Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

04/09/2017


GASPAR ENGANA E DESRESPEITA O CONCURSADO


Quando você faz um concurso público, você escolhe uma carreira, o exercício de uma profissão ou um projeto num ambiente de conhecimento que gosta ou domina. Em Gaspar, na administração do petista Pedro Celso Zuchi foi diferente. Primeiro ela fez o concurso público praticamente obrigado pelo Ministério Público. Criou vagas. Depois não previu, por falta de planejamento ou improviso e birra, o preenchimento adequado dessas vagas. Chamou gente qualificada no concurso 01/2015 – alguns até no encerramento do mandato. Por decreto a nomeou para vagas disponíveis atreladas ao concurso. No ato seguinte, por esperteza e desrespeito, desviou-as de suas funções e lotações originais. Este é o resumo da obra. Tudo que você lerá adiante, são detalhes, alguns deles, perversos aos funcionários admitidos, à coisa pública e aos pagadores dos pesados impostos de sempre, o povo.

O caso está em banho-maria no Sintraspug – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de Gaspar – contra quem há muitas queixas sobre este assunto. Tanto, que os servidores prejudicados estão recorrendo ao Ministério Público e que cuida da Moralidade e ao próprio Tribunal de Contas, o órgão que deveria ser técnico e punir os gestores públicos e os políticos enrolões. E por quê? Simples. A esbórnia e o descaso para um assunto sério continuaram no governo do PMDB de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e do secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira. Eles preferem o embate, o desgaste, a continuidade do modo e erro do PT, do que a busca da solução. Preferem funcionários desmotivados e uma máquina paga pelos pesados impostos dos gasparenses fora do foco produtivo. Preferem um desvio que ainda vai custar mais caro do que a imediata correção.

Se o problema é simples; a solução também, mas não tão imediata talvez. O que é preciso? Basta respeitar o que contratou no concurso. Kleber o dr. Pereira, mais uma vez, vão esperar o MP ou do TCE para culpar alguém para incapacidade deles de agir e administrar problemas, mesmo os criados pelo antecessor? Vou exemplificar apenas um caso desse tipo de desvio e enrolação. A atual gestão não aprendeu com o caso da ponte do Vale, do FIA... Ao invés de matar a cobra e matar o pau, prefere conviver com a peçonhenta à espera do bote e veneno. Impressionante. Quem mesmo orienta essa gente?

Volto ao exemplo prometido. Vários admitidos na prefeitura de Gaspar foram aprovados, para serem Assistentes Administrativos. Deles se exigia conteúdo programático sobre contabilidade pública, finanças públicas... E lá no edital do concurso e na lei 3.627, de 17 de dezembro de 2014 (aquelas que a Câmara costumeiramente aprova no afogadilho e sob pressão na última sessão do ano; entenderam?) que permitiu a contratação por concurso, diziam claramente que eram sete vagas de “assistente administrativo”. Elas eram para portadores de diploma de graduação do conhecimento e quando admitidos, deveriam estar lotados na Secretaria Municipal de Administração e Finanças, hoje, com a tal reforma administrativa que aumentou os custos em torno de R$600 mil por ano da máquina pública, é a Secretaria da Fazenda e Gestão Administrativa.
Para encurtar a história comprida e o calvário de desrespeito, os formados em Administração, Contabilidade, Processos Gerenciais, foram chamados até o final do ano passado. Tiveram o decreto de nomeação para as vagas originais (como determinava a lei e o propósito do concurso), mas numa manobra de esperteza, uma portaria os colocou à disposição da secretaria de Educação. E para fazer o quê? Para disfarçadamente serem secretários de escolas. Pior: em vaga já extinta no município. Vivaldice. Vigarice. E quem paga? A sociedade. E as tentativas de diálogo com o secretário Pereira e principalmente com a secretária de Educação, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, neste caso específico, têm sido infrutíferas. Pudera. Não vou relembrar o caso do velório da professora Círia Cristina Amaro da Rocha.

E por que o poder público e a administração de Kleber agem assim? Eles esperaram que os insatisfeitos nos desvios de função não aguentem a pressão e se exonerem. E isso já aconteceu. “Gaspar parece terra sem lei. O erro foi da antiga administração Zuchi, mas o atual prefeito e seus colaboradores, que inclusive muitos que lá, estão ajudaram a elaborar o edital desse concurso fajuto e continuam no governo”, disse-me um deles.


O DRAMA, O CONSTRANGIMENTO, O DESVIO DE FUNÇÃO E OS PRIVILÉGIOS

É quadro é grave. E por que? Antes de ser uma manobra ilegal, ele embute, o constrangimento e um dano moral: fazer aquilo que você não se preparou para fazer; não sabe fazer ou tinha expectativa de fazer e ser cobrado por isso ou nos resultados que não pode dar. Relato parcialmente o drama de um dos que estão nomeados em desvio de função na prefeitura de Gaspar. Não se trata apenas do desrespeito, mas também de como se improvisa com eles e com outros, burlando a lei, as regras, caracterizando-se assim, outro crime: o da improbidade administrativa (para quem fez e para quem o perpetua).

Este retrato localizado, mostra o quanto está desorganizada a prefeitura e o sistema de gestão. Mostra como a Reforma Administrativa não diagnosticou e atacou os verdadeiros problemas administrativos. Criou apenas mais despesas ao modo do poder de plantão. Mais, mostro também que nem todos possuem o mesmo destino, da maioria. Para diminuir a força dos insatisfeitos, alguns são atendidos, individualmente, ou seja, o erro é reconhecido. Ou seja, nada mudou. Aos amigos do rei, tudo: a pessoalidade, os privilégios...

“Quando decidimos inscrevermo-nos e participar do certame, todos esperavam sermos nomeados, lotados exercer nossas funções na Secretaria de Administração e Finanças, porém, fomos colocados à disposição em Secretarias de escolas municipais desempenhando o papel de “secretários” da parte burocrática da escola e mais um pouco, sem termos chance de escolher ou questionar isso. Realmente no começo fomos jogados nas escolas de paraquedas e muitos, assim como eu, enfrentaram um verdadeiro inferno por não ter ideia onde íamos trabalhar e sem base nenhuma para isso. No meu caso, quando comecei a trabalhar na escola, faltavam equipamentos básicos para o funcionamento da unidade”.

Antes de prosseguir, um necessário parêntesis: a ideia não é ruim: professor é professor e administrador (ou “secretário”) é administrador de escola. Entretanto, isso preciso ser feito às claras: na lei e no concurso público para que ninguém coloque dúvidas, reclame ou gere mais custos ao bolso dos contribuintes.

“Só havia um computador para realizar toda a movimentação da secretaria, fazer impressões e até mesmo ser utilizado pelos professores. Os poucos computadores que estavam em funcionamento na sala de informática geralmente estavam sendo usados pelos alunos, e mesmo que estivessem disponíveis não ofereciam o mínimo necessário para auxiliar nas demais demandas, por serem equipamentos muito antigos e defasados. Faltavam também Profissionais de Educação, Coordenador Pedagógico e na secretaria estávamos apenas eu e a Diretora para atender todas as demandas de secretaria, cópias, impressões e atendimentos em geral. Diante dessa situação o acúmulo de funções foi inevitável, ou fazíamos o que precisava ou escola não funcionava”.

“Pedimos várias vezes auxílio para SEMED como equipamentos e profissionais para suprir nossa necessidade, mas a solução nunca foi imediata. Diante dessa situação só não pedi exoneração porque minha situação particular não permitia. No auge do meu estresse, entre março e abril do ano passado, quando eu estava prestes a explodir em nervos devido ao desgaste que eu vivia, a diretora da escola que trabalho já não aguentava mais e estava pedindo para sair. Então, na busca de uma saída eu entrei em contato com a responsável pelas contratações da SEMED no RH e pedi pelo amor de Deus para me tirarem de lá senão ia surtar”.

“Perguntei como fazia para ser removido do lugar onde não era para estar, mas o RH disse que não tinha o que fazer no momento; não tinham vagas disponíveis no momento e que final do ano abriria um quadro de remoções dentro da SEMED; então se eu quisesse teria que aguardar. Falei que isso não me interessava, queria ir para a secretaria onde fui lotado, mas de nada adiantou. No meio de tudo isso, sabendo da situação que estávamos passando na escola, a secretaria de Educação veio um dia até a na nossa escola e prometeu que iria atender nossas necessidades mais urgentes para tentar amenizar a situação. Ela cumpriu o que prometeu. Então, a Diretora desistiu de sair e pediram para eu aguardar mais um tempo que tudo ia melhorar. Como não me deram outra opção, aguardei”.

“Pareciam sempre estar escondendo alguma coisa. Em nenhum momento apresentaram nossos direitos e obrigações de uma forma clara e formal. Ninguém queria deixar nada registrado. Um pouco depois disso, aconteceu um fato curioso, soubemos que teve uma das Assistentes Administrativas, que após também ter assumido uma secretaria de escola e ficado lá entre 30 e 60 dias foi trabalhar dentro da prefeitura no setor de RH. Ficamos todos intrigados, pois ela trabalhou pouco tempo na Secretaria do EJA e já conseguiu o que todos queriam. Depois disso ela excluiu todo mundo do grupo de Whatts da categoria e evitou contato. Na época surgiu o comentário que ela foi para lá por indicação política”.

Quer mais? Tem! “No decorrer do ano quando se aproximava o recesso escolar das férias de julho, surgiu um comentário que algumas classes da SEMED não teriam direito ao recesso, todos os afetados reclamaram. E no fim diante do que foi decidido, apenas os Assistentes Administrativos não teriam esse Direito. Então questionamos, mas disseram que erámos de cargos administrativos e por isso não tínhamos esse direito. Então, apenas os Assistentes Administrativos quem tinham banco de horas conseguiram compensar nessa época. É obvio que nada disso foi formalizado ou de alguma forma registrado por escrito, foram apenas ordens verbais. E é assim que tem funcionado até hoje, temos obrigações de SEMED e de quem exerce uma função em secretaria escolar, mas quando é para ter algum direito aí somos de cargos administrativos”.

Para encerrar e completar o depoimento que revela a tipificação do constrangimento. Parte do grupo vem questionou novamente a secretaria de Educação. A resposta é de que nada mudará. Foi um jogo. E mal explicado. Antes essas vagas eram ocupadas por professores sem a habilitação para tal. E agora, elas são ocupadas por habilitados (um avanço), mas desviados da função original para a qual fizeram concurso e foram contratados, e por isso, não possuem os benefícios (ou direitos) dos funcionários da carreira da Educação. Entenderam? Vai dar zebra. E por que? Porque os assistentes administrativos nesta situação nas escolas municipais não possuem expectativa de ascensão ou progressão funcional onde estão. É questão de tempo para pedir e criar isonomias, aumentar vagas próprias e mais despesas para o município. Solução para evitar isso, nenhuma! Acorda, Gaspar!

TRAPICHE


Ilhota em chamas I. Agora vai! O prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, acaba de nomear os membros do “Conselho da Cidade". Era o que estava “faltando” para a cidade deslanchar e principalmente “dar a transparência” que se reluta em se estabelecer nos governos atual e passado de lá. O que vale, é o conselho do ex-prefeito Ademar Felisky, PMDB, à beira da churrasqueira

Ilhota em chamas II. Estão nomeados como membros titulares: Antônio Adolfo Schopping Filho - Secretaria de Planejamento Urbano; Antônio Robson Dias Filho - Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Antônio Schmitz - Coordenadoria da Defesa Civil; Joni Everton de Oliveira Pereira - Secretaria de Indústria e Comércio; Franciane Cristina Teixeira - Secretaria de Assistência Social. Como membros suplentes: Frederico de Almeida - Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Mayra Miranda - Samae; Nézio José de Freitas - Secretaria de Planejamento Urbano; Gracielle Pigatto - Secretaria de Finanças; Ariane da Silva - Gabinete do Prefeito.

Ilhota em chamas III. Pelas entidades dos Movimentos Populares como membros titulares: Fernanda Walquiria Miranda da Silva; Augusto Ferretti; e como membros suplentes: Ana Carolina Hoffmann; e Amarildo Laureano. Pelas entidades empresariais ligadas ao ramo do Desenvolvimento Urbano são membros titulares: Odir Pereira; Gilberto de Souza; e suplentes Maurina da Silveira; e Tatiana Richard Reichert.

Ilhota em chamas IV. Pelas entidades Sindicais de Trabalhadores ligadas ao ramo do Desenvolvimento Urbano foram nomeados membros titulares: Nilton Dalcastagne e suplente: Delson Castelain. Pelas entidades profissionais: titular Diego Clasen Koehler e suplente: Aline Roden.

Ilhota em chamas V. Como representantes das Organizações Não Governamentais - ONG`s como membros titulares: Anilton Ricardo Junckes e Cristiane Zabel, e como suplente: Giovanna Roberta Floriano e Chaiane Cristina Kraisch. Detalhe. O mandato tem validade desde o dia dez de janeiro de 2017, mas o decreto só foi feito no dia 28 de agosto. O mandato é de três anos, a contar de janeiro. Ou seja, oito meses já foi para o pau.

Ilhota em chamas VI. Depois que alguns curiosos colocaram o olho, a licitação para fornecer o chamado “coffee break”, ficou deserta (ninguém apareceu).

Ilhota em chamas VII. Ralo. As licitações para produtos, materiais e serviços do Samae de Ilhota revelam o quanto é próspera esta indústria do tratamento e distribuição de água. Aliás, em Blumenau, a autarquia que impressiona o Observatório Social de lá, é o Samae.

Samae inundado I. A reforma e modernização da Estação de Tratamento de Água – ETA II – de Gaspar deveria terminar no dia 31 de agosto. Agora, ela vai até o dia 30 de outubro; se tudo der certo.

Um dado interessante e que prova como os médicos administram mal os seus próprios negócios, como as próprias cooperativas. O que dirá um hospital de Gaspar, sob intervenção, onde não “falta” dinheiro público, tirado do povo humilde nos postinhos, policlínica e farmácia básica.

Das 348 Unimeds no Brasil, 73 delas foram fechadas (não estou falando da suspensão planos e que são mais do que 73) pela agência reguladora, a ANS. As Unimeds devem ao governo federal meio bilhão de reais em tributos. O caso mais emblemático é a Unimed Paulistana. Então...

Agora vai. Um decreto do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, limitou em 10 toneladas o peso máximo de veículos sobre a ponte Hercílio Deecke, a exceção de ônibus urbano (mobilidade) e caminhões do Corpo de Bombeiros (emergência).

Isso acontece depois de receber lição do óbvio por meses e mostrar que faltou previsibilidade e planejamento. Precisou ser cobrado. Desta forma, a ligação principal de Gaspar com a BR 470, agora está oficializado pela ponte do Vale. Ufa! Acorda, Gaspar!

Samae inundado II. Ajeitamentos. Ivonete Mais dos Santos, não é mais a Diretora de Compras do Samae de Gaspar. Para o seu lugar, foi nomeado Ismael Ferreira. Ivonete ficou com a função gratificada de supervisora de controles internos. Hum!

 

Edição 1817

Comentários

Herculano
07/09/2017 08:19
HOJE É DIA DE COLUNA INÉDITA OLHANDO A MARÉ
Herculano
06/09/2017 20:17
STF PRECISA HONRAR O POVO BRASILEIRO

Conteúdo de O Antagonista. Celso de Mello tem razão quando diz que o povo brasileiro tem direito a um Judiciário honrado.

Espera-se que o STF honre o povo brasileiro, ao julgar a ação que pode colocar dezenas de bilhões de reais do Fundef nos bolsos de espertalhões.

Veja o que publicamos em 31 de agosto:

Os 91 bilhões do Fundef. Ou como funciona o Brasil das "criancinhas"

Afora a Lava Jato, o grande assunto de advogados e juízes são os precatórios do Fundef.

Vale a pena seguir.

Anteontem, publicamos o seguinte post:

"O Antagonista mostrou que o TCU conseguiu evitar o pagamento de quase R$ 1,4 bilhão em honorários a bancas de advogados que tentam pegar carona numa decisão do TRF-3, que condenou a União a pagar R$ 7 bilhões em precatórios do Fundef.

Agora descobrimos que o total de recursos do Fundef devidos a milhares de municípios de oito estados pode chegar R$ 91 bilhões, o que geraria mais de R$ 18 bilhões em honorários. Esse é o real interesse dos escritórios que têm pressionado o TCU a rever sua decisão.

Ainda que os escritórios sejam excluídos dessas causas, é impossível que o governo consiga cumprir a decisão judicial de pagar os precatórios ?" considerando o contexto atual."

A história desses bilhões de reais é um escândalo: começou com uma ação de procuradores que queriam, digamos, "salvar as criancinhas da sanha do governo neoliberal de FHC" (o "neoliberal" estava com o caixa vazio, por causa da crise na Rússia), avolumou-se no silêncio dos tribunais ao longo de quase vinte anos, chegou a 91 bi ?" e, final fantástico, pode vir a alimentar bancas de advocacia, como dissemos, e também empreiteiros e assemelhados.

Sim, porque esse dinheiro do Fundef, destinado à educação, virou "indenização" na Justiça. Transformado em "indenização", se o governo federal for obrigado a pagar, poderá ser utilizado pelas prefeituras para fazer o que elas quiserem. Não precisará ser gasto necessariamente com educação.
Herculano
06/09/2017 20:14
ELES PRECISAM DE ANALFABETOS, IGNORANTES, DESINFORMADOS E FANÁTICOS PARA EMOCIONAR, ENGANAR, SACRIFICAR, DESTRUIR, CONSTRANGER, DESQUALIFICAR, HUMILHAR E ROUBAR

STÉDILE CHAMA MORO DE "AQUELE MERDINHA" E "BUNDÃO"

Conteúdo de O Antagonista. No encerramento da caravana de Lula pelo Nordeste, o líder do MST, João Pedro Stédile, convocou seu 'exército' para estar em Curitiba no próximo dia 13, quando o ex-presidente prestará novo depoimento a Sérgio Moro.

O juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba foi chamado por Stédile de "aquele merdinha" e "bundão".
Digite 13, delete
06/09/2017 20:10
Oi, Herculano;

Recebi e repasso:

"SE VOCÊ CONTINUA COMPRANDO PRODUTOS DA JBS É UM CORRUPTO TAMBÉM. BOICOTE GERAL PARA QUE ELES SE FERREM E TENHAM QUE VENDER OU DAR AS EMPRESAS PARA OUTROS. NÃO COMPRE E EXIJA QUE O MERCADO BOICOTE TAMBÉM:
ALIMENTOS (JBS e Vigor)
Amélia
Danúbio
Doriana
Faixa Azul
Friboi
Hans Frigor
Itambé
Leco
Massaleve
Mesa
Resende
Seara
Serrabela
Swift
Vigor
HIGIENE E LIMPEZA (Flora)
Albany
Assim
Francys
Kolene
Minuano
Neutrox
Ox Cosméticos
CALÇADOS E VESTUÁRIO (Alpargatas)
Dupé
Havaianas
Mizuno
Osklen
Anglo, Excelsior, Frangosul, Lebon, Target pela JBS; Pastella, Margarett, Jong pela Vigor; Boa noite, Fluss, No Inset, Protege pela Flora; Dupé, Sete Léguas, Megga e Osklen pela Alpargatas ( JÁ FOI VENDIDA)."

Eu comprava Havaianas, mas agora nem compro mais.

Herculano
06/09/2017 19:55
LAVA JATO: NÃO HÁ NENHUM ACORDO COM PALOCCI", por Josias de Souza

Membro da força-tarefa da Lava Jato, o procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que "não há nenhum acordo de colaboração firmado com Antonio Palocci." Em conversa com a coluna, ele soou enfático: "Também não existe nenhuma promessa da nossa parte. Na verdade, eu diria que está muito longe de acontecer qualquer coisa em relação a essa matéria."

Foi contra esse pano de fundo, sem qualquer perspectiva de ser reconhecido pelo Ministério Público Federal como um colaborador, que o ex-ministro dos governos petistas entregou Lula na bandeja em depoimento ao juiz Sergio Moro. Segundo Palocci, Lula firmou com a Odebrecht um "pacto de sangue". Em troca da preservação dos interesses da construtora no governo de Dilma Rousseff, Lula e o PT beliscaram R$ 300 milhões em propinas.

Para Carlos Fernando, Palocci tenta atenuar sua pena num processo específico. "Ele pode, eventualmente, receber um benefício, pois a lei permite a concessão de benefícios àqueles que confessam crimes. Mas não há nada além disso. Nenhum acordo de delação foi firmado. E não há perspectiva de que isso ocorra."

O acordo com Palocci não prosperou por falta de interesse da força-tarefa de Curitiba. "Assim como vários outros réus, o Palocci maniestou interesse'', disse o procurador Carlos Fernando. ''Mas essas negociações não avançam. Muitas vezes há dificuldade de compreensão. Não fazemois acordo quando não temos certeza de que a colaboração terá utilidade para as investigações."

Quer dizer: por ora, Palocci não disse nada que os investigadores já não soubessem.
Herculano
06/09/2017 19:50
Só NO BRASIL ISSO É POSSÍVEL. O MAIS HONESTO HOMEM DO MUNDO É O CHEFE DA QUADRILHA QUE MAIS ROUBOU DINHEIRO DO POVO, NO MUNDO.

OS COMPANHEIROS, COM MEDO DA CADEIA DELATAM E APRESENTAM PROVAS IRREFUTÁVEIS. LULA AVALIZOU PROPINA DE R$300 MILHÕES DA ODEBRECHET, DIZ PALOCCI

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O ex-ministro Antonio Palocci disse nesta quarta-feira (6) ao juiz Sergio Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalizou um "pacto de sangue" no qual a Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo Lula e os primeiros anos do governo Dilma, segundo seus advogados.

O ex-ministro disse que o acordo foi fechado numa conversa entre Emílio Odebrecht e Lula. O empreiteiro estava preocupado que a relação da empresa com a presidente Dilma Rousseff não fosse tão fluída como no governo Lula.

O empresário propôs a Lula um "pacto de sangue" para manter o protagonismo da Odebrecht não só nos contratos da Petrobras, mas em todo o governo. O acordo previa a reforma do sítio de Atibaia, a compra do terreno da nova sede do Instituto Lula e R$ 300 milhões de vantagens indevidas à disposição de Lula e do PT.

