Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

05/06/2017

GANHARAM, MAS AINDA NÃO LEVARAM
O prefeito de Gaspar Kleber Edson Wan Dall, PMDB e o vice Luiz Carlos Spengler Filho, PP, venceram a corrida para a prefeitura de Gaspar no ano passado com a folga esperada, mas ainda não a levaram de fato. Estão perdidos. E os problemas vão se avolumando. E isso não é bom nem para eles, nem para Gaspar, nem para os gasparenses. Aquele “plano de governo” que apresentaram à Justiça Eleitoral e era o pano de fundo das promessas (muitas delas antigas para os dias de hoje e para jovens como Kleber e Luiz Carlos, algumas sem fundamento e outras até, inexequíveis) é a minha bússola de cobranças. E deveria ser de todos daqui. Mas, a administração e Kleber e Luiz Carlos fica emburrada quando faço essas cobranças. Envia recados. Deveria me desmentir. Ou quer que eu jogue aquele documento no lixo? Farei isso, se publicamente pedir o prefeito, o vice e os que mandam neles, mas acompanhada da respectiva desculpas aos eleitores de Gaspar. O Brasil está mudando, aos trancos é verdade. Gaspar precisa acordar.

INDEFESA CIVIL I
Na semana passada, o clima pôs em prontidão a nova Defesa Civil de Gaspar. Nova? Por enquanto só a contração polêmica da chefia que levou semanas para a Câmara aprovar. E o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, aproveitou, para gravar um vídeo de alerta. Fez par com o novo responsável da Defesa Civil. Quem mesmo orienta a comunicação na prefeitura? Quem quis saber de alguma coisa, teve que acessar o Alertablu, o Ceops da Furb, o Sistema Ciram, a Defesa Civil Estadual ou ouvir os mesmos de sempre: Ronaldo Coutinho ou Leandro Puchalski. A administração petista de Pedro Celso Zuchi durante oito anos deu às costas a este assunto sério. Kleber sinalizou que iria mudar. Mas, na primeira oportunidade, repetiu o ato. Defesa Civil é algo necessário, de sobrevivência e coordenação. É preciso montar esta teia de ações e solidariedade. E com as mudanças climáticas, tudo tende a piorar. Acorda, Gaspar!

INDEFESA CIVIL II
Sobre cotas, ruas interditadas nada no site da prefeitura que se limitou a escassos e genéricos “press releases”. Nada coordenado. Nada estratégico. Nada útil. E olha que ficamos do lado de um município que é exemplo nesse assunto no mundo: Blumenau, mas em comunicação os sites de Rio do Sul e Brusque centralizam e ensinam muito também. Na quinta-feira, por exemplo, quem quis acessar a Rua Olímpio Venturini (foto) da BR 470 para a Margem Esquerda, ou ao contrário, pela Lagoa, encontrou-a com até um metro de água em alguns trechos, impossível até para caminhões. E não foram poucos os que que tentaram esse acesso e se surpreenderam. Nenhuma sinalização física (e antecipada) de interdição nos dois sentidos, nenhuma informação sobre o assunto nos meios oficiais de comunicação do município. Isto é isolado? Pode ser, mas é sinalizador. Aliás, se os mapas e os meteorologistas estiverem certos, vamos ter mais um perrengue nesta semana. Ou seja, mais um treinamento para a nova Defesa Civil de Gaspar dizer a que veio. Espera-se que seja mais dinâmica, mais transparente e que faça desses dois eventos, a estruturação da sua rotina de ação e prevenção em favor da cidade e dos cidadãos.

SAMAE INUNDADO I
Um dos arranjos políticos de Kleber e Luiz Carlos, foi o de dar o Samae, hoje a autarquia joia da coroa, geradora de caixa, para o vereador mais longevo de Gaspar, José Hilário Melato, PP. Abriu-se assim uma vaga na Câmara para o PSC, do amigo, o de afinidade religiosa, assessor de sempre de Kleber, Ernesto Hostin. Ele foi contemplado com a secretaria de Assistência Social. Autointitulado de executivo – que nunca foi -, Melato sem entender nada de água. E nem precisava, pois por lá já passou gente que também não entendia do riscado, como o próprio pai de Luiz Carlos, além de entre outros, Mauri Francisco Tomsom, Jorge Luiz de Souza, Élcio Carlos de Souza, Célio Jerônimo Bornhausen, Lovídio Carlos Bertoldi, Dário Deschamps e que deram exemplarmente conta do recado. O Samae na mão de Melato, até agora, sem sido um problema para a administração de Kleber e Luiz Carlos.

SAMAE INUNDADO II
E a razão disso? Melato não foi, não é, e provavelmente, não será um “executivo”, como diz que foi ou é. É um político, negociante e vingativo. Como político sempre apontou dificuldades para ser ele próprio o elo da solução, tanto que no governo do PT, Melato na Câmara trabalhou contra o seu partido e foi o hábil facilitador do minoritário PT na Câmara. Favoreceu com isso, as principais manobras petistas. Não discuto: é do jogo, jogado e é público. Hoje, a administração de Kleber e Luiz Carlos paga um preço alto por causa disso e cito entre muitas a tal Reforma Administrativa. Tudo o que se vê nos bastidores do parlamento de Brasília, para aprovar, desaprovar, amarrar ou desatar e que se revela nos sucessivos escândalos, Gaspar experimentou em outra escala. Melato bancou o aumento do número de vereadores (permitido pela legislação), bancou o surgimento de assessores comissionados para os vereadores, facilitou na mudança do regimento interno passar de duas sessões a noite para uma a tarde, tramou para não construir o prédio da Câmara, impediu que Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, como ele próprio combinou... A lista é longa.

SAMAE INUNDADO III
Melato, como político, fez do Samae o seu novo reduto de mando, como se estivesse na Câmara de vereadores, onde ele conhece cada fresta de tanto tempo que estava lá. Errou. E feio. O Samae hoje possui como base um viés técnico para um produto de primeira necessidade, sensível, algo que não pode faltar e com uma demanda crescente. Mas, Melato desprezou essas premissas. Resultado? Do “nada” começou a faltar água tratada em várias regiões de Gaspar. E eu registrei. Melato retrucou na imprensa amiga que sustentou quando presidente da Câmara e agora como “dono” do Samae, de que se tratava de inveja deste escriba. Entretanto, a falta de água continuou reiterada e em regiões nas quais tais fatos nem se tinham registro até então, o que por si só, desmentiu o argumento de Melato contra este colunista. Sempre registrei que a falta de água se dava por falhas técnicas, com equipes técnicas desmemoriadas, sem conhecimento da cidade, sem uma liderança técnica no comando das equipes. Melato preferiu um próximo. E em decorrência disso, tem notória dificuldades de relacionamentos com as equipes. Na coluna de sexta-feira, feita especialmente para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, registrei mais uma vez a falta de água em quatro bairros, em plena semana de quase diluvio. Foi a gota d’água. Tudo aquilo que escrevi desde janeiro se confirmou. Fiquei de alma lavada, mais uma vez. Os políticos não aprendem!

SAMAE INUNDADO IV
Quem veio à área de comentários da coluna na internet e no seu próprio facebook em defesa das pessoas sem água e dizer que eu tinha razão? Marcelo Poffo, funcionário do Samae, técnico, mas ligado à antiga administração petista. Escreveu ele: “Isso vai custar muito caro pra mim pode ter certeza. Vários problemas vêm ocorrendo no Samae em 2017, motivo pelo qual não posso ficar quieto. Nesta quinta-feira, indignado com a situação do Gasparinho e Gaspar Grande, fui até a sala do nosso engenheiro Ricardo, explicar que a situação da falta de água era problema do booster (bomba). Falava isso desde segunda-feira, mas ninguém me dava atenção, só porque trabalhei como diretor na época de Celso Zuchi. Depois de muita teimosia concordaram em abrir a bomba. E estava lá o problema, com a população sofrendo há uma semana. [Tudo] por falta de conhecimento técnico, gastos com servidores e maquinários para encontrar o vazamento. Esse é só um dos problemas que o Samae passa”, desabafou Marcelo. E foi mais longe no relato-desafio: “Senhor prefeito: o Samae é lugar de técnicos e não de cabide de empregos, gente que não entende nada da coisa. Isso é só o começo. Se o senhor não tomar providências, muitas coisas virão ainda. O povo pagará. Acredito que o senhor ganhou [a eleição] para querer o melhor para a população. Servidor efetivo há 20 anos no Samae, nunca fui tão humilhado e isso não é só comigo”.

SAMAE INUNDADO V
Entenderam a razão da credibilidade desta coluna? Entenderam a razão pela qual ela é líder de leitura e acessos? Entenderam a razão sobre silêncio dos demais meios de comunicação sobre esses problemas que se repete há cinco meses, apesar da população estar reclamando a rodo? O Samae de Gaspar foi inundado de arrogância, antes do empreguismo politiqueiro, da incompetência técnica da liderança e da incapacidade executiva de promover soluções num ambiente político-partidário em transição. É fácil? Não é! O que faltou de verdade? O tal executivo, que deveria antes com humildade conhecer o terreno frágil ou minado que estava pisando. Prevaleceu os modos do velho cacique (manda quem pode, obedece quem tem juízo), com a velha caciquia à sua volta, achando-se dona da cidade, dos cidadãos e da opinião. O resultado está aí: gente sem água por incidentes técnicos. E sobre a repercussão dos comentários de Marcelo? Muito grande. Uns aplaudiram a coragem dele. Outros, o desqualificaram. É do jogo. O certo, e já mostrei aqui relatórios do próprio Samae, é que estes tipos de incidentes estão bem acima da média histórica. É preciso corrigi-lo. E não será com proteção e desavenças. Quem paga a fatura, cara, é o povo que não recebe a água. Acorda, Gaspar!

ILHOTA EM CHAMAS I
O presidente da Câmara de Ilhota, Francisco Domingos, PMDB, conhecido como Chico Caroço, é funcionário público municipal. Ele é motorista da secretaria de Saúde. Um dossiê de fotos e vídeos, mostra o funcionário se deslocando particularmente para a Câmara com o carro do município. Um morador das redondezas, afirma: “na terça-feira, quase que de todas as semanas no horário das 11 me deparo com o carro da Saúde estacionado em frente da Câmara sendo que deveria estar na secretaria de Saúde! E não ali!”. Ai, ai, ai. E Chico Caroço ainda faz o seguinte: estaciona no outro lado da rua e não na garagem da Câmara, para não chamar a atenção e não deixar provas. É isso que mostram as duas fotos. Quem controla isso? O carro particular do vereador Chico, normalmente é usado pela esposa. Dai...

ILHOTA EM CHAMAS II
O decreto 52, do prefeito Érico de Oliveira, PMDB, é um atestado insofismável da falta de planejamento e responsabilidade, muito comum no setor público. Ele “dispensa, em caráter emergencial, licitação para compra de água potável". E o que o prefeito alegou para isso? “Que se verificou que os tanques de armazenamento de água tratada do Município estavam extremamente sujos, necessitando limpeza urgente; que a Administração tem como princípio basilar a continuidade do serviço público e uma eventual paralisação no fornecimento de água potável à população do Município fatalmente acarretará na violação de dispositivos constitucionais”. Meu Deus! Ninguém fez uma programação para limpá-los? Eles ficaram sujos, tão sujos, de uma hora para a outra? Pior: a população estava bebendo água de qualidade duvidosa? E mesmo assim, Ilhota tomou os equipamentos e serviços da Casan, para fazê-los de forma própria, se não consegue sequer controlar e programar a limpeza dos reservatórios de água potável para a cidade? Inicialmente isto custou R$25 mil, de um fornecedor: Esgotou Limpeza e Desentupidora.

ILHOTA EM CHAMAS III
Esta imagem é da enchente da semana passada. A pergunta que não quer calar: onde foi parar o rebocador que tracionava a “aposentada” entre o Centro e a Margem Esquerda (Baús)?

O DINHEIRO DO FIA
Sabe aquele Projeto de Lei 7/2017, que o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, mandou no início do ano para a Câmara para rapar os R$5 milhões que estava no Fundo da Infância e Adolescência, e se desobrigar de repassar para ele, 1% das receitas anuais? Primeiro caiu a urgência. E o que apareceu agora, na Câmara e vai ser votado hoje? Uma emenda substitutiva geral. Foi encontrada uma saída salomônica. O município não tem obrigação de repassar esses 1% da receita, desde que haja no Fundo, saldo equivalente. Segundo a justificativa apresentada para tal mudança e pedindo a aprovação é que “quando o saldo disponível no Fundo Municipal de Atendimento da Criança e Adolescente for superior a 1% da receita efetivamente arrecadada nos últimos 12 meses, o município fique dispensado de repassar os recursos de que trata o inciso II do caput do art. 15 da Lei Municipal nº 1.432/1993.Dessa forma, os recursos públicos não utilizados pelo FIA podem ser aplicados em outras áreas, como na saúde e educação”. É um avanço para quem queria passar a mão no dinheiro rubricado. Se aprovado esta emenda, o Projeto que está na pauta fica prejudicado. Vale a emenda. A promotora que hoje está na terceira vara, mas veio da primeira onde lidava com os assuntos de Família, Infância e Adolescência, Débora Pereira Nicolazzi, um dia disse-me: “fico impressionada com as sucessivas alegações dos políticos sobre a falta de dinheiro para a aplicação em projetos sociais obrigatórios”.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO I
Não faltava mais nada em Gaspar. Sabem quem é o culpado pelo GTG Coração do Vale – que tem sua sede social lá, como já mostrei – estar ameaçado de não mais realizar o tradicional Rodeio Crioulo lá na Arena Multiuso? O Ministério Público. Justo aquele que cuida da Moralidade Pública. Vergonhoso. Impressionante. A administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spenlger Filho, PP, orientada pelo advogado e prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, é a segunda vez que “lava as mãos” perante à população e os adversários, e coloca o problema de gestão unicamente municipal no colo do Ministério Público. Se é para ser assim, melhor seria entregar a prefeitura logo para o MP, pelo menos ele tem sido transparente. Isso não vai acabar bem nem para a antiga como para a atual administração. Numa sobrava a vivaldice. Nesta, falta um estadista capaz do mínimo: esclarecer e enfrentar os dias difíceis.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO II
A primeira vez que a administração de Kleber e Luiz Carlos usou o Ministério Público como escape, foi no caso da interdição da Ponte do Vale, “inaugurada” no dia 23 de dezembro de 2016, e interditada no dia 11 de janeiro. Era para ser reaberta em 15 dias e está até hoje enrolada. Um erro de cálculo sem tamanho da administração de Kleber e Luiz Carlos. A ponte foi fechada, segundo a prefeitura à imprensa, a mando do Ministério Público. Não foi! O MP fez uma recomendação diante das denúncias e fatos que recebeu, inclusive, vejam bem, da própria prefeitura de Kleber e Luiz Carlos que queria se resguardar de responsabilidades. Quem falhou ao se permitir alguma coisa ser inaugurada sem estar pronta e insegura para as pessoas? Primeiro, a própria sociedade por suas instituições fiscais ou de proteção. Ora, todos sabiam, pois pelo menos aqui, as condições atípicas da ponte, foram informadas. Era público e notório. Quem se omitiu? Os candidatos Kleber Edson Wan Dall e Luiz Carlos Spenlger Filho. Se apresentavam como da paz e amor. Fecharam os olhos para o que acontecia. Depois de eleitos, omitiram-se mais uma vez, pois permitiram a “inauguração” dela, sabedores de que os problemas deixados pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e a empreiteira Artepa Martins trariam problemas aos cidadãos, mas a eles próprios. Resumindo: tudo isso prova também de que não houve uma transição responsável de governo.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO III
E qual é falsa culpa da vez que a prefeitura e outros alimentam na imprensa amiga? A de que o Ministério Público está impedindo um grande evento de Gaspar, o Rodeio Crioulo. E por que? Porque ele quer tudo esclarecido sobre a tal Arena Multiuso e como está sendo usado o dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses. Primeiro, gostaria de deixar bem claro, que defendo a Arena Multiuso para os gasparenses. Já fiz um longo artigo sobre isso na terça-feira seguinte ao Stammtisch, quando conversei lá com alguns, sobre esse meu ponto de vista. Penso, que Gaspar não possui área e oportunidades ímpares. Segundo, escrito e reformçado isso, devo dizer que o Ministério Público está certo em pedir esclarecimentos, pois quem não deve não teme. E as administrações de Zucki e Kleber, bem como o CTG Coração do Vale estão errados na transferência de culpados daquilo que são parte do erro. E se Kleber e seu homem da Fazenda, Carlos Roberto Pereira, advogado, não possuem condições para a solução, que digam isso claramente à sociedade, à imprensa e ao pessoal que organiza o Rodeio, e que faz tempo não é eleitor desse pessoal que está no poder em Gaspar.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO IV
Quem fez uma desapropriação desastrosa, com fel e vingança, não olhando a cidade e a capacidade de solvência dela e do negócio? O PT e Pedro Celso Zuchi. Aliás, na área de comentários, no Fla-Flu sobre esse assunto, isso ficou outra vez claro: foi uma ação contra um empresário que faliu, desempregou e não teria honrado às obrigações trabalhistas e sociais, mas preservado o patrimônio em outras empresas suas. Ao invés de se resolver em meios e fóruns próprios, o PT – como é o seu costume - resolveu promover à sua própria Justiça e punição. Quem arbitrou um preço para o imóvel, bem abaixo do mercado, só para provocar a discussão judicial? A administração petista de Pedro Celso Zuchi. Quem prometeu área ao CTG lá para realizar o Rodeio, numa manobra eleitoral? A administração petista de Pedro Celso Zuchi. Quem prometeu um motódromo lá na Arena para dar amparo familiar? A Administração petista de Pedro Celso Zuchi. Quem investiu lá, segundo, informam agora, quase R$1,5 milhão dos pesados impostos dos gasparenses? A administração petista de Pedro Celso Zuchi, sabedor que tinha apenas uma emissão posse, ou seja, um título precário; ou seja, assumiu assim, o risco do investimento, que poderá ter que devolver do seu bolso para o município. Quem se omitiu durante todo esse tempo, para se passar de bonzinho e não perder votos? O PMDB, PP, Kleber Edson Wan Dall, Luiz Carlos Spengler Filho. Quem não possui dinheiro para pagar o sonho e a vingança da administração do PT? Gaspar. Simples assim! Antes é preciso cuidar da Saúde (que vai mal), creches (que ainda não se aumentou), das obras prioritárias... Aquele deve custar uns R$40 milhões com boa negociação. E precisará outro tanto para se tornar uma área complexa de multiuso, fomentadora de eventos, negócios e lazer, competidora, inclusive com Blumenau.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO V
Gaspar não tem esse dinheiro. Isso está na cara. Raros são os municípios brasileiros, proporcionalmente ao que arrecadam e orçamento, que teriam hoje tal montante para a regularização daquela área, numa negociação com o legítimo proprietário, e do investimento deste tipo. Só projeto, incluindo o de retorno ambiental e social, e um plano de negócios para se encaixarem em verbas federais e estaduais, também escassas. E isso depende da atual administração que a princípio não priorizou nada. Está patinando no essencial como a Saúde, Assistência, Educação e Obras. E como a administração está perdida, prefere arrumar desculpas e culpados, entre eles, o Ministério Público, só para tentar tirar o macaquinho do seu próprio ombro e ficar de bem com que vive do improviso e relacionamentos que rendem votos. O Ministério Público está no papel dele. Quem não está vestido no seu próprio papel é a administração de Kleber, Luiz Carlos, PMDB e PP. Isso não vai terminar bem.

