07/04/2016
POPULISMO CONTRA A VIDA I
No dia 14 de maio, um sábado, a partir das 9h30, o povo do Belchior Baixo e imediações da comunidade São Sebastião e Casinhas de Plástico vão trancar a BR-470. Faz bem. Tudo já está acertado com a Polícia Rodoviária Federal. É por mais segurança; por menos acidentes naquele trecho, nas curvas e reta do La Terra. Um levantamento mostra que o tal km 40 é tinhoso, traiçoeiro e precisa ser repensado. Vidas pagam por erros e omissões dos vivos, dos políticos em busca de fama e votos fáceis. De 2011 a 2016 foram 40 acidentes, 109 pessoas envolvidas, 23 feridos leves, 14 feridos graves e cinco mortes. Quem criou o perigo? Os motoristas imprudentes e outros impacientes? Sim. Mas as nossas “otoridades” têm uma parcela ponderável de culpa nisso tudo. E agora se disfarçam e se vestem de “salvadores” de algo que tramaram contra ou se omitiram na prevenção. Ignoraram as leis e a razoabilidade.
POPULISMO CONTRA A VIDA II
A duplicação da BR-470 amenizaria? Sim! E foi prometida pelo PT de Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Vana Roussseff, Décio Neri de Lima, Ana Paula de Lima, Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio e outros... Todos estavam lá em palanques montados durante nas campanhas eleitorais. Lembram-se daquele comício onde se assinaram vários papelinhos aqui no ginásio de esportes João dos Santos para esfregar na cara dos céticos e deste colunista? O que aconteceu? Tudo parado. E por quê? Porque Dilma e o PT quebraram o país; estão submetendo as pessoas ao desemprego, à alta inflação, à morte na fila do Sus... E sem pudor, escondem este quadro negro, pois para eles haverá mais outras campanhas para o discurso enganador da solução que nunca chega, apesar das chagas que ficam (e para sempre).
POPULISMO CONTRA A VIDA III
Foi o inspetor Reis Julien Lóes, um técnico, que não é político, amigo dos catadores de votos e candidato, que colocou o dedo na ferida. Lóes na segunda-feira passada foi lá na reunião do La Terra ira “negociar” o protesto da comunidade. E foi franco. Apontou várias causas do desastre. E deixou alguns dos participantes com as pulgas atrás da orelhas. Há gente ocupando a faixa de domínio para os seus negócios. Isto além de ilegal, aumenta os riscos dos que transitam na rodovia. Então quem permitiu isso? Quem fechou o olho na fiscalização ou não deu condições seguras para veículos, motociclistas, ciclistas e pedestres? Sim. Há “autoridades” que possuem parte ponderável de culpa nesta carnificina ou perigo diário. O vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi o único vereador que não assinou a moção pedindo soluções urgentes. Entretanto, contraditoriamente ele estava lá na reunião a exigir soluções (dos outros). E Dalsochio é um dos que tem que catar as pulgas atrás das orelhas. Ele ouviu do Inspetor Lóes, sob testemunhas, que o poder público municipal possui uma parcela ponderável de culpa neste desastre.
POPULISMO CONTRA A VIDA IV
Por exemplo: o Loteamento das Casinhas de Plástico nunca poderia ter sido implantado lá sem um estudo de impacto de vizinhança. Igualmente a reconstrução da Escola Angélica Costa depois de cinco anos de espera e deslocada na marra pelo prefeito Zuchi do Sertão Verde, onde foi soterrada na catástrofe de 2008, razão do surgimento do Loteamento. Parece que Loes está lendo esta coluna desde 2009, quando se questiona aqui exatamente o desastre anunciado. Algo óbvio e sempre rebatido pela administração de Pedro Celso Zuchi e seus asseclas. Então não precisa ser nenhum “Professor de Deus” para prever os resultados da irresponsabilidade dos políticos metidos que falsamente se dizem identificados com o povo. Eles não medem as consequências danosas para as pessoas que dizem estar ajudando.