Lula chamou Palocci para que o ex-ministro decidisse como eles receberiam aquele dinheiro. O ex-ministro menciona o exemplo de R$ 4 milhões sacados por Branislav Kontic, seu ex-assessor, na sede da Odebrecht, em São Paulo, e entregues no Instituto Lula. As informações da entrega estão descritas na Planilha Italiano B.

O ex-ministro foi ouvido na ação em que Lula é acusado de ter recebido, da Odebrecht, um terreno de R$ 12,4 milhões destinado a ser a nova sede do Instituto Lula (negócio que acabou não se concretizando) e um apartamento de R$ 540 mil em São Bernardo do Campo (SP), vizinho ao que o petista mora com a família.

Palocci confirmou a acusação feita pelo Ministério Público Federal, que diz que a compra disfarçava propina ao ex-presidente e admitiu que mediou este arranjo. Disse que fez tudo com o aval de Lula. A compra do terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula foi feita via a empresa DAG, usada como laranja na compra.

O negócio foi operacionalizado por Roberto Teixeira, advogado e compadre de Lula, e o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do petista. Palocci disse que ele e Lula eram informados de tudo sobre o negócio.

Segundo o depoimento de Palocci, ele e Marcelo Odebrecht ficaram preocupados achando que as autoridades poderiam desconfiar da operação. De acordo com os advogados, o ex-ministro afirma ter tentado dissuadir a Odebrecht de comprar o terreno, mas, diante da insistência de Lula, foi preciso um jantar na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, para que o ex-ministro os dissuadisse da ideia.

Segundo Bretas, o ex-ministro convenceu os demais de que "era uma operação escandalosa e poderia expor demais essa situação [o arranjo entre PT e Odebrecht]".

O ex-ministro também disse a Moro que ele e Lula cometeram atos para obstruir a Lava Jato. Moro, no entanto, disse que esse ponto seria abordado em outra oportunidade.

OUTRO LADO

O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci negocia delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. O acordo ainda não foi fechado, mas caminha bem, segundo a defesa do petista. O advogado Tracy Reinaldet diz seu cliente "demonstrou no depoimento a postura de colaborador perante às autoridades", diz.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o depoimento de Antonio Palocci, ex-ministro de seu governo, é contraditório, carece de provas e almeja um acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato.

Os advogados sustentam que as acusações de Palocci estão em desacordo com as informações fornecidas por "testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e com as provas apresentadas". Essa mesma tese foi defendida pela assessoria de imprensa do Instituto Lula, em nota divulgada na noite desta sexta (6).

Ambos defendem que as acusações contra Lula são "falsas" e "sem provas".

A defesa de Branislav Kontic disse que não teve ciência, ainda, da íntegra dessas declarações, alegou que a doação de R$ 4 milhões ao Instituto Lula pela Odebrecht foi oficial e está devidamente contabilizada. "Isso é de conhecimento público. Portanto, nenhuma ilegalidade ocorreu nesse caso. A prova é documental."

INSTITUTO LULA

A anotação "prédio IL [Instituto Lula]", alvo principal do processo em que Palocci foi ouvido nesta quarta-feira, é uma das rubricas da planilha Italiano. Em delação, Marcelo Odebrecht confessou que usou R$ 12,42 milhões para comprar um terreno em São Paulo que se destinaria a uma nova sede do Instituto Lula.

A mudança, segundo a denúncia, nunca ocorreu devido a problemas burocráticos, mas o terreno chegou a ser comprado pela DAG Construtora, uma empresa que teria servido como "laranja" no negócio. Na manhã desta quarta (6), o dono da DAG, Dermeval Gusmão, confessou ter pago R$ 7,1 milhões pelo terreno e disse ter ficado sabendo, indiretamente, do interesse de Lula no terreno.

DELAÇÃO

Palocci foi condenado no dia 26 de junho a mais de 12 anos de prisão. Moro concluiu que o ex-ministro ordenou o repasse de US$ 10,2 milhões da Odebrecht ao marqueteiro João Santana por meio de depósitos no exterior.

O pagamento consta na planilha "Italiano", que controlou, segundo a megadelação dos executivos, desembolsos de R$ 133 milhões (dentro um saldo total de R$ 200 milhões) que a empreiteira fez de 2008 a 2014 para atender a pedidos do PT. O montante, segundo a Odebrecht, era parte de um acordo feito entre Marcelo Odebrecht e Palocci, do qual o ex-ministro nega a "paternidade" até hoje.

Quando depôs neste processo, em maio, Palocci negou as acusações, mas insinuou o desejo de fazer delação, se dizendo "à disposição" da Justiça para dar "fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato". Na ocasião, o ex-ministro disse ter omitido alguns nomes "por sensibilidade da informação".

Poucos dias depois do depoimento, o advogado José Batochio, que defendia Palocci e é abertamente contra as delações, deixou o cliente, e o petista passou a negociar um acordo com o MPF (Ministério Público Federal) por meio de outros defensores.

Ao condenar Palocci, Moro não gostou da postura do ex-ministro, afirmando que as indiretas sobre delação "soaram como uma ameaça" a investigados para que o ajudassem a ser solto. O ex-ministro foi preso há quase um ano, em 26 de setembro de 2016, na 35ª fase da Lava Jato.

CONTROVÉRSIA

A Odebrecht sustenta que o dinheiro foi abatido de um montante de propina de R$ 40 milhões que ficou reservado para uso de Lula ao final do mandato dele, em 2011. Na última segunda-feira, Marcelo Odebrecht disse a Moro que Lula sabia da origem suja do dinheiro.

O empreiteiro alega ter pedido ao pai dele, Emílio Odebrecht, que alertasse Lula para o baixo valor em doações oficiais que o PT receberia da construtora em 2010. Isso porque ela já vinha bancando demandas do partido desde 2008 com base no acordo entre Marcelo e Palocci, que previa o repasse de R$ 200 milhões ao longo dos anos seguintes.

Na sequência, Marcelo diz ter sido abordado por Palocci, que foi tirar satisfações sobre aquela conversa. Com isso, o empreiteiro concluiu que seu pai, Emílio, fez o alerta a Lula, que por sua vez comentou o tema com Palocci; logo, Lula sabia de tudo.

A defesa do ex-presidente, no entanto, chamou a atenção nos autos do processo para uma contradição entre Marcelo e Emílio Odebrecht. Enquanto o filho sustenta que a informação chegou a Lula, Emílio disse, em depoimento neste processo, que nunca falou com Lula sobre isso.
Ana Amélia que não é Lemos
06/09/2017 19:46
Sr. Herculano:

"JANOT DEVERIA SE DEMITIR, editorial do jornal O Estado de S. Paulo".

Eu acho que ele deveria ser preso por transformar o País neste caos.
Maria Josephine Torquinto
06/09/2017 17:22
Herculano,

Pode isso? Em Gaspar pode. Meu filho recebeu uma orientação da Séc. de Educação de que se não for ao desfile amanhã, receberá falta na sexta feira, mesmo que compareça na aula. ETA gente incapaz e incoerente.
Herculano
06/09/2017 15:41
JANOT PRETENDE REVOGAR IMUNIDADE DE DELATORES DA JBS ANTES DE SAIR DO CARGO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo.Texto de Reynaldo Turollo Jr, da sucursal de Brasília. O procurador-geral, Rodrigo Janot, pretende revogar a imunidade anteriormente negociada com Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, e outros dois executivos até o final da próxima semana, quando termina seu mandato na PGR (Procuradoria-Geral da República), apurou a Folha.

A PGR entende que houve patente descumprimento de duas cláusulas do acordo de delação premiada de executivos da JBS que tratam de omissão de má-fé, o que justifica rever os benefícios dados aos delatores.

O principal benefício foi o de não denunciar os delatores criminalmente à Justiça ?"imunidade que rendeu inúmeras críticas ao acordo feito por Janot em abril e homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em maio.

A revisão, bastante plausível, segundo expressão de um interlocutor do procurador-geral, abrirá caminho para que os executivos sejam denunciados e processados, o que, em tese, poderá levá-los até à prisão.

Um novo modelo, no entanto, precisará ser renegociado com a defesa. Está marcada para sexta-feira (8) uma reunião dos procuradores com Joesley e seus advogados, na PGR, em que o assunto será tratado. Antes de qualquer medida, os delatores e demais envolvidos precisam ser ouvidos para esclarecer as novas suspeitas da PGR.

No áudio que gerou a crise, Joesley assegurou a seu interlocutor, Ricardo Saud, que eles não iriam para a cadeia. "No final a realidade é essa, nós não vai ser preso. Nós sabemos que nós não vai [sic]", disse o empresário.

O prêmio da imunidade era o ponto mais benéfico para os delatores, mas também o mais instável, o que era claro nos termos do acordo firmado com a JBS, nas palavras de um membro da PGR.

No entendimento do órgão, com base na lei que regulamenta as delações premiadas e as cláusulas do próprio acordo com a JBS, mexer nos benefícios não invalida as provas apresentadas. Isso significa que investigações iniciadas a partir da delação, como a que atinge o presidente Michel Temer, vão continuar, segundo a PGR. Procuradores reconhecem, porém, que deverá haver uma batalha jurídica, capitaneada pelos políticos suspeitos, para tentar anular tudo.

Janot tem manifestado a interlocutores que se sentiu traído pelos colaboradores, que não revelaram que tinham ligação com o ex-procurador Marcello Miller, auxiliar de Janot até o ano passado que passou a advogar para o grupo J&F, dono da JBS, depois de pedir sua exoneração do Ministério Público, efetivada em 5 de abril.

A suspeita é que Miller tenha ajudado os executivos a elaborar sua proposta de delação, conforme indica o áudio entregue à PGR na última quinta (31), prazo final para que os colaboradores enviassem aos procuradores todo o material complementar.

A sucessora de Janot na PGR, Raquel Dodge, nomeada por Temer, já manifestou discordância com os benefícios dados aos delatores da JBS. Interlocutores dela dizem, nos bastidores, que ela também reveria a premiação.

A revogação da imunidade é vista entre pessoas que circulam nos meios jurídico e político como uma saída honrosa para o procurador-geral, que deixa o cargo daqui a 11 dias. Como Janot mesmo disse, ele viveu uma montanha-russa, com altos e baixos, ao longo de sua gestão.

Ao anunciar a abertura do procedimento que pode levar à revisão do acordo, na segunda (4), Janot fez questão de destacar que o Ministério Público agiu de boa-fé ao firmar o trato com a JBS.

Pouco antes do pronunciamento que fez à imprensa, a PGR ligou para a defesa dos donos da JBS e avisou sobre o que viria pela frente.

Na terça (5), em sessão do Conselho Superior do Ministério Público Federal, Janot voltou ao tema de que agiu com correção e disse que tem tomado as medidas mais recentes por "medo de errar e decepcionar" sua instituição, mais do que por coragem.

INSTABILIDADE

O áudio que causou a instabilidade na delação da JBS chegou à PGR junto com outros que somam dezenas de horas de gravação. O relato feito na Procuradoria é que ele foi achado ao acaso em um anexo que tratava do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Depois que o material chegou, procuradores montaram uma força-tarefa para ouvi-lo e ficaram entusiasmados ao ver um anexo sobre Ciro Nogueira, pois ele foi denunciado ao STF na sexta (1º) junto com outros caciques do PP ?"processo que está em sigilo. Por essa razão, ouviram aquele áudio antes de outros.

Na manhã de domingo (3), a procuradora Anna Carolina Maia Garcia ouviu o áudio e relatou seu teor aos colegas, causando espanto, segundo procuradores. Eles dizem entender que a empresa entregou o áudio polêmico por engano.

A versão da defesa da J&F, como noticiou a Folha, é diferente. A gravação foi mandada para a PGR porque a Polícia Federal recuperou outra que também citava o ex-procurador Miller, então era melhor revelar tudo e tentar minimizar os danos para o acordo.

Em nota divulgada na segunda-feira, a empresa afirmou que o entendimento da PGR é precipitado e que o caso vai ser esclarecido. Já na terça, os delatores soltaram nova nota pedindo desculpas e afirmando que o conteúdo do áudio ?"negativo para procuradores e ministros do Supremo?" não é verdadeiro.

A gravação, de quatro horas, aparentemente foi feita por engano ?"Joesley e Saud não sabiam que estavam se gravando, porque não sabiam manusear bem o aparelho.
Herculano
06/09/2017 15:24
O MUNDO DE JANOT DESABA, E ELE APELA A LULA E AO PT PARA TRATAR DIREITA COMO CÃO DE PAVLOV, por Reinaldo Azevedo na Rede TV

Sabem o que não suporto em Rodrigo Janot no que diz respeito ao estilo pessoal e ao jeito de fazer as coisas? A sua impressionante vulgaridade, aliada a um desprezo solene que nutre pela inteligência alheia. Se bem que, convenham, ele não tem perdido muita coisa ao apostar na burrice alheia, especialmente nas obsessões canhestras de certos reaças que mais sabem dizer por que não querem Lula do que afirmar por que querem o seu candidato, seja ele quem for.

Mais: a vaidade de Janot não lhe oferece espaço para pensar nos interesses do país. Ele rende o que for necessário no altar da arrogância, da vaidade, da truculência. E foi o que fez nesta terça ao entregar a denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Antonio Palocci e mais uma penca de companheiros. Acusação: integrar uma organização criminosa, que teria desviado pelo menos R$ 3 bilhões da Petrobras. Oficiosamente, a investigação é chamada de "quadrilhão do PT". Integram o grupo Guido Mantega, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Edinho Silva. O procurador-geral pede ainda que os petistas sejam condenados a indenizar a Petrobras em R$ 6,5 bilhões, além do pagamento de R$ 150 mil por danos morais.

Atenção, meus caros! Se há coisa de que tenho certeza é o fato de que o PT ter organizado uma estrutura para assaltar o Estado brasileiro, por intermédio das estatais e demais órgãos públicos. Mais do que uma determinação, eu diria que agir assim é um mandamento da natureza petista, que mistura o público e privado; o interesse nacional e as necessidades do partido; sua pantomima particular com a história universal. Logo, acredito que, com efeito, os crimes foram cometidos.

Dito isso, vamos ao ponto: será mesmo que o melhor dia para ter apresentado essa denúncia era esta terça-feira? No momento em que a Lava Jato passa para uma desmoralização como nunca se viu; em que o procurador-geral é obrigado a vir a público para admitir que seu braço direito conspirava contra os interesses do país; em que alguns setores mesmerizados pelas mistificações do MPF - e da PGR em particular - acordam para a realidade; a meros 12 dias de entregar o cargo, eis que vem o sr. Janot para acusar Lula de ser o comandante de uma organização criminosa? Vocês sabem: é aquele Power Point de Deltan Dallagnol, o rapaz que ainda não negou com a devida ênfase que vá ser candidato.

O apoio de esquerdistas à Lava Jato é, no geral, pequeno. Os companheiros acham que se deu um golpe em Dilma Rousseff com a ajuda dos procuradores - e de Janot em particular. A operação tem se escorado numa versão rebaixada da direita, que abandonou qualquer veleidade de economia política em favor do proselitismo mais rasteiro. E Janot está a precisar de apoio, não é?

Então ele não hesita: larga a denúncia contra Lula ao mesmo tempo em que é obrigado a admitir as ilegalidades da Lava Jato, o que os fanáticos sempre se negaram a ver ?" inclusive os fanáticos do antipetismo. Se o acordo com Joesley feria o princípio de uma certa moralidade abstrata, o que se descobriu no seio da Lava Jato é, sem favor, uma espécie de? organização criminosa.

Reitero: pessoalmente, não tenho dúvida de que o PT operou com o Estado brasileiro no formato de uma organização criminosa. Mas essa questão, dadas a sua gravidade e a importância política, poderia ficar sob os cuidados de Raquel Dodge, que vai substituir Janot. Mas quê! Desmoralizado e humilhado, resolveu surfar mais uma vez nas ondas fáceis do antipetismo. E resolveu tratar a direita como o cão de Pavlov, aquele que baba.

É claro que não será Janot a respeitar intelectualmente uma direita que não se respeita, certo?
Herculano
06/09/2017 15:21
AMANHÃ É FERIADO. MAS, TEM COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA PARA OS INTERNAUTAS DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE
Herculano
06/09/2017 15:12
ESTAVA DEMORANDO: ANISTIA INTERNACIONAL JÁ TRANSFORMA POLICIAIS HER?"IS EM MARGINAIS SUSPEITOS, por Rodrigo Constantino, no jornal Gazeta do Povo, Curitiba PR

Quando soube de uma operação da Garra que terminou com a morte de dez marginais em São Paulo, escrevi um texto congratulando os policiais envolvidos pelo sucesso, e constatei que as redes sociais estavam tomadas por homenagens e aplausos, o que seria sinal de ventos de mudança. Mas me precipitei, claro. É óbvio que ONGs de "direitos humanos" logo dariam um jeito de atacar a polícia. Estava demorando, mas aconteceu:

A Anistia Internacional pediu que o Ministério Público de São Paulo investigue 'prontamente' a ação da Policia Civil que deixou dez suspeitos mortos na noite deste domingo, no bairro do Morumbi, Zona Sul da cidade, após tentativa de assalto a uma residência na região. Em nota publicada numa rede social na segunda-feira, o órgão pediu investigação 'imparcial e exaustiva' do caso e afirmou que a operação 'não pode ser considerada um sucesso'.

Segundo a Anistia, o combate ao crime é fundamental para a garantia de segurança pública para todos, mas não é incompatível com a garantia de direitos humanos e o respeito ao processo legal. A nota diz ainda que uma polícia que age com excessos contribui para o aumento da violência, alimentando um ciclo vicioso "que coloca todos em risco, inclusive os policiais no exercício da função".

"Não podemos aceitar com naturalidade que uma ação da polícia resulte em dez pessoas mortas. Isso não é política de segurança pública adequada. É fundamental que se investigue esse caso para responsabilizar eventuais ações ilegais por parte dos policiais. Mas, acima de tudo, é necessário repensar as estratégias de ação da polícia para que isso não se repita. A ação da polícia de combate ao crime deve ser planejada de forma a proteger e preservar a vida de todas as pessoas, inclusive aquelas envolvidas em atos ilícitos ou suspeitas de cometerem crimes", afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil. "

Eis o que não podemos aceitar naturalmente: 60 mil homicídios no Brasil, roubalheira correndo solta, população refém dos marginais, ONGs de "direitos dos manos" atacando a polícia "fascista" e protegendo os delinquentes. Como seria o "devido processo legal" diante de dez marginais armados com fuzis?

Se a Anistia Internacional ainda tenta manter o verniz de civilização, simulando uma preocupação com o "império das leis", a Mídia Ninja demonstra estar de luto pela bandidagem mesmo, de forma escancarada. Para essa turma, que recebe grana do bilionário George Soros, ícone da esquerda globalista, "dez pessoas foram assassinadas" pela polícia. Eis o grau de inversão da esquerda em sua campanha contra a polícia!

Sim, o nome é guerra, e quem está vencendo são os bandidos. Mais de 60 mil assassinatos por ano, o que coloca o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, até mais do que países efetivamente em guerra oficial. J.R. Guzzo, na Veja, escreveu sobre essa reação também, questionando se bandidos com armamento tão pesados estariam dispostos a "dialogar" com a polícia. Diz ele:

Enfim: tanto quanto se sabe, deu tudo certo - e não é todo dia que dá tudo certo nesse tipo de história. Temos aí a medida, mais uma vez, do ponto extremo a que chegou a violência da guerra que os criminosos movem contra a população ?" e não contra a polícia, como se diz com frequência cada vez maior. Para roubar uma única casa, criminosos juntam dez homens (ou mais, considerando os que podem ter escapado), utilizam armamento pesado, como se fossem para uma batalha, e arriscam tudo. Desta vez perderam. Acabaram todos mortos, mas a guerra vai continuar.

O Brasil não tem um inimigo externo, como ocorre com tantos outros países. O inimigo está aqui dentro, e uma boa parte de sua força vem do apoio que recebe de organizações que deveriam trabalhar pela paz. Os policiais que participaram do tiroteio do Morumbi poderão se considerar pessoas de sorte se não tiverem de passar os próximos anos tentando provar que os criminosos, neste caso, eram os assaltantes, e não eles. Bandidos mortos pela polícia são, quase por princípio, considerados vítimas ?" e merecedores até de indenização, a ser paga para suas famílias. Justo no dia em que o Rio de Janeiro chegou ao número de 100 policiais mortos neste ano, semanas atrás, entidades que se anunciam como militantes dos direitos humanos, incluindo aí a Anistia Internacional, acharam por bem lembrar que a resposta para a violência contra os policiais não é a punição, e sim um diálogo construtivo ou algo parecido. É frequente, nesses grupos, ouvir-se que os policiais assassinados, no fundo, são os responsáveis por suas próprias mortes, pelos abusos que o conjunto da policia comete e por não motivarem os criminosos a se renderem pacificamente quando recebem voz de prisão.

Os dez assaltantes mortos no Morumbi não carregavam consigo armas de guerra porque estavam interessados , caso fossem presos, em se entregar pacificamente à polícia. Também não pareciam inclinados a um diálogo construtivo com as vítimas, para tudo se resolver de maneira amigável. Mas é exatamente nisso que muita gente diz acreditar ?" e quer que os outros acreditem.

Kim Kataguiri, do MBL, também deu uma boa resposta ao "discurso canalha" da Anistia Internacional e demais esquerdistas:

Enquanto os policiais tiverem que enfrentar a bandidagem armada de fuzil sem o devido treinamento, com armas inferiores, e ainda por cima submetidos a um infindável processo burocrático que parte da premissa de que eles, os policiais, são os verdadeiros bandidos e a ameaça à sociedade, narrativa propagada pela esquerda, não teremos a menor chance contra o crime.

A operação da Garra, que culminou após um trabalho de inteligência de um ano e meio na morte de dez marginais, deve ser aplaudida por todos. Essa turma "progressista" que só quer saber de proteger bandidos e acusar a polícia de "fascista" é responsável pelo caos em que o Brasil se meteu, com esse descontrole total e insegurança constante.

