Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

04/07/2017



QUANDO KLEBER VAI GOVERNAR? I
Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, ganharam as eleições nos primeiros dias de outubro do ano passado como prefeito e vice, respetivamente. Estamos chegando a quase outro outubro. Desde àquele outubro vitorioso, eles sabiam que a ponte do Vale seria reaberta e que ela aberta, modificaria o fluxo e se tornaria a principal entrada e saída de veículos em Gaspar na conexão coma BR-470. Todos os gasparenses sabiam, inclusive os menos informados. Entretanto, Kleber e Luiz Carlos, eleitos, com o mandato popular e legitimidade para criar soluções, não planejaram o uso, até agora, desta ligação, num sistema integrado e de novas prioridades para a cidade.

QUANDO KLEBER VAI GOVERNAR? II
Por azar, ou sorte, Kleber e Luiz Carlos, ganharam um tempo extra, pois ficaram com ela interditada por quase seis meses na administração deles. Todavia, nada de estudos, pesquisas de fluxos, debate com a comunidade e entidades para possíveis, necessárias e justificadas mudanças na mobilidade urbana, bem como, o melhor aproveitamento da ponte do Vale. Aqui mesmo nesta coluna, já tinha eu feito este registro e questionamento. Kleber e Luiz Carlos, jovens, entretanto, velhos pelos gestos que praticaram até o momento, parecem que ainda preferem a velha ponte Hercílio Deecke como a principal ligação de Gaspar da cidade com a BR-470, e vice-versa. Afinal quem cuida do planejamento, comunicação e imagem do atual governo de Gaspar? Dos oito semestres para atual administração exercer o mandato e poder, um já se foi para o saco e parece perdido.

QUANDO KLEBER VAI GOVERNAR? III
Eu mesmo já tinha feito um comentário nesse sentido. A atual administração ficou “muito sentida comigo”. Ela detesta realidades. Faz dias que não durmo por causa disso! Então, por birra e para me reequilibrar emocionalmente, estou praticamente repetindo às observações já feitas. Enquanto isso, Kleber e Luiz Carlos vão perdendo uma atrás da outra para si, os seus que o cercam que se degladiam por interesses, holofotes, poder e inveja; estão perdendo para a cidade e os adversários. A crise da Saúde Pública era evitável. Falta de aviso não foi. Oportunidade para corrigir a falha, não faltou. Pior: depois de descartar a Dilene Jahn de Mello, a técnica, a de fora de Gaspar, estão todos perdidos quanto antes e arrumaram uma junta para o papel que cabia a Dilene. A teimosia, a fragilidade da maioria na Câmara, e os “amigos da onça” que os cercam, ainda vão levar Kleber e Luiz Carlos para mais um desastre neste setor. Mas este não é o foco deste comentário. Então volto à ponte e à mobilidade. Ou caso da Saúde Pública, tende a repetir no Planejamento onde também está instalado um técnico, de fora de Gaspar e não partidário da coligação vencedora e no poder.

QUANDO KLEBER VAI GOVERNAR? IV
E por que? Porque o PT, o ex-governo de Gaspar de Pedro Celso Zuchi, devido à inércia do atual prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, do prefeito e vice diplomados por terem sido eleitos nas urnas em outubro, e do secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd, importado, mas de reconhecida competência técnica quando trabalhou para os companheiros Décio Neri de Lima (Blumenau) e de Paulo Roberto Eccel (Brusque), pagaram para ver e não querem dar o braço a torcer aos gasparenses ou às minhas observações. Tolos com o óbvio. Agora, estão vendo, o PT tomando o protagonismo mais cedo do que se esperava, exatamente pela inércia inexplicável da atual administração municipal. É que está na sessão da Câmara de hoje, a indicação para livrar à velha ponte Hercílio Deecke parcialmente dos caminhões pesados. Kleber e os seus, evitaram fazer isso por falta de iniciativa deles, falta de visão deles, torceram o bico quando apontei o óbvio (não havia nada de inovação) e agora, vão fazer o que pedem os petistas, não porque eles pedem, mas porque é necessário fazer assim. Vão sacramentar um discurso para ser usado no futuro e a indicação do presente assinada por Dionísio Luiz Bertoldi, Rui Carlos Deshamps e Daniel Fernandes dos Reis (suplente) que deu entrada na Câmara. Acorda, Gaspar!

UM PASSO ATRÁS E ACERTADO I
No domingo dia 18 de junho morreu a professora ACT e que cuidava de especiais na escola municipal de Gaspar Vitório Anacleto Cardoso, Círia Cristina Amaro da Rocha (irmã do vereador Cícero Giovane Amaro, PSD). Lá também estudava um filho de Círia. Consultada, já no domingo à noite (e antes das aulas de segunda-feira, portanto), a secretaria da Educação mandou dizer, sem chances de diálogo, que as aulas fossem normais naquela segunda e que ninguém, repito, ninguém, poderia ir ao velório e enterro da mãe de um colega de aula (filho) ou professora do educandário (a morta) na tarde da segunda-feira, dia 18. Relatei isso, na coluna do dia 20 que pode ser revisitada para quem não conheceu o caso. Um bafafá. Uma confusão. Em algo simples, sensato e óbvio.

UM PASSO ATRÁS E ACERTADO II
E naquela coluna, de grande repercussão e acessada, perguntei aos leitores e leitoras, quem mesmo cuidava da comunicação e imagem do governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. A infeliz decisão oficial foi contrariada no óbvio e no senso de humanidade aos docentes e os funcionários próximos da morta. Insatisfeita com os questionamentos feitos aqui nesta coluna, a única a fazê-la, porque os demais da imprensa local, por paga, medo de retaliação e amizade miúda, - ficaram quietinhos lendo o que rolava aqui e nas redes sociais, ao mesmo tempo que a omissão lhes tirava mais uma vez audiência e credibilidade. Para completar e ratificar o gesto desumano, a titular da pasta, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, que nunca foi à escola Vitório, até então, depois de ver que suas ordens çao foram cumpridas, mandou no dia seguinte ao enterro, uma emissária à escola para passar uma raspa, ameaçar e censurar os professores e funcionários da Vitório, achando-os que foram eles alimentaram a imprensa e este coluna nas informações, ignorando tudo o que rolou nas redes sociais, a verdadeira fonte da cidade que se interessou pelo caso Deu-se mal, outra vez.

UM PASSO ATRÁS E ACERTADO III
Quis o infortúnio da vida que o fato se repetisse neste final de semana. Sábado à noite, um acidente rodoviário em Itajaí tirou a vida não de um, mas dois trabalhadores da educação de Gaspar: Mirtes Couto e Diego Carvalho Vargas, ambos do CDI Maria Elisa, no bairro Bela Vista. O que aconteceu? Desta vez, próprio site da prefeitura anunciou o fato (no caso de Círia, ignorou estranha e completamente isso). E ao mesmo tempo, a nota do site orientou e “organizou” o que fazer, o que não fez também no caso de Círia. Mais: permitiu à escola, ao corpo docente, discente e funcionários, tudo o que negou no caso de Círia: “para que os colegas e amigos possam prestar as últimas homenagens, o CDI funcionará em regime de plantão. Por isso, solicita-se aos pais e responsáveis por alunos do CDI, que tiverem condições, para que fiquem com as crianças em casa nesta segunda-feira”. Certo. Certíssimo. Um passo atrás para a volta do equilíbrio mínimo no senso de gestão numa situação inesperada de emergência Aprendizado com o erro. E válido.