POPULISMO CONTRA A VIDA V
A escolha do terreno para implantar este loteamento nasceu da vingança. Era da família ex-dona da falida Sulfabril, de Blumenau. Algo contra o capitalismo que o PT detesta para ter bandeira, mas se lambuza quando no poder (Petrolão). O terreno era impróprio não apenas por estar ao lado da BR com intenso movimento e acessos precários que obrigavam os moradores a usarem a perigosa rodovia. Ele fica ao lado da linha troncal de gás (que já explodiu). Mais: parte do terreno tinha turfa, exigiu ação cara e corretiva. Para piorar na arrogância, Zuchi resolveu botar preço nele e se tornar herói da resistência: enfrentar o dono rico em defesa dos pobres sem teto. Então tudo foi parar na Justiça e está lá. Por causa disso, os moradores não possuem documentação, calçamento, calçadas, drenagem pluvial e esgotos. O que era para ser modelo virou um assentamento precário com casas de plástico doadas pela Arábia Saudita. Para zombar, sem consultar ninguém, o PT tentou pôr o nome: Loteamento Arábia Saudita. A comunidade rejeitou por falta de respeito aos Direitos Humanos (que o PT tanto defende nos discursos). E para completar, recentemente ainda colocaram lá uma escola expondo mais crianças ao perigo da BR. Como se pode perceber, o resultado de tudo isto foi previsto. E quem contribuiu, agora culpa e exige solução dos outros. Vergonha. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
Discriminação. Uma semana depois de tentarem mudar o nome da localidade e de se esconderem para a negociação e explicações, o prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT foram ao Belchior Central para o circo eleitoral armado e chamado de Orçamento Participativo.
Quando chegou a vez de escolher os “delegados” do tal OP, o morador do Belchior Paulo Filippus, que já era delegado da comunidade em tal projeto popular, apresentou-se. Zuchi, rodeado dos seus, resolveu intimidá-lo, constrangê-lo e provocá-lo: “blumenauense não pode”. Mais: concluiu ser Paulo um “idiota”. O tempo fechou. Houve uma guerra de vídeos que foram parar na internet.
E qual a razão da ira e da vingança de Zuchi e sua claque? Paulo é um dos líderes em Gaspar do Movimento Brasil Livre que luta contra a corrupção e prega a deposição, pelo impeachment, da presidente Dilma Vana Rousseff, a guia idolatrada do PT de Gaspar.
Outra. Foi Paulo quem liderou nas redes sociais a campanha de esclarecimento contra a mudança do nome do bairro para se chamar de Prefeito Tarcísio Deschamps. Zuchi queria este nome via projeto de lei, feito na surdina na transformação para distrito, algo reivindicado por décadas pelos moradores de lá.
A comunidade mobilizada fez o PT e Zuchi recuarem. Foi memorável a Audiência Pública do povo de lá para impedir a mudança do nome da bicentenário da localidade. E naquela audiência pública, Zuchi e o staff do PT se negaram ao testemunho, ao diálogo e até mesmo ao pedido de desculpas para com a comunidade. Então o que Zuchi e o PT fizeram na reunião do OP foi apenas uma retaliação própria da franquia nacional. É um método reiterado contra quem minimamente se opõe ou contesta.
Zuchi e o PT já criaram pelo confronto e desqualificação sistemática a desconhecida, da periférica e pequena Lagoa, Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB. O PT tornou a vereadora de primeiro mandato uma peça de resistência ética e a credenciou por isso candidata a prefeito. Está fazendo o mesmo com o até então desconhecido Paulo Filippus, do periférico Belchior. Ele está filiado ao DEM. Então... quem é mesmo o “Professor de Deus” para estes casos? Aprendizado zero.
Onde vai o vereador Ciro André Quintino, PMDB, diz que o seu candidato Kleber Edson Wan Dall vai ganhar de lavada a prefeitura e que se o Marcelo de Souza Brick, PSD, for o vice de Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, a coisa pegará para o seu PMDB com o PP.
Se isto é verdade, não se entende a razão pela qual o PMDB não quer Marcelo como vice ou integrado na chapa PMDB/PP.
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