O CULPADO É O MINISTÉRIO PÚBLICO VI
Se a Bunge não fosse uma empresa multinacional com cuidados jurídicos e financeiros, aquela sede nacional da Bunge Alimentos no Poço Grande, que o PT e a administração de Pedro Celso Zuchi queriam compra-la, também seria hoje um grande problema. Assim foi com a ponte do Vale, que Zuchi assinou um termo dizendo que tinha R$21 milhões e não tinha. Esta é uma das causas dela não estar pronta no prazo, atrasada mais de três anos no cronograma inicial, e fechada depois de inaugurada por não estar finalizada. É assim com o loteamento das Casinhas de Plástico, cujo dono é o mesmo do terreno da Arena Multiuso. Por causa de R$500 mil, a Justiça somente concedeu a emissão de posse ao município. O que era um residencial modelo, virou um assentamento precário. E há quase uma década, os moradores de lá, estão sem drenagem e escoamento pluvial, esgotos, iluminação, calçadas, calçamento, identificação de ruas, numeração oficial nas casas e escrituras. E por que? Justamente pela precariedade da documentação e que não permitia acesso às verbas ou financiamentos federais para tal. Como se vê é coisa de maluco, inclusive essa, a de colocar a culpa no Ministério Público para as coisas enroladas feitas pelos políticos e gestores públicos. Estão acostumados a falarem com analfabetos, ignorantes e desinformados. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

Samae Inundado VI - Como a falta ou a descontinuidade de uma rotina técnica e preventiva poderá ameaçar o abastecimento de água fornecedida pelo Samae de Gaspar no bairro Bela Vista. Se o Rio Itajaí Açú subir mais um metro naquela região, a captação para a estação de tratamento. O mangote está sem boias e flutuantes.

A população que fica abaixo da barragem de Ibirama e que soma em torno de 1 milhão de pessoas, está refém, nas enchentes da bacia do Itajaí, das poucas dezenas de índios Xoclengs e Kaingangs da Reserva Duque de Caxias, em José Boiteux e que a tomou como sinal e segurança das trocas.

Eles têm as suas reinvindicações, que são feitas por brancos, ideológicos, bem orientados e pagos da Funai. E devem ser atendidas, sim! Mas, não serem eternamente estendidas, expandidas, ou usadas como chantagens.

O pessoal técnico da Funai, pagos com os nossos pesados impostos, já percebeu a vulnerabilidade e principalmente, a desorganização e a tolerância dos brancos ou da sociedade como um todo, sei lá. A entrevista de um deles à NSC TV de Blumenau, mostrou bem isso.

O secretário estadual da Defesa Civil, Rodrigo Moratello, diante da cobrança da imprensa, a que defende os indefesos índios, pautada pela Funai e ideologias, citou que havia um acordo de compensação para a construção de 18 casas.

Feitas as casas, essa exigência compensatória subiu para 35 (só 28 estão prontas e falta infraestrutura para uma parte delas que foi prometida pela Funasa, órgão Federal que cuida da saúde dos indíginas) e agora, diante da facilidade ou da insaciável barganha, está se falando em 100 casas.

E tem mais: um estudo (que nem começou e ai que nasce a barganha) que vai dizer quanto cada índio deve receber de indenização permanente para que a barragem seja usada na plenitude para proteger cidadãos e o patrimônio dos que moram no Médio Vale e Foz do Rio Itajaí bem como os banhados pelo Rio Hercílio, durante as enchentes.

O cacique da reserva disse que nada foi tomado, mas quando os técnicos da Defesa Civil estadual puderam entrar nas instalações, constataram que desapareceu a cara aparelhagem de controle da barragem, bem como os motores que acionam as comportas. A eventual (e já exercida nesta segunda-feira) emergência para se fechar ou abrir as comportadas da barragem terá que ser lenta, no braço e com riscos.

Disse o cacique que ninguém estava proibido de acessar o patrimônio público, mas o acesso dos técnicos só foi possível com a presença da Polícia Federal, de forma precária, depois de quase três horas de negociação e duros discursos das lideranças indíginas contra os políticos, os brancos e a Justiça. Estavam indignados com a presença das autoridades, obrigando-os ao franqueamento da rápida vistoria.

O que ficou claro? Que os índios têm os seus direitos compensatórios; que existe gente esclarecida por detrás disso tudo organizando os índios; que há e é preciso de limites claros nas negociações; que a Justiça é lenta; que somos uns bananas-moles; que os nossos políticos são omissos na nossa representação política Federal, onde a coisa se enrola, como Rogério Peninha Mendonça (PMDB), Décio Neri de Lima (PT), João Paulo Kleinubing (PSD) e Esperidião Amim Helou Filho (PP). Deviam pedir votos aos índios e não aos afetados pelas enchentes. Talvez teriam melhor sorte nas eleições.

Mas, a bancada estadual não fica atrás. Desaparecido, o deputado Jean Jackson Kuhlmann (PSD) foi lá ouvir os queixumes dos índios, intermediou a entrada dos técnicos. Fez isso, depois que seus eleitores de Blumenau, a mais afetada, engrossaram a voz contra ele em duas eleições para prefeito. Um sinal, de podem lhe faltar na reeleição do ano que vem. E ele já entendeu!

Mas onde estavam Aldo Schneider (PMDB), Ana Paula Lima (PT), Ismael dos Santos (PSD) e Milton Hobbus (PSD) que sobrevivem do mesmo eleitorado exposto às enchentes com o sequestro da Barragem de Ibirama pelos índios de lá? E o governador Raimundo Colombo, PSD? Isto confirma de que o Voto Distrital colocaria os parlamentares mais perto dos eleitores, cidadãos, problemas, responsabilidade e soluções compartilhadas.

Então fica assim. Quem os índios, orientados, sequestraram para chantagear vantagens nos sistemas de compensações ou ter os seus direitos atendidos? A barragem? Não! A sociedade pagadora de pesados impostos. Ela ficou refém de seus representantes e da lentidão da Justiça Federal, feita e paga para arbitrar esta questão para todos, inclusive os índios.

Mais burocracia. É triste o setor público. O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, acaba de criar o Grupo Especial de Trabalho para Modernização da Administração Tributária Municipal – GEMAT. E o que ele vai fazer, afinal?

Segundo o decreto, o grupo vai coordenar todas as ações relacionadas ao desenvolvimento de medidas voltadas ao aperfeiçoamento das capacidades normativa, organizacional, operacional e tecnológica da Administração Tributária Municipal. Sobre prazos e metas? Nada!

Há pouco, foi na Câmara com os 11 frigobares das excelências que o presidente Ciro André Quintino, PMDB, mandou comprar para dar água gelada nos gabinetes ao povo. Primeiro, os frigobares não foram entregues; depois, vieram com a voltagem errada: 110 ao invés de 220. Agora foi a vez da prefeitura: comprou móveis e não os recebeu do fornecedor de Rio Negro, no Paraná.

Ilhota em chamas V- A Artefatos de Cimento Santa Terezinha é quem vai fornecer o material para pavimentação com lajotas sextavadas, drenagem pluvial e sinalização viária 278,40m da Rua Severo Silveira Ramos, no Bairro Minas. Isto vai custar R$ 218.979,19 e o dinheiro virá do Ministério das Cidades.

Ilhota em chamas VI- Sob a pressão do Ministério Público, um decreto "cria a Comissão Técnica para selecionar empresa de consultoria, acompanhar e coordenar o processo de elaboração do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal Morro do Baú". Então não vai ser do jeito como o prefeito Érico de Oliveira, disse que faria. Vai ter que seguir os protocolos da lei ambiental.

Ilhota em chamas VII- Os devedores até 31 de dezembro de 2016 ganharam um Plano de Recuperação Fiscal irrestrito. Quem quiser, terá 150 dias para pensar ser entra ou não nele.

Ilhota em chamas VIII – Vem rolo e dos grandes. Mudaram traçados de ruas em Ilhota sem que houvesse oficialização disso. Tudo no fio do bigode, no ajeitômetro. É possível acreditar nisso?

 

Edição 1704

Comentários

Herculano
08/06/2017 19:04
Maria Teresa,

Você se refere ao mais longevo dos vereadores de Gaspar, José Hilário Melato, PP? Eu não enxergo coisa boa? Enxergo sim, água disponível nas torneiras para os consumidores do Samae, de Gaspar. Não é nenhum favor. Cobra-se.

Está faltando, por erros técnicos, de liderança e condução do órgão. O que eu escrevo, é uma cobrança dos clientes, repito, clientes, do Samae fazem na autarquia e não encontram respostas. Eu apenas, repasso-as.

Você acha então que isso é coisa pessoal? Os clientes devem ficar quietos, e eu sendo acionado por eles, confirmando os fatos, também devo ficar quieto? A troco do que? Ou,a se os demais veículos fazem ouvidos de mouco, não posso concordar e fazer o mesmo, para salvar um político, perante os seus eleitores, até porque isso não tem preço. Acorda, Gaspar!
Maria Teresa Baier
08/06/2017 18:43
Herculano

O executivo, está uma fera consigo, perguntou se você não tem assunto para falar e gostaria de saber quem te patrocina.

Disse ainda, se você capaz de enxergar alguma coisa boa que fez como político e agora como deretor prisidente da autarquia, foram muitas disse, basta pesquisar ou procura-lo para as devidas informações.
O homem está mordido com você, não entende os motivos de enxergar só coisa ruim.
Herculano
08/06/2017 17:25
COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Já está no parque gráfico a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale desta sexta-feira

E nela, a coluna inédita feita especialmente para a edição.

Como eu já havia adiantado, ela já estava pronta há semanas. Tenho algumas assim, de adianto, prontas, devido à quantidade de assuntos que Gaspar e Ilhota geram e a mídia daqui aos despreza.

Tanto que na coluna das terça, feita especialmente para porta Cruzeiro do Vale é bem mais longa, mas mesmo assim, a quantidade não diminui.

Os assuntos antigos: qual é mesmo a prioridade de Gaspar: uma UTI no Hospital ou os postinhos, a policlínicas com as suas especialidades e as farmácias básicas funcionando atendendo centenas de pessoas pobres, necessitadas, doentes diariamente? Outra, é o baile que a Franciele Daiane Back, PSDB, a mais jovem e de primeiro mandato, deu na mais experimentada política hoje na Câmara de Gaspar, e novamente vereadora, a ex-vice-prefeita por oito anos, Mariluci Deschamps Rosa, PT.

E por fim, assunto mais recente, para tirar o lugar dos antigos que estavam programados, mas que não deixa de ser uma prática de velhos políticos: algumas notinhas para desmascarar o novo vidente das enchentes de Gaspar, Giovânio Borges, PSB, que substituiu a Defesa Civil.

Ele alertou o Bela Vista para uma cheia de dez metros na terça ou quarta-feira desta semana, e ainda achou ruim o meu questionamento sobre essa irresponsabilidade, com assunto tão sério e para gente aflita. Acorda, Gaspar!
Sidnei Luis Reinert
08/06/2017 15:24
MEC da era PT distribuiu livros de incentivo ao incesto para crianças:

Ronaldo Caiado
49 min ·
Temos que aplaudir a decisão do ministro Mendonça Filho que retirou esse livro que incentivava o incesto. Ele ainda teve a postura republicana de se respaldar nos pareceres técnicos do próprio MEC. Dilma e seu ministério incluíram esse livro criminoso em nossas escolas!
O que mais parece algo sem sentido algum, na verdade, é um bom exemplo de como o PT operou nas diretrizes de nossa educação infantil. No fundo, sempre se quis criar um clima de desorganização dos valores mais essenciais de nossa sociedade, incluindo a família enquanto instituição.
Salete Maba
08/06/2017 14:05
Os comissionados de Luiz Alves estão pintando e bordando na prefeitura de ILHOTA. Eu mes passada tive um dia descontado porque não aceitaram meu atestado porque era no nome do meu filho que estava doente. como se meu filho de 9 anos doente pudesse ir ao medico sozinho, mas a Dona Francinei comissionada de Luiz alves que trabalha no setor de Licitações, é liberada e sai toda terça e quinta feira ao meio dia pra fazer estagio da sua faculdade. Isso pode herculano? Comissionado não tem que estar a disposição da Prefeitura, nao tem que trbalhar até mais? Assim fica facil, uns tens direitos outros não.
Marcelo poffo
08/06/2017 13:05
E pra encerrar pra encerrar o assunto é não falo mais nisso,quem tem que ver os problemas do SAMAE e o patrão no caso a população , que está sofrendo hoje e vai sofrer mais ainda futuramente ,por falta de planejamento e conhecimentos técnicos, a maioria dentro do SAMAE me deus os parabéns pela minha publicação,falei o que a maioria lá dentro pensa mas não se pronuncia, já estão até coagindo servidores,mais isso é relevante,digo mais vc que se acha dono da verdade sem ser chefe dentro de um órgão público e cuidar de 47 servidores, aí vc pode falar, pq ser chefe na iniciativa privada é fácil , se não ser e não trabalha (minoria no caso) vc manda embora, certo.
Na administração pública vc tem que cuidar pra não ser mandado por eles, muitas vezes fui duro fui mesmo,pisei jamais nunca entre na sala do Lovidio ou Elcio para levar problemas ou desavenças com servidores, ou se quer marcar reunião com prefeito para entregar colegas de serviço, o que fizeram certos diretores agora do SAMAE, não se preocupe não sou ameaça pra vcs, só conheço muito de SAMAE e vcs deveriam aprender um pouco também, estranho que sou vadio e não sei nada D SAMAE como çertos alguns dizem,mas todos da área externa querem trabalhar comigo estranho, se dou vadio e não sei nada, por que isso então.
Direito de resposta serviços externos do SAMAE ,se indentificando claro.
Herculano
08/06/2017 12:53
SAMAE INUNDADO

A novela, não continua. Os telefones no Samae de Gaspar não param. Agora a reclamação é de falta de água nos bairros Santa Terezinha e Gaspar Mirim

Mais uma vez, erros técnicos foram determinantes para pararem a bomba para que possa trocar o selo mecânico, já vinha pingando há meses, manutenção preventiva que poderia ter sido feita em um domingo a tarde e há meses quando foi detectado esse problema.Pois é: agravou-se e, mais uma vez, estão correndo atrás do prejuízo. Pior, a população sem água.

E não se assuste se Gaspar ficar sem água pois nossa captação está puxando lodo. Mais uma vez faltou rotina para a baixada das águas no Rio Itajaí Açú.
Sidnei Luis Reinert
08/06/2017 12:53
Apesar de novas denúncias, Temer tem apoio parlamentar para barrar denúncias de Janot ao STF


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A classe política, craque no toma-lá-dá-cá, já se articula para uma negociação mais urgente e "lucrativa" que a aprovação das tais "reformas". Será a Câmara dos Deputados quem aceitará (ou não) a denúncia pesada que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, oferecerá contra Michel Temer no Supremo Tribunal Federal. A temporada de negociatas fica mais escancarada que nunca, porque apenas 100 a 110 parlamentares da "oposição" tenderiam a ferrar Temer. É muito pouco. Não dá nem para saída...

O Presidente teria 400 votos para se blindar e ficar onde está, mesmo que desmoralizadíssimo... O Procurador-Geral precisa "encontrar" pelo menos 342 votos do total de 513 da Câmara Federal para conseguir que Temer seja formalmente denunciado ao STF. Apesar da gravidade de "fatos novos" que surgem a cada segundo, Temer teria uma maioria folgada para sobreviver. Tudo dependerá de quanto ainda tem para "investir" na consolidação de apoio parlamentar... Os deuses do mercado torcem, envergonhados, para que ele siga no comando do titanic chamado Palácio do Planalto.

Desenhando, para quem ainda não entendeu que, depois do roubo, é possível conter a "roubada": Michel Temer tem apoio parlamentar de sobra para barrar as denúncias de Janot ao STF. Exatamente por tal "vantagem", assessores próximos de Temer têm certeza de que enfrentarão um tsunami de denúncias nunca antes visto na História desse País desgovernado por canalhas. A tendência é que o Ministério Público Federal deixe vazar para a mídia amestrada todo o arsenal até agora oculto nas graves delações premiadas que enojam os cidadãos de bem. Amigos e ministros queridos de Temer vão sofrer infernalmente. Festa para os advogados ?" inclusive os do diabo.

Mais focada em negociar com a base parlamentar que aprovará as "reformas meia-boca" e garantirá a blindagem contra Janot, a turma temerária já teme menos o julgamento da chapa PT/PMDB no Tribunal Superior Eleitoral. A previsão realista e otimista é que ocorrerá uma "vitória" apertadinha por 4 a 3 (ou até uma "goleada" de 5 a 2), derrubando a denúncia apresentada pelos tucanos, dois anos atrás (em 2014), para anular o triunfo reeleitoral da dupla Dilma/Temer. Muito provavelmente até sexta-feira à noite ou no máximo até sábado, os sete ministros do TSE tomam a decisão, sob a presidência do supremo-ministro Gilmar Mendes.

A eventual decisão do TSE, deixando tudo do jeitinho temerário, vai ampliar a crise institucional. A guerra de todos contra todos os poderes também vai se agravar com a programada rejeição das denúncias de Rodrigo Janot contra Michel Temer e a turma dele. A caneta dourada que assina tudo que vai parar no Diário Oficial da União parece não ter pleno poder para conter o frenético tsunami de delações premiadas. O poder de retaliação do Palácio do Planalto ainda parece limitado. Cortar o crédito da JBS nos bancos oficiais, por exemplo, ou reduzir a publicidade oficial na mídia amiga do clientelismo, não passam de atitudes infantis e (por que não trocadilhar?) temerárias...

Tem um outro fator de instabilidade que pode ser agravado pela manutenção forçadíssima de Temer no poder. As centrais sindicais preparam seu arsenal radical e profissional de protestos violentos contra a aprovação dos "remendos" trabalhista e previdenciário. A previsão, inclusive no meio militar, é de manifestações mais violentas que a do mês de maio em Brasília. A petelândia fará o diabo para arrasar com Temer e antecipar a campanha reeleitoral. O problema é o que pode acontecer com Lula... E Aécio Neves também tem tudo para dançar... Isonomia...

O decadente chefão da petralhada ainda segue "poupado" até que se defina o destino de Temer. Assim que ficar acertado que Temer continua na Presidência, chegará a hora do "juízo final" para Lula. Já Michel Temer tem tudo para seguir morando com a Marcela no Palácio do Jaburu, apesar da gravação clandestina de conversa com Joesley Batista, apesar dos passeios no jatinho da JBS, apesar dos depósitos de propinas para aliados em suas contas correntes, apesar dos amigos próximos serem alvos dos rigores seletivos e apesar de tudo de ruim que ainda vem por aí contra a figura presidencial.

E assim o Brasil segue no regime Capimunista Rentista e Corrupto, com a maioria da população indignada alimentando a ilusão de que a salvação da Pátria será conquistada na próxima eleição... Luz no final do túnel? Só se for a daquela famosa locomotiva estatal que vem para atropelar os cidadãos de bem...
Guido Benjamim
08/06/2017 12:42
Senhor Herculano

Esses anônimos do SAMAE que estão irritados com o Poffo, são aqueles que esperavam uma teta e não ganharam, nunca se dedicaram ao trabalho como um bom funcionário público deveria fazer. Inclusive o cargo do Marcelo Poffo ainda está vago, talvez esperando pelo Marcelo. Muitos daqueles que iam nos comícios do Kleber, pra aparecer na foto e marcar presença estão putiados com o PMDB e PP mas todos sabem que os mesmos não tem capacidade, por isso dançaram.

Aqui no Samae tem uma galera que odeia trabalhar e que não fará falta quando se aposentarem. Adoram uma fofoca e sempre em épocas eleitorais correm para o lado fo candidato que lidera as pesquisas, sempre foi assim já estiveram com PDS PT PMDB E PSD.