UM PASSO ATRÁS E ACERTADO IV
Resumindo: é preciso apanhar e ser exposto para o governo Kleber e principalmente a sua secretária de Educação, Zilma, seus assessores coroados, tomar um chá de óbvio, de organização, de autoridade, de humanidade e de responsabilidade solidária. Meu Deus! Esta nova atitude, mostra o quanto errado se praticou no caso de Círia; o quando as ações, sucessivamente, estavam equivocadas e beiravam a burrice, para não dizer o autoritarismo. “Ah, Herculano, mas não se fechou o CDI, como se queria para o Vitório no período da tarde, momento do enterro da professora Círia. No CDI houve um plantão”. Primeiro: são casos diferentes. Segundo: só se chegou ao ponto de ruptura no Vitório, porque houve a radicalização da Secretaria, que ao invés de se estabelecer na coerência e diálogo, quis impor suas regras fora de um contexto foram da razoabilidade. No CDI houve, sim, um “plantão”. O que é isso? Que de forma organizada e estruturada, lá no CDI do Bela Vista ou fora dele, garantiu-se o seu funcionamento ao mínimo, remanejando recursos, inclusive profissionais. Nada mais!

UM PASSO ATRÁS E ACERTADO V
Apesar desse passo para trás, com decisões antecipadas e racionais para superar uma emergência de forma organizada, nas redes sociais, mesmo assim, ficou evidente que a ferida aberta no caso da morte de Círia e a atitude equivocada e radicalização naquele episódio de Zilma, ainda não estão bem curadas. “Quando as pessoas forem valorizadas como merecem e não apenas consideradas mais um número... teremos conseguido assim, a evolução da espécie humana. Morrem dois profissionais de uma só vez. O CDI vai atender em regime de plantão no dia do velório e sepultamento dos professores. Para o mundo que eu quero descer. Que consideração, heim! Isso é que chamam de valorizar as pessoas da nossa cidade?”, perguntou uma autora no Facebook. Volto e encerro. A queixa exagera. Já houve uma evolução e tanto, entre o dia 18 e ontem, segunda. Ao menos a secretaria Educação se antecipou, comunicou, orientou, ofereceu opções (internas ou externas), no caso do CDI do Bela Vista, como o plantão que foi oferecido aos pais sem alternativas de ficarem com os seus filhos. E se foi assim, foi acertado. Mas, que o caso da Círia ainda não está esquecido, isso não está. E tomara que não seja esquecido nunca mais para não se errar como Kleber, Luiz Carlos e Zilma erraram. Entretanto, é hora de se olhar tudo com os olhos da razão. E neste caso do Bale Vista, ao menos a prefeitura e a secretaria de Educação acertaram, na minha avalição. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


O meu erro. A prefeitura de Gaspar passou a mão em R$1 milhão do orçamento da Câmara de Gaspar, e não R$700 mil como escrevi numa coluna anterior.

Esse valor de R$700 mil foi rubricado para o Fundo da Saúde (que pode ir para o Hospital para média e alta complexidade (alta complexidade que não tem lá) e R$ 300 mil foram para as obras da ponte do Vale.

Mais combustível. Estamos no início de julho. No dia 29 Câmara de Gaspar vai fazer nova licitação para comprar seis mil litros de gasolina. Ulalalá!

O valor do poder legislativo. Eu e eu. O suplemente de vereador de Gaspar, está no lugar do mais longevo, José Hilário Melato, PP e que é presidente do Samae, Ademir José de Moura, PSC, ocupou a tribuna da Câmara para dizer que estava fazendo bodas de prata e reafirmar que amava a esposa. Assustador é se fosse diferente.

Ilhota em chamas I. Deu xabu. O pregão 22 para vender a folha de pagamento aos bancos por cinco anos, deu deserta. Não apareceu ninguém para comprar a dita cuja. Ilhota pensou ganhar no mínimo R$250 mil. Agora ela vai repetir na segunda-feira que vem, dia 10. Então.

Já a prefeitura de Gaspar quer fazer a mesma coisa: vender, como sempre fez anteriormente a folha de pagamento.
Na sexta-feira vai a leilão a contratação de instituição financeira para operar os serviços de processamento e gerenciamento da Folha dos servidores ativos, inativos, estatutários, celetistas e contratados da administração direta, autárquica e fundacional do poder executivo com a permissão para a instalação de Posto de Atendimento Bancário e Posto de Autoatendimento/Caixa Eletrônico.

Ilhota em chamas II. Na quinta-feira a prefeitura vai escolher uma farmácia para comprar de R$140 mil em medicamentos que não fazem parte da lista básica de medicamentos, constantes na relação nacional de medicamentos essenciais – rename -, para atender a população usuária do sistema da secretaria de saúde. Hum!

Ilhota em chamas III. A prefeitura abriu licitação para comprar oxigênio. Sintomático.

Ilhota em chamas IV - João Roberto Vieira, foi nomeado como Superintendente do Instituto de Previdência Municipal de Ilhota - Ilhotaprev. A dor de cabeça é grande.

Hoje o Samae de Gaspar compra um carro sedam. Ele está disposto pagar até R$54.475,00 e uma moto de 158cc por até R$12.420,00.

Hoje é dia da sessão da Câmara de Gaspar. Na Ordem do Dia três votações de requerimentos. Projetos de lei que é bom, nada. Acorda, Gaspar!

Perguntar não ofende? Qual a razão de se ter na Câmara de vereadores de Gaspar a tal assessoria de imprensa? Por que ter um efetivo (Vagner Maciel) e um comissionado (Vilson Pereira Júnior)?

Dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses, mais uma vez jogados fora. Quando eu peço informações para ela essa assessoria de araque, por exemplo, não recebo nem sequer a informação de que ela recebeu o meu questionamento.

E quando responde, diz que vai levar 20 dias, é isso mesmo, 20 dias, porque esse é o prazo para o atendimento pela Lei de Acesso da Informação. Enquanto isso, escrevo e esclareço sem a necessidade dela, e os vereadores reclamam. Vão reclamar muito.

Os gasparenses precisam deixar de pagar cabides de empregos a menos na Câmara. Velhacaria com o dinheiro do contribuinte.