Não se "conversa" com bandidos armados com fuzis em fuga. Não se oferece um defensor público nessa hora. É matar, ou morrer. Os brasileiros decentes preferem ver os bandidos mortos, não os policiais?
Herculano
06/09/2017 15:06
O ACIDENTE PROVOCADO POR UMA CARRETA AGORA A TARDE NO CENTRO DE GASPAR É A PROVA QUE

1. a Ditran não funciona. Nenhum agente viu? Ou estava preocupada em retirar supostas multas de amigos?

2. o decreto assinado recentemente pelo prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, limitando a tonelagem e proibindo a circulação de caminhões pela ponte Hercílio Deecke, não é para valer.
Herculano
06/09/2017 15:03
FUX PEDE PRISÃO DE DELATORES DA JBS

Conteúdo de O Antagonista. Luiz Fux, agora em sessão do STF, pede ao Ministério Público que troque "o exílio em Nova York (dos delatores da JBS) pelo exílio na Papuda".

O ministro disse que é, obviamente, apenas "uma sugestão".

"Eles ludibriaram o Ministério Público, eles degradaram a imagem do país no plano internacional, eles atentaram contra a dignidade da Justiça e eles revelaram a arrogância dos criminosos de colarinho branco."
Herculano
06/09/2017 08:06
JANOT DEVERIA SE DEMITIR, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O procurador-geral deveria ter renunciado ontem ao cargo, depois de ter se comportado de maneira tão descuidada em todo o lamentável episódio envolvendo a delação de Joesley Batista

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveria ter renunciado ontem ao cargo, sem esperar a data regulamentar de 17 de setembro. Com esse gesto, Janot demonstraria que afinal lhe restou alguma prudência, depois de ter se comportado de maneira tão descuidada ?" para dizer o mínimo ?" em todo o lamentável episódio envolvendo a delação premiada do empresário Joesley Batista.

Janot veio a público anteontem para informar que Joesley deliberadamente omitiu da Procuradoria-Geral informações cruciais em sua delação, especialmente o fato de que o empresário contou com a orientação ilegal de um auxiliar de Janot, o procurador Marcelo Miller, para produzir a bombástica delação contra o presidente Michel Temer e conseguir o precioso acordo que lhe garantiu imunidade total. No mesmo instante, o procurador-geral tinha por obrigação reconhecer que foi feito de bobo por um criminoso confesso e que não está à altura do cargo que ocupa.

Seria uma forma de reduzir um pouco o terrível dano que Janot causou ao trabalho dos que levam a sério a luta contra a corrupção. Pois o fato é que o procurador-geral da República se deixou seduzir pela possibilidade de pegar ninguém menos que o presidente da República, cuja cabeça lhe foi oferecida pelo finório Joesley Batista. Sem tomar a devida precaução, Janot considerou que a delação de Joesley e o flagrante armado pelo empresário contra Temer bastavam como prova de que o presidente da República, em suas palavras, "ludibriou os cidadãos brasileiros". Vê-se agora quem foi ludibriado.

Em sua ação imprudente, Janot desconsiderou as suspeitas que recaíam sobre o procurador Marcelo Miller, que teria ajudado Joesley a preparar a delação contra Temer. Na época, o procurador-geral chegou a dizer que nada havia contra Miller, mesmo quando se soube que seu auxiliar havia pedido exoneração do cargo de procurador para trabalhar no escritório de advocacia que negociava o acordo de leniência da empresa de Joesley, a JBS. A exoneração veio a público no dia 6 de março, véspera do encontro entre Joesley e Temer no qual o empresário grampeou o presidente.

Quando Janot apresentou a denúncia contra Temer, ficou claro que o procurador-geral não tinha nada além de ilações. Evidenciou-se, então, que a inacreditável generosidade do acordo com Joesley, que em si mesma já era injustificável, não resultou em nada senão em doce impunidade para o esperto açougueiro.

Mesmo assim, Janot chegou a dizer, em evento recente, que "faria tudo de novo", ou seja, que daria imunidade total a Joesley em troca do que o empresário tivesse a dizer contra Temer, ainda que fossem apenas meias-palavras, conversas cifradas e frases entrecortadas, que podiam ser interpretadas ao gosto do freguês.

Não era à toa, portanto, que Joesley se sentia tão à vontade. Cuidados básicos foram negligenciados pela Procuradoria-Geral, com aval do ministro Edson Fachin, antes que a denúncia contra Temer fosse apresentada. Nem mesmo uma perícia foi feita nas gravações que supostamente incriminavam o presidente. Quando ficou claro que as armações de Joesley não produziram as provas que Janot tanto alardeou, mesmo passados dois meses do escândalo, o Supremo Tribunal Federal deu outros 60 dias para que o empresário entregasse prometidos anexos que supostamente corroborariam o que ele dizia. Estava claro que, das duas, uma: ou Joesley não contou tudo o que sabia, protegendo sabe-se lá quem, ou contou tudo e, diante dos efeitos pífios, parecia querer manter o País em suspense com a promessa de mais informações, justificando a imunidade penal que ganhou de presente de Janot.

Tudo ficou ainda mais confuso quando se soube que Joesley tinha mais 40 horas de gravações que havia apagado do aparelho que entregou para perícia da Polícia Federal (PF). Quando circulou a informação de que a PF começou a resgatar esses arquivos, Joesley correu a entregar os áudios que faltavam.

É diante de fatos como esses que qualquer observador de bom senso há de questionar as intenções de Joesley Batista. E a competência de Rodrigo Janot. Ao procurador-geral faltaram tino profissional e bom senso. E de nada adianta vir agora dizer que tudo foi feito de "boa-fé". Não se brinca dessa forma com o País.
Herculano
06/09/2017 08:03
CÃMARA APROVA TEXTO-BASE COM REGRA "ANTINANICO" E FIM DAS COLIGAÇÕES IRRESTRITAS

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (5) o texto-base de um dos capítulos da reforma política, a que acaba com as coligações irrestritas para a eleição do Legislativo e cria regras para barrar legendas com baixíssimo desempenho nas urnas.

As medidas, porém, foram bastante amenizadas durante a tramitação e, além disso, estão distantes da votação final no Congresso.

A autoria inicial da PEC (proposta de emenda à Constituição) é dos senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Aécio Neves (PSDB-MG). Na Câmara, a relatora foi a deputada Shéridan (PSDB-RR).

O texto-base foi aprovado por 384 votos a 16. Mas os chamados "destaques", que podem alterar toda a proposta, ficaram pra ser votados na semana que vem, no bojo de uma negociação mais ampla e recheada de divergências.

Se passar por essa etapa, a PEC tem que ser votada ainda em segundo turno pela Câmara e, após isso, voltar a ser analisada pelo Senado.

BRECHA

Apesar de acabar com as coligações amplas, a proposta não extingue a possibilidade de união entre as legendas, apenas estipula regras mais restritivas.

Hoje partidos podem se coligar livremente, mesmo que tenham as ideologias mais díspares possíveis. Essas uniões eleitoreiras têm o objetivo de reunir o maior número de votos para a chapa, já que as cadeiras do Legislativo são distribuídas de acordo com o número de votos obtidos por candidatos eleitos e não eleitos do partido ou da coligação.

A proposta acaba com isso, mas cria a possibilidade de criação de federações de legendas com "afinidade ideológica e programática". Uma vez unidas, essas siglas mantêm a identidade própria, mas ficam obrigadas a atuar de forma unitária nos Legislativos durante todo o mandato.

Na eleição às Assembleias e Câmara municipais essa federação poderá ser fatiada em subfederações. Um dos destaques que devem ser analisados na semana que vem estabelece que o fim das coligações só valerá a partir das eleições municipais de 2020.

CLÁUSULA

A outra medida cria uma cláusula de desempenho (ou de barreira) para sufocar siglas que tenham baixíssimo desempenho.

Hoje essas legendas, comumente chamadas de nanicas, já têm algumas restrições ao seu funcionamento, como uma menor fatia das verbas públicas e do tempo de propaganda partidária e eleitoral.

A proposta veda completamente, para as siglas que não atingirem determinado patamar de votos, acesso a esses recursos, que são essenciais à sua sobrevivência política.

Pelo texto, haverá a partir da eleição municipal de 2020 uma cláusula de desempenho progressiva: 1,5% dos votos válidos nacionais a deputado federal, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados. Em 2030, a cláusula chegará a 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados, com um mínimo de 2% em cada uma deles.

A estimativa é a de que a medida, ao final, reduza as atuais 35 siglas a menos da metade.

SEMIDISTRITÃO

Na próxima semana, também haverá nova tentativa de votação da proposta que altera o sistema de eleição para o legislativo: do "proporcional" para o "semidistritão".

No atual modelo, as cadeiras são distribuídas com base no total de votos que os candidatos do partido ou da coligação obtêm. No "semidistritão", os mais votados são eleitos, mas permanece o voto na legenda, que é distribuído proporcionalmente aos candidatos mais votados da sigla.

Há também proposta de criação de um novo fundo público para financiar as campanhas, além de outras modificações.

Para valer nas eleições de 2018, tudo tem que ser aprovado por Câmara e Senado até a primeira semana de outubro.

*

ENTENDA AS POSSÍVEIS MUDANÇAS

COLIGAÇÕES PARA ELEIÇÃO DE PRESIDENTE, GOVERNADORES E PREFEITOS

Como é hoje: partidos podem se coligar livremente. Não raro, siglas nacionalmente antagônicas, como PT e DEM, se unem nas disputas regionais. O objetivo principal dessas alianças é conseguir ampliar o tempo de propaganda eleitoral do candidato, que é definido de acordo com o tamanho da coligação.

Como ficaria: não muda

COLIGAÇÕES PARA ELEIÇÃO DE DEPUTADOS E VEREADORES

Como é hoje: partidos podem se coligar livremente. Não raro, siglas nacionalmente antagônicas, como PT e DEM, se unem nas disputas regionais. O objetivo principal dessas alianças é conseguir o maior número de votos para a chapa. Isso porque as cadeiras do Legislativo são distribuídas de acordo com o número de votos obtidos por candidatos eleitos e não eleitos do partido ou da coligação.

Como ficaria: acaba a coligação ampla e irrestrita. Mas mantém-se a possibilidade de união de legendas com "afinidade ideológica e programática" em federações, que deverão cumprir o mandato de forma unitária nos Legislativos. Na eleição às Assembleias e Câmara municipais essa federação poderá ser fatiada em subfederações.

CLÁUSULA DE DESEMPENHO (OU DE BARREIRA)

Como é hoje: partidos com baixo desempenho nas urnas já têm algumas restrições ao seu funcionamento, como uma menor fatia das verbas públicas e do tempo de propaganda partidária e eleitoral

Como ficaria: haverá a partir da eleição municipal de 2020 uma cláusula de desempenho progressiva que vetará totalmente, às siglas que não a superarem, acesso a dinheiro público e a propaganda na TV, mecanismos essenciais à existência dos partidos. Em 2020, essa cláusula será de 1,5% dos votos válidos nacionais a deputado federal, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados. Em 2030, a cláusula chegará a 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço dos Estados, com um mínimo de 2% em cada uma deles.
Herculano
06/09/2017 08:00
AFASTA DE MIM ESSE CÁLICE, por Carlos Brickman

Um sábio político mineiro, Magalhães Pinto, dizia que política é como nuvem: você olha, está de um jeito, olha de novo, está de outro. Ladroeira também. Há surpresas todos os dias; e nunca é para mostrar que alguém foi injustamente acusado de ser ladrão. Pior é que nem sempre é só ladrão.

Comecemos pelo Ministério Público, o implacável (flexível só no caso da JBS): o procurador da República Marcello Miller, braço direito de Janot, deixou a Procuradoria e nos dias seguintes trabalhava com os advogados de Joesley Batista. Já é estranho; mas surgiu uma gravação em que ele analisa a defesa quando ainda deveria estar no ataque, na Procuradoria.

Vamos para Joesley. Há fortes suspeitas de que sua delação premiada tenha sido sob medida: esqueceu alguns crimes e valorizou outros. Caso sua delação seja falha, perde os privilégios que obteve e pode ser julgado, como réu confesso, pelas bandalheiras que revelou ter patrocinado.

Que gravação é essa que surgiu de repente? Provavelmente foi feita por engano. Mas ficaria enrustida se a Polícia Federal não tivesse obtido o áudio por outras fontes. Só foi entregue, então, para que Joesley pudesse dizer que não havia escondido nada. Mas mesmo assim é dinamite.

E a Polícia Federal descobriu, no flat de um amigo de Geddel Vieira Lima, quatro caixas e oito malas de dinheiro que aparentemente são dele.

Até escrever sobre essas coisas faz mal. Há ladrões em cada canto.

VERDADE

Cada nova revelação transforma a ladroeira antiga em dinheiro de troco.

O CENÁRIO

Caso as falhas na delação levem ao fim dos fabulosos privilégios dos Batista, ou de pelo menos parte deles, que acontece com os denunciados? Há duas correntes: uma, seguindo a Teoria da Árvore Envenenada (cujos frutos são imprestáveis), suspenderia todas as ações iniciadas com base nas denúncias; outra (à qual Janot se filia), acha que os maus delatores podem ser punidos sem que suas revelações se percam. A imprensa tem noticiado, erradamente, que esta ala defende o uso das provas trazidas pela delação. Mas não há provas: há denúncias que devem ser verificadas e confirmadas.

POR QUE, JANOT?

Por que o Ministério Público deixou a Polícia Federal fora do caso Joesley? Sem a Federal, a investigação foi falha ?" tanto que de repente surge um áudio de quatro horas que tira tudo do lugar. Por que Janot não iniciou processo contra o presidente Michel Temer, quando sugeriu que poderia estar envolvido com Joesley e Marcello Miller ?" e insinuou que o perdão aos irmãos Batista foi generoso demais? Por que aceitou, sem reação, que Gilmar Mendes o chamasse de desqualificado? Por que aceitou premiar a delação de Joesley, quando a lei diz que chefe de quadrilha não pode ser beneficiado? Joesley admitiu ter subornado 1.820 políticos, mais procuradores, ministros e juízes Só pode ser chefe, jamais subalterno.

CAVALHEIRO, GENTLEMAN

Frase de Joesley, na tal gravação, em conversa com seu diretor Ricardo Saud, referindo-se a uma senhora que participava das negociações entre o grupo e o MP: "Já falei para o Francisco (de Assis Silva, diretor jurídico da JBS), você tem até domingo para comer a (nome da senhora). Se não, eu é que vou comer. Francisco, é trabalho! Vou te dar até domingo que vem. Ou eu é que vou fazer o serviço. Um de nós tem de botar ela na cama".

GEDDEL VAI ÀS COMPRAS

Quando Antônio Carlos Magalhães era presidente do Senado, mandou preparar um vídeo, "Geddel vai às compras", mostrando o crescimento dos bens do deputado. Mais tarde, ACM se referiu a Geddel como "agatunado". ACM era autoritário, muito controvertido, mas conhecia tudo de política.

Geddel é acusado de desviar R$ 20 bilhões do FI-FGTS ?" dinheiro de assalariados, que o Governo usava para emprestar a empresas que criassem empregos. Tirar do FI-FGTS é atingir a poupança popular dos dois lados.

TITULAR ABSOLUTO

O presidente Itamar Franco chamava Geddel de "carrapato de gabinete". Ele, efetivamente, está sempre num bom gabinete: foi ministro de Lula e Temer, e vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa com Dilma.

MÃE DINAH? NÃO, GILMAR

O ministro Gilmar Mendes, do STF, acertou a primeira previsão: de que o MP poderia ter problemas quando alguns de seus membros enfrentassem "uma montanha de dinheiro". Cita dois problemas: Ângelo Vieira (que foi preso) e Marcello Miller. Agora, em suas palavras, faz mais duas "previsões oraculares": haverá inconsistências em outras delações, como as de Delcídio do Amaral e de Sérgio Machado (da Transpetro); e Janot vai terminar como Protógenes Queiroz ?" que, por ilegalidades cometidas na Operação Satiagraha, foi condenado pela Justiça e escapou para a Suíça.
Herculano
06/09/2017 07:55
CASO JBS ABALA USO DE DELAÇÃO, MAS É UM EXAGERO FALAR EM FIM DA LAVA JATO, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo

Da caixa de Pandora aberta pela revelação dos novos áudios do caso JBS, um item surgiu como lateral, mas é central para o risco efetivo para a anulação do acordo de delação premiada dos irmãos Batista: a tentativa de usar o ex-ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) para produzir provas contra ministros do Supremo.

Enquanto o mecanismo da operação controlada é previsto em lei, o que aparentemente ocorreu no caso de Cardozo é a chamada "pegadinha". Isso porque o ex-ministro não era alvo na investigação e foi abordado pela JBS na condição de advogado -segundo pessoas que conhecem o processo, a proposta simplesmente não prosperou.

Se tudo ocorreu de acordo com os relatos disponíveis, esse tipo de manipulação enseja a anulação de todo o procedimento do Ministério Público Federal. Em relação às provas, nesse caso não há riscos, que moram nas suspeitas de manipulação.

Ponto para Rodrigo Janot, que com a proverbial flechada no pé colocou em risco a reputação do instituto da delação premiada que permitiu o inédito alcance e sucesso da Operação Lava Jato.

Não que houvesse muita opção para o procurador-geral da República. Melhor para ele ir à TV fazer o anúncio, e depois jurar amor à integridade da corporação, do que ter o processo conduzido por sua sucessora, Raquel Dodge. Jogou aos leões seu ex-braço direito, Marcelo Miller, que por tudo o que transpareceu terá muito a explicar à Justiça.

Ao cortar na carne, Janot deu exemplo tardio. Ao possibilitar o fim do escárnio representado pela delação dos Batista, tenta se redimir antes de perder o controle do processo investigativo. Pode funcionar em termos de imagem, mas o estrago está feito.

E qual seria ele? Um exemplo: simpatizantes de Luiz Inácio Lula da Silva já circulam teses de que será possível pedir a revisão de sua condenação por corrupção, já que o empresário Leo Pinheiro saiu do mutismo para a delação nesse caso. Parece "wishful thinking" ou o que os petistas adoram chamar de "guerra de narrativas", já que soa impossível a reversão de sentenças nesse caso, até porque as condições são totalmente diversas daquelas envolvendo os irmãos Batista.

Mas a delação premiada, é claro, sai abalada do episódio. Não tanto quanto os deputados enrolados na Lava Jato que comemoraram a debacle de Janot gostariam, já que os efeitos da operação são estruturantes. Ela está no mínimo obrigando uma revisão de métodos por parte da bandidagem, que certamente encontrará outras formas de promover seus interesses, mas só o fato de isso acontecer já é positivo.

Politicamente, a Lava Jato continua sendo um selo. Como sua inspiradora italiana, a Operação Mãos Limpas, ela também não é monolítica: Curitiba não é Brasília, que não é o Rio. Assim, exceto que surjam batatadas em série como a dos Batista, seu poder saneador tende a seguir como bússola para o eleitorado escolher seus candidatos em 2018.

A bola agora está com Dodge.

*

Janot garantiu um pato laqueado de brinde a Temer em sua viagem à China, ao facilitar e muito a vida do presidente na negociação na Câmara para rejeitar a segunda denúncia que a PGR irá apresentar contra ele. A foto da "propinnière" atribuída a Geddel Vieira Lima, contudo, é um lembrete que o governo não deverá ter sossego até o seu final.
Herculano
06/09/2017 07:50
DILMA PARA GEDDEL: VEM PRA CAIXA VOCÊ TAMBÉM, por Josias de Souza.

Michel Temer mal tivera tempo de festejar a erosão da colaboração judicial da JBS quando a Polícia Federal estourou a caverna de Ali-Baba que Geddel Vieira Lima improvisou num condomínio em Salvador. Foi a maior apreensão de dinheiro vivo já realizada na história: R$ 51.030.866,40. Repetindo: depois de passar o dia contando dinheiro, a PF informou que o ex-ministro de Temer, amigo do presidente há três décadas, entesourou num apartamento na capital baiana R$ 51 milhões.

A batida policial foi ordenada pelo juiz Valisney Oliveira, de Brasília. Deu-se no âmbito da Operação Cui Bono, que apura um assalto à Caixa Econômica Federal. Noutros tempos, quando se falava sobre bancos e assaltos, imaginava-se que a coisa acontecia de fora pra dentro. O PMDB da Câmara, grupo de Temer, desenvolveu na Caixa o assalto de dentro pra fora. No caso de Geddel, a coisa aconteceu durante o imaculado governo de Dilma Rousseff.

Sob o comando do PT, a casa bancária estatal já estava loteada politicamente. E Dilma acenou para Geddel: "Vem pra Caixa você também!" Apadrinhado por Temer, Geddel foi guindado ao posto de vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição. Ali permaneceu de 2011 até 2013. Saiu quando bem quis. E produziu resultados que reforçam o já sabido: a corrupção brasileira tem vocação amazônica.

Por uma dessas trapaças do destino, a "caverna" de Geddel foi estourada no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República denunciou Lula, Dilma e outros seis grão-petistas por formar uma organização criminosa. O grupo é acusado de roubar durante a Era petista R$ 1,485 bilhão em verbas públicas.

No caso de Geddel, a PF desbaratou uma inusitada e sigilosa forma de fazer poupança: dinheiro vivo depositado em caixas de papelão e malas, espalhadas por um apartamento sem mobília. Ironia suprema: escondeu-se num endereço residencial uma fortuna presumivelmente desviada de uma instituição financeira estatal que convida brasileiros pobres a abrir contas de caderneta de poupança nas suas agências: "Vem pra Caixa você também!" Geddel foi.
Herculano
06/09/2017 07:46
TESOUROS PERDIDOS, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Não era história de pescador. Em novembro passado, notas de R$ 50 e R$ 100 começaram a boiar na baía de Guanabara. A dinheirama fez a festa de barqueiros da Urca, na zona sul do Rio. Os mais corajosos mergulharam nas águas poluídas, em clima de caça ao tesouro.

Tesouro Perdido foi o nome escolhido pela Polícia Federal para a operação deflagrada nesta terça, em Salvador. Os homens de preto fizeram buscas num endereço indicado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. A batida resultou na maior apreensão de dinheiro vivo da história do país.

A grana estava escondida em oito malas e seis caixas de papelão. A polícia precisou de dois camburões para transportá-las a um local seguro. Até as 21h, os investigadores já haviam contabilizado mais de R$ 40 milhões. A contagem prosseguia, com a ajuda de sete máquinas.

