criança para a sua casa e amigos neste estágio de abertura praticamente total das atividades sociais e laborais?
COISAS DOS POLÍTICOS
Se por um lado se arma para fazer uma lei manca, em tempo recorde, com função eleitoreira e pronta para culpar outros se ela não vingasse, como não vingou, na outra ponta, a própria Câmara, sob o suposto manto da inconstitucionalidade, ela tranca dois Projetos de Resolução, e vejam bem, também de origem parlamentar.
Há quase seis meses, repito, seis meses, não foi a votação ainda a proposta que dava 20% por apenas dois meses dos salários dos vereadores ao Fundo Municipal de Saúde para o combate da Covid e outro que impedia as diárias aos vereadores até o final do ano.
Todos quietos e torcendo para que este assunto não seja mais lembrado até 15 de novembro.
Em compensação, sob sigilo, corre negociações para que depois das eleições se aprove aumentos reais para vereadores e até o prefeito, que hoje recebe R$27.356,69, a partir do ano que vem. Como a Câmara encerra atividades em meados de dezembro, se isto acontecer, será mais um projeto que passará vapt-vupt e neste caso, será constitucional, se a sociedade permitir isso aos seus representantes. Acorda, Gaspar!
Denúncias ao seu alcance. O aplicativo Pardal, desenvolvido pela Justiça Eleitoral para uso gratuito em smartphones e tablets, a cada eleição já está disponível para download nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Somente no pleito de 2018, a ferramenta recebeu mais de 47 mil denúncias.
Começaram a pipocar, inclusive em veículos de comunicação, enquetes, travestidas de pesquisas eleitorais. São armadilhas e propagandas, todas proibidas pela legislação. Os espertos em manipulação digital já estão se aproveitando das oportunidades propositadamente criadas. Incrível!
Tarefa complicada. A coligação no poder de plantão ordenou aos seus 150 comissionados que arrumem mais três veículos para serem plotados com propaganda oficial, além do próprio comissionado. Não está sendo tarefa fácil para alguns.
No dia 27, a orientação é se ter pelo menos 1.800 veículos adesivados circulando pela cidade. É para impressionar e abafar qualquer reação dos adversários.
Esta semana deverão circular pelo menos três pesquisas eleitorais pela cidade. Depois delas virá a ressaca, o vazamento seletivo e a distorção dos números inundando os aplicativos de mensagens.
Vem aí o escândalo do Doutor Morte.
O vereador em Gaspar tem apenas uma sessão por semana e que está durando em média uma hora, a cada terça-feira à noite. Mesmo assim, tem vereador que não consegue conciliar a agenda de trabalho com a política. Na sessão de terça-feira, três saíram antes da hora.
Qual a primeira principal empresa que o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB trouxe Gaspar e comemorou? A Havan, no Bela Vista. Dos três anos em que ela abriu, mais de dois está fechada por problemas estruturais. Ouvir aqueles discursos hoje, é impagável. Agora, às vésperas das eleições, ela está cercada, escondida.
“Cachorro que tem mais de um dono, morre de fome”, esta ao menos foi a explicação de um dos vereadores que vai concorrer à reeleição sobre o seu partido não ter feito coligação em Gaspar. Se bem que tentou...
Lembram-se do Michola? Luiz Eurides Poli foi influente assessor do seu irmão, o ex-prefeito Luiz Fernando Poli, no antigo PFL. Michola, ou o Nego, como é conhecido por lá, é candidato a vereador em Biguaçu pelo Democratas.
A coligação para a reeleição do prefeito tem 83 candidatos. Eles ainda vão passar pelo crivo do Tribunal Regional Eleitoral. Mas, já estão brigando entre si, em público e nas redes sociais por espaços. Era previsível.
Começou bem. Sincericídio? Ao ser entrevistado o candidato a prefeito pelo PT de Gaspar, o ex-vereador José Amarildo Rampelotti, disse que a candidatura dele foi imposta pelo partido. Ai, ai, ai.
Os buldogues escalados pela coligação no poder de plantão era para atacarem os adversários e esta coluna. Entretanto, um deles tentou morder um dos da própria coligação. O buldogue virou vira-lata e saiu do grupo de whatsapp. Voltará em breve.
Na nuvem. Tem partido apostando na vitória em Gaspar. Certo, até o fechamento da coluna, só três vereadores para puxar votos para a majoritária dita vencedora.
Roni Muller, titular da Fundação Municipal de Esportes e Lazer, deve ser escolhido o coordenador de campanha de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Alguém acredita que isso não seja apenas uma fachada?
O ex-coordenador de campanha vencedora de 2016, presidente do MDB de Gaspar, o prefeito de fato e secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira, alega aos próximos que está assoberbado.
É uma desculpa para o desgaste que o nome dele leva para a candidatura majoritária, se ele for o coordenador oficial. Só isso. Ele e todos sabem. E a ação é pensada. Acorda, Gaspar!
Uma simples foto nas redes sociais, provocou um a saia justa entre os irmãos evangélicos pentecostais de mesma denominação. E teve que ser editada. O fato mostra como o clima de fé neste ambiente não é tão sagrado assim.
Vai dar rolo como está dando com as creches e escolas particulares. Os parques aquáticos no Distrito do Belchior estão anunciando a reabertura da temporada para o dia dez de outubro. A prefeitura de Gaspar ainda não fez o regramento para isso. O governo do estado, no que está em vigor, isso só será possível quando a cor da região for amarela. Então...
Faz sucesso nos aplicativos de mensagens e redes sociais, o depoimento do prefeito de Colatina, Espírito Santo, Sérgio Meneguelli, Republicanos. Com esta frase “não sou dono da cidade”, ele se negou a quebrar uma promessa e mesmo com reeleição aparentemente garantida, saiu da disputa eleitoral.
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