E tudo sob a orientação e aprovação do presidente da Casa, Ciro André Quintino, PMDB, o que mais gasta dinheiro do povo por lá. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1808

Comentários

Herculano
05/07/2017 07:42
DAQUI A POUCO HAVERÁ COLUNA "OLHANDO A MARÉ" INÉDITA PARA OS LEITORES ELEITORAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE
Despetralhado
04/07/2017 19:44
Oi, Herculano:

Concordo com Erva Doce, figura sem classe, sem ética. O popular sem vergonha na cara.
Sidnei Luis Reinert
04/07/2017 19:40
A terceira guerra mundial pode começar ainda este ano:

Trump deu a Xi o prazo de 100 dias para cumprir a tarefa. Os 100 dias acabam em 15 de julho. Até agora, a China não conseguiu fazer nada significativo para dissuadir a Coreia do Norte de prosseguir com o desenvolvimento de um míssil nuclear capaz de atingir Los Angeles e matar milhões de americanos enquanto dormem em seus lares. A China recebeu agora seu último aviso.

http://www.reuters.com/article/us-china-usa-idUSKBN19H0AT
Herculano
04/07/2017 17:46
GASPAR E ILHOTA, MAIS UMA VEZ COMENDO POEIRA

Conteúdo da própria Fecam. Uma antiga reivindicação da Federação Catarinense de Municípios (FECAM) a Fundação do Meio Ambiente (FATMA) começa a se tornar realidade. O termo de cessão do sistema de licenciamento, chamado de Sinfat Municípios, foi assinado nesta terça-feira, 4, pelo presidente do órgão ambiental, Alexandre Waltrick; a presidente da FECAM, Adeliana Dal Pont, prefeita de São José; e o Coordenador-Geral do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MPSC, promotor de justiça Paulo Antonio Locatelli. As prefeituras de Florianópolis, Palhoça, Joinville, Itapema, Itajaí, Braço do Norte, Botuverá e São José passarão a operar o sistema. A ferramenta possibilitará a integração do licenciamento ambiental entre os municípios e o Estado.

Em Santa Catarina, cerca de 70 municípios têm condições de fazer o licenciamento ambiental
Herculano
04/07/2017 15:34
ORDEM DE LULA DIZ QUE ELE ESTÁ COM "MEDINHO" OU COM
"MEDÃO", DIZ ALCKMIN

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Daniel Weterman. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), devolveu ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira, 4. O tucano e o petista são dois pretensos candidatos a presidente da República em 2018.

Nesta segunda-feira, reunido com bancadas do PT em São Paulo, Lula cobrou uma oposição mais firme à gestão do tucano no governo do Estado, conforme relata reportagem do jornal "Folha de S. Paulo". Ao comentar a situação, Alckmin disse que o petista está com "medo" ao fazer essa cobrança aos aliados. "O Lula deu uma ordem para os petistas para nos atacarem. Mostra que ele tá com medinho, né? Ou com medão", disse em entrevista coletiva após a entrega de um trem para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) na capital paulista.

Além disso, o governador comentou a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima e afirmou que a sociedade espera que haja investigação e que se faça justiça. Por outro lado, o tucano afirmou que as investigações não podem parar o País e a pauta das reformas no Congresso Nacional. "Tem que, de um lado, tocar a Lava Jato, de outro lado, não prejudicar a economia, (fazer) as coisas caminharem. Acho que, no Brasil, as instituições estão amadurecendo".

Em meio à expectativa da análise da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara, Alckmin afirmou que esse assunto não pode impedir que o Senado vote a reforma trabalhista. "Você não pode parar as instituições, o Congresso, por causa disso. As coisas precisam caminhar", cobrou
Herculano
04/07/2017 15:30
GEDDEL ENCONTRARÁ ACUSADOR FUNARO NA PAULA, por Josias de Souza

Depois de passar a noite na carceragem da superintendência da Polícia Federal em Brasília, o ex-ministro Geddel Vieira Lima será transferido nesta terça-feira para a penitenciária da Papuda. É neste presídio que está encarcerado o doleiro Lúcio Funaro - o operador financeiro que forneceu, em depoimento no mês passado, informações que fundamentaram a ordem de prisão expedida contra Geddel. Antes da transferência, o ex-articulador político do governo, amigo de Michel Temer há três décadas, deve ser interrogado.

A situação está crivada de ironias. Investigado por suspeita de desviar verbas da Caixa Econômica Federal, Geddel foi preso preventivamente, sem prazo para sair, porque os investigadores o acusaram de tentar obstruir a Justiça. Ele estaria se mexendo à sombra para evitar que Lúcio Funaro e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha fizessem acordos de delação. No depoimento que prestou em junho, Funaro contou que Geddel procurou sua mulher várias vezes.

Para reforçar sua versão, o doleiro, apontado como operador financeiro dos negócios ilícitos de Cunha e de outros pajés do PMDB, entregou imagens de telas do celular de sua mulher. Identificado na agenda do aparelho pelo apelido de "Carainho", Geddel fez ligações e enviou mensagens nas quais buscava informaçoes sobre a disposição de Funaro de tornar-se um delator. O aparelho celular do ex-minsitro, apreendido no momento da prisão, passa por uma perícia.

Signatário do mandado de prisão de Geddel, O juiz federal Vallisney de Oliveira considerou o fato "gravíssimo". Levou em conta também declarações de Funaro sobre supostos repasses de R$ 20 milhões em propinas para Geddel. A defesa do ex-ministro nega.

O esforço de Geddel foi infrutífero. Encontra-se em estágio avançado a costura do acordo de colaboração judicial de Funaro. Na Papuda, o ex-ministro de Temer terá a oportunidade de conversar diretamente com o doleiro, sem intermediários. Se não ficarem na mesma cela, dividirão o pátio na hora do banho de Sol. O novo preso talvez se anime a perguntar por que foi identificado na agenda eletrônica da mulher do operador como "Carainho".
Paty Farias
04/07/2017 14:22
Olá, Herculano:

PATÉTICO - às 11:27hs.

O melhor seria perguntar, quem não é patético nesse governo. O PMDB está copiando o governo anterior para ver se bate o livro dos records onde o PT está em primeiro lugar como o MAIS PATÉTICO.
PT/PMDB/PP tudo a ver.
Erva Doce
04/07/2017 14:01
Oi, Herculano;

Falar em Ciro André Quintino é o mesmo que falar de uma pessoa mal educada que nunca comeu melado e quando come se borra todo.
Anônimo disse:
04/07/2017 13:56
Herculano, se Carlos Roberto Pereira é o Prefeito de fato, o que faz o Kleber?
Ah! já sei; o Kleber faz o papel da ex-vereadora Marli enquanto que o Carlos faz o papel do Celso de Oliveira no governo passado. Brincam de ventríloquo. Concordo quando dizes que este governo não tem nada de inovação.
Mariazinha Beata
04/07/2017 13:48
Seu Herculano;

"AQUI NADA"

"O cabo eleitoral de Aldo em Gaspar é Ciro André Quintino, PMDB, e a de Dirce, a ex-vereadora Ivete Mafra Hammes, também do PMDB."

Gasparenses, acreditaram neles?
Bem feito!

Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
04/07/2017 12:15
O temerário futebol da Corrupção


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Já pensou se os políticos ou servidores públicos corruptos e/ou incompetentes fossem afastados e punidos da mesma forma como acontece com os técnicos de futebol? Rogério Ceni, ídolo de seu time como goleiro recordista mundial de gols, foi demitido do São Paulo porque não conseguiu resultados imediatos com uma equipe limitada. A galera não exerce a mesma pressão para detonar Michel Temer, Lula da Silva e tantos outros "craques" da politicagem tupiniquim que, além de não apresentarem bons resultados, ainda arrasam com a moral institucional, gerando prejuízos morais, políticos, econômicos e sociais.

O time da corrupção institucionalizada segue ganhando, de goleada, da fraca equipe da cidadania. Usando a metáfora futebolística que o craque $talinácio tanto adora, nosso time parece ter poder ofensivo apenas nas redes sociais. Somos uma tragédia na defensiva, porque os juízes do jogo beneficiam os infratores. A falha gritante de arbitragem acontece graças ao excesso de regras do jogo. Mas, também, porque muitos deles torcem para o time da bandidagem. Afinal, os magistrados que apitam os grandes jogos são escolhidos pelos criminosos institucionais. Os gols contra a sociedade acontecem natural e facilmente. No entanto, demitir o "técnico" é muito difícil...