A fortuna é atribuída ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, que cumpre prisão domiciliar na capital baiana. O peemedebista é suspeito de receber R$ 20 milhões em propina quando era vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Ele ocupou o cargo no governo Dilma Rousseff, por indicação do então vice Michel Temer.

De acordo com a investigação, Geddel usou um laranja para esconder o dinheiro. As malas estavam no apartamento de um empresário, a pouco mais de um quilômetro da casa do ex-ministro. Se não fosse por uma denúncia telefônica, o bunker ficaria escondido para sempre.

Em tempo: o dono do tesouro da Urca nunca se identificou. Mesmo assim, não é preciso ser detetive para identificar os principais suspeitos. As cédulas começaram a vir à tona três dias depois da prisão do ex-governador Sérgio Cabral.

*
A denúncia contra Lula e Dilma produziu um milagre. Separados desde o impeachment, PT e PMDB voltaram a falar a mesma língua para acusar a Procuradoria de perseguição
Herculano
06/09/2017 07:44
"JANOT SEMPRE SOUBE DE TUDO", DIZ JOESLEY; SAUD VÊ PROCURADOR COMO SóCIO DE MARCELO MILLER, por Reinaldo Azevedo

Como? Rodrigo Janot e Marcelo Miller, o procurador que tem de ser preso, iriam trabalhar juntos? No mesmo escritório? É o que assegura o companheiro Ricardo Saud. Já chego lá.

Os que tentam jogar uma rede de proteção para ver se salvam Janot de se esborrachar ?" ele, que esteve bêbado de delírio durante todos esses anos, dado o poder que lhe conferiram os setores mistificadores da imprensa e a direita xucra ?" tentam minimizar um dado absolutamente chocante da fala de Joesley Batista e de Ricardo Saud ?" que, reitere-se, não sabiam que registravam a própria conversa. Eles não têm dúvida: o procurador-geral da República sempre soube de tudo. De tudo o quê? Das andanças, lambanças e escolhas de seu homem forte: Marcelo Miller. E, pois, das ilegalidades então em curso.

Joesley, seu irmão e a quadrilha que cerca a turma são quem são. Não estão aí por acaso. Não comandam aquela organização gigantesca porque sejam idiotas e não saibam, afinal, onde pisam. E o açougueiro de casaca é peremptório na conversa com o seu homem da mala:
"O Janot sabe todo. A turma já falou por Janot".

Saud, então, pergunta se o interlocutor acredita que é Marcelo Miller quem está a levar as informações para o procurador-geral. E ouve a seguinte resposta:
"Não, não é o Marcelo. Nós falamos pro Anselmo. O Anselmo que falou pro Pelella, que falou pra não sei que lá, que falou pro Janot. O Janot está sabendo. Aí o Janot, espertão, o que o Janot falou? Bota pra foder. Bota porá foder. Põe pressão neles para eles entregar tudo".

Vamos explicar o conteúdo do que dizem Joesley e Saud. Deixemos a gramática para um possível curso quando recolhido a um presídio. O tal "Anselmo" é o procurador Anselmo Lopes, da Operação Greenfield ?" e parece que o homem não é exatamente um inimigo, né? Se até leva recadinho a Janot? Mas não só: Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral e seu real estaeta, também estaria sabendo do rolo. Aliás, se Janot tivesse charme para ser um Don Giovanni, Pelella seria o seu Leporello. No caso, é um Lepelella?

E Joesley segue lendo o que considera o jogo de Janot. O procurador-geral teria passado a seguinte orientação a seus bravos: intensifiquem a pressão sobre a turma da JBS, "dá pânico neles, mas não mexe com eles". Vale dizer: não é para prender.

E Saud avança, afirmando que, tão logo deixe a procuradoria, Janot vai trabalhar no mesmo escritório que abrigará Marcelo Miller: "É um amigo comum, que é dono de escritório , que é onde Janot vai trabalhar. E eu já entendi agora. O Marcelo saiu antes; tem um outro saindo, que ele me contou, é o Cristian, um tal de Cristian não sei o quê. E o Janot não vai concorrer, vai sair, vai advogar junto com ele [Marcelo Miller] e esse Cristian. Vai ser um escritório único. Vai (sic) tá ele, esse Cristian e Janot no escritório."

Em nota, Janot disse que não vai integrar escritório nenhum e que, depois de cumprir a quarentena, pretende trabalhar na inciativa privada, na área de compliance? É mesmo? Então ele vai se dedicar depois à transparência?

Notável!
Herculano
06/09/2017 07:41
QUADRILHÃO ATACA, BRASILEIROS SE VIRAM, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

A RECUPERAÇÃO nanoscópica da economia continua. A produção da indústria cresceu em julho, pelo quarto mês seguido, inédito desde 2013, anunciou o IBGE.

Indicadores indiretos, tentativas de antecipar os resultados de agosto, sugerem que a indústria melhorou outro tico e que o setor de serviços voltou a despiorar.

Os brasileiros se viram, arrumam bicos e trabalhos sem carteira, sem direitos, inventam pequenos negócios, combatem o desemprego na raça. Mas o Quadrilhão continua a sabotagem. Põe sob risco mesmo essa mínima saída do fundo do buraco.

O Quadrilhão é essa gente do Planalto, do Congresso e seus amigos e compadres que tenta escapar da polícia. Fez festas por estes dias, pois Joesley Batista, um capo da JBS, conseguiu descer ainda mais na escala da cafajestagem e do gangsterismo.

Por comparação, a turma da quadrilha estatal acha que ficou bem na foto e que os grampos incriminadores de Batista podem ir para o vinagre.

Até os povos do mercado acharam que tudo bem ou assim explicaram a animação financeira da semana, que atribuíram a riscos menores de tumulto e queda de Michel Temer. Ignoraram as notícias de novas delações e comprovações de imundícies da turma.

Pode ser que cheguemos a uma espécie de equilíbrio podre provisório. Isto é, que a casta dos ficha-imunda se entrincheire e a economia saia do coma com as doses homeopáticas de incentivos restantes, poucos. Haverá sequelas, mas talvez não apareçam agora.

No entanto, mesmo de uma perspectiva cínica e de curtíssimo prazo, a operação do governo derrapa nessa lama.

Como se repete aqui e alhures faz mais de ano, uma alternativa restante para reativar a economia no curto prazo é colocar obras na rua por meio de concessões de infraestrutura: reavivar algum investimento e a construção civil. Isto não anda.

A indústria na média despiora, está perto de voltar ao azul, na evolução medida em 12 meses (ainda recua 1,1% ao ano). Mas a indústria de material para a construção civil é só desgraça, recuo de 8,2% em 12 meses.

O emprego no setor ainda recua no ritmo de mais de 8% ao ano, o único no vermelho, segundo a Pnad do IBGE. O PIB da construção civil baixa a mais de 6% ao ano.

As concessões não andam, a crise dos distratos não se resolve, encalhes de imóveis nas empresas do ramo e nos bancos são imensos, não se dá um jeito de substituir empreiteiras bandidas em grandes obras que até têm financiamento ?"a lista de tarefas é ainda maior.

A recuperação econômica é nanoscópica, repita-se. Agora, nos animamos com a possibilidade de crescer pouco mais do que ínfimo 0,5%, em vez de zero. Mas marolas na política (dada a maremotos de imundície) ou no câmbio, por exemplo, podem colocar nossos narizes abaixo d'água.

Há travas pesadas em setores cruciais, como o crédito nos bancos, onde os juros caem muito devagar.

O clima de desordem política e institucional e a perspectiva de maluquices na campanha de 2018 podem impedir a volta de um mínimo investimento privado, que ainda afunda em ritmo de depressão.

Em vez de estarmos pensando se dá para crescer 2% em 2018, deveríamos estar tratando na prática de como crescer mais de 3%. Mas o Quadrilhão está à solta
Herculano
06/09/2017 07:38
PRISÃO DE JOESLEY E CÚMPLICES PODE SER IMINENTE, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulavam ontem, em conversas pessoais e troca de mensagens, rapidez no exame da suspeita de corrupção na negociação do acordo da premiadíssima delação de Joesley Batista e cúmplices como Ricardo Saud, lobista do grupo J&F/JBS. Há praticamente consenso em relação à prisão dos delatores, por omissões e mentiras, e do ex-procurador Marcelo Miller.

ESTACA ZERO
Anulada a delação, serão retomadas cinco operações da PF e do MPF contra Joesley Batista, em relação às quais foi "blindado" pelo acordo.

BYE, BYE, USA
Joesley e Saud falam na conversa gravada sobre a mudança para os EUA, livres e soltos. "Ninguém será preso", comemorou Joesley.

INDIGNAÇÃO NO STF
Irritou o STF a referência do procurador-geral Rodrigo Janot a respeito de fatos supostamente "gravíssimos" de ministros da Corte.

FALTA O 'GRAVÍSSIMO'
Assim como no áudio de Michel Temer, nada há de "gravíssimo" na conversa de botequim entre Joesley e o lobista sobre ministros do STF.

DELATORES FORAM POUPADOS DE CONDUÇÃO COERCITIVA
Chamou atenção de advogados e ministros, inclusive do STF, o fato de procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não haver adotado nos casos do ex-procurador Marcelo Miller, que foi seu braço direito, e dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud a regra aplicada em outros casos. Nenhum dos três foi incomodado com mandados de condução coercitiva, apesar de o próprio Janot considerar os fatos "gravíssimos".

OFÍCIOS À DUPLA
Em despacho, Janot mandou expedir ofícios aos delatores para que compareçam à PGR a fim de prestar depoimentos e esclarecimentos.

MILLER INTIMADO
No caso do ex-braço direito Marcelo Miller, Janot ordena em seu despacho apenas que ele seja intimado a prestar esclarecimentos.

PRISÃO IMINENTE
A aposta, em Brasília, agora, é a decretação da prisão de Joesley e seus cúmplices, além do ex-procurador Marcelo Miller.

MINHA FOLGA, MINHA VIDA
Apesar do registro de ponto obrigatório às 7h desta quarta, deputados se mandaram para o aeroporto na noite de terça. A inquietação era visível antes do fim do jogo do Brasil, que havia esvaziado o Plenário.

PROVOCOU ASCO
O papo rastaquera de Joesley Batista com o lobista Ricardo Saud "provocou ânsia de vômito nos ministros", afirma altíssima fonte do Supremo Tribunal Federal. Os ministros ficaram muito indignados.

MINISTROS CITADOS
Há citações irrelevantes dos ministros Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, nos áudios de Joesley. A certa altura, ele se encarrega de isentar um deles: "Não tem nada disso". Era só vontade.

TRAÍDO PELO GRAVADOR
"Nós vamos sair amigo de todo mundo. E nós não vamos ser presos", comemorou Joesley, na conversa com o empregado delator. A armação quase deu certo: havia um gravador no meio do caminho.

PERU DE NATAL
Joesley admite que não sofreu qualquer consequência negativa após a revelação dos escândalos de corrupção que o envolvem: "Nós não vamos ser presos. Ponto. Não tô sofrendo nada", comemorou. Anrã.

NO ESCURINHO DO NOTICIÁRIO
Grampos de Joesley também serviram para enterrar no noticiário a aprovação da confusa reforma política, em trâmite no Congresso. Para não acabar com coligações, inventaram as "federações partidárias".

ATUAÇÃO ELOGIADA
Trecho do grampo de Joesley Batista ressalta a suposta participação de Marcelo Miller: "Está tão afinado com a gente. Mandou escrever tudo", disse Saud sobre documentos entregues dias depois à PGR.

INDÍCIO DE CRIME
Joesley e o lobista citam, na gravação de 17/março, conchavo com o então procurador Marcelo Miller, que só se desligaria do cargo em 5 de abril. Seis dias depois, ele se apresentaria ao próprio MPF, conforme relato de Janot, como sócio dos advogados que defendiam a JBS.

PENSANDO BEM...
...Geddel não seria do tipo que reclama de pagar excesso de peso das suas malas
Herculano
06/09/2017 07:36
DESMORALIZA DELAÇÕES, por Hélio Schwartsman, no jornal de Folha de S. Paulo

Delações premiadas são o mais importante instrumento que o mundo descobriu para enfrentar o crime organizado. O Brasil as está desmoralizando.

Com efeito, ao permitir que integrantes das quadrilhas negociem uma redução de pena em troca de informações e provas sobre atividades ilícitas, a legislação que autoriza as delações quebra o pacto de silêncio, a "omertà", que sempre vigorou entre criminosos e o transforma numa corrida para ver quem fala primeiro. Em suma, as delações colocam a matemática, mais especificamente a teoria dos jogos, a serviço do combate ao crime, que se torna uma atividade menos baseada no improviso e mais na ciência.

Isso vale para o resto do mundo. No Brasil, estamos desacreditando essa fabulosa ferramenta.

Num enredo digno de "Os Trapalhões", dois delatores da JBS teriam gravado sem querer suas próprias conversas comprometedoras e, também inadvertidamente, as teriam mandado à Procuradoria-Geral da República (PGR). É uma história improvável. Se não houver pesadas consequências para os delatores, torna-se verossímil uma operação mela-tudo.

A PGR, que já vinha sendo questionada por ter oferecido benefícios demais a esses delatores, fica enfraquecida. É particularmente grave a suspeita de que um procurador, que depois deixaria o órgão, tenha agido para favorecer o grupo JBS, orientando os executivos nas gravações.

Em teoria, o fato de os delatores não terem honrado os compromissos firmados no acordo não implica invalidar as provas por eles fornecidas. Mas agora os advogados dos políticos implicados têm boas chances de pedir e obter a anulação de todo o processo.

A situação só não é pior porque nem todo o material da Lava Jato gira em torno da delação da JBS, mas não há dúvida de que a operação sofreu um duro golpe
Herculano
06/09/2017 07:24
AMANHÃ, DIA DA INDEPENDÊNCIA, É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA. aguarde!
Herculano
05/09/2017 20:16
CÁRMEM EXIGE INVESTIGAÇÃO IMEDIATA DE MENÇÕES A MINISTROS DO STF EM ÁUDIO DE JOESLEY

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Rafael Moraes e Moura Breno Pires, da sucursal de Brasília. Em pronunciamento gravado nesta terça-feira (5), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou que exigiu que a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) façam uma "investigação imediata" das menções feitas pelo empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud a integrantes da Corte. Segundo Cármen, a dignidade institucional do STF foi agredida de maneira inédita nesse episódio.

Segundo o Estado de S. Paulo apurou, os novos áudios da delação de executivos da J&F entregues à PGR, na semana passada, citam os nomes de três ministros do STF: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen. Em nenhum deles, há menção ou atribuição a algum tipo de crime, de acordo com informações apuradas pelo Estado.

"Enviei agora ao diretor-geral da Polícia Federal e ao procurador-geral da República ofícios exigindo a investigação imediata, com definição de datas para início e conclusão dos trabalhos a serem apresentados, com absoluta clareza, a este Supremo Tribunal Federal e à sociedade brasileira, a fim de que não fique qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes", disse Cármen, em pronunciamento divulgado pela Secretaria de Comunicação Social do STF.

Agride-se, de maneira inédita na história do país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes. Impõe-se, pois, com transparência absoluta, urgência, prioridade e presteza a apuração clara, profunda e definitiva das alegações, em respeito ao direito dos cidadãos brasileiros a um Judiciário honrado", afirmou a presidente do STF.

A Secretaria de Comunicação Social disponibilizou à imprensa um vídeo de um minuto e nove segundos com a fala de Cármen e um documento com a transcrição do discurso da presidente do STF, intitulado "Nota à sociedade brasileira".

Na tarde desta terça-feira, os ministros que compareceram à sessão da Primeira Turma do STF, Marco Aurélio Mello, Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, se recusaram a comentar o assunto.
Herculano
05/09/2017 20:09
JANOT "LIMPA" A CENA ANTES DA CHEGADA DE DODGE, por Josias de Souza

No momento, o maior inimigo de Rodrigo Janot é o relógio. Se pudesse, o procurador-geral da República atrasaria os ponteiros. Como não pode, cuida dos minutos, porque suas horas passam. Janot dispõe de menos de 12 dias para tentar livrar o acordo de colaboração judicial do Grupo JBS das impurezas que o enodoam.

Ou Janot faz a limpeza, vendendo-a como evidência de que "não se pode ludibriar impunemente o Ministério Público e o Poder Judiciário", ou transferirá a higienização à sucessora Raquel Dodge, uma crítica reservada dos termos do acordo firmado com a JBS. Se não agisse até 17 de setembro, quando expira o seu mandato, Janot passaria à história como um xerife ludibriado.

Janot sabia onde pisava quando menosprezou a virada de casaca de Marcelo Miller, o amigo que era procurador da Lava Jato e amanheceu um certo dia como sócio de uma banca advocatícia privada, a serviço da JBS. Chegou mesmo a justificar o injustificável. Miller negociara o acordo de leniência do conglomerado, não a delação, dissera Janot, sem se dar conta de que negligenciava um escândalo.

De repente, uma trapaça do destino atravessou na trilha de Janot a gravação na qual os delatores Joesley Batista e Ricardo Saud admitem que o acordo que lhes rendeu a imunidade penal tem as digitais da mão grande de Marcelo Miller. E Janot descobre da pior maneira que, às vezes, o escândalo é tão escancarado que é impossível não reagir, mesmo que seja com uma pantomima.

Feita a lambança, Janot tenta tomar a toque de caixa as decisões que escolheu não adotar entre a notícia sobre a movimentação de Miller nas coxias da JBS e o surgimento do áudio tóxico - uma gravação desastrada, que os próprios delatores enfiaram no meio do papelório entregue à Procuradoria na semana passada, como complemento de sua delação.

Janot ganhou um estímulo extra para agir. Ele sabe que a sucessora Raquel Dodge não hesitará em adotar as correções que ele deixar de fazer. A essa altura, não há mais espaço para a preservação da imunidade penal concedida aos criminosos da JBS. O que se discute é se Joesley e Cia. serão presos logo ou mais adiante. A responsabilização do ex-procurador Marcelo Miller tornou-se imperiosa.

Contra esse pano de fundo, a segunda flechada de Janot em Michel Temer, por mais forte que seja, parecerá um asterisco se o processo da delação não estiver saneado.
Herculano
05/09/2017 20:04
A INSTITUCIONALIDADE FOI ACHADA NO BUNKER DE GEDDEL

Conteúdo de O Antagonista.Gilmar Mendes disse o seguinte a O Globo:

"Eles tentaram arrastar o STF para a lama em que eles se meteram. Essa atitude tem que ser repudiada. Ele armou isso para atingir o STF. Esse processo todo é desastroso, um fracasso. A PGR terá que ser reconstruída e essa será a tarefa da procuradora Raquel Dodge. A PGR virou, com Janot, uma mula sem cabeça. Mas a institucionalidade no Brasil é muito forte. O Brasil sobreviveu a um desastrado na PGR. Temos que ter fé no nosso destino. O que ele tentou fazer no episódio revela sua total falta de escrúpulo."

A institucionalidade no Brasil foi achada no bunker de Geddel e, até o momento [as 19h, quando cansados a equipe de máquinas e contadores, se fez uma pausa para o jantar], foi contabilizada em 22,5 milhões de reais.
Herculano
05/09/2017 20:01
da série: o açougueiro que o PT transformou em empresário para fingir que investia numa mega empresa para ter parte desses recursos públicos como propina para si e assim alimentar os planos megalomaníacos de poder total de uma gangue.

EM NOTA, JOESLEY PEDE DESCULPAS POR "ATO VERGONHOSO"

A assessoria de imprensa da JBS soltou a seguinte nota, assinada por Joesley Batista e Ricardo Saud:

"A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e aos Excelentíssimos/ Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e a todos os membros do Ministério Público."

Estão zombando de todos nós ou ampliando a mentira para ferrar o país e os brasileiros? Wake up, Brazil!
Herculano
05/09/2017 19:51
É HORA DE DISCUTIR A PRIVATIZAÇÃO SEM POPULISMO E DISTORÇÕES, por Marcel Balassiano, economista, no Instituto Liberal

Nessa semana, o governo federal anunciou a entrada de 57 novos projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), distribuídos em diversos setores da economia, como aeroportos, rodovias, portos, energia elétrica e petróleo e gás. Com isso, o governo espera arrecadar R$ 44 bilhões (menos de um terço do déficit primário previsto só para esse ano, de R$ 159 bilhões).

O que mais gerou comentários (a favor e contra) foi a "Democratização do capital da Eletrobras em Bolsa", segundo consta no comunicado do Ministério de Minas e Energia.

Atualmente, a União tem 51% das ações ordinárias (ON), isto é, aquelas com direito a voto da empresa. O BNDES e a BNDESPAR (BNDES Participações S.A.) detêm juntos quase 20% das ações ON, além de uma parcela das ações preferenciais (PN). O governo pretende reduzir a participação da União no capital da empresa, como já foi feito na Embraer e na Vale, por exemplo.

Ainda segundo o comunicado, "a medida trará maior competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, sem as amarras impostas às estatais. Esse movimento permitirá à Eletrobras implementar os requisitos de governança corporativa exigidos no Novo Mercado, equiparando todos os acionistas - públicos e privados - com total transparência em sua gestão", já que "ineficiências (foram) acumuladas nos últimos 15 anos, que impactaram a sociedade em cerca de um quarto de trilhão de reais, concorrendo pelo uso de recursos públicos que poderiam ser investidos em segurança, educação e saúde".

E finaliza lembrando que a "nova Eletrobras segue um modelo de êxito adotado em diversos países, como Portugal, França e Itália, que transformaram suas estatais de energia elétrica em grandes corporações que atuam no mundo inteiro e mantêm sua identidade nacional".

Após essa sinalização de "democratização na Bolsa de Valores" da empresa, suas ações se valorizaram bastante (quase 50% no caso das ações ON), e o valor de mercado da empresa também cresceu significativamente.

O pacote de privatizações, inclusive da Eletrobras, é muito positivo para a economia. A empresa veio sofrendo inúmeras perdas nos últimos anos, assim como aconteceu com a Petrobras no passado recente. O fato de essas empresas serem estatais contribuiu para diversos problemas que elas tiveram.