Mas fofoqueiros, fiquem tranquilos, o Poffo, além de ser trabalhador e cumpridor dos seus deveres, tem as costas quente com o presidente da câmara e outros pmdbistas.
Voces vão ter aturar por uns 30 anos.
Capaz que o Marcelo, não entenda nada de encanador.
Vão trabalhar, onde já se viu ficar escrevendo, visitando sites pornograficos na Internet na ora do trabalho

Herculano
08/06/2017 12:42
TEMER DESENCANA DO TSE E JÁ CUIDA DO DAY AFTER, por Josias de Souza

O julgamento das ilegalidades atribuídas à campanha presidencial da chapa Dilma-Temer prossegue. Mas já não preocupa Michel Temer. O presidente terá uma surpresa extraordinária se obtiver do plenário do Tribunal Superior Eleitoral algo diferente de uma pizza.

Julgando-se absolvido por antecipação, Temer já se ocupa do planejamento do day after. Cuida dos minutos, porque suas horas passam. Espera para a semana que vem uma denúncia formal do procurador-geral da República Rodrigo Janot no caso JBS. Esforça-se para não fornecer matéria-prima nova ao responder por escrito ao interrogatório da PF. E simula otimismo enquanto tenta evitar a revoada dos tucanos.
Marcelo poffo
08/06/2017 12:33
Marcos primeira não discuto com quem não se indentifica,mas vou abrir uma exceção,eles não tem moral para abriri processo administrativo em ninguém, pq os primeiros a ir pro pau seriam eles, por erros gravíssimos e deixar a população sem água , eu trabalho sim, até passo os problemas pra eles, mas eles não me escutam,fazer o que, e eles que me colocaram à disposição de outro setor, liga no SAMAE e pergunta pra minha chefe pra ver o que ela vai te dizer sobe meu serviço
Herculano
08/06/2017 11:57
BRASIL INICIA "REVOLUÇÃO" NA TRANSMISSÃO DE SEUS JOGOS CONTRA ARGENTINA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Marcio Dolzan. Quem quiser assistir ao clássico Brasil e Argentina nesta sexta-feira terá de acordar cedo (7h) e também zapear por canais pouco comuns nas transmissões dos grandes eventos esportivos do País ?" pelo menos até hoje. Quebrando a regra na tevê brasileira dos últimos anos, um dos maiores clássicos do mundo será transmitido pelas TVs Brasil e Cultura, que têm vieses educativos nas transmissões e que costumam dar traço na audiência. A outra opção é assistir ao jogo pela internet.

Sem a Globo, que não aceitou a proposta da CBF de adquirir os direitos de transmissão dos amistosos diante de Argentina e Austrália (dia 13) de forma avulsa, a entidade que comanda o futebol brasileiro decidiu alçar voo solo, e diferente, e comprou espaço por valor irrisório nas grades da TV Brasil e Cultura para mostrar as partidas.

As duas emissoras têm seus sinais exibidos em canais diferentes em cada Estado do Brasil. Alguns transmitem através de sinal próprio das emissoras, mas a maioria o faz na TV aberta por meio de retransmissão de TVs educativas estaduais ?" que não raro não conseguem ser sintonizadas fora das grandes metrópoles, algo bem diferente da Rede Globo, cujo sinal atinge praticamente todo o País.

Quem tem acesso à TV por assinatura terá menos dificuldade em sintonizar os canais, principalmente da emissora nacional. Isso porque ela está presente no pacote básico oferecido por praticamente todas as principais operadoras do Brasil. O acordo com a TV Brasil foi o primeiro a ser anunciado, e a emissora estatal optou por aproveitar da melhor forma a veiculação inédita de um jogo de futebol da seleção brasileira.

Mais do que vender o espaço na sua grade por três horas, entre às 6h30 e às 9h30 desta sexta, por R$ 15 mil, a TV Brasil alterou sua programação habitual e exibirá o programa de debates esportivos No Mundo da Bola logo após o jogo. Em geral, a atração é apresentada somente nas noites de domingo.

A TV Cultura decidiu manter a grade habitual antes e depois do jogo. O canal deixará de exibir atrações infantis como Peppa Pig e Cocoricó durante o horário do amistoso da seleção. Assim que acabar a transmissão, às 9h30, seguida dos palpites de Pelé e Denilson - que foram contratados pela CBF para comentar a partida -, além das reportagens pós-jogo direto de Melbourne, a Cultura volta com sua grade original, com o Quintal da Cultura e seus personagens Doroteia, Ludovico e Osório.

INTERNET

Além dos canais públicos de televisão, outra opção para assistir aos jogos será a internet. A CBF TV vai transmitir a partida também no seu site, assim como o Portal Uol, que anunciou acordo para exibição do jogo terça à noite. Já a operadora de celular Vivo, patrocinadora da seleção desde 2005, permitirá que seus assinantes assistam ao confronto através de canal próprio a ser acessado por celular e tablet.

As imagens serão geradas pela CBF TV. A entidade enviou profissionais a Melbourne. O narrador Nivaldo Pietro (Fox), Pelé e o ex-jogador Denilson (Band) foram contratados. Eles ficarão em um estúdio na sede da CBF, no Rio. A transmissão dos jogos por conta própria funcionará como uma espécie de "piloto" para a CBF. A intenção é faturar mais com transmissões próprias e patrocínios.

SAIBA COMO ACHAR OS CANAIS

Apesar de a TV Brasil e Cultura terem abrangência nacional, quem não tem o hábito de sintonizá-las poderá ter dificuldade em localizar os canais no aparelho. A TV Brasil, por exemplo, tem sinal próprio em apenas sete Estados ?" o canal é retransmitido nos demais por meio de parcerias com emissoras educativas.

A TV Cultura informa que "126 milhões de pessoas têm acesso ao sinal" em todo o Brasil. Em São Paulo, a TV Cultura pode ser sintonizada no canal 2, enquanto a TV Brasil, no 2.1. Em sinal fechado, a emissora nacional tem transmissão na Sky (canal 166), Oi TV (20), Vivo TV (199), Claro TV (9), GVT (234) e Net (4).
Herculano
08/06/2017 11:43
MAIORIA

"Tarcísio forma a maioria: delações da Odebrecht etc não poderão ser usadas como prova no TSE. C/isso, há 4 votos p/restringir escopo da ação", do site Jota, especialista em assuntos jurídicos, há pouco no twitter
Herculano
08/06/2017 11:40
PERCEPÇÃO

"A esta altura, difícil imaginar que resultado não será 4 X 3 pela absolvição. Desempate de Gilmar M. Dúvida é só tempo da sessão". A percepção é da repórter e analista Cristina Lobo, na Globonews, há pouco no Twitter
Herculano
08/06/2017 11:36
ESPECIALISTAS EM ENGANAR

O pessoal que passou a defender o Samae de Gaspar, depois de ser descoberto pelo IP, na origem, engana usando crowdy. Veja o IP do Marcos (que não é Marcos). 212.16.104.33 O que essa gente tem mesmo a esconder? A verdade?
Marcos
08/06/2017 11:22
Caso Samae:

Se o funcionário não trabalha e só causa problemas porque agora não tem cargo de diretor, simples, cria-se um processo administrativo e exonera o mesmo, ainda mais que ele está em estágio probratório. Faz como era feito no governo que cortou alguns males pela raiz.
Além desse encanador tem outros que estão causando problemas, pois perderam os seus carguinhos comissionados lá no Paço Municipal. o que não pode é ser coniventes com maus funcionários, processo administrativo neles.
Miguel José Teixeira
08/06/2017 09:03
Senhores,

Nooosssa. . . o Reinaldo está ainda mais Azevedo! Toma a direita como porrete, bate na esquerda e mete o pau no centro. . .
Herculano
08/06/2017 08:10
BASE ALIADA VAI USAR CPMI DA JBS PARA PRESSIONAR FACHIN

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de
Carla Araújo e Daiene Cardoso, da sucursal de Brasília. Com o aval do Palácio do Planalto, a base aliada se movimenta para usar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS para pressionar o Poder Judiciário e o Ministério Público. Após reunião com o presidente Michel Temer nesta semana, deputados decidiram acelerar a instalação da comissão, que ainda não está em funcionamento porque os partidos não concluíram as indicações de seus representantes.

Inicialmente formulada para constranger a JBS, em especial Joesley Batista, que delatou centenas de políticos, dentre os quais Temer, agora a ideia é que ela seja usada contra a Lava Jato. O Planalto tem defendido a tese com seus aliados de que, se o presidente da República e seus auxiliares mais próximos têm sido alvo da força-tarefa, parlamentares não estarão a salvo dos investigadores. Seria, portanto, necessário unir a classe política para coibir e frear o que consideram exageros das operações.

As articulações apontam que o primeiro alvo deve ser o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A base quer aprovar um requerimento para que ele compareça à CPMI a fim de esclarecer sua relação com o executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F.

Parlamentares apresentaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um requerimento pedindo explicações ao ministro. Eles dizem que receberam informações de que Saud teria atuado na campanha de Fachin para que os senadores o aprovassem para o STF, em 2015, por indicação da presidente cassada Dilma Rousseff. O ministro não comenta as afirmações.

Como os governistas avaliam que o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), não apreciará o documento, ficou decidido que o debate será levado à CPMI. "Essa questão vai surgir lá com certeza", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP), um dos signatários do requerimento de explicações na CCJ.

Pinato questionou o grau de influência de Saud na indicação de Fachin ao STF e disse que o ministro não terá como evitar os esclarecimentos. "Existe uma possibilidade (de chamar Fachin). Será um bom momento para que uma série de situações se esclareçam", disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos membros da "tropa de choque" de Temer no Congresso.

Para chamar Fachin ao Congresso, deputados querem aprovar um convite, uma vez que a legislação não permite a aprovação de convocação de um ministro do STF. Caso Fachin decline o chamado, os deputados vão se sustentar no artigo 60 do Regimento Interno da Câmara, que trata da competência de fiscalização e controle da Casa.

Outra alternativa estudada por parlamentares seria fazer avançar na CCJ da Câmara uma PEC que imputa responsabilidades a ministros do STF que usurparem as funções do Legislativo e do Executivo.

Delação. Deputados e senadores pretendem ainda usar a Lei 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal e a obtenção de provas, para questionar a homologação da delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Eles argumentam que os benefícios aos empresários não poderiam ser concedidos porque o artigo 4.º da lei diz que o MP poderá deixar de oferecer denúncia se o colaborador não for o líder da organização criminosa ?" os parlamentares dizem que os empresários eram os líderes. Um item seguinte do artigo, no entanto, diz que o colaborador não precisa ser denunciado "se for o primeiro a prestar efetiva colaboração".
Herculano
08/06/2017 07:56
CHAPA DILMA-TEMER:TSE ENTRE A VERDADE E A MEIA VERDADE, do site Jota, especializado em análises jurídicas, no jornal Folha de S. Paulo

O julgamento começou morno na terça-feira à noite no plenário do Tribunal Superior Eleitoral, mas esquentou e já indicou quem é quem na manhã de quarta-feira. A discussão repetia o que foi debatido em 2015, quando o TSE decidiu reabrir a ação de impugnação do mandato de Dilma Rousseff. O ponto era saber se o tribunal fecharia os olhos para os fatos ou se curvaria a eles. Há dois anos, os fatos foram soberanos; agora, eles, os fatos, que se encaixem na formalidade do processo.

Certo ou errado, o que chama atenção é a mudança de postura. É como se o TSE dissesse: o que está no mundo serve para justificar a abertura de investigação, mas só para isso. Para condenar, são outros quinhentos: aí é preciso juntar fatos, circunstâncias, disposição e uma dose de coragem. Como bem disse o ministro Gilmar Mendes em 2015: "O TSE é muito corajoso às vezes para cassar um governador da Paraíba, mas não quer se meter na disputa em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou mesmo em Minas Gerais."

Para cassar uma chapa presidencial seriam necessárias quantas delações premiadas?

Herman Benjamin, relator do processo, ressaltou que não pode o juiz ignorar os fatos, confundindo imparcialidade com omissão. O juiz eleitoral, ao instruir um processo como este, deve ter como parâmetro a busca da "verdade real".

"Aqui, na Justiça Eleitoral, nós não trabalhamos com os olhos fechados", enfatizou. "Esta é a tradução deste princípio da verdade real", acrescentou. Herman Benjamin afirmou que só os índios não contactados da Amazônia desconhecem as revelações feitas por executivos da Odebrecht. Como ignorar isso?

Tudo isso para dizer que as provas obtidas com os depoimentos de delatores da Odebrecht e com os depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, podem e devem ser usadas para julgar as ações contra a chapa Dilma-Temer. Mas este é o ponto que hoje divide o tribunal. Herman Benjamin, com anos de experiência no Superior Tribunal de Justiça, sabia de onde viriam os primeiros ataques e preparou-se para o contra-ataque.

O primeiro disparo partiu de Gilmar Mendes. Chamou o argumento de Herman Benjamin de falacioso e disse que, a depender da disposição pela busca da verdade real, a investigação contra a chapa deveria permanecer aberta, em razão de novos acordos de delação. "Agora vossa excelência teria mais um desafio: manter o processo aberto e trazer as delações da JBS e talvez na semana que vem as delações de Palocci, para mostrar à Vossa Excelência é falacioso. Há limites que o processo estabelece", afirmou o presidente do TSE.

É fato. Indícios e provas de que a campanha de Dilma e Temer recebeu recursos ilícitos surgem a todo momento. E Herman Benjamin valeu-se do que disse o próprio Gilmar Mendes no julgamento de 2015, quando capitaneou o tribunal a reabrir o processo contra a chapa Dilma-Temer. Herman Benjamin lembrou a justificativa de Gilmar Mendes para a demora de cinco meses para devolver o pedido de vista.

"Também devo dizer, senhores ministros, que levei cinco meses para trazer este pedido de vista por uma razão: a toda hora tinha que fazer atualizações em função dos fatos que se sobrepõem - como já se disse, atribuindo-se ao ministro Teori Zavascki, 'puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato' -, conexos com os que estão aqui, como veremos, tanto é que me vi obrigado a fazer várias atualizações no texto para as quais chamarei a atenção", enfatizou.

Ignorar fatos públicos e notórios - seja qual for a motivação para isso, seja técnico-formal, política ou meramente pragmática - pode comprometer a lição pedagógica que este processo poderia dar ao sistema político. Como disse o ministro Gilmar Mendes, era preciso sim investigar, mas pergunta-se: diante das provas, não seria normal condenar?

E, finalmente, o risco é que, ao fechar os olhos para os fatos apontados na delação da Odebrecht, a Justiça Eleitoral seja acusada, mais uma vez, de julgar um processo levando em conta apenas quem está sendo acusado. A estátua da Justiça é cega porque todos devem ser julgados da mesma forma. A venda na estátua não pode servir de justificativa para não enxergar os fatos.
Maria José
08/06/2017 07:32
CURIOSA Estou curiosa pois durante a eleição passada estive em uma reunião da coligação Kleber/Lú lá no Gasparinho,prometerão para aquele povo o complemento do asfalto até na Capela Santo Antônio antes desta festa.Pretendo prestigiar aquela grande festa e observar a qualidade da obra executada o povo do Gasparnho merece e viva STO.Antônio.
Herculano
08/06/2017 07:18
CASO SAMAE

1. Eu não apoio Marcelo Poffo. Eu falo sobre falta de água continuada por erros técnicos. E faz tempo e nunca citei Marcelo Poffo, como minha eventual fonte.

2. Só citei o Marcelo, na terça-feira, depois dele ir a face dele ratificar tudo o que eu tinha publicado, na coluna de sexta-feira passada.

3. A falta de água em vários bairros sem histórico anterior e fora da curva, como provado, várias vezes, decorre de ação técnica equivocada, para dizer o mínimo, e da falta de uma liderança técnica no comando desse assunto, ou a existente, mal escolhida pelo presidente que é um político de carreira.

4. A assessoria de comunicação do Samae, feita de parentes do poder e do partido no poder de plantão, nunca esclareceu diferente, ou seja, ou ela não funciona, que não acredito, ou não há o que esclarecer o que já foi plenamente esclarecido.

5. Estranho mesmo, é que de madrugada, anonimamente, com delcaração e.mail e telefones falsos, o Samae terceiriza a sua comunicação a partir de Balneário Camboriú. Confira no ip 200.101.200.124.

6. Estranho mesmo, é que essa comunicação feita por terceiros não esclarece a razão pela qual o Samae de Gaspar é tema de comentários nesta coluna: a falta de água e provocada por erros de manutenção. Para esconder o próprio rabo, o terceiro comunicador do Samae, coloca o defeito em outra pessoa para desviar o foco da discussão.

7. O terceiro comunicador, ainda revela que se tem alguém culpado nessa história toda com Marcelo Poffo, é o próprio presidente José Hilário Melato, PP, que sabedor de todo o perfil que tentam me passar, não tomou uma providência. Ou ele está também com medo da bala de prata de Marcelo, como outros tiveram? Acorda, Gaspar!
Herculano
08/06/2017 06:50
CHEFE MILITAR DE MÉDICI PEDIA PROPINA; QUAL A DIFERENÇA HOJE?, por Matias Spektor, professor de relações internacionais na FGV, para o jornal Folha de S. Paulo

Um dos principais chefes militares do governo Médici pedia propina a empresários americanos. Com mediação da Fiesp ou por meio de extorsão, ele costurava os laços entre a embaixada americana, a iniciativa privada e o porão. É o que revela um documento secreto recém-aberto ao público.

Se nossa podridão é de longa data, qual a diferença entre o esquema dos homens de farda e a mala de Rocha Loures, o infame assessor presidencial?

Há duas alternativas.

Uma delas é a tese das máfias enquistadas: organizações criminosas teriam ocupado o Estado brasileiro há tempos. Unidos por laços de amizade e parentesco, esses grupos teriam conseguido sobreviver à troca de regime e de governos. Sem importar as circunstâncias, a corrupção passaria incólume.

Segundo essa concepção, a Lava Jato não conseguirá sanar o problema. Ela pode causar alguma marola, mas dificilmente quebrará o cartel das máfias que hoje mantém a sociedade brasileira rendida. Ao fim do dia, a operação não passará de uma nota de rodapé nos livros de história.

A outra resposta é mais sofisticada. Ela diz que a corrupção endêmica não é apenas um mecanismo para enriquecer os membros das organizações criminosas vinculadas ao Estado. Antes, a corrupção cumpriria uma função mais precisa: a geração de rendas necessária para dar sustentação política a quem governa.

Assim, à época da ditadura, quem ocupava o Palácio do Planalto precisava garantir a adesão dos principais chefes militares do país, além dos caciques civis de plantão. Como? Liberando verbas para suas comarcas, empregando aliados, promovendo familiares, criando novas oportunidades de negócio para amigos e fazendo vista grossa às propinas de grandes grupos empresariais.

Na Nova República o jogo mudou. Agora, a sobrevivência de quem ocupa o Palácio do Planalto depende de mais atores, pois a sociedade vota. Nesse sistema, o presidente depende, acima de tudo, da fidelidade dos partidos da base aliada. É deles ?"não da popularidade?" que seu destino depende.

No "presidencialismo de coalizão", esse jogo é caro. Para garantir o apoio de deputados e senadores aliados, o governo precisa ajudá-los a garantir a própria reeleição. Mas como nossas eleições estão entre as mais caras do mundo, não basta o Planalto liberar emenda parlamentar a rodo. Precisa também nomear gente da base aliada para as empresas estatais, boquinha infalível, nas quais licitações polpudas abrem o fluxo de caixa de JBS, Odebrecht e tantas outras.

Esse é o mecanismo que a Lava Jato expôs. Sozinha, ela não resolverá o drama nacional. Ao diagnosticá-lo, entretanto, abre uma rara possibilidade histórica de superação
Herculano
08/06/2017 06:45
CRISE E ATOS VIOLENTOS DEIXAM EXÉRCITO EM ALERTA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O Exército está mais preocupado do que parece com a crise política e as manifestações de rua, cada vez mais violentas. Para discutir esses temas, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, reuniu vários generais no QG do Exército, terça (6). Um deles, Augusto Heleno, um dos mais admirados no Exército, admitiu essa preocupação e disse que os "black-blocs" têm praticado um "quase terrorismo".