No futebol, seguimos com inveja da Alemanha. O País que nos massacrou com o vergonhoso 7 a 1 no Mineirão, durante aquela Copa do Mundo superfaturada realizada aqui, segue vencendo. Com um time jovem, porém com o mesmo treinador que ninguém ousa demitir (porque é muito bom), os alemães faturaram a Copa das Confederações, na Rússia. Na política, entretanto, a gente devia morrer de inveja da França. O jovem presidente Emmanuel Macron propôs ontem uma reforma política que cairia muito bem em Bruzunganda, se aqui houvesse um mínimo de bom senso e vergonha na cara.

Dando uma de monarca democrático, o presidente da sexta República francesa convocou parlamentares para uma inédita sessão extraordinária da Assembléia Nacional Francesa, em pleno Palácio de Versailles. Macron sugeriu uma redução de um terço no número de deputados (atualmente 577, mais que os 513 do Brasil) e Senadores (hoje 348, muito mais que os nossos 81). Macron pregou que é preciso acabar com a proliferação legislativa. O presidente-garotão já avisou que pode usar o instrumento do referendo popular, se o parlamento não quiser fazer as reformas propostas... Vive la France!

Imagina se o Michel Temer convocar os deputados e senadores para fazer uma proposta parecida com a do Macron, em uma reunião especialmente convocada - no Presídio da Papuda (lugar perfeito para a maioria) ou no Estádio do Maracanã (abandonado e sem futebol, graças ao desgoverno do Rio de Janeiro e à concessionária Odebrecht)? Com certeza, o treinador Michel Temer seria demitido sumariamente pela vontade cínica-canalha-soberana de seus próprios jogadores. Só tem craque: Moreira Franco, Eliseu Padilha, Romero Jucá,,, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eduardo Cunha... O time da Penitenciária é imbatível... Deve ser por isso que o treinador não cai, embora seja o desejo da torcida do Flamengo, do Corinthians e do Renan Calheiros... Viva Bruzundanga!

Notícia boa é que a Coréia do Norte, presidida pelo jovem ditador Kim Jong Um, acaba de testar um míssil intercontinental que promete atingir qualquer lugar do mundo. Já pensou se o maluco mirar no centro político de Washington e acertar Brasília, mais precisamente a Praça dos Três Poderes? A galera fica torcendo: "Aperta o botão, Kim"... Por que quem tem Cui Buono tem medo...
Herculano
04/07/2017 12:07
JACARÉ NA JAULA, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo.

Não durou três dias o alívio do governo com a libertação do deputado da mala. No sábado, o Planalto festejou a soltura de Rodrigo Rocha Loures. Na segunda, voltou a se assustar com outra prisão: a do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O peemedebista é um dos aliados mais próximos de Michel Temer. Os dois atuam em parceria desde a década de 90, quando viraram colegas na bancada do PMDB na Câmara. No ano passado, Geddel estava sem mandato e voltou a Brasília para ajudar a aprovar o impeachment. Foi recompensado com o posto de ministro da Secretaria de Governo.

O articulador caiu em novembro, acusado de usar o cargo para liberar a construção de um espigão em área tombada de Salvador. Na carta de demissão, descreveu Temer como um presidente "sério, ético e afável" e o chamou de "fraterno amigo".

Oito meses depois, essa fraternidade começará a ser posta à prova. Solto, Geddel já era visto como um delator em potencial. Preso, ficará mais perto de agravar os problemas do presidente. Ele é conhecido por ter pavio curto e falar demais ?"duas características apavorantes para quem depende do seu silêncio.

Na ordem de prisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira afirma que o ex-ministro tentava obstruir as investigações da Operação Cui Bono, que apura desvios na Caixa Econômica Federal. Ele atuava para evitar uma delação do doleiro Lúcio Funaro, que o apelidou de "boca de jacaré" por causa da gula para fechar negócios.

Funaro afirmou à polícia que Geddel mordeu R$ 20 milhões em propinas da JBS. Parte do dinheiro teria ajudado a silenciar outro faminto, o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba. A história combina com o relato de Joesley Batista e deve reforçar uma nova denúncia contra Temer por obstrução da Justiça.

O Planalto teme uma delação do ex-ministro desde janeiro, quando a PF fez buscas na sua casa. Recolhido à jaula, o jacaré terá mais motivos para afiar os dentes.
Herculano
04/07/2017 12:05
AQUI NADA

A assessoria do deputado Aldo Schneider, PMDB, do Alto Vale, acaba de comunicar, que verbas parlamentares suas (R$50 mil) e de Dirce Heidercheit, da Grande Florianópolis, também do PMDB, e com R$25 mil, foram liberadas para a construção da Praça da Bandeira, em Alfredo Wagner, quase na região serrana.

Para Gaspar? Nada! O cabo eleitoral de Aldo em Gaspar é Ciro André Quintino, PMDB, e a de Dirce, a ex-vereadora Ivete Mafra Hammes, também do PMDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
04/07/2017 11:58
ESTADOS E MUNICÍPIOS DEVEM R$ 7 BILHÕES À PREVIDÊNCIA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

A dívida de nove Estados e 33 municípios citados no levantamento dos mil maiores devedores da Previdência soma mais de R$ 6,9 bilhões, segundo estudo da CPI da Previdência. O maior calote (R$ 727,6 milhões) é do município de Guarulhos (SP), superando a cidade de São Paulo (R$ 616 milhões) e até mesmo a dívida do Estado do Rio de Janeiro, que soma R$433 milhões já inscritos na Dívida Ativa da União.

IMAGEM COMPLETA
Os R$ 4,9 bilhões municipais e R$ 2 bilhões estaduais, no calote à Previdência, equivalem a 3,2% do total. A maioria é do setor privado.

DEVO E NÃO PAGO
Apenas 41% da dívida dos estados foi negociada com a Previdência e está sendo paga. Entre municípios, o total negociado equivale a 6,7%.

A COISA PIORA
Não entram na conta as dívidas de concessionárias de serviços como a campeã Águas e Esgotos do Piauí (Agespisa), que deve R$ 1,1 bilhão.

MAIS QUE O ROMBO
Segundo a CPI da Previdência, os mil maiores devedores aplicaram calote de R$ 211 bilhões, somando CSLL, Pis, Cofins e INSS.

NORDESTE VAI À JUSTIÇA CONTRA IMPORTAÇÃO DE ÁLCOOL
O lobby dos importadores impedirá que em sua reunião desta terça (4) a Câmara de Comércio Exterior da Presidência (Camex) suspenda sua decisão, desde o governo Dilma, de zerar o imposto de importação de álcool de milho dos Estados Unidos. Produtores do Nordeste, por isso, decidiram recorrer à Justiça Federal: sem pagar impostos e subsidiado pelo governo americano, o álcool de milho chega ao Brasil mais barato que o fabricado no Nordeste, que paga impostos e emprega brasileiros.

POLUIÇÃO IMPORTADA
O crime contra a produção nacional, em vigor desde 2010, tem outro agravante: o milho de álcool americano é altamente poluente.