A privatização é muito importante para o país, e é necessário que a sociedade e a classe política discutam o tema de forma limpa, sem os populismos e distorções que já marcaram este debate em eleições passadas. Quem sabe em 2018, isso não seja um dos grandes debates nas eleições presidenciais? E quem sabe mais empresas estatais não sejam privatizadas num futuro não tão distante?
Herculano
05/09/2017 19:44
DELAÇÃO TEM DE SER ANULADA; CASO DEVE IR PARA 1ª INSTÂNCIA; JOESLEY, SAUD E MILLER TÊM DE SER PRESOS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O que o ministro Edson Fachin, do Supremo, está esperando para provocar os seus confrades do Supremo? Não há ambiguidade ou interpretação alternativa possível. Ele tem de convocar os seus pares e encaminhar pura e simplesmente a anulação do acordo de delação premiada. Se as provas serão também anuladas, isso se vai ver. É o que diz a lei. Tudo o que emana desse acordo espúrio é, por óbvio, imprestável.

Feito isso, o senhor Joesley Batista e o resto da bandidagem são matéria para a primeira instância. E, então, vamos tentar entender a natureza do crime que se está confessando ali.

Vamos ver o que é que o sr. Joesley está combinando com o seu braço direito, o homem da mala, aquele que criou todas as circunstâncias para fabricar o que pretendem ser um flagrante a ser usado contra o presidente da República.

Não há ambiguidade possível no que diz Joesley. Segundo ele, a Odebrecht já havia liquidado com o Congresso. A seu grupo, sustenta o açougueiro, cumpre destruir o Supremo. E como farão isso? Bem, um dos instrumentos seria, ora que coisa!, José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça. Este teria no bolso alguns ministros do Supremo, né?

E pronto! E estaria tudo dominado. Quem iria se encarregar de operar essas coisas todas? Ora, o braço direito de Rodrigo Janot, Marcelo Miller, aquele que depois foi trabalhar oficialmente para a JBS no acordo de leniência, sobre quem o ínclito Janot chegou a emitir uma nota, lembram-se? Segundo disse no dia 20 de maio, o senhor Miller não tinha tido atuação nenhuma na delação premiada. Teria se limitado a participar do acordo de leniência.

Não fossem as trapalhadas do açougueiro de casaca, as coisas teriam ficado por isso mesmo. E, a esta altura, o senhor Rodrigo Janot estaria flanando nas denúncias feitas por outro patriota, Lúcio Funaro

Vejo o que andam a escrever alguns coleguinhas meus. Sinto certo constrangimento. As pessoas deveriam ter um mínimo de vergonha na cara e arcar com o peso de suas escolhas, ainda que tenham de dizer: "Errei!" Mas não! Os valentes decidiram agora que a operação não pode morrer.

É claro que não! Por que morreria? Ela tem de viver, de acordo com as regras, de acordo coma as leis, de acordo com o Estado de Direito. E é isso o que se pediu desde sempre.

Acontece, meus caros, que é preciso que prestemos atenção à gravidade da conversa de Joesley Batista com seu homem da mala. Ali, sim, está a mais descarada confissão de que estão organizados para obstruir a investigação. Não! Esperem! Joesley confessa, na verdade, um plano para obstruir o país. O que ele combina com Ricardo Saud é a destruição de um Poderes da República. E de que modo? Fica evidente que considera possível chantageá-lo. E, contam para tanto, com José Eduardo Cardozo, que tratam, como se vê lá, como alguém fraco e manipulável, mas com influência no Supremo.

E é por isso que esses senhores têm de ter a prisão preventiva decretada. Resta evidente que estão recorrendo a um instrumento de estado ?" o estatuto da delação premiada ?" para, por intermédio de um procurador que está a praticar ilegalidade, interferir nos destinos do Supremo Tribunal Federal. E a dupla ainda comemora aquele que seria o seu grande feito.

Segundo alguns pilantras que estão por aí, Rodrigo Janot sairia fortalecido desse episódio. É mesmo? Fortalecido por quê? Quem foi que deu a Joesley Batista e a Ricardo Saud tanto poder? Quem foi que lhes garantiu a impunidade para que pudessem dizer o que lhes desse na telha? Quem foi que os tratou como aqueles que tinham nas mãos os arcanos da República?

Ah, como é que a gente vai esquecer, não é?

O que dizia mesmo Janot sobre Joesley, em entrevista à Folha, no dia 7 de agosto? Eu lembro:
Se houve erro, foi de comunicação. Vamos lembrar. Recebo comunicado de que empresários relatariam com provas a prática de crime em curso do presidente, de um senador (Aécio Neves) que teve 50 milhões de votos na última eleição e seria virtualmente o novo presidente, de um deputado e de um colega [procurador] infiltrado na nossa instituição. Eles dizem: "A gente negocia tudo, menos a imunidade". A opção que tinha era: sabendo desse fato e não podendo investigar sem que colaborassem, teria que deixar que isso continuasse acontecendo ou conceder a imunidade. E mais: essas pessoas não só nos levaram áudios lícitos e válidos que comprovavam o que diziam. Elas se comprometeram a fazer ações controladas. Assumiram risco de fazer ações sem ter o acordo, e produziram prova judicial -a da mala do presidente, a da mala do senador, a da conversa do meu colega infiltrado-, e eu [ia] dizer assim: "Isso é muito pouco, eu quero que vocês tenham prisão domiciliar com tornozeleira.

Eis aí? Para ter uma acusação contra o presidente da República, o sr. Rodrigo Janot aceitou entregar tudo, inclusive a honra.

Também o procurador-geral terá de pagar o devido preço, não? Até porque essa porcaria toda não está por aí à-toa. Foi preciso que o procurador-geral desrespeitasse todos os protocolos de atuação, inclusive na relação com a Polícia Federal, para produzir tanta miséria institucional.

A propósito: o que fez Janot mudar tanto em um mês? Simples! A PF botou a mão na sujeirada de Joesley e amigos. E ela alvejava o coração de Janot. Ele se antecipou. O preço de mais essa prevaricação poderia ser a cadeia.

A propósito: o sr. Marcelo Miller passa ileso por essa? Acho que não, né? Parece que há uma outra prisão preventiva se adensando no horizonte.
Herculano
05/09/2017 13:14
DELATOR SE DESESPERA COM ERRO EM GRAVADOR: "DERRUBOU TUDO"

Conteúdo da Veja. Texto de Marcela Mattos, Laryssa Borges, Hugo Marques. A falta de manejo com o equipamento que gravou altas autoridades do país, entre elas o presidente Michel Temer, ficou evidenciada nos novos áudios entregues pelos executivos da JBS à Procuradoria-Geral da República (PGR). Logo no início do aúdio de quatro horas apresentado na última quinta-feira, o delator Ricardo Saud está desesperado achando que havia falhado na missão de gravar uma conversa com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, em que ele teria recebido propina e falado em "derrubar" a Operação Lava-Jato. Ao empresário Joesley Batista, Saud tenta justificar o possível erro: "Eu estava sem óculos".

"Ah não! Pelo amor de Deus, não faz isso comigo não. Eu não perdi essa gravação não, uai. Ah não, véi. Eu conversei com ele. Eu estava sem óculos. Não acredito que eu tenha errado", lamentou o ex-diretor de Relações Institucionais da JBS. Em seguida, Saud pede para que Joesley ligue para uma pessoa chamada Demilton para tentar solucionar o problema. "O que eu conversei com ele é muito sério. Acabou, morreu. Derrubou tudo."

Saud certamente jamais imaginaria que, naquele instante, estaria gravando a si mesmo e colocando em risco o acordo da delação que provocou uma hecatombe no país. Ele ainda tentou detalhar como manuseou o gravador: "Aí agora eu subi, eu puxei para cá. E se eu puxei pra cá, eu tinha ligado agora".

Na sequência da conversa, o ex-diretor da JBS contou que ouviu de Ciro Nogueira que a Odebrecht queria dar 40 milhões (não está clara a moeda) ao senador. "Eu falei: 'Ciro, tenta receber da gente aqui'". "Ele pegou a mala, fui lá e pus. E falei: 'Leva aí a roupa da minha irmã'", continuou Ricardo Saud, dando a entender que pagou propina ao parlamentar.

Os executivos da JBS, no diálogo, ainda tentam prever o tamanho do estrago que a divulgação das conversas envolvendo o presidente do PP causaria: "Ricardo, se nós mostrar (sic) só essa partezinha da fita do Ciro ?" sem a das putarias ?" só a partezinha de que vai derrubar a Lava-Jato, de que vai votar rapidinho e vai? Nossa senhora! Já pensou?", questionou Joesley.

Entre risadas, Joesley tenta tranquilizar o amigo: "Ricardo do céu, sabe por que eu não fico nervoso? Porque eu tenho certeza de que nós não vai (sic) precisar disso. Nós não vai usar nada disso. Eu penso assim. Vamos pensar assim".

Ainda não está claro se essa gravação contra Ciro Nogueira já está em poder do Ministério Público.
Herculano
05/09/2017 13:03
O SALTO ALTO DO JORNALISMO, por Ana Paula Henkel (Ana Paula do Vôlei), para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte do jornalismo assumiu como missão falar mal do presidente americano, como sabemos, dia sim e outro também. A tática de tentar puxar a opinião pública mais para a esquerda nunca sai de moda, mas este ano passou de qualquer limite.

É um desfile diário de exageros, simplificações e mentiras que a gente até perde o rebolado. A credibilidade da imprensa é a maior vítima da ideologização radical, das respostas fáceis para questões complexas, mas quando até um dos maiores desastres naturais dos EUA, a passagem do furacão Harvey, é usado na batalha política mais mesquinha, precisamos pedir um mínimo de decoro.

A passarela em que as notícias deveriam aparecer vestidas apenas com a verdade e os fatos foi invadida por uma fantasia: a primeira-dama, Melania Trump, estaria passeando pelo Texas de salto alto, insensível ao drama dos desabrigados. Uma balela tão mentirosa quanto aquela inventada contra Maria Antonietta e os brioches, o que nunca aconteceu, mas os jacobinos de ontem e de hoje nunca desistem.

O salto alto de Melania foi mais devastador para a turma das fake news que o próprio furacão. Como diria Joice Hasselmann, é a fake news media que anda merecendo o salto agulha. Ou lembrando o amigo Lobão, genial como sempre, quando a vida não tem muito sentido, sempre em dia com o próprio atraso, trocam o destino por qualquer acaso. Por favor, tenham bons ideais.

Se Melania é linda, chique, elegante, sóbria e uma mãe exemplar, precisamos arrumar um defeito, afinal ela é a esposa de Trump, o atual nazista de plantão. Ah, ela usa salto! Eu também, até as jornalistas que escreveram sobre os terríveis stilettos devem usar, mas Melania não pode usar na escada do Air Force One, mesmo que ela estivesse o tempo todo de tênis na sua passagem pelo Texas. Um tênis branco, deve ser coisa de nazista. Emoji olhando para cima, por favor.

Um jornal brasileiro chegou a republicar um texto cometido por uma destas "analistas" que andam precisando de análise. "Os sapatos de salto alto representam um distanciamento do governo com a realidade", "Os sapatos de Melania não são simples calçados", dizia. A má vontade com ela também não, respondo. Ah, o recalque, quantos crimes foram cometidos por você. Ela chama Melania de opressora, mas o tipo de opressão que ela causa na redatora é assunto de divã e não de jornal.

O mais curioso é que, poucos dias antes, parte da imprensa fashion proselitista mirava seus canhões para Baron Trump, o filho do primeiro casal. Ele estaria se vestindo de maneira displicente demais. Baron é criticado por ser casual, Melania por usar salto. Que deselegante.

Até Chelsea Clinton, filha de Bill e Hillary, declarou que a imprensa está indo longe demais com essa picuinha ideológica, patrulhando um menino de 11 anos. Quando a imprensa é repreendida por um Clinton por ir longe demais contra um Trump, você sabe que ela realmente saiu do controle. Literalmente.

Já disse e repito que não tenho simpatia por Trump. Meu candidato para a Casa Branca era o governador de Ohio, John Kasich, e Trump provavelmente era o último nome da minha lista nas primárias republicanas. Alguns de seus pronunciamentos me constrangem, mas quanto mais a imprensa é injusta e mesquinha com ele, mais sou obrigada a defender a verdade. É preciso dar um basta. Uma tragédia como a que o Harvey causou deveria trazer um pouco de sensatez ou vergonha, se é que ainda existe, para as viúvas de Obama.

Enquanto isso, na verdadeira América, todos se uniam acima das diferenças partidárias e ideológicas em nome da solidariedade. A grandeza não nasce automaticamente com a tragédia, como a última capa do Charlie Hebdo provou. A América sempre foi assim, unida nas suas calamidades, e espero, sempre será. Amém.

Vou ser acusada de Trumpista? Paciência. Quem é brasileiro sabe que apontar os erros do PT sempre gerou acusações de tucanismo por parte da imprensa "isenta", a mesma que hoje caça Trump impiedosamente. Ser a favor e torcer pela atual equipe econômica no Brasil e esboçar um sorriso com o tímido (e tão esperado) reaquecimento da economia, é ser tachada de "Fica Temer". Sempre soube, desde os meus tempos de atleta, que evitar o aplauso fácil é sempre o caminho mais difícil, que devemos sempre lutar pelo que é certo, verdadeiro e justo, mesmo que nos custe um preço. Talvez poucos calculem o custo de viver de mentiras.

Aos que perderam a pose e que não sabem a arte de andar de salto alto nem de escada rolante, saibam que "afinal de contas o fim do mundo não é nenhum fim de mundo e se for, descansem em paz". Décadence Avec Élégance.

Meu pai, homem sábio do interior, sempre dizia: "Cuidado onde pisa, o salto alto na lama afunda e suja muito mais do que pés descalços no chão."



P.S. Essa semana este blog comemora 1 mês de vida! Quero agradecer a vocês leitores que têm colocado essa coluna entre as mais lidas no Estadão. Vocês têm sido maravilhosos! Quero registrar também meu enorme agradecimento às minhas fontes de conhecimento e inspiração para os meus textos, como os jornalistas, escritores e analistas políticos Alexandre Garcia, Alexandre Borges, Bruno Garschagen, Guilherme Fiuza, Flávio Gordon, Rodrigo Constantino, Carlos Andreazza, Maria Lima, Flávio Morgenstern, Felipe Moura Brasil, Joice Hasselmann, Bene Barbosa entre outros profissionais que nos brindam com lucidez e inteligência diariamente. Obrigada a todos
Herculano
05/09/2017 12:59
EM ÁUDIO, JOESLEY FALA DE CARMEM LÚCIA, DILMA E DE GRAVAÇÃO COM CARDOZO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto da colunista Mônica Bérgamo. Nos grampos entregues pela J&F na semana passada, aparece um áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa, falam sobre um diálogo com o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que teria sido gravado.

Eles ainda fazem piada sobre uma suposta proximidade de Cardozo, da ex-presidente Dilma Rousseff e da atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.

Os dois conversam sobre a ideia de atrair Cardozo para um encontro, sob o pretexto de que gostariam de contratá-lo para serviços advocatícios.

No meio da conversa, eles arrancariam do ex-ministro da Justiça informações sobre magistrados do STF. Dependendo do teor delas, entregariam o conteúdo à PGR.

Os executivos da JBS entendiam que os procuradores tinham grande desejo de que as investigações alcançassem o Supremo.

No diálogo, Saud fala a Joesley que já tinha alertado um homem chamado Marcelo [supostamente o ex-procurador Marcelo Miller] de que, para comprometer o STF, o caminho seria José Eduardo Cardozo.

Saud diz ainda a Joesley que teria ouvido de Cardozo que o ex-ministro teria cinco ministros do STF no bolso. A afirmação é considerada uma bravata típica do executivo por interlocutores da própria JBS.

O encontro com Cardozo efetivamente ocorreu e a proposta de contratação também. A armadilha, porém, não teria funcionado a contento.

Cardozo teria feito afirmações genéricas sobre os magistrados e teria inclusive recusado propostas de pagamentos de honorários fora das vias regulares.
Sidnei Luis Reinert
05/09/2017 11:56
Bumerangue de Janot atinge PGR, STF e quem mais?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A famosa flecha do Procurador-Geral da República, que ainda ameaça acertar o Presidente da República, parece que se transformou em bumerangue. Uma inesperada "autodelação" feita por dirigentes do Grupo J&F (a holding da Família Batista) tem tudo para anular os prêmios obtidos pelos irmão Joesley e Wesley na famosa delação que teve Michel Temer como alvo principal. Agora, além de um ex-auxiliar de Janot, a flecha-bumerangue pode atingir até ministros do Supremo Tribunal Federal. Será que vai? Provavelmente, não. Depois do susto de ontem, hoje deve ser dia de desmentidos e de uma providencial "operação abafa".
Quatro supremos-magistrados teriam sido citados em quatro horas de gravação (feita "acidentalmente") entre os delatores premiados Joesley Batista e Ricardo Saud (dirigente da JBS). Rodrigo Janot se viu obrigado a pedir ao STF uma investigação sobre a conversa, nada republicana. Nela, os executivos da JBS citam que o hoje advogado Marcelo Miller (ex-procurador e assessor direto de Janot) teria atuado para garantir facilidades aos delatores junto à Procuradoria Geral da República.
A ironia da história é que Joesley e Saud teriam aberto o bico, enquanto estavam alcoolizados e testavam o sistema de gravação. Janot só fez questão de defender ontem que, mesmo que os delatores venham a perder sua "premiação", as provas obtidas não devem ser anuladas. Exatamente aí surge a brecha para Michel Temer se defender. Afinal, foi baseado no depoimento de Joesley que Janot ofereceu denúncia contra o Presidente da República por corrupção passiva. Temer foi salvo, dia 2 de agosto, pela decisão da maioria na Câmara que barrou o prosseguimento da ação. Temer só pode ser julgado pelo STF quando deixar o cargo e perder seu "foro privilegiado".
Com certeza, ainda na China, Temer deve ter soltado muito foguete com o bumerangue de Janot. Em junho, Michel Temer já tinha acusado o ex-procurador Marcelo Muller de "trabalhar em empresa que fez delação premiada". O Presidente detonara Miller: "Ganhou milhões em poucos meses. O que talvez levaria décadas para poupar. Garantiu ao seu novo patrão (Joesley) um acordo benevolente, uma delação que o tira das garras da Justiça, que gera uma impunidade nunca antes vista".
O advogado de Michel Temer, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, já traduziu como as flechadas de Janot se transformaram em um bumerangue: "Sim, a credibilidade da Procuradoria-Geral está abalada. As críticas nossas ao procurador-geral estão mantidas, com a observação que, desta feita, ele (Janot) agiu como fiscal no cumprimento da lei. Espero que ele continue assim, sem oferecer denúncia e sem atirar 'flechas'".
Resumindo: "Bumerangue" ou "flechada no pé" de Janot aliviam a barra de Michel Temer. Será que ele ainda vai apresentar aquela esperada nova denúncia contra Temer, antes de deixar o comando da PGR, no próximo dia 17? A aposta temerária é que não. E, se o fizer, o ataque já perde força antecipadamente...
Michel Temer tem muito poder. Sua vingança foi rápida, e silenciosa, a partir dos bastidores empresariais até chegar à PGR. O que motivou a J&F a se autodedurar? Quem conseguir a resposta provará que sabe como funciona o jogo de poder no Brasil sob domínio do Crime Institucionalizado...

E a Lava Jato, com a ajuda dos investigadores franceses, agora apura como ocorreu a suposta compra de votos para a Olimpíada acontecer no Rio de Janeiro de Serginho Cabral & Cia...
Herculano
05/09/2017 08:10
'SOU UM ORÁCULO', DIZ GILMAR SOBRE A FALA DE JANOT, por Josias de Souza

Em viagem ao exterior, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, pendurou-se ao telefone para trocar ideias com amigos no Brasil sobre a decisão do procurador-geral da República Rodrigo Janot de revisar a colaboração judicial da JBS. "Eu sou um oráculo", disse Gilmar num dos telefonemas, ao comentar o anúncio feito por Janot aos repórteres.

Desafeto do procurador-geral, o ministro afirmou que fizera "observações certeiras" na semana passada sobre "problemas" que estavam por vir. Gilmar mencionou entrevista concedida à coluna há seis dias. Nela, dissera o seguinte: "No primeiro embate com uma massa de dinheiro, dois procuradores ficaram no chão. Isso considerando apenas o que a gente sabe. Ainda pode aparecer mais coisas."

A que procuradores se refere?, quis saber o repórter. E Gilmar: "O Ângelo Villela, que foi preso, e o Marcello Miller." Perguntou-se ao ministro se estava se referindo ao caso JBS. "Exatamente", respondeu Gilmar. "Foi a primeira vez que eles enfrentaram uma montanha de dinheiro? E sabe-se lá que cositas más aconteceram."

Ex-procurador da República, Marcelo Miller, um dos personagens citados por Gilmar, deixou a força-tarefa da Lava Jato de forma suspeita. Demitiu-se da Procuradoria para ser admitido como sócio de um escritório de advocacia contratado pela JBS. Agora, Janot viu-se compelido a investigar a hipótese de Miller ter prestado serviço à JBS enquanto ainda estava na folha dos procurador da Lava Jato.

Gilmar declara-se convencido de que serão anuladas as provas obtidas por meio de delações como a da JBS. Avalia que ficará demonstrado que Marcelo Miller treinou Joesley Batista e outros delatores para gravarem seus interlocutores, produzindo "flagrantes forjados". Algo que, segundo Gilmar, converteria o áudio em que soa a voz de Michel Temer numa "prova ilícita", passível de anulação.

O ministro aconselhou os amigos a anotarem mais duas de suas "previsões oraculares." Disse que, além dos problemas detectados na colaboração da JBS, outros acordos se revelarão inconsistentes. Citou as delações do ex-senador petista Delcídio Amaral e do ex-presidente da Transpetro Sergio Machado. De resto, Gilmar fez um vaticínio como quem roga uma praga contra o signatário de dois pedidos suspeição protocolados contra ele no Supremo: "O Janot vai terminar como o Protógenes Queiroz [ex-delegado federal que teve atuação contestada ao chefiar a Operação Satiagraha)".
Herculano
05/09/2017 07:57
MESMO ANTES DA ABERTURA, A ESTA HORA DA MANHÃ, O MERCADO FINANCEIRO ESTÁ EM EBULIÇÃO. E POR QUE? PORQUE ACHA QUE A SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA TEMER NÃO VIRÁ E SE VIR, NÃO TERÁ FORÇA NA JUSTIÇA E NA CÂMARA.