QUASE TERRORISMO
Os serviços de inteligência identificaram nos atos violentos técnicas de guerrilha e terrorismo que deixaram o Exército em estado de alerta.

NOVOS TEMPOS
O próprio comandante do Exército informou a reunião em sua página no Twitter, definindo seus participantes como "pró-ativos".

NÃO FOI, MAS SABIA
O ministro Raul Jungmann (Defesa) não estava na reunião, mas garantiu por sua assessoria que sabia da sua realização.

Só UMA CONVERSA
O general Heleno não vê motivos para preocupação: "o Exército está comprometido com a estabilidade, a Constituição, a Justiça e a ordem".

GOVERNO DEMORA, MAS EMBARGA MANSÃO DE CID
O Ceará tem lá suas excentricidades: órgãos ambientais federais, Ibama e ICMBio "desconheciam" a grave denúncia de crime ambiental contra o ex-governador Cid Gomes, que constrói mansão espetacular na serra do Meruoca, coração de uma Área de Proteção Ambiental (APA). Informaram que foram lá na terça (6), constataram "dano" ambiental, autuaram o dono e embargaram a obra. Ninguém foi preso.

PISANDO EM OVOS
Parecendo "pisar em ovos" da família Gomes, Ibama e ICMBio não citam o dono da obra milionária, tampouco especificam os "danos".

NINGUÉM FOI PRESO
Ibama também não explicou por que, apesar do flagrante de crime ambiental, aliás, inafiançável, ninguém recebeu voz de prisão.

VISTA DE CORONÉ
A mansão de Cid Gomes em área de 44 hectares, a 820m de altura, terá piscina olímpica, heliponto e linda vista para Sobral, seu reduto.

QUEM MANDA É O JUIZ
A condução do julgamento da chapa Dilma-Temer pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, tem sido muito elogiada nos meios jurídicos de Brasília. Até pela coragem de lembrar, todo o tempo, que é a Justiça que deve estar no comando.

ECONOMIA SE DESCOLA DA CRISE
O julgamento da chapa Dilma-Temer não impacta na economia como se imaginava. A bolsa paulista operou em alta, ontem, e o dólar baixou. E todos os indicadores apontam para o crescimento da economia.

BAIXO INTERESSE
Professor da Escola Brasileira de Economia e Finanças da FVG, Aloisio Araújo reitera: "a maior preocupação do mercado são as reformas. O julgamento da chapa Dilma-Temer interessa pouco".

OS VERDADEIROS PRECARIZADOS
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relatou da reforma trabalhista, destacou que dos 140 milhões de brasileiros economicamente ativos, apenas 50 milhões são legalizados. A reforma pretende a inclusão dos demais 90 milhões de trabalhadores, "os verdadeiros precarizados".

MAIS DE R$1,2 TRILHÃO!
Enquanto o impostômetro registra R$ 950 bilhões em tributos pagos pelo brasileiro, as demais receitas oficiais (taxas, multas e outras maneiras de meter a mão no nosso bolso), já chegam a R$1,2 trilhão.

PENSANDO BEM...
Alvos constantes de blogs entusiastas dos dois extremos do espectro político, militares provaram, ao divulgar reunião de generais para debate político, que medo ou clamor por um golpe é apenas devaneio.

CUSPE LIBERADO
O Conselho de Ética da Câmara decidiu que "não há ofensa ao decoro" um deputado cuspir no outro, conforme expressão de um dos seus integrantes, João Marcelo Souza (PMDB-MA).

EU, MINISTRO
O julgamento da chapa Dilma-Temer virou uma espécie de final de campeonato. Assim como todo brasileiro é técnico de futebol, dando palpites, agora são também especialistas em direito eleitoral.

LEMBRANDO BEM...
...a turma que clama pela cassação da chapa Dilma-Temer dizia antes que a ação proposta pelo PSDB era "inconformismo de derrotados".
Herculano
08/06/2017 06:39
É NA ATITUDE DE GILMAR MENDES QUE SE CONCENTRA O FOCO DAS ATENÇÕES, por Marcelo Coelho, do Conselho Editorial do jornal Folha de S.Paulo

Aí pelas 11h30, o clima no Tribunal Superior Eleitoral começou a mudar.

No começo da sessão desta quarta-feira (7), em que se continuava a julgar a cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, os campos pareciam bem divididos.

Ao lado de Napoleão Maia e Tarcísio Vieira, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, dava a impressão de ser simpático, em seus apartes, à tese dos advogados de Temer e da ex-presidente.

O argumento era de que os fatos apontados pelas delações premiadas de Marcelo Odebrecht e João Santana, indicando vastas propinas e uso do caixa dois na campanha de 2014, não poderiam ser levados em conta naquele julgamento.

Para a defesa de Temer e Dilma, as investigações sobre isso, conduzidas pelo ministro Herman Benjamin, fugiam ao conteúdo inicial da ação contra a chapa, proposta pelo PSDB. Um processo não pode mudar de foco no meio do caminho, diziam os advogados; não é possível que se acrescentem novos tópicos da noite para o dia.

No início da manhã, os comentários de Gilmar Mendes iam também nessa direção. Ele perguntou por exemplo, num intuito provocativo, se teríamos de interromper novamente o julgamento para levar em conta as revelações relativas à JBS e, quem sabe, uma futura delação do ex-ministro Antonio Palocci. Indicava que, pelo gosto do relator Herman Benjamin, qualquer coisa poderia ser incluída no processo.

Mas Herman Benjamin continuou lendo calmamente, com voz quase pastoral, o seu longo voto. Foram horas para examinar as questões preliminares, no fundo as mais importantes, levantadas pela defesa.

Foi depois de duas horas e meia que o suave pronunciamento de Herman Benjamin revelou seu potencial atômico.

Primeiro, ele projetou num telão o fac-simile do próprio pedido inicial do PSDB contra Dilma e Temer. E lá estava, "com nome e sobrenome", a menção a possíveis irregularidades da Odebrecht no financiamento da campanha eleitoral de 2014.

Não havia como dizer, portanto, que Benjamin tinha determinado arbitrariamente investigações sobre a empreiteira só depois de terem aparecido notícias sobre o caso.

O relator continuou, citando longamente frases e decisões do próprio Gilmar Mendes, no mesmo processo, defendendo que se investigassem mais profundamente a atuação da Petrobras a partir da operação Lava-Jato.

Refutando a opinião de quem relatava o processo nos idos de 2015 ?"a ministra Maria Thereza de Assis Moura?" Gilmar Mendes sustentou, naquela ocasião, que circunstâncias importantes se sobrepunham ao julgamento. Fatos capazes de justificar o pedido do PSDB já existiam, mas o que continuava a aparecer eram sinais que os explicitavam ainda mais.

Naquela época, como se sabe, Dilma Rousseff ainda era presidente da República. O plenário do TSE decidiu pela necessidade de investigar mais os indícios apresentados pela Lava Jato.

Não cabia transferir para o TSE todos os fatos daquela operação, dizia Gilmar Mendes, mas sim fixar a premissa de que, havendo tais indícios, cabia apurar melhor o peso da Petrobras na eleição.

Gilmar Mendes observava, naquela época, não ser difícil imaginar que recursos de propina foram canalizados para a campanha de Dilma e Temer. Um fluxo constante de verbas se registrara para o PT nos anos anteriores.

Não tivemos eleição nesses anos, lembrava Gilmar, mas tivemos em 2014. Não seria adiantamento da propina? Com as revelações da Lava Jato, novos fatos não poderiam ser ignorados. E como querer que, na petição inicial, o PSDB já soubesse de tudo? Seria necessário utilizar, no TSE, as provas levantadas na Lava Jato.

Com tantas citações ao Gilmar Mendes de dois anos atrás, o relator Herman Benjamin parecia destruir irrecuperavelmente a linha de que o processo de cassação teria de esquecer os testemunhos de Marcelo Odebrecht e João Santana. A matéria já foi decidida, concluiu, pela maioria do TSE.

Ao menos para este observador, os apartes de Gilmar Mendes pareceram mudar de tom depois disso, abandonando as farpas contra Herman Benjamin.

Por vezes, assumiam postulações políticas mais amplas. O presidente do TSE criticou o "mastodonte estatal" que termina propiciando a corrupção institucionalizada; apontou para distorções no BNDES; viu na prática das propinas petistas um sinal da herança leninista do partido; insistiu na necessidade de uma reforma política.

O julgamento será retomado nesta quinta-feira (8), durante o dia todo. Mais do que em Napoleão Maia ou em Tarcísio Vieira, aparentemente ainda propensos a adotar as teses da defesa de Temer, é na atitude de Gilmar Mendes que se concentra o foco das atenções.
Herculano
08/06/2017 06:36
TSE: VOCÊ ESCOLHE A LEI, AINDA QUE NÃO GOSTE DELA, OU O ARBÍTRIO QUE FAZ A SUA VONTADE? por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Quem ficar com o segundo caminho estará, em nome de uma satisfação passageira e oportunista, entrando voluntariamente na fila da guilhotina

O debate, nesta quarta, no Tribunal Superior Eleitoral, que teve como protagonistas Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa que elegeu Dilma-Temer, e Gilmar Mendes, presidente do tribunal - com participações laterais, mas importantes, em ambos os polos -, exibiu um mérito inegável: opôs duas visões de direito. Ou, para ser mais preciso: opôs uma concepção que tem espinha dorsal, a expressa por Mendes, e outra, que dá mais atenção ao alarido do que à letra da lei - nesse segundo caso, estamos falando do gelatinoso terreno do chamado "interesse público", em nome do qual muitos crimes se cometem.

Vamos pensar. Há prazo para que os interessados ajuízem uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), que é precisamente o que se enfrenta no TSE: vai até a diplomação do eleito. Ao acusar a "chapa tal" de, por exemplo, abuso de poder político e de poder econômico, é preciso que o denunciante aponte os indícios que podem vir a se tornar provas. Outra ação é a Aime (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo). Nesse caso, o prazo para acionar a Justiça Eleitoral é um pouco mais dilatado: estende-se por 15 dias além da diplomação.

Vocês já devem ter ouvido falar por aí: a Justiça Eleitoral atua quando provocada. Obviamente, não lhe cabe ir além daquilo que constitui o libelo acusatório. Tem o dever de, nas suas multiplicas diligências, verificar a veracidade dos elementos elencados como provas.

Ora, a vontade popular é o principal pilar da democracia. Imaginem se, a qualquer tempo, se pudesse entrar com uma ação para cassar uma chapa ou um eleito. Estaríamos no pior dos mundos. A vontade popular seria submetida à permanente judicialização, de sorte que um estatuto sufocaria o outro - e o sufocado seria justamente o sufrágio.

Assim, agiu muito mal o ministro Herman Benjamin quando, fazendo o que a Justiça Eleitoral não deve fazer, resolveu empreender uma investigação como se Ministério Público fosse - segundo disse, com a anuência do ministro Edson Fachin, relator do petrolão no Supremo (não me diga!). Convocou, então, o testemunho de delatores ligados à Odebrecht, além de João Santana, ex-marqueteiro do PT. Ora, pergunte-se: e por que, então, não se suspende o processo para ouvir Joesley Batista? E depois Antônio Palocci? E em seguida o Zé Mané! A coisa não teria fim.

Em nome da salubridade legal do processo, espero que a maioria dos ministros rejeite esses depoimentos. Todos sabem que considero que o melhor para o país seria a permanência de Temer. Mas isso não orienta a minha avaliação. É que o respeito à ordem legal está na essência de um regime democrático de direito.

Sim, dispõe o Artigo 23 da Lei Complementar 64/90:
"O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral."

Jurisprudência do Supremo diz algo muito parecido sobre qualquer assunto. Mas atenção! O que se pretende aí é exaltar a independência do juiz, não a sua dependência de alaridos organizados. Ademais, quem disse que os testemunhos dos empreiteiros e de Santana são "fatos públicos e notórios" ou "provas"? Ainda não. Tudo está sob investigação.

A questão, leitor amigo, é a seguinte: você escolhe a lei, anda que NÃO aponte para o lugar que você quer, ou o arbítrio, desde que adequado a seu gosto? Quem escolher o segundo caminho estará, em nome de uma satisfação passageira e oportunista, entrando voluntariamente na fila da guilhotina.
Herculano
08/06/2017 06:28
ÀS FAVAS A MODÉSTIA, por Bernardo Mello Franco, no jornal Folha de S. Paulo

Os advogados de defesa não foram convidados a falar no segundo dia de julgamento da chapa Dilma-Temer. Na verdade, nem precisavam. O ministro Gilmar Mendes assumiu de vez o papel de escudeiro do governo no TSE. Com duas vantagens: ele é o presidente da corte e ainda terá direito a votar no final.

Gilmar não mediu palavras para confrontar o ministro Herman Benjamin. No início da sessão, ele acusou o colega de usar um argumento "falacioso" ao defender o uso de provas fornecidas pela Odebrecht.

"Agora Vossa Excelência teria mais um desafio: manter o processo aberto e trazer delações da JBS. E talvez na semana que vem as delações de Palocci", ironizou Gilmar.

Sem perder a calma, Benjamin lembrou que a JBS não está na ação. E acrescentou que a Odebrecht é citada três vezes no pedido de cassação da chapa, formulado pelo PSDB.

A troca de farpas prosseguiu. "Todos nós estamos encantados em ouvi-lo", provocou Gilmar, antes de pedir que o colega fosse mais breve nas suas considerações. "Quem está falando sou eu", respondeu o relator.

O presidente do TSE não se deu por vencido. Adiante, ele sugeriu que Benjamin estaria em busca de fama. "Esta ação só existe graças a meu empenho, modéstia às favas. Vossa Excelência só está brilhando no Brasil todo, na TV, graças a isso", disse.

Mais uma vez, Benjamin se recusou a morder a isca: "Vossa Excelência sabe que eu prefiro o anonimato".

Depois de discursar sobre o papel do Estado na economia, defender a reforma política e recitar palavras em alemão, Gilmar deixou escapar uma frase sincera: "Não estou aqui a defender a cassação de mandato". Quem ousaria pensar o contrário?

*
Temer voou no jatinho de Joesley Batista, cujo prefixo é JBS, mas diz que não sabia quem era o dono do avião. Em outros tempos, o Congresso cassava presidentes que se enrolavam por causa de uma Fiat Elba.
Caso SAMAE
08/06/2017 01:21
HERCULANO ACOMPANHO SEMPRE SEUS COMENTARIOS a respeito DO SAMAE, e sempre sobre O MARCELO POFFO. Gostaria que vc fosse procurar saber mais sobre ele para nao passar a comunidade propaganda enganosa,pois vai perguntar no SAMAE com varias PESSOAS sobre o Marcelo faz uma pesquisa se voce achar 3 pessoas que falam algo de bem sobre ele eu ja vou duvidar. puxa 1 historico dele lá que vc mesmo vai saber . ele nunca quis nada no samae, era do PMDB na epoca do NADINHO e nunca foi de trabalhar, ele era ALMOXERIFE .e vivia de atestado quando o PT ganho a primeira vez com CELSO ZUCHI . Depois entrou ADILSON e ele vivia BRIGANDO E FICOU AFASTADO anos ate quase o final do mandato do ADILSOM. depois entrou PT de novo, ele voltou a brigar com a adiministraçao que era o LOVIDIO, mais como ele tinha o campo de futebol na ativa e trabalhou pro AMARILDO rampeloti ,logo conseguiu encaixar no SAMAE como DIRETOR por algum tempo, dai foi exonerado quando o ELCIO entrou de PRESIDENTE no SAMAE. mais ele ja sabia de muitas coisas do SAMAE. Na briga de braço levou a melhor com carta branca do LOVIDIO para mandar em tudo...pergunta para os funcionários tanto do escritorio como do almoxerifado tudo que ele fez..se tornou 1 DITADOR..[ TEVE PROCESO com servidor por agressao fisica e outras verbais,desligava a internet para ninguem usar O HI-FI televisao ele arrancou varias vezes da sala,ar condicionado no verao ele desligava,porque nao tinha comando tecnico nem pessoal com os servidores. o almoxerifado nao tinha controle de nada...sumia tudo ,ferramentas e varios materias do SAMAE .Tambem a 2 anos atras ele fez concurso para ENCANADOR, e hoje ele está no estagio probatorio ainda e ja esta ameaçando fazer greve com mais 2 funcionarios que ele consegue ludibriar,caso nao ganhar aumento . agora veja vc ele disse ai no facebok que ganha mais do que DIRETOR [ claro ganhou 8 anos os avos da chevia foi incorporado no salario dele, ele esta ganhado bem e ainda quer fazer greve por aumento. pois ele apenas quer tumultuar, nao consegue viver sem usar o perfil de DITADOR que ele sempre exerceu,pois o pagamento dele ja é o mais alto. sinto muito por vc apoiar ele HERCULANO, sei que vc nao conhecia o PERFIL certo, nem vc nem muitos GASPARENSES....mais vao se informar discretamente, pois se perguntar a alguem que se beneficiava com a adiministraçao no tempo dele é logico que vao falar outra coisa ...mais sei que vc tem capacidade para perceber e conhecer a verdade, vai investigar e conferir ok abraço.
Roberto Sombrio
07/06/2017 20:37
Oi, Herculano.

O que se denomina Samae diz que:

"Autarquias públicas precisam ser limpas de interesses partidários".

Então o que faz Hilário Melato lá?
TODOS sabem, que Melato está lá apenas por conchavo político.

E aí Samae? Acho que estourou o cano.
Herculano
07/06/2017 19:38
TEMER DEVERÁ VENCER NO TSE E EM TODOS AS POSSIBILIDADES DE CASSAÇÃO, por Alberto Carlos Almeida, 50, é diretor do InteliGov, empresa de inteligência de governo e monitoramento legislativo. E diretor do Instituto Análise, empresa de consultoria, pesquisa e estudos sobre o Brasil, para o Poder360

Política é 1 campo das relações de força

Não do que é moralmente correto

COM TEMER ATÉ 2018
O cenário mais provável é que o presidente Temer se mantenha no cargo até o final de 2018, quando termina oficialmente o seu mandato. Obviamente a operação Lava Jato é o grande fator de incerteza. O que virá dela pode, evidentemente, alterar este cenário básico. Porém, vivemos no regime presidencial. Uma característica importante deste sistema de governo são as salvaguardas do cargo. Collor e Dilma representam situações extremas, nas quais a total incapacidade política do chefe máximo da nação resultou em seus respectivos impeachments. Está longe de ser o caso de Temer.

Há algumas maneiras pelas quais o presidente pode sair do cargo: renúncia, cassação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), julgamento pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e o impeachment. O primeiro caso, de renúncia, é muito improvável. Alguém do mundo político já dissera no passado que ninguém renuncia, mas é renunciado. Vamos supor que a maioria dos deputados decida não votar nada de importante até o final do mandato do presidente Temer. Isto não impede jamais que ele fique até o final. Muitas críticas virão de todos os lados, a mais frequente dirá que o grupo político do presidente se apega ao cargo por razões pessoais, sem considerar o interesse maior do país que passaria pela necessidade de aprovar a reforma da Previdência. Ocorre que o que importa na política é a obtenção e manutenção do poder. Todo governante e todo partido político tem no Partido Revolucionário Institucional (PRI) mexicano o seu benchmarking. Todos tentam ficar 70 anos no poder. Poucos conseguem, como o próprio PRI vem demonstrar.