E DAÍ SE POLUI?
Com zero de imposto, as distribuidoras de São Paulo ganham muito dinheiro importando álcool americano, em lugar do nordestino.

CRUELDADE
As distribuidoras, que também têm destilarias, importam álcool de milho dos EUA na entressafra de São Paulo. E no auge da safra no Nordeste.

OBSTRUÇÃO À JUSTIÇA
O juiz Vallisney de Souza mandou prender Geddel Vieira Lima porque se convenceu de que ele tentou impedir acordos de delação de Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro, ambos já presos.

LULA X BOLSONARO
Se no DF lidera, no Pará, como na maioria dos Estados, Jair Bolsonaro está em 2º lugar para presidente. Lá, Lula tem 28,1% e o deputado 16,8%, segundo o Paraná Pesquisas. Marina (Rede) soma 12,7%.

REJEIÇÃO RECORDE
Caso não esteja preso ou inelegível em 2018, Lula terá que suar para ganhar o voto dos eleitores do Pará. A Paraná Pesquisas verificou que 46,5% não votariam nele "de jeito nenhum". Rejeitam Bolsonaro 20%.

COMISSÃO DE DILMA
Dos sete integrantes da Comissão de Ética da Presidência, que ontem abriu processos contra ministros e ex-ministros, seis foram nomeados por Dilma Rousseff, incluindo o seu presidente, Mauro Menezes.

VELHO CONHECIDO
O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso ontem, é velho conhecido da Comissão de Ética Pública ?" que o puniu em dezembro com "censura ética", no caso da construção de prédio em área protegida, na Bahia.

PARCERIA ANTIGA
Na lista dos dez maiores devedores da Previdência (R$1,04 bilhão), o grupo Marfrig explicou que nada tem a ver com a J&F, proprietária da JBS/Friboi, apenas "vendeu empresas ao grupo". De fato: vendeu a Seara por R$6 bilhões, em 2013, e a Moy Park por R$ 4,5 bi, em 2015.

CONTRA O FUNDO
O movimento Vem Pra Rua lançou um abaixo-assinado contrário ao "novo fundo partidário", que custaria R$3,5 bilhões/ano ao contribuinte brasileiro. Foram coletadas mais de 56 mil assinaturas em só seis dias.

POSANDO DE OTÁRIO
Fazendo a melhor expressão petista "eu não sabia", o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli disse à Justiça que não investigou o cartel de empreiteiras que roubou a estatal porque "não foi notificado".

PERGUNTA NO VELHO OESTE
Quando avisou que "enquanto houver bambu haverá flechas", Janot já havia disparado a flechada no ex-ministro Geddel Vieira Lima?
Herculano
04/07/2017 11:52
BRASIL ATUALMENTE ESTÁ SUBMETIDO AO TERRORISMO DO MEDO, por Carlos Fernando dos Santos Lima, especial para o jornal Folha de S. Paulo. Em resposta ao artigo publicado na Folha de S.Paulo do último sábado, dia 1º de julho, sob o título "Janot dá a senha de combate para procuradores messiânicos", de autoria de Demétrio Magnoli, só podemos dizer que o Brasil está submetido ao terrorismo do medo. Há muito os propagandistas políticos descobriram que o medo é mais forte que a esperança.

É mais fácil culpar o "outro" que admitir nossa falta. É fácil angariar apoio dividindo o país em esquerda e direita, em coxinhas e mortadelas, em isso e aquilo, esquecendo-se que somos parecidos uns com os outros.

A maioria de nós acorda pela manhã pensando em trabalhar para sustentar sua família, em como os impostos comem parte do nosso suor, em qual será o futuro de nossos filhos, e assim por diante. Somos semelhantes em sonhos e esperanças.

Por outro lado, ter esperança tornou-se brega. Falar em melhorar o país é tachado de messiânico. Lutar por essa melhora passou a ser jacobino.

Direita e esquerda falam em "tribunais revolucionários", em "tribunais de exceção", como se não fôssemos uma democracia -imperfeita, mas, ainda assim, uma democracia em que prevalece o Estado de Direito.

A Lava Jato representa a esperança. De repente, um golpe de sorte impediu a operação de ter sido morta no nascedouro e confirmou aquilo que há muito intuíamos.

Sabemos hoje como são financiadas as eleições em nosso país. Conhecemos agora como partidos e políticos enriquecem à custa dos impostos que pagamos.

Temos ciência dos conchavos, da distribuição de cargos apenas para a produção de propina. Agora há esperança de que, sabendo o diagnóstico de nossa doença ?"a corrupção?", possamos usar dos remédios para a cura.

Um desses remédios é a lei penal. E como lei, deve valer para todos. Obediente a esse princípio, a investigação de um pagamento de propina a um ex-diretor da Petrobras cresceu exponencialmente para revelar como partidos da base do governo Lula, sob o comando deste, usaram dessa estatal para fazer caixa para seus projetos de poder.

Mas não só, revelou-se logo que outras estatais foram vítimas do mesmo crime. Até aí o maniqueísmo de alguns e o oportunismo de outros encontravam alguma racionalidade. Para aqueles que detestavam o PT, estava claro que este partido tinha criado a prática da corrupção no governo federal.

Já os oportunistas viram a oportunidade de tirar o PT do poder. Para os simpatizantes do PT, não passava de trama das elites. Quanto aos petistas envolvidos nos crimes, acreditaram em intenções políticas dos investigadores.

Todos estavam errados. A resposta veio quando as investigações chegaram aos outros partidos, inclusive da oposição. Dessa forma, aquele Jucá que vai nas manifestações vestido de amarelo teve reveladas suas relações espúrias com a Odebrecht.

Aquele Temer que se colocou como um estadista para substituir Dilma na Presidência acaba sendo denunciado por corrupção no mandato. Aquele Aécio que usa das revelações da investigação para acusar o PT de corrupção na campanha presidencial é gravado solicitando milhões de um empresário.

Nesse momento os argumentos caíram por terra. Hoje a população sabe que a Lava Jato é uma tentativa séria de investigar, processar e punir TODOS os crimes de corrupção de que se tenha notícia, de que partido ou político forem. Só lhes restou mudar inteiramente o discurso.

Agora unidos entre si, políticos, partidos e seus simpatizantes atemorizam a população com terrores econômicos e um suposto "estado de exceção". Mentem para implantar o terror, para novamente dividir. Mentem para se salvar e salvar o seu modo de fazer política.

O final desse embate entre esses mercadores do medo e o Ministério Público terá consequências para o futuro de nosso país, seja pela prevalência do medo e do divisionismo, seja pela prevalência da esperança e da ética.
Herculano
04/07/2017 11:49
JUSTIÇA DIZ QUE É ILEGAL COBRAR PREÇO DIFERENTE PARA HOMEM E MULHER EM BALADA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Jéssica Alves e Malena Oliveira. O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, divulgou uma orientação técnica nesta segunda-feira, 3, em que veta a cobrança diferenciada para homens e mulheres em eventos e festas. O parecer vale para bares, restaurantes e casas noturnas. Segundo o órgão, uma divisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), um documento será encaminhado às respectivas associações dos estabelecimentos.

As casas noturnas, bares e restaurante terão um mês para se adequarem à determinação. A partir desse período, o consumidor poderá exigir o mesmo valor cobrado às mulheres, caso ainda haja diferenciação. Os estabelecimentos estão sujeito a multa.