ASSIM, AS REFORMAS ESTARIAM DE VOLTA À PAUTA E COM CHANCES DE SEREM APROVADAS PELO CONGRESSO

O MERCADO PARECE QUE NÃO CONHECE OS POLÍTICOS PARLAMENTARES E OS QUE MANIPULAM O JOGO POLÍTICO BRASILEIRO. TUDO É TEMA PARA CHANTAGEM E BUSCA DE BENEFÍCIOS PR?"PRIOS

ENQUANTO NÃO SE MUDAR OS NOMES RADICALMENTE DOS POLÍTICOS NO CONGRESSO E NO PODER, AS CHANCES DO BRASIL SER UM PAÍS DECENTE E COMPETITIVO É QUASE ZERO

A ELEIÇÃO DO ANO QUE VEM É UMA PEQUENA CHANCE
Herculano
05/09/2017 07:52
RODAPÉ

De Mário Sabino, ex-editor da Veja e sócio de O Antagonista, Mário Sabino, no Twitter

Joesley, Miller, Temer, ministros do STF e esse patético Janot serão notas de rodapé diante da segunda condenação de Lula por Sérgio Moro.
Herculano
05/09/2017 07:48
ESCÂNDALO ENVOLVE MILHõES E TRÁFICO DE INFLUÊNCIA, por Claudio Humberto, a coluna que publicou nos jornais brasileiros

O áudio obtido pela Procuradoria Geral da República incrimina o ex-procurador Marcelo Miller, que foi braço direito do procurador-geral Rodrigo Janot, em suposta "venda de influência" junto ao chefe da PGR na negociação de delação premiada. Miller teria se beneficiado, segundo a revista Veja, por um contrato de US$27 milhões (R$85 milhões) do escritório que fazia a defesa de Joesley Batista. O escritório e Miller negaram isso, após a revista citar os valores.

TRANSPARÊNCIA
Antes que vazasse o áudio de 4 horas de conversa entre delatores da JBS, Janot tomou a iniciativa de expor a denúncia publicamente.

ANULAÇÃO POSSÍVEL
Janot diz que a denúncia contra Miller não invalida provas, nem o instituto da delação, mas advogados apostam em anular a delação.

SEM QUARENTENA
Marcelo Miller participou de reunião na Procuradoria-Geral como advogado da JBS seis dias depois de deixar sua carreira pública.

PRAZOS RESPEITADOS
Marcelo Miller já se defendeu da acusação de "virar a casaca" em troca de dinheiro, afirmando haver observado os prazos constitucionais.

BRASIL PODE EVACUAR DIPLOMATAS E FECHAR EMBAIXADA NA COREIA DO NORTE
O governo pode deflagrar a qualquer momento um plano de evacuação da embaixada do Brasil em Pyongyang (Coreia do Norte), diante da iminência de um conflito. Há dois diplomatas brasileiro naquele posto, incluindo o encarregado de negócios, Cleiton Schenkel. O clima d etensão amento após o regime do tirano Kim Jong-Un detonar uma bomba H que em seu próprio país. O governo Michel Temer protestou fortemente contra mais esse ato de ameaça à paz mundial. A evacuação da embaixada pode ser o primeiro passo para fechar a representação diplomática.


É CARO E SEM SERVENTIA
Só o Brasil e mais 25 países estão na Coreia do Norte. Na embaixada brasileira construiu até abrigo subterrâneo, diante do risco de conflito.

IDEIAS DE JERICO
FHC estabeleceu relações, mas foi Lula quem instalou a embaixada na Coreia do Norte, antigo aliado da esquerda brasileira.

UFA, ESCAPAMOS
Pyongyang deu ajuda financeira e militar a grupos de guerrilha como ALN e VPR. Queriam fazer do Brasil uma enorme Coreia do Norte.

CHURRASCO FOI BOA IDEIA...
Após seminário de investimentos que reuniu mais de 300 empresários locais e brasileiros, em Pequim, a Apex ofereceu um autêntico churrasco brasileiro. Foi um sucesso, disputado a tapa pelos chineses.

...MAS A CAIPIRINHA...
No churrasco oferecido pelo Brasil, durante a visita oficial de Michel Temer, sucesso fez a caipirinha, que os chineses beberam como suco. Não por acaso, boa parte deles não voltou às reuniões após o almoço.

UM PARTO
O presidente da OAB, Cláudio Lamachia aguarda há quase 9 meses o julgamento da ação que ingressou no Tribunal Regional Federal da 1ª Região contra a cobrança de bagagem pelas companhias aéreas.

NÃO É A PRIMEIRA VEZ
A rede britânica BBC, ao contrário da mídia brasileira, reconheceu que a reação dos oportunistas de sempre à extinção da reserva mineral na Amazônia (Renca) foi "histeria", "infantilidade" e "desinformação".

CASSINOS RENTÁVEIS
Em artigo para o site Diário do Poder, o presidente da Loterj, Sérgio de Almeida, prevê que o funcionamento de cassinos poderia gerar até R$80 bilhões ao Rio de Janeiro; 30% em impostos.

CASTRAÇÃO QUÍMICA
Magistrados experientes só acreditam em castração química, para o caso do ejaculador de São Paulo. Após 17 "passagens" pela polícia, a Justiça paulista finalmente decidiu por uma "ficagem" do tarado.

ISSO PEGA
Em Alagoas, o presidiário Medson Borges, 22, envolvido com tráfico e assassinato, foi diagnosticado com meningite bacteriana. Apesar disso, agentes e presos que tiveram contato com ele não foram examinados.

RUA NA OBRA
Projeto do deputado Paulo Texeira (PT-SP) obriga empresas privadas, vencedoras de licitações para realizar obras públicas, a contratar "trabalhadores em situação de rua".

PENSANDO BEM...
...não era flecha, era bumerangue.
Herculano
05/09/2017 07:45
ÁUDIO-PASTELÃO DE JOESLEY FLECHOU O PÉ DE JANOT, por Josias de Souza

A esperteza de Joesley Batista era tamanha que acabou engolindo o dono. O empresário conseguiu a proeza de se autogrampear num diálogo-pastelão com seu executivo Ricardo Saud. A conversa revela uma trama na qual o procurador-geral da República Rodrigo Janot aparece no papel de bobo e ministros do Supremo Tribunal Federal são associados a trambiques. Repassada à Procuradoria por descuido, a gravação deve levar Janot a fazer por pressão o que não fez por precaução. Premiados com uma imunidade penal inédita, os delatores do Grupo JBS estão agora a um passo da cadeia.

Batizada de 'Piauí Ricardo 3', a gravação foi feita em 17 de março de 2017. Chegou à Procuradoria às 19h da última quinta-feira. Deveria conter um diálogo comprometedor de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F, controladora da JBS, com o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente do PP. Entretanto, ao escutar o áudio, no domingo passado, uma procuradora da Lava Jato se deparou com o diálogo desqualificado em que Joesley e Saud atiram contra os seus próprios interesses e acertam uma flechada no pé de Janot. De quebra, cutucam togas do STF.

O conteúdo da gravação, por inusitado, levou Janot a concluir que Joesley e Saud não sabiam que se auto-grampeavam. Um nome salta do diálogo como pulga no dorso de um vira-lata: Marcelo Miller. No dia em que a gravação foi feita, Miller era procurador da República. Integrava o time de Janot na Lava Jato. A certa altura, Saud diz a Joesley que estava "ajeitando" as coisas com Miller. O auxiliar de Janot inclusive já havia remetido uma mensagem sobre a Operação Carne Fraca para Francisco de Assis e Silva, outro executivo da JBS que se converteria em delator.

Havia mais e pior: a conversa entre Joesley e Saud deixava claro como água de bica que a dupla contava com os bons préstimos de Marcelo Miller para obter vantagens de Rodrigo Janot na celebração de um acordo judicial. Em troca, Miller seria admitido como sócio num escritório de advocacia. Dez dias depois da gravação, o Grupo JBS foi reconhecido como colaborador da Lava Jato. Os delatores obtiveram a premiação máxima prevista em lei: a imunidade penal.

Em 5 de abril, Marcelo Miller pediu exoneração do cargo de procurador da República, um dos contracheques mais cobiçados do serviço público. Dias depois, o doutor apresentou-se ao Ministério Público Federal como sócio da banca de advogados Trench, Rossi e Watanabe, que havia sido contratada para negociar um acordo de leniência em nome da J&F, a holding da JBS.

No ofício que redigiu nesta segunda-feira para comunicar as novidades ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, Janot anotou: "Essa sucessão de datas é importante porque sugere a participação de então membro do Ministério Público Federal em atividade supostamente criminosa e/ou de improbidade administrativa."

"Além disso", prosseguiu Janot, "há trechos no áudio que indicam a omissão dolosa de crimes praticados pelos colaboradores, terceiros e outras autoridades, envolvendo inclusive o Supremo Tribunal Federal." Não é só: "O colaborador Ricardo Saud [?] apresentou anexo declarando possuir conta no exterior, mais precisamente no Paraguai, a qual não havia sido informada."

Diante de um encadeamento de fatos tão perturbador, não restou a Janot senão abrir um procedimento para reavaliar o acordo de delação da JBS, especialmente no que diz respeito a Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, o executivo que recebera o relatório do procurador infiltrado sobre a Operação Carne Fraca.

Constrangido pelos fatos, Janot concovou uma entrevista coletiva para o começo da noite. Antes, esteve no Supremo para antecipar seus passos ao relator Fachin e à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Na conversa com os repórteres, o procurador-geral foi econômico. Contou o pecado sem dar nome aos pecadores. Transferiu para o Supremo a decisão de divulgar o áudio ?"mantendo em segredo, se Fachin achar que é o caso, trechos sobre a vida privada dos personagens.

Janot poderia ter evitado o constrangimento. Não é de hoje que a migração de Marcelo Miller da força-tarefa da Lava Jato para um escritório privado desperta suspeitas. Críticos da atuação da Procuradoria ?"como o ministro Gilmar Mendes, do Supremo?" já falaram publicamente sobre a desconfiança de que o ex-auxiliar de Janot orientou Joesley na preparação do grampo que captou a voz de Michel Temer no subsolo do Jaburu.

O próprio Temer, numa manifestação feita em junho, citou Marcelo Miller e os "milhões" que ele recebeu para mudar de lado. Insinuou que Janot poderia ser beneficiário da operação (veja no vídeo abaixo). O procurador-geral rechaçou a suspeita. Sustentou a tese segundo a qual Miller atuara apenas na negociação do acordo de leniência da JBS. Nessa versão, ele nada teria a ver com a colaboração premiada da Lava Jato. Janot não imaginava que seria compelido a dar o braço a torcer graças a um diálogo desastrado dos delatores que ele premiou.



Um repórter perguntou a Janot: Não fosse pela imunidade penal concedida aos delatores, caberia um pedido de prisão? E o procurador-geral: "Tudo é possível. Vamos ver como é que fica a avaliação dessa revisão do acordo. Eles têm imunidade uma vez que o acordo esteja hígido. Se o acordo ruir ?"total ou parcialmente?", essa essa imunidade não existirá mais." Comparado com aquele procurador-geral que defendia com tenacidade a premiação dada à JBS, este Janot da coletiva estava irreconhecível.

Janot empenhou-se em esclarecer durante a entrevista que a "provável" revisão da colaboração da JBS levará à rescisão parcial ou total dos benefícios concedidos aos delatores. Mas o Estado não deixará de aproveitar as provas obtidas por meio das delações. Assim prevê a lei. O que o procurador-geral não disse é que, do ponto de vista político, suas flechas perderam o curare, veneno que traziam na ponta. A apenas 13 dias de transferir seus ''bambus'' à sucessora Raquel Dodge, Janot converteu-se de arqueiro em alvo.

Michel Temer, seus advogados e os aliados do governo passaram a enxergar o desgaste do procurador-geral como uma oportunidade a ser aproveitada. Avalia-se no Planalto que ficou mais fácil derrubar na Câmara a segunda denúncia que Janot planeja oferecer contra o presidente.
Herculano
05/09/2017 07:32
SE MARCELO MILLER, BRAÇO-DIREITO DE JANOT, INSTRUIU DELATORES, TODA A OPERAÇÃO ESTÁ ANULADA, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Ah, fiquei muito comovido ao ver um grupo de jornalistas a tomar o lugar de ministros do Supremo e, ora vejam, a repetir a ladainha de Rodrigo Janot, o, desculpem a franqueza, Mistificador Geral da República. Os coleguinhas asseguravam que, a depender dos desdobramentos das falcatruas que vieram à luz envolvendo as delações de Joesley e companhia, os benefícios da delação à bandidagem podem ser revistos ou cancelados, mas a operação não poderia ser anulada, e as provas seguiriam válidas.

Uma ova! Em primeiro lugar, quem define isso é o Supremo, não os jornalistas, por esforçados que sejam. Em segundo lugar, se Marcelo Miller atuou, na condição de procurador, na preparação das ações de Joesley Batista, podem esquecer: NADA DA OPERAÇÃO VAI PARAR DE PÉ. E ISSO INCLUI AS PROVAS. A razão é simples: estaríamos diante de uma ilicitude porque ser trataria de um caso clássico de flagrante armado.

No dia 19 de maio de 2017, meus caros leitores, a sexta-feira que antecedeu a terça em que vazaram uma conversa minha com uma fonte (ou foi a Polícia Federal ou foi a Procuradoria Geral da República), publiquei um texto cujo título era este: "Temer foi vítima de atos ilegais; democracia rejeita 'entrapment'."

O que é o "entrapment"? É a cilada, a armadilha, a arapuca. E o que escrevi naquele texto?

"Se surgir uma evidência de que os contatos de Joesley com o MPF e com PF antecederam a gravação, estaremos diante da nulidade da operação. É simples assim. Mais: autoridades teriam participado de uma conspiração ?" esse é o nome ?" para gravar o presidente de forma ilegal. Edson Fachin, no entanto, não quis nem saber: homologou tudo".

Todo cuidado é pouco, claro, mas Janot já sabe que uma das gravações evidencia que Marcelo Miller, seu então braço-direito, simplesmente passa instruções aos futuros delatores, o que é absolutamente ilegal.

O que fez agora o procurador-geral? Encaminhou as evidências ao Supremo. E por que Janot não tornou pública a conversa e ponto final? O procurador-geral deu a entender que haveria questões que dizem respeito a ministros do Supremo. Quais ministros e por quê? Bem, isso ele não disse.

Armadilha, cilada, preparação de flagrante.

E essa foi precisamente a acusação que sempre fiz aqui, não é? E sei muito bem o que enfrentei por isso.

Que fique claro uma vez mais: Miller era o principal auxiliar de Rodrigo Janot. Eis que, de repente, ele anuncia a sua saída da Procuradoria Geral da República ?" exonerou-se do Ministério Público Federal ?" para atuar como advogado. Em casos como o seu, a Constituição prevê uma quarentena de três anos ?" combinação dos Artigos 95 e 128 da Constituição. Não! Ele não esperou esse tempo. Três dias depois, já estava advogando para a JBS.

Mas quê? Por mais que alguns apontassem as obvias irregularidades, os mistificadores criaram uma cortina de silêncio. Ou não vimos, há alguns dias, bananas a sair às ruas para pregar, ora vejam, o impedimento de? Gilmar Mendes. Sim, uma poderosa campanha, com farto apoio midiático, fazia do ministro do Supremo um inimigo da Lava-Jato e das investigações.

Sim, sempre restará a questão: Janot poderia ter omitido isso tudo, dando curso à farsa na forma original? Há quem queira que o homem está sendo de uma honestidade como nunca se viu antes na história deste país. Uma ova! Esse material que levou o procurador-geral a passar por essa assombrosa vergonha ?" na hipótese de que vergonha reste ?" ficaria disponível para o exame de outros.

Sabendo o que Janot sabe, se ele tivesse silenciado, só um lugar o aguardaria: a cadeia.

Tudo, nessa história patética, estava errado, não é? Como esquecer que não está na tal gravação nem mesmo o suposto diálogo que deu início ao caos ?" aquele em que Temer teria dado sinal verde para comprar o silêncio de Cunha. Não está na gravação, como se sabe. Mas foi tomado por setores da imprensa como sinônimo de verdade.

Pois é? Que bom que o presidente da República não seguiu aquela orientação dada pelo editorial do jornal "O Globo", lembram-se? Aquele que recomendava que Temer renunciasse.

Que conselho dará agora o jornal a Janot?
Herculano
05/09/2017 07:28
POLÍCIA FEDERAL FAZ BUSCAS NA CASA DE NUZMAN

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Faisto Macedo e Julia Affonso. A Polícia Federal faz buscas nesta terça-feira, 5, contra o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, na Operação Unfair Play. O executivo está sob suspeita de investigação iniciada na França sobre propina de US$ 1,5 milhão.

Nuzman foi intimado a depor nesta terça. A investigação mira na compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada 2016.

A Unfair Play foi deflagrada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pela Receita contra "um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro".

Um procurador francês acompanha a operação, que cumpre outros mandados. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7 Vara Federal do Rio.

O empresário Artur de Menezes e Eliane Cavalcante, sua sócia, são alvos de mandado de prisão.

Em nota, a PF informou que setenta policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal/RJ, na cidade do Rio de Janeiro (Leblon, Ipanema, Lagoa, Centro, São Conrado, Barra da Tijuca e Jacaré), no município de Nova Iguaçu/RJ e em Paris/França.

Segundo a PF, as investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.

O fatos apurados indicam a possibilidade de participação do dono das empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos.

Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Herculano
05/09/2017 04:51
GRAVAÇÃO DA JBS QUATRO MINISTROS DO SUPREMO

Conteúdo da revista Veja. Texto de Rodrigo Rangel.A gravação de quatro horas que poderá levar à anulação da delação premiada dos executivos da JBS traz menções comprometedoras a quatro ministros do Supremo Tribunal Federal.

Uma dessas menções é considerada "gravíssima" pelos procuradores ?" embora as demais, nas palavras de quem as ouviu, também causem embaraços aos envolvidos.

Fontes com acesso ao áudio revelaram a VEJA que os ministros são citados pelos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud em situações que denotam "diferentes níveis de gravidade".

Algumas são consideradas até banais, mas "ruins" para a imagem dos ministros. Mas uma delas, em especial, se destaca por enredar um dos onze ministros da corte em um episódio que parece "mais comprometedor".

A expectativa é de que o Supremo torne a gravação pública nesta terça-feira.

Joesley e Saud se gravaram durante o processo de negociação da delação premiada com a Procuradoria. Aparentemente, estavam aprendendo a operar um dos gravadores que usariam para registrar conversas com autoridades.

O áudio, diz uma fonte, indica que ambos estavam sob efeito de álcool durante a conversa - o que, de acordo com autoridades que trabalham no caso, não elimina a necessidade de investigação sobre o teor do diálogo.
Herculano
05/09/2017 04:41
GRAVADOR DE BÊBADO NÃO TEM DONO

Conteúdo de O Antagonista. Joesley Batista, alcoolizado, confessou seus crimes para um gravador que não sabia ligado. E ainda entregou a gravação para a PGR.

Foi traído também pela embriaguez da autoconfiança.
Herculano
05/09/2017 04:31
CHAGA EXPOSTA, Conteúdo da Coluna Painel (Daniela Lima e Thais Arbex), no jornal Folha de S. Paulo

A suspeita de que o ex-procurador Marcello Miller atuou dos dois lados do balcão - municiando investigados com informações em uma frente e liderando apurações na outra - coloca em xeque não só a delação da JBS, mas ao menos dois outros acordos que ele capitaneou e que se desenrolaram em molde semelhante ao dos irmãos Batista. Sérgio Machado e Nestor Cerveró também conquistaram o título de colaboradores após gravarem, de maneira oculta, políticos e autoridades.

Perdas e danos
Os políticos que foram alvo da delação da JBS partirão para a tese de que os flagrantes obtidos pela PGR foram armados por Miller em parceria com os irmãos Batista, o que poderia anular o acordo.

Sei o que você fez
O trabalho do procurador-geral, Rodrigo Janot, também será questionado. Investigadores da Polícia Federal já diziam, antes da explosão do escândalo envolvendo Miller, que o prazo em que a delação da JBS foi fechado era "atípico".

Efeito dominó
Em depoimento em junho de 2016, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró mencionou Miller. Ao explicar o contexto da gravação que seu filho fez com o ex-senador Delcídio do Amaral - determinante para ele conseguir a delação - disse que "o Marcelo falou (?): 'só com seu depoimento não vou reabrir o caso'".

Efeito dominó 2
Depois, Cerveró afirmou que a iniciativa de grampear Delcídio foi de "Bernardo com a - vamos lá - com a sugestão do próprio procurador". Interpelado, voltou atrás. Disse ter se expressado mal.

Voa
A crise na PGR deve acelerar o processo de expulsão de Marcello Miller da Ordem dos Advogados do Brasil. A investigação sobre a atuação do ex-procurador será anexada ao processo que corre no Conselho de Ética da entidade no Rio de Janeiro.

Por falar nisso
Fachin decretou sigilo, no último dia 30, de outra gravação feita acidentalmente pelos delatores da JBS, atendendo a solicitação de Francisco de Assis e Silva, que era diretor jurídico do grupo, e também firmou acordo de colaboração.

Bis!
No pedido, Silva alegou que a gravação tinha diálogos entre advogado e cliente - no caso ele, uma defensora e Joesley. Esta também trata dos rumos da apuração.
Herculano
05/09/2017 04:25
DELAÇÃO EM XEQUE, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo.

A reviravolta na delação da JBS embaralha as cartas num momento decisivo para a Lava Jato. A operação já estava sob ataque em várias frentes simultâneas. Agora pode ser obrigada a recuar em seu maior acordo de colaboração.

O procurador Rodrigo Janot não abriu o jogo, mas informou que o Ministério Público descobriu fatos "gravíssimos". Eles estão relatados em conversa entre o empresário Joesley Batista e o lobista Ricardo Saud, que conduzia os acertos do frigorífico com os políticos.

De acordo com Janot, o novo áudio traz revelações importantes. Primeira: a JBS omitiu crimes ao negociar o acordo de delação. Segunda: surgiram indícios contra o ex-procurador Marcelo Miller, que integrava a cúpula da Lava Jato.