O presidente Temer e o PMDB chegaram à presidência da república. Desde a saída de Dilma são eles que têm acesso direto a cargos, recursos orçamentários e regulatórios. Não há porque abrir mão disso. Não adianta condená-los moralmente. Todo e qualquer político faria e fará o mesmo. Não custa repetir, a política é feita de relações de poder. Se o empresário quer aumentar sua fatia de mercado, sua margem de lucro, inovar em produtos e serviços, o político quer conquistar e manter o poder, também para ele, quanto mais, melhor. Para que um presidente da república renuncie ao cargo, sendo ele de um grande partido político, é preciso uma pressão que vá muito além de Brasília. Não parece ser este o cenário mais provável.

O impeachment e o julgamento pelo STF, ambos, exigem o voto de 2/3 dos deputados federais. Nas duas situações isto é necessário para afastar o presidente do cargo afim de dar continuidade ao julgamento, no caso de impeachment pelo Senado e no outro caso pelo STF. Temer está muito longe de ser Dilma. Ela odiava os políticos, não os recebia, não gostava de fotos com eles, não oferecia jantares ou almoços. Temer sempre foi e é do mundo político. Se há algo que ele goste muito é conversar com os políticos. Não esqueçamos que foi presidente do PMDB por muitos anos, presidente da Câmara dos Deputados por vários mandatos, relator da reforma da Previdência no governo Fernando Henrique. A vida de Temer sempre foi conversar, ouvir e atender aos políticos. Sendo assim, mesmo que, no caso de impeachment, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, aceitasse algum pedido de impeachment, dificilmente 2/3 dos deputados votariam para afastar o presidente Temer do cargo. Isto vale também para um eventual julgamento do STF.

A 4ª forma pela qual Temer pode sair da presidência é por meio do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral. É difícil dizer o que irá ocorrer. O fato é que todas as informações indicam que a maioria dos 7 ministros do TSE votará por separar a chapa Dilma-Temer, tornado a primeira inelegível e preservando o mandato do segundo. Dois dos 7 ministros do TSE foram indicados por Temer. Assim, dificilmente eles cassarão o presidente. O ministro Gilmar Mendes também tende a separar as situações de Dilma e Temer absolvendo o 2º de malfeitos. Bastaria mais um voto, dentre 4 restantes, para que Temer permanecesse no cargo. Não parece que este desfecho seja menos provável que seu oposto.

Para alguns, não houve razão para Dilma ser retirada de presidência, e ela foi. Para os mesmos, há razões de sobra para que Temer seja impedido ou cassado, e provavelmente ele não será. Isto mostra que política é relação de força. Vencem os mais fortes que podem ser, como em eleições diretas, aqueles que têm mais voto popular, ou em votações no Congresso, aqueles que têm mais votos de parlamentares. Votos de ministros do Supremo ou do TSE também são recursos de poder, afinal, a sua escolha e nomeação é resultado e de uma decisão dos políticos. Há muitos outros recursos de poder. A política não é o reino do moralmente correto, mas sim o mundo do mais forte.
Herculano
07/06/2017 19:24
A COLUNA INÉDITA PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DE SEXTA-FEIRA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE ESTÁ PRONTA DESDE A SEMANA PASSADA. E ELA CONTINUA TÃO ATUAL E INÉDITA, A EXCEÇÃO DAS NOTAS SOBRE O NOVO ADIVINHO DO TEMPO, GIOVÂNIO BORGES. ELE ESPALHOU NO BELA VISTA, QUE LÁ A ÁGUA CHEGARIA A 10 METROS MADRUGADA DE TERÇA-FEIRA E AFOGARIA AS PESSOAS QUE NÃO SEGUISSEM O SEU ALERTA.
Herculano
07/06/2017 19:18
FASCISMO DE ESQUERDA: PERGUNTAS DA PF-JANOT A TEMER SÃO ARAPUCAS DO ESTADO POLICIAL, por Reinaldo Azevedo na Rede TVF

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, está por trás das 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao presidente Michel Temer. Todo mundo sabe disso na PF. Todo mundo sabe disso na PGR.

As perguntas, com o beneplácito, mais uma vez, de Edson Fachin, relator do petrolão no STF (e esse caso nada tem a ver com a Petrobras), são parte da guerra movida por Janot contra o presidente e, em certa medida, contra "os políticos". Um conhecido caçador de oportunidades, como Janot, agora pinta o rosto para a guerra e se faz passar por convicto. É mesmo? Até hoje Lula não esclareceu o que quis dizer, naquela sua conversa vazada com Sigmaringa Seixas, ao afirmar que, se Janot fosse formal, "não seria procurador-geral da República, teria tomado no cu, teria ficado em terceiro lugar (?) Quando eles precisam não tem formalidade; quando a gente precisa, é cheio de formalidade". Pois é?

As 82 perguntas entrarão para a história, se for contada por gente com os meridianos democráticos ajustados, como um momento infamante da PGR, da PF e do próprio Supremo. Nos dois primeiros casos, porque representantes desses entes de estado se uniram com o propósito de promover um assédio moral e policial ao presidente. No terceiro, porque Fachin autorizou o, digamos, interrogatório escrito sem que a tal gravação, imprestável desde sempre para efeitos judiciais (nas democracias ao menos), tivesse sido periciada.

As perguntas compõem, na verdade, um roteiro de acusação e, no mais das vezes, não passam de arapucas. No melhor dos mundos para essa frente anti-Temer ?" que hoje junta, além das esquerdas, Janot, setores da PF e Fachin ?", o presidente se incrimina ao responder (já explico a circunstância). No pior, mas ainda muito bom para estes que passo a chamar de "conspiradores", Temer se nega a responder (é o mais prudente) e acaba alimentando a suspeita de que tem muito a esconder.

Uma pergunta pode ser tomada como um verdadeiro emblema do que é uma campanha orquestrada para depor o presidente, sempre destacando que, na origem de tudo, está uma gravação que jamais poderia ter sido usada como instrumento por um juiz. E Fachin não viu mal nenhum nisso. Sigamos.

Refiro-me à questão nº 19. Lá se lê o inacreditável, o estupefaciente, o absurdo mesmo. Conversei nesta terça com juristas de direita, de esquerda, de centro, escolham aí. Unanimemente, consideram a questão, em si, um escândalo. Mais: para eles, o conjunto das perguntas é típico de um Estado policial, uma vez que, no mais das vezes, não cobra do presidente um esclarecimento sobre fato apurado. Ao contrário: pede que o chefe do Executivo se posicione sobre conjecturas.

Mas o que há lá? Vou transcrever, prestem atenção!
"Existe algum fato objetivo que envolva a pessoa de Vossa Excelência e seja passível de ser revelado por Lúcio Bolonha Funaro ou Eduardo Cunha, em eventual acordo de colaboração?"

Obviamente, não se trata de uma pergunta, mas de um ameaça. De maneira clara e inequívoca, o agente da PF sugere saber de coisas que o presidente está se negando a revelar. E, dado o andamento das coisas, se tais revelações poderiam ser feitas nas respectivas delações premiadas de Funaro e Cunha, então quem está no domínio da caça ao presidente é mesmo o Ministério Público Federal.

Não há resposta possível para essa pergunta. A rigor, ela poderia ser dirigida a qualquer político, que se obrigaria a calar. Como é que o presidente pode tecer considerações sobre uma hipotética delação de Funaro e Cunha? Se diz não haver nada que o comprometa, ele se expõe ao risco da delação de um deles ou dos dois. Como sabe Joesley, Janot paga bem a delator que acusa o presidente. Se o mandatário admite o envolvimento, então assina a culpa.

Há muito o devido processo legal foi mandado para o diabo. O que se desenha aí é, sim, um estado policial, sem regras. Eu venho denunciando a coisa faz tempo. Há alguns incautos, acho eu, que não percebem o risco que todos corremos. E há, finalmente, os especuladores que apostaram alto na queda de Temer. E agora querem colher o fruto de sua previsão.

A pena que sinto é que não são apenas os inocentes úteis e os oportunistas que correm o risco de experimentar o veneno que agora admitem como remédio. Também os defensores da democracia estarão expostos a esse agente maligno.

Sim, estão aí as sementes de um estado policial, com características de fascismo de esquerda. Não por acaso, o parlamentar que é hoje o porta-voz de novo golpista o Randolfe Rodrigues, que o vermelho que tem a cara de pau de se pintar de verde e marinheiro.
Herculano
07/06/2017 19:10
GILMAR SE PROMOVE A JUIZ DOS JUÍZES E DECIDE O JOGO, por Augusto Nunes, de Veja

Por que só no Brasil existe Justiça eleitoral? Para fazer Justiça é que não é

Se fossem juízes de futebol, os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral teriam punido com a expulsão os dois atropeladores de regras já nos primeiros minutos da partida. Como são juízes de urna, os artistas togados em ação na TV Justiça deixam correr solto o jogo que não tem prazo para terminar. Pode acabar na véspera do feriado de Corpus Christi. Pode acabar depois. Depende de Gilmar Mendes.

Até lá, fazem de conta que meditam sobre questões decididas há tempos na cabeça de cada um. Nesta quarta-feira, o presidente do TSE garantiu que não haverá pedidos de vista. Isso quer dizer que, nas contas de Gilmar, a dupla em julgamento já foi absolvida. É ele o juiz dos juízes. Nem espera que o jogo chegue ao fim para anunciar seu resultado.

Tom Jobim ensinou que o pátria de Macunaíma não é para amadores. Nem para os melhores profissionais, sabe-se agora. Nenhuma sumidade saberá explicar, por exemplo, por que o Brasil é o único país do mundo em que existe uma Justiça Eleitoral (e, por consequência, um Tribunal Superior Eleitoral e tribunais regionais eleitorais). Como reitera o julgamento da chapa Dilma-Temer, para garantir eleições limpas é que não é.
Herculano
07/06/2017 19:05
SUÍCÍDIOS COM PUNHAL NAS COSTAS, por Carlos Brickmann

Em Brasília, todos são gente do ramo, hábeis, espertíssimos. Mas...

1 - O PSDB voltou ao poder aliando-se a Temer. Porém, ao perder a eleição, processou os vitoriosos "só para encher o saco do PT", como Aécio agora admitiu. Esta ação, revanche infanto-juvenil, se não derrubar Temer, o enfraquece. O PSDB encheu o saco do PT. E perde junto.

2 - a queda de Dilma se acelerou porque o PT queria vingar-se de Eduardo Cunha. Cunha avisou que, se o PT o deixasse em paz, ele não poria o impeachment em pauta. O PT pôs Cunha em julgamento, Cunha pôs Dilma em julgamento, deu no que deu: Cunha preso e Dilma fora.

3 - Hoje o grande problema de Temer é seu amigo Rocha Loures. Loures era suplente. Assumiu a deputança (e o foro especial) quando Temer nomeou o inacreditável Osmar Serraglio para ministro da Justiça. Serraglio não deu certo, Temer resolveu trocá-lo de Ministério, sem se dar ao trabalho de conversar com ele - justo Temer, sempre tão educado! Serraglio recusou a troca e reassumiu o mandato, deixando Loures sem foro especial. Temer podia ter mantido Loures na Câmara nomeando outro deputado do Paraná. Não o fez. Rocha Loures, sem foro, foi preso. E ele era da tchurma, sabe o que todos fizeram no verão passado. Numa delação, pode acelerar a queda de Temer e até mesmo ameaçar sua liberdade.

Quando a esperteza é muita, dizia Tancredo, vira bicho: come o esperto.

O PSDB

Aécio foi secretário de seu avô, Tancredo Neves, e teve a oportunidade de, bem jovem, acompanhar a costura política que destruiu por dentro o bloco governista e lhe permitiu derrotar Paulo Maluf. Tancredo jamais "encheu o saco" dos adversários. Mantinha com eles um diálogo urbano, que lhe permitiu, por exemplo, aceitar José Sarney como vice e com ele devolver o poder aos civis.

Pensava-se que Aécio seria o herdeiro do talento de Tancredo. Quem imaginaria que herdasse apenas o sobrenome?

O PT

Apesar do bombardeio que vem sofrendo, e da derrota eleitoral em 2016, o PT lidera as pesquisas para 2018, com Lula. Então entra em campo, recém-saído da cadeia, aquele que Lula já chamou de "capitão do time", José Dirceu, e propõe controles bolivarianos sobre quase tudo, mas em especial a imprensa.

Em seguida, na mesma cerimônia petista, Benedita da Silva diz que só se pode reformar o país com derramamento de sangue. No Rio, que Benedita já governou, há muito derramamento de sangue. E, como mostrou Cabral, reformas não houve. Junte-se a corrupção a essas duas propostas e Lula, se puder concorrer, terá muito trabalho. Ainda mais precisando explicar por que disse que não conhecia vários delatores, esquecendo que esta é a época dos celulares: todos tinham fotos com ele.

DINHEIRO SAI

Derrotada a dinastia Sarney, o comunista Flávio Dino, PCdoB, assumiu o Governo com promessas de mudança. Já começou a mudar: em vez de pendurar o pessoal do Sarney nas tetas do Estado, está pendurando o seu.

O Procon do Maranhão tem 76 funcionários. O governador Flávio Dino nomeou, para chefiá-los, 347 novos chefes, todos sem concurso. São mais de quatro chefes por funcionário. Mas Dino tem um problema no Supremo: o ministro Alexandre de Moraes pede explicações sobre a violação da lei que criou o Procon, que exige o preenchimento dos cargos por concurso.

DINHEIRO VOA

Lembra de Carlos Gabas, ministro da Previdência de Dilma, que levava a chefe na garupa em passeios de moto? Não se preocupe com ele: já está bem empregado. Ganhou um cargo do senador Lindbergh Farias (PT-Rio) no gabinete da liderança da minoria. Salário (bruto): R$ 20.950 mensais.

Lindbergh Farias foi também quem contratou Gilberto Carvalho, que foi ministro de Lula e Dilma. Gilbertinho ganha R$ 15.700. Nenhum dos dois precisará assinar o ponto ou comprovar presença. Você, caro leitor, paga.

PRA QUE DINHEIRO?

De acordo com o Tribunal de Contas da União, o prejuízo da Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena, no Texas, foi de US$ 800 milhões. A refinaria era conhecida como Ruivinha, por estar inteirinha enferrujada.

Mas o maior prejuízo brasileiro em refinarias não foi culpa da Petrobras. Em 2006, por ordem do presidente Evo Morales, o Exército boliviano ocupou duas refinarias da Petrobras, e passou-as ao controle de La Paz. Foi uma ação sem reação, já que o Governo brasileiro silenciou sobre o caso. Mais tarde, a Bolívia decidiu pagar US$ 112 milhões pela "desapropriação" das duas refinarias, cujo valor estimado era de US$ 1 bilhão.

MAIS UM

Renato Duque, ex-diretor da Petrobras condenado a 40 anos de prisão pelo desvio de R$ 650 milhões, se ofereceu para ser delator. Sabe muito.
Herculano
07/06/2017 15:31
TSE: RELATOR DESNUDA ACORDO PARA SALVAR TEMER, por Josias de Souza

Tomado pelo teor de suas manifestações no julgamento sobre a chapa Dilma-Temer, o ministro Herman Benjamin parece empenhado em impedir o Tribunal Superior Eleitoral de se matar. Armou-se no plenário da Corte máxima da Justiça Eleitoral uma encenação destinada a salvar o mandato de Michel Temer e, de cambulhada, preservar os direitos políticos de Dilma Rousseff.

Parte do TSE deseja julgar o caso num país alternativo, um Brasil sem Odebrecht. E Benjamin, relator do processo, desnuda a manobra. É como se ele quisesse escancarar o comportamento de alto risco, oferecendo aos julgadores a oportunidade de livrar a Justiça Eleitroal da autodesmoralização.

Conforme já noticiado aqui, as defesas de Temer e Dilma se juntaram para excluir do processo todas as provas recolhidas sobre as doações tóxicas da Odebrecht à campanha vitoriosa na disputa presidencial de 2014. Alega-se que, ao interrogar delatores da construtora, Benjamin injetou no processo fatos novos, o que seria ilegal. O relator demonstrou que não fez senão investigar tópicos inseridos na petição inicial do PSDB, autor da ação. Fez isso, segundo deixou claro como água de bica, seguindo deliberações tomadas pelo próprio TSE. Escorou-se especialmente em decisão tomada em 2015 a partir de um voto de Gilmar Mendes, amigo de Temer e presidente da Corte Eleitoral.

A certa altura, Benjamin declarou, com outras palavras, que ignorar a Odebrecht corresponderia a algo como fechar os olhos para uma manada de elefantes: "Só os índios não contactados da Amazônia não sabiam que a Odebrecht havia feito colaboração premiada. Se isto não é fato notório e público, não existirá outro. [?] Todos nós sabíamos disso ?"todos nós que estamos aqui, fato público e notório."

"O que fazer com isso?", indagou o relator. E Gilmar Mendes: "Agora, Vossa Excelência teria mais um desafio: manter o processo aberto e trazer as delações da JBS. E talvez, na semana que vem, as delações de Palocci ?"para mostrar que o argumento de Vossa Excelência é falacioso". Benjamin rebateu o colega. Disse que se ateve aos termos da petição quer deu origem ao processo, que falava de Petrobras e Odebrecht, mas não mencionava JBS nem Antonio Palocci.

Só a partir da manhã desta quarta-feira, Benjamin começará a ler a parte do seu voto referente ao mérito da causa. Deve posicionar-se a favor da cassação do mandato de Temer e da inabilitação de Dilma para pedir votos pelo período de oito anos. Mas a exclusão das provas relacionadas à Odebrecht deixaria manco o voto do relator, abrindo caminho para livrar Temer e Lula de punições.
Sidnei Luis Reinert
07/06/2017 15:10
Impressionante o pragmatismo: durante a campanha, Temer e Dilma eram melhores amigos, no processo de impeachment, inimigos mortais e, hoje, defendem a mesma causa e alegações no TSE.
J H
07/06/2017 13:14
Aos cumpinchas defensores do Zé Melato,

O cidadão gasparense que foi eleito e reeleito por umas "20" vezes.
Sua passagem pela Câmara Municipal, não deixou um projeto que possa se orgulhar, não conseguiu construir própria dos edis, embora tenha presidente por mais que uma vez, e tinha projeto e dinheiro em caixa, qual a desculpa?

Na vida pública foi tão eficiente que perdeu a vaga de vice pro Lu.
No Samae o executivo vai fazer a diferença, vai construir 3 reservatórios, não tem dinheiro, mas vai dar um jeito como fez na Câmara. Certeza que vai à Brasília buscar verbas com ajuda do ex deputados João Pizolatti e Gilmar Knasel.
Quanto Marcelo/Lana penso que estão dodois por terem perdido as canetas e poderem mais pisar nas pessoas. Isso foi bom.
No mai
Erva Doce
07/06/2017 13:05
Herculano,

Estou encucado.
Porque o Sr. Pofo e o Sr. Lana se identificaram e o samae não?
Será vergonha de defender o Zé Melato?

Credo em cruz mangalô três vez!!!
Sidnei Luis Reinert
07/06/2017 13:03
Temer já era, mesmo que TSE o salve


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O supremo ministro Luiz Edson Fachin pediu que a Procuradoria Geral da República se pronuncie sobre um assunto de extremíssima relevância solicitado pela defesa do ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures. Aquele que até outro dia era amigão e homem de confiança de Michel Temer não quer ter seus lindos cabelos cortados pelo barbeiro do Presídio da Papuda, onde está agora hospedado. O factóide jurídico-político é apenas mais um para jogar mais lenha na corda bamba do Presidente da República.

Moralmente, Michel Temer nem deveria ter assumido a Presidência da República no lugar da Dilma Rousseff. Ele devia ter sido impedido junto com ela, pois faziam parte de um mesmo desgoverno. Ambos foram eleitos juntos e misturados. Por isto, é insano o debate se o Tribunal Superior Eleitoral teria ou não de cassar a chapa reeleitoral de 2014. Tem de cassar sim. O problema é que,no final das contas, a decisão judicial é extremamente influenciada pela conjuntura de politicagem. Assim, tudo pode acontecer. O Palácio do Planalto segue apostando que Temer será preservado. Como? Só os deuses do judiciário sabem...