De acordo com o secretário nacional do Consumidor, Arthur Rollo, serão realizadas fiscalizações até que essas práticas abusivas sejam banidas do mercado de consumo. "A utilização da mulher como estratégia de marketing é ilegal, vai contra os princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia. Os valores têm que ser iguais para todos nas relações de consumo", afirmou, em nota.

Uma decisão da Justiça do DF reacendeu a discussão sobre a cobrança de preços menores para mulheres em festas. Uma liminar concedida há duas semanas pela juíza Caroline Santos Lima, do Juizado Especial Cível (JEC), determinou que um estabelecimento cobrasse de um consumidor o mesmo valor do ingresso disponível para clientes do sexo feminino.

Ex-presidente do conselho da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Claudio Considera concorda com o fim da diferenciação de preços e afirma que, pelo Código de Defesa do Consumidor, tem que haver tratamento igual para os clientes, salvo as exceções previstas em lei (idosos, estudantes e professores).

"A cobrança diferenciada é ilegal. Não pode haver distinção em função de gênero e o consumidor que se sentir lesado deve reclamar numa entidade de defesa do consumidor", diz.

Caso se sinta lesado, o consumidor deve buscar um posicionamento do administrador do evento ou do estabelecimento. A recomendação é da advogada Claudia Almeida, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). Ela aconselha a resolução amigável da questão.

Caso ainda haja discordância, o consumidor pode buscar o Procon e ou mesmo a Justiça, munido de documentos que comprovem a prática abusiva. "O contato prévio com o administrador é o caminho mais curto para resolver o problema", diz.
Herculano
04/07/2017 11:41
NO DATAFOLHA, NÃO EXISTE PECADO DO LADO ESQUERDO DO BRASIL, por Augusto Nunes, de Veja

O resultado da pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Datafolha valeu manchete: APOIO À ESQUERDA SOBE E REPÕE EMPATE IDEOL?"GICO, grita a primeira página da Folha. A crescente adesão a "idéias próximas da esquerda" é reiterada por três quintos da página 4, que detalha a fórmula usada para chegar-se à histórica descoberta. Espalhados por 194 cidades, os pesquisadores do instituto pediram a 2.771 entrevistados que escolhessem uma de duas opções sobre 16 temas. Pena que dois exemplos bastem para demonstrar que a sopa de porcentagens é intragável para paladares capazes de distinguir os sabores do sal e do açúcar.

No primeiro exemplo, o Datafolha decidiu que é de esquerda quem acha que a pobreza "está ligada à falta de oportunidades iguais". Essa é a resposta que identifica um "progressista". São de direita os 21% que imaginam que o fenômeno "está ligado à preguiça de pessoas que não querem trabalhar". Essa resposta exibe a face escura de um "conservador". No item que trata de migração, a maioria de esquerdistas (70%) entende que "pobres que migram contribuem para o desenvolvimento da cidade. Os 24% de direitistas acreditam que "pobres que migram acabam criando problemas para a cidade". Haja reducionismo.

A soma das opções disponíveis garante que, no país imaginário do Datafolha, bondosos progressistas lutam para salvar a nação dos brucutus conservadores. No Brasil real, até os doidos de hospício sabem que a corrupção impune foi institucionalizada pelos vigaristas do PT fantasiados de guerreiros do povo brasileiro, e mantida por delinquentes do PMDB que nunca foram de esquerda, nem de centro e nem de direita. Esses ajuntamentos de ladrões jamais perderam tempo com reflexões ideológicas. O que eles sempre quiseram foi roubar sem perigo de cadeia.

Dividir um país como o Brasil de 2017 em esquerda e direita é maluquice de viúva da Revolução Francesa. Os devotos de simplificações indigentes fariam melhor se separassem os moradores da Terra em duas tribos: a dos homens honrados e a dos corruptos sem cura.
Herculano
04/07/2017 11:34
PROFUSÃO DE "FATOS NOVOS" ENFRAQUECE SUPERIORIDADE DE TEMER NO CONGRESSO, por Josias de Souza

O governo de Michel Temer está na berlinda há 48 dias, desde que veio à tona o escândalo da JBS. Nesse período, ministros e aliados do presidente no Congresso repetem que só um fato novo poderia encurtar-lhe o mandato. Produziram-se tantos fatos novos que ficou difícil contá-los. O penúltimo foi a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O próximo deve ser a formalização do acordo de delação premiada em que o doleiro Lúcio Funaro vai aprofundar as acusações contra Temer e todo o seu staff político.

A profusão de fatos novos - os de ontem somando-se aos de hoje, a estes misturando-se às previsões sobre os que estão por vir - provoca uma gradativa erosão no conglomerado governista, debilitando a supremacia legislativa do governo. Em público, Temer declara-se "animadíssimo". Em privado, seus auxiliares contam votos. E concluem que a situação do governo já não é tão confortável na Câmara, que decidirá se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal a se debruçar sobre a denúncia que pode converter Temer em réu.

Como Temer não consegue fornecer explicações convincentes, a única consequência da onda de fatos novos é produzir outros fatos, e outros, e outros mais, até resultar em algo que começa a ganhar a aparência de um mar de acusações irrespondidas - um imenso lençol freático de suspeitas sobre o qual boia, inerme, um governo incapaz de esboçar reação à altura.

Os primeiros fatos novos já vão ficando velhos: o áudio com o diálogo vadio do presidente, a delação dos executivos da JBS, a filmagem da mala com propina de R$ 500 mil, as explicações desastrosas de Temer, a prisão de Rodrigo Rocha 'Homem da Mala' Loures, a descoberta de que o presidente viajara no jatinho de Joesley 'Bandido Notório' Batista, a prisão de Henrique Eduardo Alves, o relatório em que a Polícia Federal conclui que Temer meteu-se mesmo num enredo criminoso, a conversão do presidente de investigado em denunciado por corrupção passiva junto ao Supremo Tribunal Federal?

De repente, quando o Planalto ainda festejava a transferência de Rocha Loures da carceragem brasiliense da PF para uma cana domiciliar, sobreveio a ordem de prisão contra Geddel. Suprema ironia: o ex-coordenador político de Temer virou 'fato novo' graças aos seus esforços para evitar o surgimento de outros dois 'fatos novos' radioativos. Geddel mexia-se nos subterrâneos para impedir as delações do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro ?"este último já com a língua em movimento.

A novidade orna com o fato novo original, que está na gênese da encrenca que ameaça o mandato do substituto constitucional de Dilma Rousseff. Na conversa gravada que manteve com Temer no escurinho do Jaburu, o delator Joesley Batista relatou ao presidente os seus esforço$ para preservar o silêncio de Cunha e Funaro. A certa altura, declarou que conquistara um bom relacionamento com Cunha. E Temer recitou para o gravador do visitante a frase que o perseguirá pelo resto da vida: "Tem que manter isso, viu?"

Depois de idas e vindas, Temer confirmou nesta segunda-feira que participará da reunião do G-20, na Alemanha. Voará na quinta-feira. Não são negligenciáveis as chances de encontrar revelações do doleiro Funaro penduradas nas manchetes quando retornar ao Brasil, no sábado. A essa altura, o governo já não descarta nem a hipótese de ser abalroado por uma delacão de Cunha. Ou de Rocha Loures. Ou do próprio Geddel.