Para completar, a conversa conteria "referências indevidas" à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Mesmo sem detalhes, a menção à corte eletrizou o ambiente em Brasília.

Janot afirmou que o novo áudio pode ter uma consequência imediata: a anulação do acordo com a JBS. Ele fez questão de dizer que isso envolve os benefícios negociados com os empresários, e não o uso das provas que eles forneceram.

De qualquer forma, o governo e seus porta-vozes festejaram. Afinal, a delação da JBS embasou a primeira denúncia criminal contra Michel Temer. E ainda deve voltar a ser citada na segunda denúncia, a ser apresentada nos próximos dias.

O presidente e seus defensores sonham em usar a novidade como pretexto para a anulação das investigações. Isso significaria condenar a Lava Jato à gaveta dos tribunais, como aconteceu com outras grandes operações contra a corrupção, como a Castelo de Areia e a Satiagraha.

Por outro lado, houve um evidente exagero nos benefícios concedidos aos irmãos Batista. Neste ponto, a descoberta do novo áudio pode dar ao Ministério Público uma chance para corrigir seu próprio erro.
Herculano
05/09/2017 04:23
FLECHADA NO PÉ ANTES DE NOVA DENÚNCIA É A MAIOR DERROTA DE JANOT, por Igor Gielow, no jornal Folha de S. Paulo

O anúncio de que o acordo de delação premiada da JBS poderá ser revisto por omissões importantes é a maior derrota política do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em seu embate com o presidente Michel Temer (PMDB).

Às vésperas de entregar uma nova denúncia contra o peemedebista, o reconhecimento do problema na apuração é um desastre para o procurador-geral. Como ele mesmo disse, o que foi descoberto pode vir a anular privilégios dados aos irmãos Batista, mas não interferirá na validade das provas até aqui coletadas no caso que envolve não só Temer, mas nomes graúdos da elite política do país.

Isso pode ser verdade, juridicamente, embora certamente haverá contestações. Do ponto de vista político, contudo, fica reforçado o discurso do Planalto e de políticos aliados a Temer de que os Batista são "bandidos" que teriam ou manipulado os investigadores para obter benefícios ou coisa pior ?"como o que transpareceu até aqui na relação do procurador Marcelo Miller com a JBS insinua.

Na noite desta segunda (4), políticos governistas já trocavam mensagens por aplicativos comemorando o "fim de Janot". É claro que isso é um exagero, mas é evidente que a maré interna no Congresso tenderá a virar em favor do presidente na avaliação da nova denúncia.

Até aqui, deputados da base governista vinham pintando um cenário difícil para o peemedebista, que teve a primeira denúncia barrada em agosto na Câmara à custa do adiantamento de verbas de emendas parlamentares e promessas de cargos. Como parte da fatura não foi honrada, os parlamentares começaram a subir o preço do novo apoio em forma de ameaça ao Planalto.

O fato de que vai deixar o cargo no próximo dia 17 também atrapalha a vida de Janot. Em vez de concentrar-se exclusivamente no caso, terá de lidar com a agenda negativa e as implicações graves para o trabalho de investigação da Operação Lava Jato.

Depois, o problema será de Raquel Dodge, a nova procuradora-geral. Os olhos do mundo político estarão sobre ela e na forma com que conduzirá os esforços da Lava Jato. Quem a conhece aposta numa atuação mais discreta, mas tecnicamente rígida e imune a concessões.

A flechada no pé, para ficar na expressão imortalizada por Janot, coroa uma série de acusações de açodamento, talvez motivado por messianismo político, direcionadas ao procurador-geral, o que ele sempre negou.

Na vida pública, atos finais costumam ter peso maior do que o conjunto da obra na hora de avaliar uma carreira. Como dizem os chineses que receberam o antípoda Temer nos últimos dias, basta um pedaço de carne podre para estragar todo um cozido. Janot corre esse risco
Herculano
05/09/2017 04:21
RODRIGO JANOT ABRE INVESTIGAÇÕES E AMEAÇA CANCELAR DELAÇÃO DA JBS

Conteúdo de Reynaldo Turollo Jr e Letícia Casado, da sucursal de Brasília. Em pronunciamento nesta segunda (4), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou abertura de investigação que pode levar ao cancelamento da delação de três executivos do grupo J&F, dono da empresa JBS.

Janot abriu procedimento de revisão dos acordos de três dos sete delatores do grupo: Joesley Batista, um dos donos do frigorífico, Ricardo Saud e Francisco de Assis.

O procurador-geral, que deixa o cargo no dia 17 de setembro, citou indícios de omissão de informações sobre práticas de crimes no processo de negociação do acordo. O problema surgiu após os delatores entregarem à PGR (Procuradoria-Geral da República), na semana passada, novos áudios.

Em uma conversa de cerca de quatro horas entre Joesley e Saud -que aparentemente não sabiam que estavam se gravando-, há indícios de crimes cometidos por agentes da PGR e do STF (Supremo Tribunal Federal).
A gravação foi feita em 17 de março, dez dias depois de Joesley ter gravado o presidente Michel Temer e dias antes de assinar o acordo. Ela ainda não passou por perícia.

Na sexta (1º), o "Painel" revelou que Joesley também gravou os próprios advogados -teria feito isso por não saber manusear o aparelho.

O áudio que motivou as medidas de Janot não é um dos que foram recuperados do gravador de Joesley pela Polícia Federal, segundo a PGR. Foi levado espontaneamente pelos delatores na semana passada, no último dia do prazo para entrega do material complementar à delação.

A conversa foi encontrada em meio a um material referente ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), apurou a Folha.

"Áudios com conteúdo gravíssimo foram obtidos na quinta-feira [31]. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à PGR e ao Supremo", disse Janot.

"Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcello Miller, que ao longo de três anos foi auxiliar do gabinete do procurador-geral."

Pelo diálogo entre Joesley e Saud, Janot suspeita que Miller tenha ajudado a JBS a confeccionar uma proposta de acordo de delação.

Na gravação, Saud diz que já estaria "ajeitando" a situação do grupo J&F com Miller e que o então procurador estaria "afinado" com eles.

INTIMIDADE

Quando comentam sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada no início deste ano, um dos delatores diz que Miller enviou "extensa mensagem" para Francisco de Assis, diretor jurídico da J&F, tentando justificar a situação.

Em um dado momento, os delatores falam que esperavam que Miller facilitasse o caminho junto à PGR, "inclusive sugerindo futura sociedade em escritórios de advocacia em troca no processo de celebração dos acordos de colaboração premiada", informou a Procuradoria.

Miller pediu sua exoneração do Ministério Público Federal em fevereiro e saiu em 5 de abril. Logo depois, foi trabalhar como sócio no escritório Trench, Rossi e Watanabe, em São Paulo, contratado para fazer o acordo de leniência (de pessoa jurídica) da J&F.

Janot disse que o MPF atuou na mais absoluta boa-fé ao fechar acordo com a JBS.

Conforme a lei, segundo o procurador-geral, se a culpa do colaborador ensejar a rescisão do acordo, ele perde todos ou alguns dos benefícios, mas o Estado pode utilizar as provas em processos.

Janot afirmou ainda que a revisão dos benefícios não inviabiliza a apresentação de novas denúncias -inclusive a esperada contra o presidente Michel Temer, que não foi citado nominalmente.

"Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo poderá ser rescindido. A eventual rescisão não invalida as provas até então oferecidas", disse.

Janot disse que os delatores da JBS terão de depor até sexta-feira (8) para esclarecer o áudio. Questionado se podem ser presos, o procurador disse que "tudo é possível".

"Eles têm imunidade uma vez que o acordo esteja hígido. Se o acordo ruir, essa imunidade não existirá mais. É bom que esse caso seja exemplar para que todo o mundo entenda que o colaborador tem o compromisso de acompanhar todo o processo penal contribuindo na obtenção da prova", disse Janot.

Os novos áudios da JBS foram remetidos pela PGR ao ministro do STF Edson Fachin, relator do caso, que deverá decidir sobre a divulgação ou não dessa gravação.

A delação da JBS não está sob sigilo, mas, segundo Janot, o áudio tem trechos que envolvem "direito à personalidade e à intimidade" de agentes da PGR e do STF.

Além dos novos áudios, Janot informou que um dos motivos para revisar a delação é que Saud apresentou só agora uma conta não declarada em um banco no Paraguai.
Herculano
04/09/2017 18:12
BRASIL JÁ GASTOU QUASE R$ 6 BILHõES COM MÉDICOS CUBANOS

O Antagonista obteve dados atualizados e inéditos sobre o gasto do governo brasileiro com o Programa Mais Médicos.

Em apenas quatro anos, foram repassados à Opas (Organização Panamericana de Saúde), com destino final a Cuba, mais de R$ 5,7 bilhões.

Desse total, R$ 4,3 bilhões foram gastos com a chamada "bolsa-formação", o nome que se dá ao "salário" dos médicos cubanos.

Como a ditadura dos Castro embolsa 75% do valor pago pelo governo brasileiro, algo em torno de R$ 3,2 bilhões foram desviados da finalidade original do programa.

A cifra é superior aos R$ 2,9 bilhões que o BNDES emprestou para obras do Porto de Mariel (R$ 2,4 bilhões), aeroporto de Havana (R$ 525 milhões) e para construção de fábricas locais (56 milhões).

Significa dizer que o Brasil entregou ao governo cubano dinheiro suficiente para construir outro porto, outro aeroporto e mais fábricas. Dinheiro que não será devolvido.

Para quem tem curiosidade, a diferença entre o total de R$ 5,7 bilhões e os R$ 4,36 bilhões das "bolsas" ?" cerca de R$ 1,3 bilhão ?" foi usada para pagamento de passagens aéreas, consultorias, auxílios diversos e com a taxa de administração da OPAS.
Herculano
04/09/2017 18:10
SEGURANÇAS DE GOVERNADOR PETISTA ESPANCAM HOMEM QUE CRITICOU LULA

Conteúdo de O Antagonista. Seguranças do governador Wellington Dias e "militantes" do PT espancaram o engenheiro Herbert Matos, ex-presidente da companhia do Metrô de Teresina, no último sábado.

Enquanto Lula era ovacionado pela claque na chegada ao jantar que custou até 1 mil por pessoa, Herbert fez duras críticas ao petista.

Familiares da vítima contaram à imprensa local que ele teve costelas quebradas e corre o risco de perder a visão de um olho.
Sidnei Luis Reinert
04/09/2017 16:00
Mensagens para Cármem Lúcia e Raquel Dodge


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O ativismo, principalmente nas redes sociais, tem sido um instrumento de pressão eficaz para fazer denúncias de corrupção. Às vezes, parece que quem tem a coragem de denunciar apenas representa uma gotinha em meio a um oceano de lama. No entanto, o mais importante é a atitude cidadã de intolerância com as tantas coisas erradas e ilegais no Brasil Capimunista Rentista.
Um conhecido ativista é Luiz Otávio da Rosa Borges - Auditor Aposentado da Receita Federal. Recentemente, Luiz dirigiu duas mensagens que merecem muita atenção de duas mulheres importantes: Raquel Dodge (que a partir de 18 de setembro será a Procuradora-Geral da República) e Carmem Lúcia (presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça). As mensagens foram enviadas a vários e-mails, na PGR e no STF, para garantir que cheguem às poderosas destinatárias. Na dúvida se chegará ou não, o Alerta Total publica.
Na mensagem para Raquel Dodge, Luiz Otávio Borges é direto, como de costume: "Volto ao espantoso caso dos 19 bilhões roubados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que funciona no Ministério da Fazenda. Salvo engano de minha parte, antes de ir para o CARF os processos passam pelas Delegacias de Julgamento da Receita Federal. Daí, as perguntas:

1 - muitos Auditores trabalham nas Delegacias de Julgamento. Parece que nenhum deles ficou curioso ao ver multas de dezenas ou centenas de milhões serem perdoadas pelo CARF. É isso mesmo? Ninguém ficou curioso? Ou será que os Auditores são proibidos de acompanhar o andamento dos processos enviados ao CARF?

2 - parece que o Ministério Público também não ficou curioso. É isso mesmo? O Ministério Público achou normal que o sumiço de multas estratosféricas não ativasse os desconfiômetros das dezenas de Auditores que estavam cientes das multas? Ou será que os Auditores são proibidos de acompanhar o andamento dos processos enviados ao CARF?

3 - até agora, o Ministério Público tem feito, em relação ao tema Controle Social PREVENTIVO, uma inexplicável cara de paisagem. Será que vai aparecer algum Procurador que se ache capaz de pedir explicações - EM REUNIÕES ABERTAS A INTERESSADOS - às Delegacias de Julgamento?
(o link abaixo aponta para dados das Delegacias de Julgamento:
http://idg.receita.fazenda.gov.br/sobre/institucional/quem-e-quem/unidades-regionais-e-locais/delegacias-de-julgamento-drj/delegacias-de-julgamento-drj )

Depois das indagações, Luiz Otávio Borges provoca: "Para não perder o hábito, termino colocando-me ao dispor de Procuradores e Promotores do Ministério Público que se achem capazes de conversar, EM REUNIÃO ABERTA A CIDADÃOS INTERESSADOS, sobre propostas SIMPLÍSSIMAS, baseadas na criação de um Controle Social EFICAZ, que destroçarão (de forma gradativa, cumulativa e PREVENTIVA) os esquemas de corrupção".
O auditor aposentado da Receita Federal Luiz Otávio Borges faz um convite idêntico à suprema ministra Carmem Lúcia: "São raríssimas, nas cúpulas dos Poderes Públicos, as pessoas (com vontade, com capacidade hierárquica e com coragem) dispostas a enfrentar, POR CAMINHOS DEMOCRÁTICOS, a persistente subjugação de parcelas relevantes das Instituições Oficiais por quadrilhas que enganam, abusam, oprimem e roubam o Povo Brasileiro. A Senhora é uma dessas POUCAS pessoas especiais".

"A expressão POR CAMINHOS DEMOCRÁTICOS significa, neste texto:
- sem o predomínio de intervencionismos, autoritarismos, justiceirismos, revanchismos, aventureirismos, radicalismos, favoritismos, populismos... ou quaisquer outros "ismos" antidemocráticos. Motivado pelas convicções acima, coloco-me ao seu dispor, e ao dispor de sua Equipe, para apresentar, EM REUNIÕES ABERTAS A CIDADÃOS INTERESSADOS, propostas tecnicamente SIMPLÍSSIMAS, baseadas na criação de um Controle Social EFICAZ, que destroçarão (de forma gradativa, cumulativa e PREVENTIVA) os esquemas de corrupção".

O link abaixo aponta para uma amostra que, embora muito pequena, demonstra que a principal causa da corrupção é a inexistência, no Brasil, de um Controle Social minimamente eficaz.

https://www.sugarsync.com/pf/D6152182_05549755_748554
A torcida do Flamengo espera que Carmem e Raquel arranjem um tempinho para responder ao auditor fiscal aposentado. É fundamental no combate à corrupção debater como se pode exercer um efetivo Controle Social sobre o Estado-Ladrão, com choque total daquela palavrinha mágica: Transparência.
Ivana Ponchirlly
04/09/2017 14:38
Seu Herculano,

O quê que é aquela obra no pátio do Bali escapamentos/Zeca Assessorio, próximo ao viaduto?
O senhor notou que o estacionamento aumentou consideravelmente?
Quem fez, quem deu as autorizações ambientais?
Eu respondo: Dizem as más línguas, que foi Prefeitura Municipal através de empreitadas contratadas, e os beneficiados são do partido do prefeito.
Uma obra desta não deve ter custado nada barato.
Herculano
04/09/2017 12:45
JOESLEY DETALHA 6% DE PROPINA PARA PT

Conteúdo de O Antagonista. Joesley Batista está chegando lá.

Em seus novos anexos, segundo O Globo, ele detalhou a propina negociada com Guido Mantega para obter do BNDES o financiamento de uma fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul.

O PT recebeu 6% de propina pelo negócio, repartidos da seguinte maneira:

- 4% para Guido Mantega, operador de Lula e Dilma Rousseff;

- 1% para o partido, em nome de João Vaccari Neto;

- 1% para os petistas que comandavam Petros e Funcef, Wagner Pinheiro e Guilherme Lacerda.
Herculano
04/09/2017 12:42
O DIA MAIS IMPORTANTE DA LAVA JATO

Conteúdo de O Antagonista.O juiz Sergio Moro, às duas da tarde, deve interrogar Marcelo Odebrecht sobre a compra do prédio do Instituto Lula.

Pode ser o dia mais importante da Lava Jato.

O maior empreiteiro do Brasil, preso em Curitiba, promete falar sobre a propina para o comandante máximo da ORCRIM.

É o topo do topo.
Herculano
04/09/2017 11:16
DORIA ADMITE SAIR DO PSDB E DESCARTA PRÉVIA COM ALCKMINAlckmin

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto e entrevista de Pedro Venceslau, enviado especial a Paris

Em entrevista ao Estado, o prefeito João Doria disse que as pesquisas de intenção de voto serão determinantes na escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2018. Doria descartou a hipótese de disputar prévias com o governador Geraldo Alckmin. Questionado sobre a possibilidade de deixar o PSDB para concorrer à Presidência da República, ele não descartou: "Pretendo continuar, até que alguma circunstância me impeça disso".

Na semana passada, um dia após o governador defender enfaticamente a intenção de concorrer à Presidência da República, Doria afirmou que seu padrinho político tem todo o direito de anunciar a sua intenção, mas que o povo é quem vai decidir quem será o melhor candidato.

O Estado -O sr. disse que o fator povo será importante para definir o candidato do PSDB...

Importante não, definitivo. Não se pode imaginar a decisão do PSDB sobre o nome que vai disputar a Presidência da República ou o Estado de São Paulo se você não ouvir o povo. Não há como imaginar que alguém possa ser indicado sem que seja pelo povo.

O Estado -Isso significa que as pesquisas terão um papel importante na escolha do candidato do PSDB?

Ao meu ver, sim. Se alguém tiver dúvida em uma pesquisa, que faça duas. Se tiver dúvida em duas, que faça três. Não ouvir o povo pode ser um erro fatal para o PSDB.

O Estado - Então se o governador Geraldo Alckmin estiver em uma posição abaixo da sua nas pesquisas, como está hoje, o sr. seria o candidato? O PSDB deve levar as pesquisas em consideração?

Essa é uma decisão a ser tomada mais adiante. Ainda é cedo para avaliar. Não faço uma defesa personalista, mas nacional. Acertar na indicação é ouvir a população.

O Estado - O sr. defende as prévias. Enfrentaria Alckmin na disputa interna?

Não disputarei prévias com Geraldo Alckmin, embora defenda as prévias. Não faz o menor sentido. Não faria isso. Desde já me excluo dessa condição.

O Estado -O sr. esteve com o presidente da França, Emannuel Macron, que foi eleito após criar uma novo partido. É, segundo disse, uma referência. Falando francamente: após receber convites do PMDB e DEM, descarta a possibilidade de deixar o PSDB?

A política traz sempre ares, tempestades e fatos que não estão dentro do seu prognóstico. Isso se aprende rápido na vida política. Estou na política, mas não sou político. Não tenho intenção de mudar de partido, mas é sempre bom ouvir de outros partidos que você é bem-vindo. Não é só o PMDB e o DEM. Outros dois partidos tiveram a gentileza e a delicadeza de abrir as portas caso necessário. Agradeci. Estou no PSDB desde 2001, muito antes de pensar em ser candidato. Não entrei por conveniência. Pretendo continuar no PSDB, até que alguma circunstância me impeça disso. Em relação ao futuro, cabe a Deus indicar, iluminar e definir qual é o destino.

O Estado - O sr. adotou recentemente um discurso mais moderado, sem citar a bandeira vermelha do PT. Essa mudança veio para ficar?

São etapas. O discurso é como uma caminhada. Daqui a 10 metros não será mais o mesmo cenário. Sua reação pode ser diferente. Sou um conciliador. Sempre fui uma pessoa integradora. Eu respeito as pessoas. Embora eu seja firme na defesa das minhas posições, nunca desqualifiquei e xinguei.

O Estado - Chamou a Dilma de anta...

Não foi a melhor posição. Até me desculpei em relação a isso. Não precisava me referir a ela dessa maneira. Reafirmo minhas desculpas.

O Estado - O governador Geraldo Alckmin apoia o senador Tasso Jereissati para a presidência do PSDB. Já o sr. apoia o governador de Goiás, Marconi Perillo. O sr. e governador estão se distanciando?

Não há afastamento nem diferenças pessoais. Há posições que nem sempre são as mesmas. Mas isso não implica um distanciamento meu em relação ao governador e dele em relação a mim. Eu de fato apoio o Marconi Perillo para a presidência do PSDB. Entendo que o senador Tasso cumpriu um papel importante, mas é hora de renovar. A renovação tem no nome de Marconi Perillo uma pessoa vibrante e inovadora. Seria um ganho tê-lo como presidente e manter Tasso na executiva.
Herculano
04/09/2017 11:09
EX-LÍDER DO PT É O SENADOR QUE CUSTA MAIS CARO, por Claudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Humberto Costa (PT-PE) é um senador atuante, mas é aquele que custou mais caro ao contribuinte, este ano: R$ 675,4 mil apenas entre janeiro e agosto. Em segundo lugar nos gastos está Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com R$ 652,7 mil auferidos entre salários, cota parlamentar e a rubrica "outros gastos". Os dois são seguidos de perto por outro senador petista, José Pimentel (CE), que levou R$ 627,4 mil.

O NOME DA FARRA
Cada senador tem direito a várias regalias como a "cota parlamentar" de até R$ 45 mil por mês, para ressarcimento de qualquer despesa.

MENÇÃO HONROSA
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, e Antonio Reguffe (DF) são os únicos que não utilizaram um só centavo da cota parlamentar.

CONTA DETALHADA
Humberto Costa recebeu oito salários e metade do 13º (R$ 287 mil), além de R$ 269,7 mil do cotão e R$ 118,7 mil de "outros gastos".

CAMPEÃO DO COTÃO
Randolfe radicalizou no uso da cota parlamentar de R$ 342,8 mil , incluindo quase 50 viagens ao Rio, São Paulo e Minas.

