29/06/2017
A PONTE DO VALE I
Gaspar e os políticos vivem fazendo de tolos os pagadores de pesados impostos e os eleitores, além de culpar os outros por seus próprios erros e até, irresponsabilidades. Tudo num mundo digital, conectado, instantâneo, cada vez mais exigente, transparente e plural. Gaspar e seus políticos continuam antigos e contando vantagens aos analfabetos, ignorantes e desinformados. Circo. O PT e a esquerda do atraso não se emendam. Veja o que aconteceu, mais uma vez. A ponte do Vale foi prometida pelo PT e seus sócios daqui para ser construída em dois anos: levaram cinco. História longa, complicada e contada várias vezes aqui. Foi inaugurada incompleta para marcar o fim de um ciclo de governo. Até placa falsa, usou-se. E aí o “novo” poder de plantão, o PMDB e PP, obrigado pelo Ministério Público porque lhe faltou assumir a responsabilidade por algo que oferecia perigo e poderia comprometer o que era bom, prometeu terminar o inacabado em 25 dias. Levou-se 150. A antiga situação e agora oposição, contabilizou e sarrou.
A PONTE DO VALE II
O retrato é antigo, todavia, vale a pena ser revisitado porque a imprensa daqui ficou em silêncio sobre o fato e o erro. O que aconteceu na sessão da Câmara do dia 13 de junho, logo após a reabertura da ponte? Um discurso jocoso, escrito, preparado para o suplente de vereador, Daniel Fernandes dos Reis, PT. Em resumo: para ele e os seus, o PMDB e PP que tanto criticaram à demora da entrega da ponte, teriam, pelo tempo que demoraram no término das obras de acabamento dela, levado não cinco, mas dez anos para construí-la. Ou seja, para o PT, um erro sempre justifica o outro. Segundo o PT e os seus, como o PDT, ninguém está com autoridade para cobrar nada d o outro; e se cobrar, leva o troco. É o sujo e o mal lavado. Qual a conta da vingança do PT na falta de razão? Que o PT e os seus fizeram 95% das obras (que mesmo assim não a servia para liberá-la à sua função de ponte) em cinco anos e o PMDB/PP, 5% em 150 dias.
A PONTE DO VALE III
Resumindo: o PMDB e PP pagaram pela inexperiência de serem governo e não enfrentarem de frente os problemas (é um atrás do outro). Este da ponte, por exemplo, só foi possível graças à omissão como oposição na fiscalização na obra. Aí sou mais a observação curta e direta da vereadora Franciele Daiane Back naquela sessão: “não é orgulho para ninguém entregar uma ponte inacabada”, no troco ao PT. O parceiro do governo do PT, Roberto Procópio de Souza, PDT, tentou espichar a ladainha da vitimização. Disse que a obra quase não saiu devido a um questionamento jurídico do PMDB e PSD (omitido por Roberto e hoje está junto com o PDT no tal Bloco Democrático na Câmara). Aliás, esse questionamento do PMDB foi acertado; foi para esclarecer o que não estava claro; até aí o PMDB agiu certo, depois ficou de espectador e com medo de enfrentar o PT. Roberto ainda louvou à busca de verbas federais pelo PT para completar o dinheiro que Pedro Celso Zuchi, PT, sempre dizia ter por aqui e não tinha. Foi a falta de dinheiro dos contribuintes, o motivo do atraso da obra. Culpa, além do jogo mal calculado de Zuchi, seus segredos, do desastre econômico do PT com Dilma Vana Rousseff, que secou as burras de Brasília.
PONTE DO VALE IV
Surpreendente do PT, PDT – que sempre ridicularizaram esse assentamento histórico e repetido aqui - foi o de ver reconhecido naquela sessão, de que foi o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, - nascido no PMDB e passagem pelo PSB e PPS -, quem iniciou o sonho da ponte do Vale com as desapropriações que fez para tal. Até o PMDB que estava num divórcio antigo com Adilson, tardiamente, consentiu com tal fato. O que todos esqueceram, ou possuem memória curta ou estão discriminando mais uma vez, é que quem articulou esta ponte foi a Acig, antes de ser aparelhada, enfraquecida pelo PT e quando ainda influenciava regionalmente. Foi na gestão do ex-presidente, Samir Buhatem e na do ex-presidente, Ricardo Stodieck, da Acib que eles travaram negociações com a ex-senadora Ideli Salvatti, PT, para viabilização da obra que Zuchi a acolheu só para ele e o partido quando eleito. E esta é a única razão da ponte se chamar “do Vale”. Construída em Gaspar, não atenderia apenas a cidade, mas o Vale e poderia com esse propósito ter mais acesso a verbas federais. Desmemoriados funcionais. Acorda, Gaspar!
TRAPICHE
O radialista, cidadão honorário de Gaspar, ex-vereador e ainda hoje morador de Blumenau, Álvaro Correia, ex-deputado estadual pelo MDB, ex-correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, jornalista colaborador deste Cruzeiro do Vale, foi um dos responsáveis por aglutinar lideranças locais e buscar o novo prédio do Fórum da Comarca.
Conheci Álvaro, em Gaspar. Fui vizinho na juventude, em Blumenau. E no jornalismo, acompanhei parte da sua carreira política e suas muitas “brigas” por lá, como esta que teve por Gaspar para um espaço decente para juízes, promotores, servidores e principalmente, cidadãos na busca de Justiça.
Com a inauguração do novo prédio do Fórum, aquela mudança paliativa feita para se avançar à Rua Olga Wehmuth, no bairro Sete, precisa ser reavaliada, para assim ampliar a segurança aos que entram ou saem da Avenida Francisco Mastella e à prefeito Júlio Schramm.
Uma delas, seria impedir o acesso direto da rua do Fórum, a Pedro Debortoli, ou à Francisco Mastella, concorrendo com a Olga Wehmuth que também atende prioritariamente além do próprio bairro, à Policlínica, ao quartel da PM, aos Bombeiros e até aO CDI Dorvalina Fachini.
A demissão da secretária de Saúde, a técnica Dilene Jahn dos Santos, estava sendo cozinhada pelos políticos do PMDB fazia pelo menos três meses para não dizer já na escolha antes da posse em primeiro de janeiro. Os leitores e leitoras desta coluna sempre souberam disso, apesar do silêncio na imprensa daqui.
Tudo se complicou há um mês quando se uniram os vereadores da situação e da oposição pedindo a cabeça dela. Na verdade, Dilene nem deveria ter aceito o convite, que foi feito apenas agradar a um dos padrinhos da candidatura de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, o executivo, Sérgio Roberto Waldrich.
Ela não é de Gaspar, nem política. Estas foram às suas principais manchas para a decisão dos políticos da prefeitura para demiti-la. Dilene já foi administradora do Hospital de onde foi retirada de lá pelo PT na intervenção que fez. Taxou-a de incompetente. Agora, o PT conseguiu que Kleber fizesse a mesma coisa e com ajuda do PMDB, PSC, PP, PSDC e PTB.
É verdade que a Saúde Pública de Gaspar está na UTI. Culpa? Do próprio poder de plantão que preferiu adotar as políticas do PT ao invés das suas que apresentou à Justiça Eleitoral ou defendeu na campanha eleitoral.
Com uma base frágil na Câmara, Kleber preferiu os políticos e a corporação médica aos técnicos gestores numa área supersensível, inclusive eleitoralmente. Foi isso, que aconteceu ao paulista Fábio Bortuni Pereira Lima, nomeado há um mês para gestor do Hospital. Descobriu-se que ele não serve. Acorda, Gaspar!
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).