Os deputados governistas observam a conjuntura de esguelha. E com um pé atrás. Sabem que, se ajudarem a enterrar a denúncia que trata de corrupção passiva, logo terão de deter a segunda flechada do procurador-geral da República, que alvejará o presidente com a denúncia sobre obstrução de Justiça. Que será seguida pela flecha da formação de organização criminosa. Os parlamentares começam a se questionar sobre a conveniência de arcar com o custo político de socorrer um presidente hemorrágico, com escassos 7% de popularidade.
Herculano
04/07/2017 11:32
NO AVIÃO, VIAJA BEM QUEM VAI NA JAULA OU NO CAIXÃO, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, para o jornal Folha de S. Paulo

Houve um tempo em que viajar de avião era uma experiência divina. Vem nos livros: assentos espaçosos, aeromoças civilizadas, refeições dignas de um casamento real.

Lamento. Nunca conheci esse tempo. Em quatro décadas de vida, foi sempre a piorar. Hoje, regressado de uma viagem de dez horas, pergunto: vale a pena o duplo investimento? Falo do dinheiro para ir e do dinheiro para voltar. "Voltar", aqui, é no sentido ortopédico do termo: haverá fisioterapia para eu voltar a caminhar sem dores.

Tudo começa antes da viagem propriamente dita. O mesmo mundo que conseguiu enfiar um desgraçado na Lua é incapaz de encurtar os tempos de espera. O dia começa cedo, obscenamente cedo, porque é preciso estar duas ou três horas antes no lugar de embarque.

Cumprimos a tortura (de despertar) e depois cumprimos a outra (de carregar): são malas de 20 kg, nunca menos, que arrastamos pela madrugada até o táxi chegar.

O aeroporto se ergue no horizonte. Entramos. O cenário é Ellis Island, nos idos de 1900: filas quilométricas que se mexem com velocidade paquidérmica.

Nós, ensonados, já cansados, vamos empurrando a mala a pontapés. Às vezes ela cai sobre o companheiro da frente. O companheiro nem reage. Somos como os animais que caminham para o matadouro sem a energia suficiente para fugir ou chorar.

Segue-se para o controle de segurança. Removo o laptop. Descalço os sapatos. Tiro o cinto. Baixo as calças. O segurança diz que as calças não são necessárias. Passamos pelo detector de metais. Algo apita.

Os guardas aproximam-se com cara de caso e revistam-nos como se fôssemos criminosos potenciais. Nada encontram e nós suspiramos de alívio. Temos a vaga impressão de que não cometemos nenhum crime, mas nunca se sabe: como dizem os médicos, um paciente saudável é alguém que não foi devidamente analisado.

Caminhamos para a porta de embarque. Nos aeroportos modernos, isso significa que, a meio do percurso, pensamos seriamente se não é preferível esquecer o voo e continuar a pé até ao destino. Desistimos. Felizmente, só faltam 50 quilômetros para a porta de embarque.

Na porta, ninguém embarca. Mas já existem filas de passageiros que preferem esperar em pé porque se esqueceram que o voo tem lugares marcados. Sempre contemplei esses infelizes com caridade cristã: duas horas no aeroporto e eles já não pensam; seguem o rebanho e torturam-se sem necessidade.

Entramos no avião. Ou melhor, eu entro, sempre em último, e os companheiros lançam-me olhares de desprezo, só porque eu tive a desfaçatez de esperar sentado.

O meu lugar está ocupado com bolsas, livros, comida, às vezes uma criança de colo. Quando informo que o lugar é meu, a luz que existia no olhar do parceiro do lado extingue-se de imediato. Como é fácil destruir a esperança de um ser humano.

Sento-me. Melhor: encaixo-me. E ali fico, um corpo embalsamado: se me jogassem numa vitrine do Museu Britânico, eu seria mais uma múmia esperando pelo seu retrato.

Vem a comida. É o melhor momento da viagem. Nunca entendi aqueles que reclamam do produto. Eu provo, aprovo e até peço para embrulhar: tenho dois cães em casa que esperam ansiosos pelo manjar.

Cansado, esfaimado e delirante, sonho com lugares paradisíacos. No meu caso, esse lugar é sempre o mesmo: a parte de trás de uma ambulância, onde vou finalmente deitado na maca.

Acordo na aterrissagem, levanto-me e uma estranha sensação invade o meu corpo. Por momentos, penso que é a alegria de ter sobrevivido. Afinal, é apenas a minha circulação sanguínea a regressar.

E no futuro? A coisa promete. Leio em algum lugar que a Boeing tem um novo modelo na praça: é o 737 MAX 10. Com 230 lugares (o primeiro Boeing 737 tinha 124 assentos), o avião tenciona transportar mais gente em menos espaço. Creio que isso só será possível quebrando as articulações dos passageiros, mas prometo investigar.

Quando partilhei a informação com um colega viajante, ele rosnou: "Melhor ir no porão".

Pobrezinho! Como é inocente! O porão! Será que ele não sabe que o porão não é para a gente? É para animais ou cadáveres, duas classes que estão ligeiramente acima dos passageiros regulares? Digo mais: na aviação comercial moderna, só viaja bem quem vai na jaula ou no caixão.

Razão tinha o poeta: quando viajar é preciso, viver não é preciso
Herculano
04/07/2017 11:27
PATÉTICO

Patético, para classificar como o mínimo, as entrevistas do secretário de Assistência Social de Gaspar, Ernesto Hostin, e menos, mas na rabeira, do coordenador de Defesa Civil de Gaspar, o bombeiro miliar Rafael Araújo Freitas a rádio CBN, de Blumenau, para ocupar nela, o espaço pago.

Eles não conseguem falar de planos, futuro, mas de passado, problemas. Voltarei ao tema, até porque está no arquivo um artigo que escrevi há semanas sobre a defesa civil, depois de um contato com o Rafael. Acorda, Gaspar!
Herculano
04/07/2017 11:22
ENTÃO VAMOS DEBATER UM POUCO DE JORNALISMO COM O PORTAL G1; GOSTO DE UMA BOA PORFIA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Todos os grandes portais jornalísticos e veículos de comunicação relevantes trataram da entrevista que o presidente Michel Temer concedeu ao programa "O É da Coisa", da BandNews FM, no começo da noite desta segunda E com o destaque merecido.

O Portal G1, no entanto, decidiu encerrar assim o seu texto, assinado por Fernanda Calgaro:

"A entrevista ocorreu poucas horas após a divulgação da notícia sobre a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que era um dos aliados mais próximos de Temer. O presidente, porém, não foi questionado sobre o fato."

Eu poderia debater com a autora o sentido da conjunção adversativa "porém", uma tertúlia gramatical mesmo. Mas vou me ater ao jornalismo, fazendo considerações a ela e a quem a edita.

Esse encerramento faz supor que sou distraído ou omisso. Sobra, com um pouco mais de severidade, a sugestão de que deixei de cumprir um dever.

Então lhes contarei "O É da coisa".

Logo de cara, e o texto do G1 omite o fato, eu mesmo avisei:

"Antes que comecem as vozes que um poeta chama 'Vanguarda do não', a perguntar: 'Não vai perguntar para o Michel Temer sobre a prisão do Geddel?' Não! Porque o presidente não é do Ministério Público; o presidente não é da Justiça; o presidente não tem nem obrigação nem dever de ficar respondendo a essas questões."