Um dos mais graves componentes da Crise Institucional brasileira é a judicialização da política (ou da politicagem, se preferir). O fenômeno é decorrente desde o Mensalão (que acabou impune na prática), passando pela Lava Jato (que ainda não puniu a maioria de políticos efetivamente), chegando ao impeachment da Dilma (que não perdeu os direitos políticos por uma manobra de interpretação constitucional), até atingir o presente julgamento da chapa reeleitoral de 2014. Várias decisões da Câmara e do Senado acabam sendo reformadas pelos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal ?" equivocadamente transformado em tribunal de primeira instância para vários assuntos.

O fenômeno é fácil de explicar, embora seja institucionalmente injustificável. Em meio ao regramento excessivo, na prática, o STF acaba "legislando" ?" usurpando o papel originário do ineficiente e corrupto Legislativo. O Executivo também "legisla" através da edição descontrolada de medidas provisórias ou de instruções normativas que atormentam a vida das pessoas e das empresas. A flagrante anormalidade institucional (só não ver quem não quer) torna o Brasil inviável. Assim não dá para trabalhar, produzir e crescer. A mentalidade Capimunista rentista, culturalmente arraigada, ajuda a agravar o problema.

Por tudo isso, tem pouca importância no que vai render o julgamento do TSE, que começou ontem, e pode acabar até quinta-feira, se nenhum ministro "pedir vista" (para dar uma protelada básica na decisão final que só poderia ser uma: a cassação da chapa... "#Sóquenão" ?" como diária a garotada... No Brasil sempre fala mais alto o famoso "pragmatismo cínico". Em nome das "reformas inadiáveis" ou da "governabilidade" (que não existe", o sistema de judicialização de tudo toma decisões que passam longe da legitimidade básica. Canalhamente falando, têm até suposta legalidade ?" porque temos leis para toda obra (do bem e, principalmente, do mal)...

A situação institucional brasileira é tão anormal, mas tão anormal, que até o primeiro Teorema de Tiririca ("pior que está não fica") também é facilmente corrompido pelas diferentes e gravíssimas crises. Tudo pode ficar politicamente pior se o insustentável Temer for derrubado agora e o País for mergulhado na eleição indireta ?" na qual o eventual escolhido for pior e mais temerário que o marido da futura ex-primeira-dama Marcela. A conjuntura não é bela. Ainda corremos o risco de se aprovar, ao arrepio total da Constituição, uma eleição direta já que só vai beneficiar os infratores da politicagem.

O ministro-relator do Caso Dilma/Temer no TSE quase matou a charada brasileira na retomada do julgamento que já tramita há longos dois anos no veloz judiciário. Herman Benjamin destacou que nada resolve criminalizar a política em um sistema eleitoral falido: "Sem reforma abrangente e corajosa, os erros objetos desta demanda se repetirão nos próximos pleitos". Banjamin quase chegou ao âmago da questão. Não bastam "reformas". São necessárias mudanças, transformações, institucionais efetivas.

Estamos até evoluindo, com uma Procuradoria Geral da República que parou de engavetar denúncias contra poderosos e com uma Polícia Federal que até tenta interrogar um Presidente da República (por mais esdrúxula que a situação pareça). No entanto, o Brasil tem de avançar para profundas mudanças estruturais. A legítima pressão popular precisa aumentar neste sentido. Não podemos mais esperar pelo "milagre" (que não virá) em uma próxima eleição (com as mesmas regras que beneficiam o Crime Institucionalizado).

Resumindo a situação imediata: Temer pode até ser poupado pelo TSE. Tudo é possível. No entanto, a manutenção dele no cargo é imoral, embora possa ser "sustentável" por novas manobras da politicagem, no velho formato do "toma-lá-dá-cá". Mudanças, já ?" via Intervenção Institucional - é a única solução efetiva. O resto é embromação. O problema é que o sistema Capimunista Rentista, que sustenta e sobrevive em função do crime institucionalizado, não quer saber de mudar nada... Quer apenas "reformar", para que tudo fique como sempre esteve...
samae
07/06/2017 10:32
Herculano, essa declaração do Lana e do Pofo, mostra que estão lá é para fazer politicagem e não para trabalhar. Sempre trataram as pessoas Com desdém, quando o samae na época que coordenavam, vendia ar e cobrava uma fortuna. Esqueceram disso? Ou acham que só falta agua agora? Até parece que nunca faltava água na época desses senhores. Era pior, programavam trabalhos e sabiam que ia faltar água e muitas vezes não avisavam. Quando não programavam um trabalho e deixavam a população na mão muito além do programado. Agora querem posar de competentes?Me poupe. Não esquecemos das vezes que deixaram a margem esquerda sem água por falta de planejamento na reforma da ponte por exemplo. Da falta de água constante no bela vista, no Santa Terezinha, enfim.... não esquecemos Sr Lana e Marcelo que a água terminava na sexta de tarde e só vinha no domingo. E quando vinha a conta de mais de R$ 300,00 reais porque o relógio corria só com ar pressurizado pelas bombas e ao ir no samae reclamar os Srs. faziam pouco caso. Vcs além de não entender tecnicamente do assunto, (pois se fosse impossível cobrar ar, em outras cidades não teriam aparelhos residenciais para eliminar isso) vcs não entendiam de atendimento às pessoas. Acham que as pessoas esqueceram disso? Agora vem querer dar exemplo? Me poupe. Isso me parece mimimi de quem perdeu mordomia, de quem deveria estar em uma função, mas por "Q.I." estava em outra. Funcionário público que tem partido (lado) e assim. Se enxerguem. O povo está acordando, e lá em cima tem um que não dorme.Melato, coloca essa gente a fazer o que o cargo deles exige.Autarquias públicas precisam ser limpas de interesses partidários. Se precisar faltar água p fazer a limpeza, vá na imprensa, explique a situação e peça apoio da população. Mas antes disso tenha pessoas comprometidas com seu trabalho. Principalmente os que colocam a mão na massa e fazem acontecer. E tem gente assim no samae. Cobre de cada um o desempenho do seu trabalho como ele se comprometeu quando assumiu a função. Se não corresponde, exonere. Existe meios na adm publica de cobrar resultados e dispensar se não corresponde. O samae precisa ser limpo desse "poço" de "lama"que o meteram. 
Herculano
07/06/2017 10:27
CERTIFICADO DE QUALIDADE, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A bem-sucedida luta pela recuperação da Petrobrás, pilhada durante os governos de Lula da Silva e de Dilma Rousseff, merece ser vista como um paradigma para todos os setores da economia afetados pela irresponsabilidade criminosa da era lulopetista. O fato de a empresa, há um ano sob o comando de Pedro Parente, conseguir se reerguer em tão pouco tempo, restabelecendo a confiança de acionistas e investidores, é resultado de uma série de medidas saneadoras que tiveram como norte não apenas a eficiência administrativa, mas principalmente a rejeição total aos imperativos ideológicos que haviam amarrado a estatal ao anticapitalismo rançoso do PT.

Os sintomas do sucesso da operação de resgate da Petrobrás, assim, não se limitam aos bons números de seu balanço. O maior certificado de qualidade que poderia ser conferido à administração de Pedro Parente talvez seja a feroz oposição que lhe faz a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o principal sindicato da categoria. A FUP anunciou que pretende realizar amanhã um "grande ato político" no Rio de Janeiro, sede da Petrobrás, para dizer que "os petroleiros exigem a saída imediata de Pedro Parente do comando da estatal e a anulação de todas as medidas de sua gestão".

Se realmente estivessem interessados na saúde da Petrobrás, a ponto de dizerem que "não vamos deixar que destruam a mais importante estatal brasileira", os petroleiros teriam se insurgido contra a devastação da empresa levada a cabo pelos companheiros petistas e seus associados na ocasião em que o partido estava no poder. Mas isso nunca aconteceu, por razões óbvias: naquela ominosa época, o assalto à Petrobrás era parte de um meticuloso programa de pilhagem de dinheiro estatal arquitetado para financiar a perpetuação da tigrada no poder.

A reação dos que se viram subitamente privados dessa descomunal fonte de recursos e poder, justamente no momento em que se imaginavam invencíveis, não podia mesmo ser outra. No manifesto de convocação para o tal protesto, eles se queixam justamente das medidas que visam a transformar a Petrobrás em uma empresa que segue padrões profissionais de gestão e respeita seus acionistas e investidores, ou seja, que não sirva à estatolatria de um punhado de impostores.

Em linhas gerais, os sindicalistas criticam a "privatização" da Petrobrás, que estaria se dando por meio da venda de ativos e da licitação de campos de exploração do pré-sal sem a participação da estatal, anteriormente obrigatória, além da redução de exigência de conteúdo local. Mas a Petrobrás voltou a respirar e a servir ao melhor interesse do País justamente em razão de todas essas medidas, aliadas a decisões administrativas importantes, como a que acabou com a política de preços vinculada à necessidade de conter a inflação, à custa da saúde da empresa, e a que adequou os investimentos da estatal à sua capacidade financeira, e não mais à agenda política do governo.

O próximo passo da Petrobrás, segundo informou Pedro Parente, é obter o certificado de adesão ao programa Destaque em Governança de Estatais, da Bolsa de Valores de São Paulo. O certificado é um compromisso adicional com a transparência e o profissionalismo da gestão da empresa, com o objetivo de reduzir as incertezas, para os investidores, a respeito da administração de estatais, em razão da sempre possível interferência política. Pedro Parente informou ainda que já está em estudos a adesão ao chamado Nível 2 de governança corporativa, o mais alto da bolsa para companhias com ações preferenciais.

Ainda que haja muito a fazer para que a Petrobrás se recupere plenamente do cataclismo lulopetista, está claro que a empresa vai pelo melhor caminho. Ao provar que o respeito à economia de mercado e às práticas administrativas profissionais é o único meio de fazer a Petrobrás voltar a ser útil ao País, sua atual direção ainda fez o favor de desmascarar os embusteiros que, a título de valorizá-la como símbolo da "soberania nacional", pretendiam apenas se apossar dela.
Herculano
07/06/2017 10:26
É LULA O PAI DO MONSTRENGO QUE CAIU NO COLO DE TEMER, por Augusto Nunes, de Veja.

O Brasil em decomposição política, econômica e moral teve em Dilma Rousseff uma mãe de filme de terror

Convém refrescar sem clemência a memória dos amnésicos de araque: é Lula o pai deste Brasil em decomposição política, econômica e moral que teve em Dilma uma mãe de filme de terror e, com o impeachment, caiu no colo de Michel Temer. Bastaria ao atual presidente ter cuidado do monstrengo com carinho para que chegasse ao fim de 2018 com jeitão de estadista. Em vez disso, com a ajuda de amigos atolados no pântano drenado pela Lava Jato, ele conseguiu axpandir e escurecer o acervo de patifarias que assombram o país desde a descoberta do Mensalão.

Não há perigo de melhorar: Temer repete de meia em meia hora que só deixará o emprego daqui a 572 dias. Para a História, é quase nada. É uma eternidade para a nação desgovernada desde 2003 por ajuntamentos de casos de polícia. "Neste país, ninguém renuncia nem ao cargo de síndico", disse Jânio Quadros depois de abandonar a Presidência em agosto de 1961. O tempo provou que o gesto foi uma confirmação da regra enunciada por um demagogo irresponsável: Jânio só renunciou por acreditar que voltaria em poucas horas, nos braços do povo e muito mais poderoso.

A exceção foi Getúlio Vargas, que deixou simultaneamente a Presidência e a vida. Temer está dispensado de chegar a tanto. Só precisaria abrir mão do cargo. Mas isso exige grandeza. E quem é abençoado por essa raríssima marca de nascença não faz o que andou fazendo um legítimo sucessor de Dilma Rousseff.
Miguel José Teixeira
07/06/2017 10:07
Senhores,

O tal Rui foi o melhor presidente que o PT já teve. Durante sua gestão, vários tesoureiros e "cumpanhêrus" foram presos.
Uma presidenta da República defenestrada e muitos outros na "mira do tira".
Este é o legado que o Pardal deixou para sua sucessora, a ré Gleisi Hoffmann, cujo título apropriado é "SÍNDICA DA MASSA FALIDA".
Acordem, militontos, não virem carolinas!
Pois segundo o Chico Buarque (novamente ele), "o tempo passou na janela, só Carolina não viu!"
Herculano
07/06/2017 08:38
O SEU DESTINO POR UM FIO, por Fernão Lara Mesquita, no jornal O Estado de S. Paulo

E cá estamos, o País a quem a corrupção e um jornalismo "corporate" sem osso cassaram a voz própria, reduzidos a assistir pela TV ao nosso destino ser traçado.

Conforme mil vezes prometido, do jeitinho que foi prescrito e está escrito, a cobra morde o rabo com a fuga dada aos 2ésleys. A ressaca da Queda do Muro, o caminho da ressurreição da esquerda latino-americana pela apropriação dos bancos públicos e fundos de pensão apontados a Lula e José Dirceu por Luiz Gushiken, a operacionalização do esquema com a gazua dos "campeões nacionais" da roubalheira, a desmoralização da política solapada por dinheiro bastante para comprar a metade do mundo, a infiltração do Judiciário ao longo de 13 anos de nomeações, tudo faz parte de um roteiro cuja propriedade intelectual tem sido reconhecida e reverenciada onde quer que sobrevivam ditaduras.

A longa marcha começa nos meados dos 90 pelo controle dos sindicatos de bancários. A "PT-Pol", de "polícia", como a chamavam as redações da época, passa a bisbilhotar as movimentações bancárias do País inteiro e a vazar seletivamente para os jornais os maus passos dos adversários. Um cultura estava nascendo. É pouco a pouco que o jornalismo investigativo se vai entregando à guerra de dossiês.

A vida informatizada traz o esquema para a era do "grampo". O "mensalão" é o último episódio em que se diferenciam nuances. Flagrado o lulismo em delito de "corrupção sistemática dos fundamentos da República com vista à imposição de um projeto hegemônico", restava deslocar o foco do todo para as partes e ir daí para a indiferenciação.

É esse o ponto de não retorno: caixa 1, caixa 2, propina, tudo vai, insidiosamente, sendo feito "sinônimo" uma coisa da outra. E aí está a política presa inteira na arapuca, igualada ao pior de si mesma.

Daí para a frente é poder contra poder. E velocidade passa a ser o que decide. Com todos os eleitos (com passagem obrigatória, portanto, por algum "campeão nacional" de financiamento de campanhas) devidamente filmados e gravados basta, doravante, escolher o que publicar. Não é preciso provar mais nada. Não importa o que se disse e mesmo quem o disse em cada gravação. O contágio é por contato. Basta formar os pares. Diante dos avatares murmurando frases entre reticências sobre o cenário de fundo de rios de dinheiro correndo pelo chão, da cena mil vezes repetida do sujeito "ligado a" recebendo furtivamente uma mala, onde enfiar raciocínios com mais de três palavras sobre quem as tem recheado há tanto tempo com tanto dinheiro, e para quê?

Mas o País insiste em se fazer essa pergunta. O Brasil inteiro sabe que tem alguma coisa no ar além das notas voando das vinhetas da televisão. Só que continua órfão de pai e mãe. Não tem quem fale por ele, mas resiste como pode ao salto no escuro para o qual o empurram com tanta pressa. Nega-se às ruas para as quais o conclamam diariamente em prosa e verso. É nada menos que atroador o seu silêncio diante das circunstâncias.

Já o Brasil com voz ?" que não conduz, deixa-se conduzir ?" vai no arrasto de uma espiral de ódio. Quem não está na conspiração ou está bebendo vingança, ou está agarrado pelo silogismo moral em que a conspiração quer todo aquele que não "é". Ninguém interroga os fatos; tudo é sempre empurrado para o "se", o "quando", ou o "de que jeito" se conseguirá torná-los consumados como se fosse certo que o sol da democracia renascerá amanhã.

Não é. Há dois Brasis caminhando para um confronto e só um deles sobreviverá. Ou o da "privilegiatura", reduzindo o da meritocracia à escravidão, ou o da meritocracia, reduzindo o da "privilegiatura" à igualdade. Os dois juntos não cabem mais na conta. Há também dois Judiciários funcionando em paralelo. Um que, tropeçando pelo cipoal legislativo e processual, investiga, colhe provas, processa e condena a partir de Curitiba numa velocidade que comporta credibilidade e tem no horizonte o respeito aos limites do contrato social. E o outro. Há, por fim, dois Legislativos e dois Executivos. Em ambos há quem, tendo jogado o jogo da política como ele é, olha agora inequivocamente para o Brasil e procura saídas. E há os que, na sua fé cega no lado escuro do bicho homem, só olham para Brasília ou para Miami. O problema é que todos têm pelo menos um pé enfiado na "privilegiatura" e nenhum faz força para desatolá-lo.

Vai ser preciso repensar isso. E rápido. Morta a última esperança, o País, na melhor hipótese, está paralisado de novo até outubro de 2018. Nem vale a pena especular sobre o depois. A carga de novas misérias já contratadas nesta beira do caos de que partimos é muito maior do que a que podemos suportar sem nos despedaçarmos. E o Legislativo já tem tido de engolir cala-bocas demais para acreditar que poderá sobreviver a isso com embarques e desembarques espertos ou pedindo ao povo que aplauda o seu apelo por mais sacrifícios.

Já o juiz venezuelizante é o milico de 64 modelo 2017, mas sem a reserva moral. Cava a entrada no jogo by-passando a regra porque é imoral. E este é vitalício. Não tem compromisso nenhum com o instituto do voto nem com a ideia de representação.

É essa a escolha que há. E metade dela já foi feita sem que fôssemos consultados...

Este é, porém, um daqueles raros momentos da História em que a necessidade faz tudo convergir para um ponto com tanta força que até os milagres se tornam possíveis. O único programa econômico que pode fazer o Brasil reviver é também o único programa político que pode redimir a política. Os dois consistem no enfrentamento da "privilegiatura", o ralo de todos os ralos da economia e o ponto de origem e de destino de toda essa corrupção.

Reforma da previdência "deles", igualdade, referendo, "recall". Se propuser à Nação um compromisso sério para mudar definitivamente o sentido dos vetores essenciais de força que atuam sobre o "sistema", o Legislativo irá de vilão a herói em um átimo e faltarão ruas para as multidões dispostas a entrar nessa briga com ele, com uma força muito maior que a necessária para decidir a parada.

Se não...
Herculano
07/06/2017 08:35
REGISTRO

Hoje aniversaria a ex-vereador e presidente do PSDB de Gaspar, Andreia Symone Zimmermann Nagel.
Herculano
07/06/2017 07:24
NÃO DESPERDICEM A RECUPERAÇÃO, editorial do jornal O Estado de S.Paulo.

Com produção de 237.060 veículos em maio, 33,8% maior que a de um ano antes, a indústria automobilística segue em recuperação, mas há uma névoa de incerteza sobre a economia, adverte o Banco Central (BC). A boa notícia sobre as montadoras e o relato oficial da reunião do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) saíram com diferença de poucas horas, na manhã de ontem. Para o início da noite estava previsto o recomeço, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do julgamento da chapa Dilma-Temer, acusada de abuso e irregularidades na campanha de 2014. Além desse processo, o presidente enfrenta as acusações baseadas em delação do empresário Joesley Batista, envolvido em numerosos casos de corrupção. Não há referência explícita à turbulência política na ata, mas a incerteza mencionada no documento é obviamente associada ao assédio contra o Palácio do Planalto. Isso já havia ficado claro no texto distribuído pouco depois da sessão do Copom, na semana passada.

Mais que uma curiosa coincidência, a publicação quase simultânea dos dois informes - sobre a política de juros e sobre a atividade das montadoras - é um alerta para todos os brasileiros, mas especialmente para aqueles com poder para interferir nas grandes questões da vida nacional. A reativação da indústria automobilística é uma das novidades mais animadoras, depois de mais de dois anos da pior recessão registrada na história brasileira.