JÁ DÁ PARA CALCULAR PREJUÍZOS QUE A ANAC NOS DÁ
É possível calcular os prejuízos das decisões da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aos passageiros, enquanto beneficiam empresas aéreas, ao menos no caso de cobrança por malas. A portuguesa TAP é a primeira estrangeira, com operações no Brasil, a cobrar pelo serviço. Uma mala de até 23 kg, que era transportada de graça, custa agora 45 euros (R$168) ao cliente, mas só se o passageiro pagar pela internet. Se deixar para o check-in, sobe para 80 euros (R$300) cada mala.

EMBROMANDO TROUXAS
Ao inventar a cobrança de bagagem, alegrando as empresas, a Anac prometeu que as passagens ficariam mais baratas. Era lorota.

EXPLORAÇÃO IMPARÁVEL
No Brasil, os passageiros já pagavam a passagem aérea mais cara do planeta, e agora pagam caro também pelas malas.

DISPENDIOSA INUTILIDADE
A Anac é um peso nas costas do cidadão sob todos os aspectos. Somente com sua folha de pessoal foram R$300,8 milhões em 2016.

FALTA DE SERVIÇO
A CPI do BNDES convocava há dois anos a socialite Val Marchiori para explicar a obtenção de empréstimos milionários concedidos pelo banco. Ela também esteve enrolada com operações no Banco do Brasil durante a gestão de Aldemir Bendine, ex-presidente que está preso.

É MELHOR JAIR PRA CASA
Apesar de a aferição do ponto dos deputados na Câmara ter sido marcada para às 14h de quinta-feira, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) estava no voo de 13h40, a caminho de casa, no Rio de Janeiro.

MUDANÇAS NA MINERAÇÃO
A Comissão da MP 790, que altera o Código Mineral, realiza reunião nesta terça-feira (5) para votar o plano de trabalho, que é o início oficial dos debates. O relator é o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

PARCELA MÍNIMA
Apenas 516 dos mais de 17,2 mil sindicatos se incomodaram em atualizar a composição de suas diretorias junto ao Ministério do Trabalho, como manda a lei.

CENTENAS DE BILHõES
O programa Bolsa Família já transferiu à Caixa Econômica R$226,5 bilhões relativos ao benefício desde sua criação, em 2003. Foram, desde então, 1,91 bilhão de pagamentos a famílias brasileiras.

LOROTA DE PALANQUE
Lula disse a sua caravana que o plano do governo Michel Temer não é privatizar só a Eletrobras, mas também bancos oficiais, rodovias e aeroportos (que Dilma iniciou). Tudo lorota. Infelizmente.

POSSE NO CNJ
Um dos mais brilhantes juízes federais da atualidade, Fernando Mattos, foi reconduzido ao cargo de conselheiro do Conselho Nacional de Justiça. A presidente do STF, Cármen Lúcia, fez questão de ir à posse.

PRÊMIO MARCO MACIEL
A Associação Brasileira de Relações Institucionais (Abrig) lança no dia 19 o "Prêmio Marco Maciel" para premiar os que contribuem de forma ética e transparente para melhoria da relação público-privado. Maciel é autor do projeto ?" jamais votado ?" que regulamenta o lobby no País.

PENSANDO BEM...
...aumentando o valor da cobrança pela bagagem, como é a tendência, no Brasil logo as empresas vão oferecer passagens de brinde.
Herculano
04/09/2017 11:06
LAVA JATO DECLINOU AO ABONAR ARAPUCAS DE GENTE DESESPERADA, secretário de Redação do jornal Folha de S. Paulo

A Lava Jato começou a declinar em novembro de 2015, quando se soube da operação em que um filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró gravara conversas com Delcídio do Amaral, líder do governo Rousseff no Senado.

Nas gravações, o senador petista aparecia como pivô de uma trama mirabolante. Tentava dissuadir Cerveró da delação, oferecendo em troca influência no Supremo para soltá-lo e a ajuda de um banqueiro, André Esteves, para tirá-lo do país.

O pacote chegou à corte constitucional e embasou a primeira prisão de um senador no exercício do mandato sob a Carta de 1988. O banqueiro foi detido em Bangu pela simples menção a seu nome, sem ter participado das conversas gravadas.

O episódio marcou a eclosão de uma inovação na era das delações. Delinquentes cercados por investigadores não estavam mais restritos a registros do passado para negociar benefícios penais. Poderiam produzir provas novas, atraindo interlocutores graúdos para suas teias e documentando na surdina a reação das presas.

Abriu-se uma rodovia. O próprio Delcídio mais tarde selaria acordo com a Procuradoria na esteira da gravação de uma conversa esquisita entre seu assessor e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Sérgio Machado, ex-chefe da Transpetro asfixiado pelos procuradores, pôs-se a captar à sorrelfa frases inconfessáveis de vultos da República. Escapou e livrou seus filhos da cadeia. Os irmãos Batista seguiram-lhe os passos, transformando o que era artesanato numa linha de produção.

A insuficiência da técnica já ficou patente. Instâncias revisoras na Polícia Federal, no Ministério Público e na Justiça desidratam provas obtidas em situações estimuladas.

A Lava Jato, algoz de políticos e empresários poderosos, esmoreceu ao passar a abonar arapucas armadas por investigados encurralados, a troco de um atalho penal cuja eficácia parece cada vez menor
Herculano
04/09/2017 11:03
FORO PRIVILEGIADO COMPLETARÁ 100 DIAS NA GAVETA, por Josias de Souza

O Brasil sempre lidou de forma engenhosa com o problema do foro privilegiado. A questão é discutida exaustivamente há anos. Exausto, o país nunca resolve nada. De repente, surgiu no Supremo Tribunal Federal o esboço de uma saída. Mas o ministro Alexandre de Moraes encarcerou numa gaveta o processo que pode limitar o direito ao foro, restringindo o privilégio aos crimes cometidos por congressistas e autoridades durante e em razão do exercício da função pública. Na próxima sexta-feira, em plena Semana da Pátria, o aprisionamento dos autos completará 100 dias.

A sessão em que Moraes pediu mais tempo para analisar o processo foi interrompida quando o placar estava 4 a zero a favor da limitação do foro. Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia acompanharam a posição do relator Luís Roberto Barroso, favorável à regra restritiva. Num colegiado de 11 ministros, faltavam dois votos para atingir a maioria que remeteria para a primeira instância do Judiciário o grosso dos processos criminais que tramitam no Supremo à espera de julgamentos que nunca chegam.

Não há ilegalidade na atitude de Moraes. Pedidos de vista estão previstos no regimento do Supremo. Mas as circunstâncias sujeitam o ministro à maledicência. Indicado por Michel Temer para ocupar a cadeira que foi de Teori Zavaschi no Supremo, Moraes protege com seu gesto pelo menos oito ministros do atual governo que respondem a inquéritos na Lava Jato. Entre eles Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaira-Geral da Presidência), os dois auxiliares mais próximos do presidente.

De acordo com estatísticas mencionadas pelo relator Luís Barroso, há na Suprema Corte cerca de 500 processos criminais contra detentores de foro especial. ''O prazo médio para recebimento de uma denúncia pelo STF é de 565 dias", disse o ministro. No caso de Fernando Collor, a demora foi de 732 dias. "Um juiz de 1º grau recebe uma denúncia, como regra, em menos de uma semana, porque o procedimento é muito mais simples", acrescentou Barroso. Num processo contra Aldemir Bendini, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobas, Sergio Moro recebeu a denúncia em dois dias.

Nas palavras de Barroso, o atual sistema "é feito para não funcionar" e se tornou uma "perversão da Justiça". O ministro realçou a necessidade de revisão da encrenca. "Há problemas associados à morosidade, à impunidade e à impropriedade de uma Suprema Corte ocupar-se como primeira instância de centenas de processos criminais. Não é assim em parte alguma do mundo democrático."

Suprema ironia: na semana passada, o próprio Barroso autorizou a abertura de mais um inquérito contra o pluri-investigado senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Com isso, ajudou a consolidar a migração de Renan da categoria de anomalia para o estágio de aberração jurídica. Além de ser réu numa ação penal, o senador ocupa o topo do ranking dos encrencados no Supremo. Coleciona 18 inquéritos, 13 dos quais relacionados à Lava Jato.

Afora Renan e os ministros de Temer, a investigação do maior escândalo de corrupção já varejado no Brasil empurrou para os escaninhos do Supremo, por enquanto, 64 deputados e 28 senadores. A maioria compõe o bloco que dá sustentação legislativa ao governo que Alexandre de Moraes já serviu como ministro da Justiça. A coincidência dá asas à tese de que o processo sobre o foro se encontra preso numa gaveta para livrar os políticos sob suspeição dos rigores das sentenças de juízes como Sergio Moro, de Curitiba, e Marcelo Bretas, do Rio de Janeiro. O falatório decerto é injusto.
Herculano
04/09/2017 10:56
IDIOTA DO BEM RETORNAM PARA PROIBIR A PROPAGANDA DE BEBIDAS AOCOóLICAS, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

E os idiotas do bem atacam de novo. Você não sabe o que é um idiota do bem? Explico: é alguém que tem certeza de participar do grupo que salva o mundo. Mas essa categoria contemporânea tem subespecificações. Hoje, vamos analisar uma delas.

Você sabia que tem gente por aí apoiando a proibição de propagandas de bebidas alcoólicas nos meios de comunicação?

Um dos traços desse subtipo de idiotas do bem é gozar com leis que incidem sobre hábitos e costumes. No caso do álcool, se eles pudessem, votariam a favor do retorno da "prohibition" ?"lei seca americana que deu impulso ao crime organizado.

O que está por detrás dessa ideia de proibir a propaganda de álcool é uma mentalidade totalitária. Uma coisa que rapidamente esquecemos é que toda forma de repressão vê a si mesma como uma forma do bem instituído na norma.

Daqui a pouco se proibirá a publicidade de carros (causam acidentes), aviões (caem), batom (dá vontade de beijar a boca das mulheres e isso pode ser anti-higiênico), churrascaria (colesterol), café (causa ansiedade), xampus (os cabelos reais nunca são tão lindos quantos os das propagandas), bolas de futebol (os meninos podem cair e quebrar a perna), livros (existem livros que propõem coisas absurdas), telefonia celular (já se fala em pessoas viciadas em celulares), televisão (crianças podem ver coisas erradas na televisão), computadores (a internet é incontrolável), turismo (pessoas podem pegar infecção intestinal viajando), água (pode estar contaminada), metrô (pode descarrilar), ônibus (capotam)... A lista é cansativa, como tudo que brota da alma dos idiotas do bem quando resolvem salvar o mundo de nós mesmos.

O ódio à espécie humana é comum em quem é intolerante à contingência. Às vezes, a intolerância vem disfarçada de amor ao próximo e à sociedade.

A "sujeira" humana é insuportável para os idiotas do bem que sonham com um mundo em que apenas eles possam viver e tudo seja limpinho.

O objetivo é estabelecer um controle absoluto de tudo na vida, matá-la em nome desse controle. A contingência, inimiga mortal das almas pequenas, é o foco de leis como essa: proibindo a publicidade de bebidas alcoólicas, os idiotas do bem entendem que controlarão o uso de álcool.

Recomendo, fortemente, para essas almas pequenas, a leitura do maravilhoso "Antifrágil", de Nassim Nicholas Taleb, publicado no Brasil pelo selo Best Business, da editora Record.

O conceito de "antifrágil" não é sinônimo de forte ou robusto, ou inquebrável. A ideia de Taleb é que, quando se acua excessivamente a contingência, ela "se vinga".

Sistemas muito puros ou controlados estariam condenados a essa vingança da contingência. A "saída" é ser meio "sujo", meio "incerto", "educado pela contingência", aprendendo a conviver com ela.

Taleb identifica, como seria de se esperar, a modernidade como sofrendo desse mal: nas palavras do próprio autor, "o intervencionismo ingênuo moderno".

Como, aliás, já ficava claro nas propostas utópicas de filósofos como Francis Bacon (1561-1626) para sua "Nova Atlântida", o foco da ciência seria "atar a natureza" para que ela nos entregasse nossas melhores condições de vida.

Sem cairmos numa defesa ingênua da vida natural "livre", trata-se de entender que o controle excessivo da vida a torna insuportável. Quem muito se lava padece de bactérias superpoderosas.

O mundo contemporâneo, na mesma medida em que se masturba com a autoimagem de "livre", sofre de uma profunda compulsão de controle da contingência em todos os níveis.

Ser antifrágil é aprender que "pequenos" e contínuos efeitos da contingência são assimiláveis e formadores da sobrevivência, enquanto que a negação pura e simples desses efeitos prepara a vingança da contingência.

O mundo, cada vez mais, é habitado por jovens assustados, ansiosos, inseguros nos afetos, com medo de ter filhos (mente-se muito sobre isso tudo), que temem uma vida que, ao contrário do que lhes foi prometida, está sempre além de nossa capacidade de previsão e controle.

Jovens inseguros e ansiosos: eis a vingança da contingência
Herculano
04/09/2017 10:50
DE JOELHOS! QUE A HOLDING "JJ&F - JANOT, JOESLEY E FACHIN - GOVERNE O BRASIL E A IMPRENSA. E PRONTO!, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Há uma Coreia do Norte incrustada no Estado Brasileiro.

Chama-se Ministério Público Federal.

Já não interessa mais a esse órgão agir de acordo com a lei. A exemplo do estado-pária, mas com bomba, governado por Kim Jong-un, também as extensões sob o domínio de Kim Janot-un não estão nem aí para a moralidade, a verdade, a racionalidade, a segurança, o bom senso. Impõe a sua vontade e pronto. O papel de ambas é testar as instituições e jogar bombas. Os outros que se virem.

Vamos lá. Quando penso no caso Joesley Batista, constato que, muito mais porco do que o trabalho feito pela Procuradoria Geral da República, liderado por Rodrigo Janot, é, infelizmente, o trabalho de boa parte da imprensa. Por que digo isso? Porque se deixou sequestrar pelo moralismo estúpido e de ambição punitiva e abandonou, sem nenhuma solenidade, as regras do estado de direito.

Nunca se viu nada igual no Brasil. Nunca se verá. Com as exceções de sempre em todas as faixas etárias, não há idade para o jornalista se abraçar ao equívoco, mandar a lei à merda e cair de boca no discurso populista mais rasteiro. "Mas esses jornalistas têm alternativas, Reinaldo?" Tem, sim! Pedir que se cumpram as regras. Com elas, podem-se punir os larápios. Sem elas, fabricam-se vigaristas novos.

Vamos ver. Joesley fez um acordo de delação premiada que, como não cansou de cantar em verso e prosa o estupefaciente Kim Janot-un, tinha como pressuposto a impunidade. Sem nenhum pudor, sem nenhuma vergonha, sem nenhum constrangimento, o procurador-geral revelou: o açougueiro de casaca teria deixado claro ?" permitindo o suposto acesso a nesgas de evidências ?" que tinha coisas supostamente graves contra o presidente da República e contra a maior liderança do principal partido de oposição. E o que o bandido queria em troca? Impunidade!

E a obteve. Mesmo aqueles que, como eu, consideraram a negociação asquerosa, davam de barato que, vá lá, o homem havia entregado ao menos tudo o que dizia ter, por mais que dados de sua delação parecessem ser, como são, fantasiosos. Ora, Aécio Neves e Michel Temer vivem em calvário em razão da urdidura feita pela holding "JJ&F": Joesley, Janot e Fachin. A primeira bomba já foi disparada. Não deu em nada. Agora vem a outra, a que tem Lúcio Funaro na ogiva, também sob os cuidados de Kim Janot-un.

Até aqui, vá lá. Todos já sabíamos que o procurador-geral da República percorreria esse caminho. Era evidente que buscava o segundo tempo e estava à procura de pretextos novos. Diga-se qualquer coisa de Kim Janot-un, menos que seja uma pessoa pudorosa. Não é. Como líder da Coreia do Norte Mental em que se transformou o MPF ?" a PGR em particular ?", resta evidente que ele pode fazer qualquer coisa.

Eis que, no dia em que vence o prazo para que entregue anexos, elementos de prova etc ?" e nunca novidades não contempladas naquela delação já homologada ?", Joesley vai muito além e, na prática, comparece com uma nova delação, deixando claro, então, que violou os termos do seu acordo. A Alínea "e" do Artigo 26 do dito-cujo torna sem efeito um acordo que tenha, por exemplo, omitido dados.

Vale dizer: o sr. Joesley Batista fez a primeira acusação, mediu os efeitos, modulou os seus negócios segundo as consequências experimentadas, viajou, voltou, concedeu entrevistas, posou de moralista, ameaçou processar todo mundo que o chame de bandido ?" não fica claro se ele remunera quem o trata como vítima, a exemplo do que fazem alguns bucaneiros da Internet ?" e agora tem o segundo tempo.

Não por acaso, um dos palcos de falcatruas dessa segunda fase das denúncias é nada menos do que o BNDES, que queria os Batistas fora da direção executiva da JBS. Joesley diz que, em 2010, contou com o apoio de Guido Mantega, Antonio Palocci, Luciano Coutinho e José Serra para obter financiamento para a construção de uma fábrica de celulose da Eldorado, no Mato Grosso do Sul.

Pagou propina? Segundo ele, sim: para Mantega (4% sobre o empréstimo); para João Vaccari Neto, tesoureiro do PT; para Wagner Pinheiro, ex-presidente da Petros, fundo de pensão da Petrobras; e Guilherme Lacerda, ex-presidente da Funcef, fundo de pensão da Caixa, para esses todos, 1%. Ainda segundo Joesley, Palocci e Serra apoiaram o pleito, mas não receberam o capilé ilegal. O tucano nega qualquer interferência e pergunta o óbvio: por que o candidato da oposição à Presidência teria interferência na liberação de financiamento do BNDES?

O que interessa
Bem, meus caros, o que vocês querem que eu diga? Obviamente, não vou asseverar a culpa ou a inocência das pessoas envolvidas nessa nova leva de denúncias. Isso é o que tem menos importância. E lamento, sim, que a imprensa se torne, queira ou não, mero joguete dos negócios dos bilionários Batistas. A minha questão é esta: por que só agora?

Que outras surpresas Joesley nos reserva? Até quando o país continuará a ser governado, em razão das escolhas feitas por Kim Janot-un, por tipos como ele e como Lúcio Funaro? Em que país do mundo uma delação premiada concede a impunidade absoluta a um bandido, que continua à frente de um dos maiores conglomerados empresariais do país, manipulando imprensa, opinião pública, Ministério Público, Supremo e quem mais lhe der na telha?

Ah, sim: entre uma falcatrua e outra, Joesley emite uma nota oficial com impropérios contra o presidente da República.

Bem, estamos vendo que a reforma política está mesmo emperrada, as eleições de 2018 se afiguram, por enquanto um grande escuro, e o Brasil não pode ir para o abismo.

Bem, vamos entregar o Brasil aos cuidados da holding JJ&F Janot, Joesley e Fachin. Kim Janot-Un cuida de cortar as cabeças; Joesley pendura as peças de carne no gancho, e Fachin dá a bênção jurídica ao festim diabólico.
Herculano
04/09/2017 10:47
da série: enquanto eles chantageiam em benefício próprio, nos pagamos a conta com desemprego, falta de atendimento na saúde, falta de creches, insegurança além dos pesados impostos. É neles que você vai votar no ano que vem?

DEPUTADOS DEVEM DOBRAR A FATURA PARA BARRAR SEGUNDA DENÚNCIA, por Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo

O palco está quase pronto na Esplanada para o 7 de setembro. Arquibancada, tribuna para autoridades. Tudo montado para a "festa" da Independência sob o forte calor e a infalível seca que atingem a capital federal nesta época.

Michel Temer, o impopular, chega da China para o evento. Espera-se que esteja com ouvidos dispostos a suportar possíveis vaias no desfile, ao passo que seus olhos devem estar fixados na parada e o pensamento voltado para a Câmara e a Procuradoria-Geral da República.

O peemedebista se prepara para a última flechada de Rodrigo Janot, por obstrução da Justiça e, provavelmente, organização criminosa.

Pelo cronograma traçado nos bastidores, a homologação da delação do operador financeiro Lúcio Funaro será assinada pelo ministro Edson Fachin (STF) até quarta (6). O caminho fica então aberto para Janot denunciar Temer utilizando elementos da colaboração de Funaro, o homem-bomba do chamado PMDB da Câmara. Quem conhece o seu teor diz que não há "batom na cueca" contra Temer, mas uma narrativa detalhada e bem contada de como ele fazia parte do time de beneficiários dos desvios de cofres públicos perpetrados pela trupe de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves no Brasil e no exterior.

São informações a serem usadas por Janot, por exemplo, para reforçar a convicção da participação de Temer em um grupo criminoso.

O presidente se antecipou e divulgou uma longa nota na sexta-feira (1º) afirmando que a delação do operador financeiro "apresenta inconsistências e incoerências próprias de sua trajetória de crimes".

A Câmara vai analisar a acusação sob o inesgotável roteiro de promessas do paraíso aos deputados. Hoje, Temer tem os votos a seu favor, mas terá de lidar com parlamentares magoados com "calotes" do Planalto após a primeira votação. A fatura deve dobrar. A questão é se o governo terá condições de pagá-la
Herculano
04/09/2017 10:42
PARA VOCÊ REFLETIR E MUDAR QUANDO ELES PEDIREM VOTOS PARA ELES OU SEUS PROTEGIDOS OU CHEFES NO ANO QUE VEM

QUEM ALIMENTA O CRIME NOS MUNICÍPIOS? OS PREFEITOS, OS POLÍTICOS DEMAGOGOS E IRRESPONSÁVEIS DE TODOS TIPOS

NEGAM VERBAS PARA OS VULNERÁVEIS, CRECHES, CONTRATURNO, PROGRAMAS SOCIAIS TESTADOS, EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL, MAS AUMENTA AS ESTRUTURA DE EMPREGOS PARA AMIGOS E AUMENTAM A DESPESAS PARA ATENDER AMIGOS E O DESPERDÍCIO

A CRIANÇA ABANDONADA EM CASA, PELO ESTADO E A SOCIEDADE É O BANDIDO DE AMANHÃ E MANCHETE NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO. GASPAR E ILHOTA SÃO DIFERENTES? POLÍTICOS NOVOS COM VELHAS PRÁTICAS. ACORDEM!

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