O que Fernanda e quem a chefia queriam? Que opinião Temer poderia dar a respeito? Aliás, as acusações iniciais contra Geddel dizem respeito ao tempo que a presidente era Dilma Rousseff. Mas ainda que assim não fosse. O que Temer diria?

No fundo, o que se cobra é que se submeta o presidente a um constrangimento. Não venham me patrulhar porque não aceito patrulha de critério jornalístico equivocado.

Ou será que, agora, a cada vez que alguém do comando da Globo der uma entrevista, terá de falar do escândalo envolvendo J. Hawilla, um parceiraço da emissora?

Vamos com calma, aí!

O presidente da República não tem de comentar a prisão de Geddel nem está um jornalista profissionalmente obrigado a fazê-lo porque:

a: a investigação original diz respeito a quando Dilma era presidente;

b: a suposta tentativa de obstruir a investigação teria ocorrido quando ele já não era mais ministro;

c: Temer não é ombudsman do Ministério Público Federal;

d: Temer não é ombudsman da 10ª Vara Federal de Brasília;

e: obviamente, o presidente se negaria a tratar do assunto. E pareceria estar fugindo de uma questão, que era, em si, absurda.

E há mais: exijo decoro de todo mundo. Assim é com os homens públicos, com profissionais de imprensa, com empresas para as quais trabalho, com colegas, com amigos, com parentes, com mulher e filhas.

O presidente tomou a inciativa de ligar para negar que estivesse desanimado ou abúlico e para expressar a confiança de que o resultado na Câmara lhe será favorável. Não faria sentido, a não ser que o objetivo fosse constrangê-lo, fazer a pergunta de resposta impossível, como a sugerir alguma responsabilidade sua, ainda que indireta, no caso.

"Ah, em jornalismo não existe pergunta imprópria; só resposta imprópria". Uma ova! Afirmá-lo corresponderia a dizer que não existem limites éticos nessa profissão.

E, obviamente, existem. E, claro, reconheça-se: eu não assumi como linha editorial derrubar Temer. Aliás, nunca foi minha linha editorial nem mesmo derrubar Dilma.

Eu defendo, aí sim, os fundamentos do Estado de Direito.

Não tente me ensinar jornalismo quem não tem lições a dar.
Herculano
04/07/2017 11:13
O BRASIL É O QUE É PORQUE TODOS O FIZEMOS ASSIM, por Marcelo Crivella, bispo evangélico, ex-senador e ex-ministro da Pesca, hoje prefeito do Rio de Janeiro, para o jornal Folha de S. Paulo

O ato extremo da hipocrisia é culpar os outros por pecados que todos temos. Por omissão ou ação, o Brasil é o que é porque todos o fizemos assim.

É interessante ler o artigo "Mortalha", publicada nesta Folha, em que Fernanda Torres culpa a classe política, ou o andar de cima, pela enchente do Rio de Janeiro, pelo engarrafamento de trânsito ou pela ausência dele.

Na sua fúria, chega a comparar os bilhões da corrupção investigados pela Lava Jato ao prefeito capaz de fugir de um acidente sem prestar socorro à vítima, como se tudo fosse a mesma coisa.

O temporal que caiu no Rio no dia 20 de junho foi o maior desse mês nos últimos 20 anos. Coincidiu, infelizmente, com a maré alta, o que dificultou em muito o escoamento.

O alto nível de impermeabilização do solo urbano leva, inevitavelmente, a essas tragédias, cada vez mais comuns nas grandes cidades -São Paulo, nossa maior metrópole, no último verão sofreu muito mais do que nós.

Mas não é só isso, há o excesso de lixo jogado nas ruas por pedestres desavisados, além das folhas, enormes, caídas de nossas centenárias amendoeiras.

A colisão automobilística a que a autora se refere foi, na verdade, um mero esbarrão de pneus. A calota do veículo, para se ter uma ideia, nem chegou a cair. De tão irrelevante, só tomei conhecimento do caso quando, já tendo chegado ao destino, o motorista contou-me tudo.

Todos sabemos que a imprensa, na pressa do mundo digital, nem sempre apura com rigor ou recolhe provas. Onde estão a perícia, as fotos do acidente, o boletim de ocorrência, o laudo de corpo de delito? A tal vítima abandonada teria sido a calota?

Passei dez anos, com minha família, nos países mais pobres da África, em meio à hecatombe da Aids. Quando voltei ao Brasil, construí no sertão da Bahia, com o investimento de R$ 20 milhões de meus direitos autorais, a Fazenda Nova Canaã. Lá, há quase 20 anos, centenas de crianças são educadas em horário escolar integral.

No Rio, também nunca fugi à luta. Enfrentei sozinho quatro eleições contra o poderoso PMDB, hoje mergulhado na sua pior crise.

Política é enfrentar sem tréguas as vicissitudes quotidianas da nossa sociedade desigual e injusta. É contrariar interesses estabelecidos, suplantar as maquinações do ódio impenitente, suportar críticas, humilhações, injúrias, menosprezo, calúnias e, ainda assim, encontrar forças para cumprir um expediente de domingo a domingo, sob acusações cruéis dos que nos lançam cargas pesadas, sem que, no entanto, disponham-se a ajudar a resolver os problemas.

Aproveito este espaço para esclarecer a opinião pública sobre histórias mal contadas publicadas nos últimos seis meses.

Não moro no Palácio da Cidade e nunca tive a intenção de construir um muro de R$ 2 milhões para protegê-lo; não tenho câncer na próstata; meu filho não é formado em "psicologia cristã" -curso que, aliás, nem existe, de forma que não poderia receber R$ 10 mil da prefeitura, como disseram alguns boatos.

Meu filho é formado em Oxford (Reino Unido), faz mestrado na Fundação Getulio Vargas FGV e hoje é consultor da ONU no Brasil.

Também é importante dizer que nunca fiz culto no Palácio da Cidade e que a viagem oficial à Rússia foi "combinada com os russos".

A prefeitura não cortou a verba do Carnaval. A crise impôs suspender o abono do ano passado para direcionar esses recursos às creches.

Não nomeei sócio de minha filha e não acomodei evangélicos nas superintendências.

Não abri mão de R$ 70 milhões do ISS para as empresas de ônibus. Foi no governo anterior que isso ocorreu. No meu, proibi o aumento da passagem.

A prefeitura não vai financiar o filme sobre o bispo Edir Macedo.

E, de uma vez por todas, não nego a minha fé, mas a prefeitura não tem religião.

PS: A Igreja Universal completa 40 anos no dia 9 de julho. Parabéns!
Herculano
04/07/2017 11:04
VENDA DA FOLHA DE PAGAMENTO DE GASPAR

Gaspar quer R$2,5 milhões. Ilhota queria apenas R$250 mil. Ninguém apareceu e está repetindo. Se Gaspar vai ganhar? É possível. É mais dinheiro em caixa. Mas, isso precisa um "trabalho" com alguém antes do dia 14 e ai o leilão terá sucesso total, ou parcial. É assim que funcional.

E por que escrevo isso às notas publicadas acima. Por que alguns leitores estão me questionando sobre ele. OU seja, já tem gente de olho nesse assunto. Acorda, Gaspar!

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