A fabricação de veículos continua longe dos volumes alcançados nas fases de maior prosperidade. O emprego continua bem abaixo dos níveis observados antes da crise. Mas a reanimação do setor, puxada tanto pelas vendas no mercado interno como pela exportação, é um dos sinais mais fortes e mais promissores de recuperação da economia nacional. Além disso, as contratações de pessoal têm aumentado tanto nas montadoras e nas empresas de seu entorno como em outros segmentos industriais.

A desocupação permanece muito alta, com cerca de 14 milhões de pessoas em busca de uma oportunidade, mas seria um enorme equívoco menosprezar os sinais positivos observados na atividade industrial. Essa ainda é a fonte mais importante de empregos classificáveis como decentes, pelos salários, pela segurança contratual, pelos benefícios complementares e, é claro, pela produtividade. A contratação de pessoal na indústria é um efeito da melhora das perspectivas setoriais e um fator de expansão econômica.

As estatísticas do emprego foram engordadas durante anos, no Brasil, com a absorção de trabalhadores de baixa ou nenhuma qualificação em atividades pouco produtivas. A ocupação cresceu, nesse período, em ritmo desproporcional ao do aumento do Produto Interno Bruto (PIB). Concebida apenas como instrumento eleitoral, a política de rendas propiciou, enquanto foi possível, a expansão do consumo e de ocupações, no comércio e nos serviços, com baixo potencial econômico.

Essa política foi paralela, naturalmente, a uma estratégia educacional voltada mais para a distribuição de diplomas do que para o desenvolvimento de capacidades. A crise desmontou essa fantasia.

Uma recuperação econômica puxada pelos segmentos mais eficientes da agropecuária e da indústria deve produzir, se for duradoura, muito mais que uma intensificação da atividade. Será uma oportunidade para repor o País nos trilhos da modernização e, portanto, da produtividade, da competitividade e da multiplicação de bons empregos. Mas para isso será preciso restabelecer, em prazo razoável, os fundamentos da economia.

Isso inclui um amplo trabalho de reparo e de renovação das finanças públicas e a criação de condições de estabilidade dos preços. A pauta de reformas, como a da Previdência, é componente essencial dessa transformação. Se as pessoas com maior responsabilidade em Brasília forem capazes de impulsionar esse conjunto de ações, o País sairá de uma vez do atoleiro e poderá ocupar, no mundo, um posto digno de uma democracia moderna e economicamente poderosa. Isso exigirá alguma visão e alguma grandeza política.
Herculano
07/06/2017 06:52
JANOT QUER NA PRESIDÊNCIA UM MERO FANTOCHE DE FANTASIAS TOTALITÁRIAS DO MPF, COM DELÍRIOS JUSTICEIROS, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

Não se enganem: se Michel Temer vier a cair, o presidente que o sucederá, eleito necessariamente pelo Congresso, estará com a corda no pescoço. É preciso que se tenha claro, de uma vez por todas, que o monstro que foi criado por Polícia Federal e Ministério Público pouco deve ao famigerado SNI (Serviço Nacional de Informações), mas com uma diferença que lhe confere virulência muito própria, distinta daquela dos tempos da ditadura: esse fascismo de esquerda - o Estado onipresente, vigilante e policial, sempre à caça dos poderosos - encontra guarida nas, como chamarei?, ignorâncias da direita. Os extremos, desta feita, estão juntos.

Não deixa de ser curioso. Alguns dos meus críticos mais duros se dizem antipetistas ferrenhos, vivem por aí pedindo a prisão de Lula, dizem odiar os comunistas etc. E, no entanto, repetem as mesmas bobagens do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que que se finge de marinista para que possa ser ainda mais psolista.

Não, meus caros! Dado esse estado de coisas, não existirão jamais presidente ou primeiro-ministro estáveis no Brasil. Não se trata mais de perseguir o crime, mas de criminalizar a própria política, tomada como atividade própria de exploradores da boa-fé alheia. Ora, rancorosos de direita e de esquerda se irmanam nessa estupidez.

Resta evidente que uma casta de agentes do estado - procuradores, policiais federais e alguns juízes - tomaram para si a tarefa de "sanear" a vida pública, atropelando os Poderes da República, as instituições e as garantias legais. O que é trágico? Eles têm como arma a verossimilhança mentirosa. Explico o que isso quer dizer.

Verossímil é aquilo que parece verdadeiro ou que, prestem atenção à sutileza, provavelmente não contraria a verdade. É verossímil, pois, a afirmação de que, no Brasil, "nenhum político presta". É verossímil a invectiva de que que "todo político rouba". É verossímil a generalização segundo a qual "todos os políticos são iguais". É verossímil a matemática canhestra que aponta ser a corrupção a verdadeira fonte das dificuldades pelas quais passa o país.

E, no entanto, meus caros, não há uma só verdade aí. Eis as coisas nas quais as pessoas acreditam porque, afinal, elas parecem não contrariar a verdade, elas são plausíveis.

Antevisão e preço alto
Ora, que preço alto paguei, não é?, pela antevisão de que a Procuradoria Geral da República, na figura de Rodrigo Janot, estava ressuscitando a esquerda, que havia sido liquidada nas eleições de 2016. Que preço alto paguei ao afirmar que a direita xucra estava, na prática, colaborando para ressuscitar os esquerdistas, uma vez que investia ela também não apenas contra a roubalheira, mas contra as garantias do Estado de Direito.

Como se sabe, eu mesmo não fui poupado do Estado policial que vinha denunciando. Eu me tornei um dos exemplos a comprovar a minha antevisão. Uma conversa deste escriba com uma fonte, Andrea Neves, foi pinçada em meio a mais de 2 mil gravações. E o que há lá de errado ou criminoso? Nada! Trata-se de conversa de monge, mas não daqueles da fase realista de Eça de Queiroz. Refiro-me, mesmo, ao sentido pio do termo.

O que se queria com aquilo? Intimidar umas das poucas vozes que se levantam contra a ditadura já mais do que incipiente deste novo SNI. E uma voz que, como se sabe, não vem da esquerda, sempre tão dedicada a defender seus bandidos de estimação. Como Andrea havia sido presa havia pouco e como resta evidente que Aécio Neves é o alvo nº 2 de Rodrigo Janot - Temer é o nº 1 -, a conversa foi divulgada para tentar evidenciar uma suposta proximidade minha com alguém que estava sob investigação. E noto, sim, à margem porque não me acovardo: a prisão de Andrea é arbitrária e não encontra amparo na lei; o afastamento de Aécio de seu cargo é arbitrário e não encontra abrigo na legislação; o pedido de prisão do senador, feito por Janot, já merece um adjetivo para duro do que esse: trata-se de uma sandice, de um delírio totalitário.

E o que se viu? Quando passei a fazer essa crítica, fui demonizado de todos os lados. Os esquerdistas diziam: "Ah, Reinaldo só passou a criticar a Lava Jato depois que chegou aos tucanos". Falso! "Ah, Reinaldo agora começou a ajudar as esquerdas; ele têm a coragem de criticar o comportamento de Sérgio Moro no depoimento de Lula?"

Com efeito, os fundamentos do liberalismo sempre foram muito frágeis no Brasil. São poucos, infelizmente, os que, neste país - como dizia aquele -, entendem que a luta essencial é aquela que se trava entre as liberdades individuais e a sanha punitiva do Estado.

Não! Não se trata de optar entre impunidade e ditadura. Trata-se de saber que, na democracia, o devido processo legal não é impunidade. Trata-se de saber que ignorar essa verdade corresponde a caminhar para a ditadura.

Que tal a gente escrever com todas as letras? O MPF quer depor Michel Temer e pôr no lugar um mero fantoche de suas fantasias totalitárias e de seus delírios de Justiça ?" ou de justiçamento.
Herculano
07/06/2017 05:35
CASO DA CHAPA DILMA-TEMER TERÁ LONGO CAMINHO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nos jornais brasileiros

O Brasil terá de exercitar a paciência, após o julgamento da chapa Dilma-Temer: caso os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulem o registro da candidatura e, portanto, o mandato hoje exercido por Michel Temer, a novela terá vários outros capítulos até a sentença ser considerada transitada em julgado. A começar pelos embargos de declaração, primeira medida a ser adotada pela defesa dos acusados.

PRIMEIRO, OS EMBARGOS
Se houver condenação, o TSE terá de julgar embargos de declaração. Mas ainda restará recursos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

DEPOIS, RECURSO AO STF
Antes de julgar o recurso extraordinário ao STF, será concedida vista à Procuradoria Geral da República.

VISTA, EMBARGOS ETC
O STF definirá a data de julgamento do recurso, mas são comuns os pedidos de vistas. E ainda haverá embargos de declaração no STF.

SENTE-SE PARA AGUARDAR
Em caso de condenação, Temer teria tantas chances de recurso que muitos apostam em solução definitiva só após o fim do seu mandato.

FACHIN ESTÁ INDIGNADO COM ATAQUES, MAS TRANQUILO
O ministro Edson Fachin está indignado com os ataques que tentam afastá-lo da relatoria da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, se ficou triste, também está tranquilo. Ele é o que os amigos e auxiliares definem como "um homem de bem", cuja trajetória pessoal e profissional jamais seria afetada por um delator tentando desqualificar quem o denunciou ou julgará seus vários crimes.

CONSCIÊNCIA TRANQUILA
Exatamente por estar tão tranquilo, o próprio Fachin transferiu ao plenário do STF a decisão de mantê-lo ou não na relatoria.

É Só O COMEÇO
Aos desavisados, convém lembrar que Fachin tem muito tempo pela frente: ele permanecerá no STF nos próximos 16 anos.

TSE E STF À FRENTE
Dentro de quatro anos, o ministro Fachin vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em oito, o próprio STF.

VAZAMENTO 'SELETIVO' É ISSO
Foi uma auditora da Receita, e não procuradores ou policiais federais, que vazou a busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula para um namorado, que repassou a informação a um blogueiro petista.

O QUE VAI ACONTECER
Solicitados a palpitar sobre o julgamento do TSE, 49,2% dos brasileiros acham que Michel Temer vai perder o mandato e 48,4% dizem que ele fica no cargo. O levantamento nacional foi do Paraná Pesquisas.

O QUE QUEREM QUE ACONTEÇA
O Paraná Pesquisa quis saber dos entrevistados como o TSE deveria decidir com a chapa Dilma-Temer: 79,6% querem a condenação dos acusados, mas 16,8% gostariam que Michel Temer ficasse.

ENCOLHENDO E VAZANDO
A JBS de Joesley Batista não está apenas vazando do Brasil, onde tem apenas 20% da sua operação, atualmente, após levar tudo o que podia do BNDES. Está vendendo à rival Minerva S.A unidades do grupo na Argentina, Paraguai e Uruguai por US$280 milhões (R$1,3 bilhão).

QUE CRISE POLÍTICA?
Curiosamente, as boas notícias na economia teimam em aparecer, apesar da crise política, por isso cresce a certeza que a taxa Selic vai sinalizar positivamente, caindo um ponto, na reunião do Copom.

OTIMISMO
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, prevê que o texto da reforma trabalhista, aprovada ontem na comissão de assuntos econômicos, irá à sanção do presidente antes do recesso de julho.

PREVARICAÇÃO, NO MÁXIMO
Conversa animada de juristas esta semana, no restaurante "Bloco C", em Brasília, sobre a gravação de Temer com Joesley, concluiu que o presidente estaria sujeito no máximo à acusação de prevaricação.

LEVANDO VANTAGEM
De acordo com a revista americana Forbes, especializada no mercado financeiro e negócios, "Wall Street (a sede de todos os grandes bancos e grupos de investimento) adora uma boa crise no Brasil".

PERGUNTAR NÃO MELINDRA
A ex-freira enroladíssima na Lava assumindo a presidência do PT não lembra a piada da ex-religiosa na gerência do bordel?
Herculano
07/06/2017 05:30
'THE INTERCEPT' REVELA FONTE NA NSA E ABRE CRISE NO JORNALISMO AMERICANO, por Nelson Sá, no jornal Folha de S. Paulo

Era para ser mais um vazamento sobre a Rússia interferindo na eleição americana, mas virou um pesadelo para vazadores e jornalistas.

O site "The Intercept", criado por Glenn Greenwald, célebre pelas revelações de Snowden no "Guardian", publicou a informação vazada, mas antes entregou cópia da documentação e outros dados indiretos sobre a fonte ao governo, visando checar a veracidade. Não demorou e a fonte foi presa.

"É uma falha catastrófica na proteção da fonte, difícil de aceitar", criticou o outro repórter premiado pela revelação do caso Snowden, no "Washington Post", Barton Gellman.

"No geral, eu amo o 'Intercept', mas, se é um cara de vocês, deem o nome e acabem com ele agora", reagiu Julian Assange, do WikiLeaks.

O próprio Greenwald tratou de se distanciar: "Eu não escrevi o texto e eu não edito o 'Intercept'. Eu não controlo outros jornalistas". O texto havia sido assinado por quatro outros repórteres. Alguns comentaristas de mídia ainda tentaram isentar o site, culpando a vítima, o que só fez piorar as coisas.

Por fim, o próprio Edward Snowden entrou na história, ele que é agora presidente da Freedom of the Press Foundation, mas evitou a controvérsia, limitando-se a afirmar:

- Processar uma fonte sem considerar o dano ou benefício da atividade jornalística é ameaça fundamental à imprensa livre.
Herculano
07/06/2017 05:26
'O QUE A CONSTITUIÇÃO UNIU, O TEMER NÃO SEPARA", por Josias de Souza

Quem quiser compreender o significado mais profundo da expressão sexo oposto deve acompanhar os desdobramentos do casamento político de Dilma Rousseff com Michel Temer. Imaginava-se que o presidente-tampão fosse o último homem que a primeira mulher a passar pela Presidência do Brasil gostaria de ver novamente. Mas a defesa da presidente deposta informa que há um lugar onde madame admitiria se reencontrar com o ex-parceiro político: o fundo do poço.

"Aquilo que a Constituição uniu, não cabe ao candidato a vice desunir", disse o advogado de Dilma, Flávio Caetano, para se contrapor à tese segundo a qual Temer não pode ser cassado pelo TSE porque manteve com Dilma uma união com separação de contas eleitorais. Alheio ao desejo de Dilma de brindar o seu cliente com um abraço de afogados nas profundezas do inferno de uma punição conjunta, o defensor de Temer, Gustavo Guedes, insistiu no pedido para que o TSE separe as arcas das duas campanhas.

O defensor de Dilma ironizou: "Este tribunal julgou a prestação de contas da chapa Dilma-Temer, não julgou a de Temer, até porque Temer não apresentou prestação de contas", disse o doutor. "?A Constituição une os candidatos a presidente e vice. Une no registro e une na eleição. Se Michel Temer quisesse votar apenas em si próprio, ele iria à urna, apertaria o 13 e votaria em Dilma Rousseff também."

Matrimônios como a união política do PT com o PMDB, baseados exclusivamente no intere$$e, deveriam ser chamados de patrimônio. Mas Dilma e Temer, num derradeiro esforço para evitar um reencontro, mesmo que metafórico, uniram-se no pedido para que o TSE exclua as provas relacionadas à Odebrecht do processo que pode resultar na cassação do mandato de um e na perda dos direitos políticos da outra.
Herculano
07/06/2017 05:21
QUANDO ALGUÉM FALAR DE CPI, PROTEJA A SUA CARTEIRA, por Élio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

O presidente do Senado, Eunício de Oliveira, autorizou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar a JBS. Ela tem direito à presunção da inocência, mas os antecedentes recomendam a presunção da culpa.

A memória nacional mal se recuperou do vexame da CPI Mista que investigou as atividades do contraventor Carlinhos Cachoeira. Instalada em 2012, durou oito meses e terminou em pizza fria. Tendo diante dos olhos os negócios da empreiteira Delta, os senadores e deputados conseguiram a proeza de não chamar o governador Sérgio Cabral para depor. O dono da Delta era Fernando Cavendish, aquele que cacifou o mimo de um anel de brilhantes para madame Adriana Ancelmo. A joia foi comprada na loja Van Cleef de Mônaco enquanto a CPI funcionava em Brasília. Sérgio Cabral está na tranca em Benfica, Adriana está no Leblon em prisão domiciliar e Cavendish, depois de passar alguns dias na cadeia, negocia uma difícil colaboração com o Ministério Público. Nada disso aconteceu por causa das investigações dos senadores ou dos deputados.

Depois do vexame da CPI mista de Carlinhos Cachoeira, o Congresso voltou a afrontar a boa fé do público. Em 2014 criou duas comissões para investigar a Petrobras. Um dos paladinos da iniciativa era o doutor Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara. Dois depoimentos, ambos destinados a proteger petrorroubalheiras, enrubescem quem os revisita. Num, a CPI Mista ouviu Paulo Roberto Costa, um ex-diretor da Petrobras que estivera preso. Num discurso heroico, ele mostrou que nada ocorrera de estranho na empresa. Disse até que guardava R$ 1,2 milhão em casa "para fazer pagamentos". Semanas depois "Paulinho" voltou para Curitiba, fez um acordo com o Ministério Público, e deu no que deu.

Passou-se mais de um ano, a Lava Jato já encarcerara 112 maganos, entre eles Marcelo Odebrecht, e o príncipe das empreiteiras foi chamado para depor na CPI. Os parlamentares receberam-no como um potentado. Em seu depoimento o doutor desdenhou a conduta dos acusados que colaboravam com o Ministério Público. Àquela altura eram nove. Logo ele entraria no bloco.

Essas duas CPIs não foram simples fracassos, mas grandes vexames. Fracassos fazem parte da vida. Tanto em relação a Cachoeira como no caso da Petrobras, as CPIs destinaram-se a manipular os interessados e a iludir o público.

A nova CPI, que pretende investigar as traficâncias dos irmãos Batista, anuncia que examinará seus negócios com o BNDES. Isso é o que se diz. Noutra investigação financeira, a do Banco do Estado do Paraná, o Banestado, prevaleceram as conversas paralelas com outros papeleiros. Na CPI do Cachoeira, era falta de educação mencionar os negócios de Cavendish com Cabral. Na da Petrobras chegava a dar pena o desempenho de comissários procurando blindar larápios que meses depois contariam a verdade aos procuradores.

As empreiteiras e a JBS capitularam graças à honestidade e ao trabalho do Ministério Público e do Judiciário. Nada a ver com o Legislativo. Se o senador Eunício de Oliveira quiser ajudar, instala a CPI das CPIs. Os réus da Lava Jato têm muito a contar, começando pelo ex-senador Delcídio do Amaral
Herculano
07/06/2017 05:16
NINGUÉM ROUBA A POLE DE LULA, por Elisiário Goulart Rocha

A retomada do julgamento da chapa pelo TSE coloca na berlinda Michel Temer e - mas quem se importa com ela a esta alturas ?" Dilma Rousseff. Aécio Neves está todo enrolado e Sérgio Cabral se tornou réu em dez processos da Lava Jato, um recorde impressionante. Fora outros figurões engaiolados ou à espera das algemas.

Mesmo com tanta fartura, o primeiro posto já tem dono. Da mesma forma que ninguém tirava a pole position de Ayrton Senna da Silva, o menino sem medo que nos acordava mais cedo aos domingos e enchia de orgulho todos os "da Silva" deste país, ninguém tira de Luiz Inácio Lula da Silva, o menino sem vergonha que nos faz ter pesadelos e desonra o mais brasileiro dos sobrenomes, a pole position na fila de embarque formada por passageiros do camburão.

Somente quem finge que nada sabe ainda acredita no homem que finge que nada sabe. A cegueira ideológica espanta, sobretudo, por assaltar mentes grisalhas com diploma universitário, pós-graduação, doutorado e MBA. Para essa gente, os dólares subtraídos aos cofres públicos pelo corrupto de estimação do vizinho parecem sempre mais verdes do que os surrupiados por seu próprio corrupto de estimação. Jamais irão aceitar o fato de que de Paulo Maluf, uma espécie de decano brasileiro das malfeitorias com dinheiro público, a Lula, dono da camisa 10 e capitão da seleção nacional dos colecionadores de pixulecos, corrupto é corrupto. Aliás, no cenário atual, Maluf pode sonhar, no máximo, com uma vaga na Segundona da safadeza.

Adotar um corrupto implica responsabilidades. Significa, por exemplo, ter de alimentá-lo o tempo todo e protegê-lo com amor paternal do permanente risco de colisões com o Código Penal. Mas os seguidores da viva alma muito viva não querem saber dessas miudezas. Ao contrário do que ocorre em jogos de adolescentes ou marmanjos desmiolados de qualquer idade, seguem tentando provar que "o seu é maior do que o meu".
Herculano
07/06/2017 05:10
FATOR LULA, por Helio Schwartsman, no jornal Folha de S. Paulo

Parte dos que se opõem à realização de uma eleição direta para definir quem será o presidente da República na hipótese de queda de Michel Temer o faz por recear a volta de Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente, afinal, aparece como favorito nas últimas sondagens, ainda que tenha contra si uma formidável rejeição.

Embora responda a vários processos, Lula está com seus direitos políticos intactos. Se houver eleição nos próximos meses, ele poderá concorrer. Mas, se o pleito só tiver lugar em 2018, a situação poderá ser outra, já que existe uma chance realista de que ele já tenha sido condenado em segunda instância, caso em que a lei da Ficha Limpa o tiraria do páreo.

Até vejo bons argumentos para deixar a eleição direta para 2018, mas o fator Lula não é um deles. Não gosto tanto da ideia de recorrer a tapetões. Penso que o melhor para a democracia é que o principal dirigente de um partido que fracassou tanto no campo ético como no administrativo seja derrotado pelo voto, não pelas regras de alistamento. Num país normal, o PT pós-impeachment passaria por uma fase de autocrítica e depuração antes de retornar como uma legenda competitiva. Mas o Brasil não parece ser um país normal.

E por que é melhor que Lula seja derrotado nas urnas e não nas cortes? Embora eu defenda com unhas e dentes a democracia, não estou entre os que por ela nutrem devoção religiosa. Não creio que o povo seja sábio e faça sempre as melhores escolhas. Ao contrário, ele é imediatista e se deixa manipular pelo populismo. A democracia funciona muito mais por disciplinar o conflito e mantê-lo dentro da institucionalidade do que pelas políticas que promove. Ainda assim, penso que, por vezes, o eleitor é capaz de aprender, mesmo que momentaneamente. Essas situações ocorrem em geral quando os cidadãos descobrem que foram enganados e rechaçam, pelo voto, grupos e ideias que não deram certo.
Lélo Piava
06/06/2017 22:48
e dale criar cargos, no samae não cabe tudo? E uma piada que seu kleber e oa vereadores deixarem acabar com o FIA, e os jovens na rua sem fazer nada fora de horario de aula, ai depois querem cobrar do estado segurança pública, poderiam incentivar e não enganar o povo com essa emenda
Roberto Sombrio
06/06/2017 22:13
Oi, Herculano.

Agora podemos ter uma ideia porque Gaspar não evolui.

UM DIA A CASA CAI.

Durante seis mandatos (apoiado por interesses próprios de empresários) Hilário Melato representou o papel de vereador enganando o povo gasparense.

No momento colocado em uma autarquia e tendo que demonstrar a qualificação técnica (que não possui), deu com os burros n'água. No SAMAE não tem como colocar um processo na gaveta, pois quando rompe a adutora falta água. Não tem como fazer conchavos, pois quando a bomba quebra falta água. Não tem como deixar para amanhã, ou mudar a data da reunião, já que quando falta uma peça, cano, registro ou máquina é preciso ter em estoque ou estar em condições de operação.

Fica claro que foram seis mandatos de enganação e incompetência e que só um cargo político consegue encobrir. Na vida real o mundo gira e cobra soluções.
Depois querem enrolar, dizendo que os frigobares são para atender a população. O povo é a última coisa que querem ver. No momento estamos pagando o salário de 13 incompetentes que vivem no mundo da fantasia, na "TERRA do NUNCA", ali entre aquelas 4 paredes nada acontece.

Roberto Sombrio
06/06/2017 20:15
Oi, Herculano.

Você listou 23. Eu listo mais uma.

A LAVA JATO acabou com a forma de fazer política. Quando os partidos aparecem fazendo propaganda sabemos que é tudo mentira.

O que vão fazer não sei, mas terão que reinventar o processo para convencer o povo.
Herculano
06/06/2017 19:09
TEMER PEDE 5 DIAS PARA PROVAR HONRADEZ. HUMM! por Josias de Souza

Michel Temer teve um dia de prazo para rebater as suspeitas e insinuações escondidas atrás das 82 perguntas que recebeu da Polícia Federal [veja-as, abaixo]. A julgar pelo teor das questões, a honestidade é uma virtude que os investigadores suspeitam que o presidente da República não possui. E a defesa de Temer informou ao Supremo Tribunal Federal que o presidente precisa de pelo menos quatro ou cinco dias para demonstrar sua honradez.

Em petição endereçada ao ministro Edson Fachin, do STF, os advogados de Temer anotaram: "Em face da complexidade e da surpreendente quantidade dos quesitos formulados (82), entende-se ser absolutamente impossível e contrário ao princípio da razoabilidade exigir-se uma manifestação do sr. presidente da República no exíguo prazo de 24 (vinte e quatro) horas. [?] o sr. presidente da República considera que estará habilitado para a análise e para a deliberação sobre as questões ofertadas até o final da presente semana (dias 9 ou 10)."

Os doutores esclareceram que não será tarefa simples para o presidente responder por escrito ao interrogatório da PF. "A análise de cada uma das oitenta e duas indagações imporá um grande esforço de S. Excelência, que não poderá descuidar das obrigações inerentes ao cargo, dentre as quais a de cumprir a sua carregada agenda, marcada por compromissos que lhe ocupam mais de quinze horas por dia."

O ministro Fachin esticou o prazo concedido a Temer até sexta-feira. Quer dizer: Temer pediu até cinco dias e levou quatro. O brasileiro comum, depois de assistir nos telejornais noturnos aos pronunciamentos em que Temer esbravejou contra o delator falastrão Joesley Batista, recriminando-o por gravar clandestinamente um presidente de bem, ouve uma voz que vem do fundo da consciência: "Cinco dias para demonstrar que não fez nada de errado?!?!? Hummmmmm!!!!"
Herculano
06/06/2017 19:06
SANGUE E VIOLÊNCIA NO ESTADO DE DIREITO PETISTA
por Percival Puggina

No dia 29 de maio passado, professores de Direito, parlamentares e lideranças petistas se reuniram no Seminário "Estado de Direito ou Estado de Exceção". O magno evento foi uma promoção da Fundação Perseu Abramo, órgão de formação do Partido dos Trabalhadores. As imagens e trechos de vídeos que circulam na internet mostram um auditório formado por militantes partidários e uma direção onde, sob o comando da deputada Benedita da Silva, sucederam-se, entre outros, Gleisi Hoffmann, Roberto Requião, Carlos Zaratini, Claudio Fonteles e Flávio Dino.

Desse evento, multiplicaram-se nas redes sociais extratos das intervenções do senador Requião e da deputada Benedita, cujo teor dei-me o trabalho de degravar e transcrever.

Senador Roberto Requião:

(...) Passar horas acessando blogs de esquerda, combatendo com o que lemos, satisfazendo-nos e sentindo-nos vingados dos fascistas. Para quê? Para assomar a tribuna, qualquer tribuna e denunciar os descalabros e desmandos da Educação, da Saúde, o desmonte do SUS, deste ou de qualquer programa que o raio do governo Temer quer proporcionar o desmonte do país... e daí? Companheiros, amigos e amigas que comigo dividem o pão amargo do poder. Não faltaram palavras. Não faltou uma vírgula sequer nos discursos, em nossos artigos, em nossos debates. Dissemos tudo, uma, duas, mil vezes. O que, então, estamos esperando para cruzar o rio, para jogar a cartada decisiva de nossas vidas? Senhores e senhoras, universitários aqui presentes. Convençam-se. Não há mais espaço para a conversa e para os bons modos. (Aplausos delirantes e grito de ordem multifônico da plateia: "Se muda, se muda, imperialista! A América Latina será toda socialista!".

Deputada Benedita da Silva:

"Quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso. E na minha Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Com a luta e vamos à luta, com qualquer que sejam as nossas armas!" (Uivos de prazer do público que a aplaude de pé).

Tal episódio não aconteceu num grêmio estudantil, com adolescentes falando para adolescentes. Os oradores são membros do Congresso Nacional, a iniciativa, segundo o portal PT na Câmara, era da bancada de deputados federais do partido e a organização esteve a cargo do órgão de formação política da legenda que, até bem pouco, presidia a República. A partir daí tudo adquire gravidade muito maior.

Não se trata de cobrar ações judiciais porque a lei protege infinitamente os parlamentares em sua capacidade de falar besteiras. Trata-se, isto me parece que sim, de divulgar ao máximo tais vídeos e o teor das duas manifestações porque esse tipo de peixe ou morre pela boca ou cresce muito e come tudo à volta. O Brasil precisa saber o que, sob aplausos de seus militantes, vai na cabeça dos que saquearam o país, levaram-no ao caos, e agora pretendem voltar pelos piores modos, no dizer do senador Requião, ou mediante derramamento de sangue, nas palavras da deputada Benedita. Nos anos 60 do século passado, queriam o mesmo por iguais métodos.
Herculano
06/06/2017 19:00
A JABUTICABA DAS DIRETAS, por Carlos José Marques, da revista IstoÉ

O Brasil não é mesmo para principiantes. O que alguns caciques oposicionistas, liderados naturalmente pelos oportunistas do PT, tentam passar agora, a qualquer custo, com ares pretensamente democráticos, é a ideia de uma eleição direta antecipada e solitária ?" para aboletar alguém "novo" na cadeira presidencial no interregno até o pleito de 2018. Uma invencionice sem tamanho. Nada mais ilegal e imoral para os tempos conturbados da política vividos atualmente no País.

O expediente maroto, de fácil apelo popular, guarda interesses inconfessáveis de notórios sabotadores do processo democrático. E nada tem a ver com a campanha que nos anos 80 deitou raízes por essas bandas para dar fim ao regime militar. De lá para cá, uma Constituição cidadã, legítima e escrita por um colégio representativo, eleito pelo povo, deu forma e arcabouço jurídico à vontade popular. E nela está escrito o artigo 81 que determina como, na eventual vacância de poder presidencial, deve ser conduzida uma substituição, se assim for o caso. Seria escolhido pelo voto indireto dos congressistas.

Ir contra a Carta Magna é um atentado ao Estado de Direito. Modificá-la ao sabor de interesses específicos de grupelhos que querem fraudar as regras para autobenefício é de um casuísmo sem tamanho. Depois disso, só restaria a anarquia demagógica, a insensatez dos comandantes e a consagração da república do jeitinho, onde tudo é possível desde que a patota de dirigentes autorize. Flertar com essa alternativa matreira configuraria, aí sim, o verdadeiro golpe ?" bem diferente do rito legal que depôs por improbidade a presidente Dilma. Negar um modelo que, bem ou mal, vem funcionando ajuda a pretensos "salvadores da pátria" e a seus seguidores encalacrados que querem uma via fácil para escapar das garras da Lava Jato, ungindo alguém que comungue de seus anseios. Seria um desassombro autoritário. Uma negação ao fato de que o Brasil já vive, há décadas, um modelo de eleições diretas, onde periodicamente são eleitos os representantes da Nação ?" entre os quais, sucessivamente, Dilma e Temer, que ali chegaram pelo voto em chapa conjunta. Com a jabuticaba de uma eleição direta tampão há a ruptura das regras do jogo e se acentuam ainda mais as veleidades de um Congresso desmoralizado, envenenado pela corrupção, que tenta ganhar sobrevida delinquindo.

Diga-se a verdade como ela é: as forças partidárias ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre a saída adequada para a crise. Idealizaram, isto sim, uma nova jabuticaba, tratada como "mudança com continuidade", através da qual, caso o presidente Temer seja afastado ou saia, seu substituto seguirá praticando o mesmo programa (com a equipe econômica imexível), alinhado ao que ele realizou até aqui. Uma espécie de troca para não mudar nada. Os progressos nesse sentido são pequenos. A coalizão reformista ainda se sustenta no traquejo político de Temer, enquanto a economia começa a reagir, com projeções de crescimento alvissareiras e a volta da normalidade ao mercado. Nos últimos dias, a bolsa oscilou positivamente, o dólar caiu, ao mesmo tempo em que indicadores de desemprego, juros e inflação davam nova trégua, animando os agentes. Os cenários positivos aliados ao fator tempo têm dado respiro ao presidente, calibrando sua estratégia de sobrevivência. Em linhas gerais, ainda não há um "plano B" satisfatório.

A situação não é confortável, mas as legendas admitem que, sem um fato novo, o quadro tende a se acomodar rumo a uma transição serena até o prazo eleitoral previsto na lei. Não deixa de ser um alívio. Se o impasse se prolonga, é o Brasil que mais perde. Nas atuais circunstâncias, mesmo a eleição indireta pode empurrar o País para o terreno da judicialização sem fim, com apelações e negociatas improdutivas. É inegável o surgimento de um conflito de instituições, que ganha força por esses dias. Executivo, Legislativo e Judiciário ?" cada qual a seu tempo ?" têm extrapolado em ações e atuações. Campo fértil para a incitação da instabilidade pelos agitadores de plantão. Não há caminho virtuoso nessa toada. E jamais seria o de uma antecipação das diretas.
Herculano
06/06/2017 18:20
LÍDER DO GOVERNO FAZ PEDIDO QUE PODE CONSTRANGER STF E JANOT

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Talita Fernandes, da sucursal de Brasília. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou nesta terça-feira (6) um requerimento ao Conselho de Ética que pode gerar constrangimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria-Geral da República).

Jucá pede que o STF envie ao Conselho a relação de todos os senadores que são alvo de procedimentos na corte, o tempo de duração dos processos, o motivo da apuração e o ministro relator de cada caso.

De acordo com o requerimento, o objetivo é dar "razoável celeridade na conclusão dos procedimentos investigatórios e processos judiciais" que envolve senadores, "a fim de esta Casa melhor apurar os fatos e responsabilidades desses parlamentares".

Jucá, que é alvo de inquéritos da Lava Jato, tem criticado a "demora" do Judiciário em conclui-los.

Se o requerimento for aprovado pelo colegiado, isso abrirá espaço para críticas sobre o tempo de duração dos procedimentos que envolvem parlamentares.

Além disso, a medida possibilita que a comissão convide ministros e procuradores para prestar explicações sobre o andamento dos processos.
Herculano
06/06/2017 18:11
TEMER VIAJOU COM MARCELA NO JATINHO DE JOESLEY

Conteúdo de O Antagonista. O Antagonista descobriu que Michel Temer usou ao menos duas vezes o jatinho de Joesley Batista, para viajar com Marcela, para a Bahia e Porto Alegre.

Uma da viagens ocorreu em janeiro de 2011, logo que Temer assumiu o mandato de vice-presidente. Eles foram para Comandatuba (BA) no Learjet de matrícula PR-JBS.
Na recepção ao casal, Marcela ganhou um buquê de flores - o gesto de cortesia de Joesley despertou ciúmes no peemedebista.

MORO DIZ QUE ADVOGADO DE LULA PODE TER MENTIDO

Cristiano Zanin, advogado de Lula, afirmou que foi surpreendido com a inclusão dos vídeos da delação da Odebrecht nos autos do processo do terreno do Instituto Lula e da cobertura em São Bernardo do Campo.

O TRF-4 determinou, assim, que Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar fossem ouvidos outra vez.

De acordo com Sérgio Moro, no entanto, Zanin pode ter mentido:
"Apesar da Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva não ter aberto a intimação eletrônica, consta, nos registros eletrônicos, que o advogado Cristiano Zanin Martins acessou o processo e ainda especificamente os depoimentos extrajudiciais de Alexandrino de Salles Ramos Alencar e de Emílio Alves Odebrecht ainda em 31/05/2017, por diversas vezes, e novamente, por diversas vezes, no dia 01/06/2017.

"Assim, salvo melhor explicação por parte da Defesa, não aparenta corresponder à realidade a afirmação do advogado Cristiano Zanin Martins de que foi surpreendido na audiência de 05/06/2017, já que os registros eletrônicos do sistema informam que teve acesso à prova com relativa antecedência, em 31/05/2017 e 01/06/2017. Salvo melhor explicação, os fatos afirmados na impetração pelos advogados, de que a Defesa teria sido surpreendida em 05/06/2017, não são lamentavelmente verdadeiros."

Que feio.

Cristiano Zanin desafiou ontem Sérgio Moro a denunciá-lo ao tribunal de ética da OAB. Moro deveria fazê-lo.
Saulo Borges
06/06/2017 17:33
Herculano

Primeiro Parabéns a você, por mostrar os bastidores do Diplomata Executivo da inundada Samae.
Parabéns também ao Marcelo Poffo e Lana, por não se curvarem ao diplomata executivo Zé Melato, que aliás são dedicados e trabalhadores, como a maioria aqui na autarquia.
Ele preferiu se cercar daqueles que nunca mostraram serviço.

O Zé Melato, o executivo tá perdendo feio pro incompetente seu antecessor, Elcio Carlos de Souza,com quem será que ele vai empatar?

Enquanto isso, da lhe macadame e areia pelos canos. Sujeira, tudo entupido.
Mas Lana e Marcelo, fiquem tranquilos 4 anos passa rapidinho.Vocês nem deveriam mostrar onde está o problema, deixem o assessores "competentes" eles tem a "solucionática".
Lana
06/06/2017 13:25
É verdade o que Marcelo escreveu, trabalho a 23 anos no samae, sempre dedicado profissionalmente as atividades, no início do ano fui surpreendido com minha exoneração, mais antes tive uma conversa, meados de dezembro com Sr. Melato, o mesmo garantiu que funcionários com amplo conhecimento do samae ele manteria, pois precisava de pessoas com conhecimento, veja o absurdo que vem de uma pessoa, neste mesmo dia o sr.melato, fez a seguinte colocação, preciso de vcs pois não entendo nada de água, óleo e água não se misturam, na oportunidade fiz um breve comentário sobre administração que estava sendo montada, e algumas pessoas com quem ele achava que poderia contar, lembrei a ele vai ser difícil administrar o samae desta forma, aí está o resultado
Belchior do Meio
06/06/2017 13:01
Sr. Herculano

Parabéns a Marcelo Poffo pela coragem de mostrar aos gasparenses o SAMAE inundado que se encontra hoje nas mãos do Zéquinha Carcamano.

Mas ele não era o "executivo" macaco velho, o bom, o tal, o amaral?
Vai que caducou!!!
Herculano
06/06/2017 12:58
AS 82 PERGUNTAS DA POLÍCIA FEDERAL PARA O PRESIDENTE MICHEL TEMER

1. Qual a relação de Vossa Excelência com Rodrigo da Rocha Loures?

2. Desde quando o conhece? Já o teve como componente de sua equipe de trabalho? Quais os cargos ocupados por ele, diretamente vinculados ao de Vossa Excelência?

3. Rodrigo da Rocha Loures é pessoa da estrita confiança de Vossa Excelência?

4. Vossa Excelência confirma ter realizado contribuição financeira à campanha de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados, nas eleições de 2014, no valor de R$ 200.650,30? Quais os motivos dessa doação?

5. Vossa Excelência realizou contribuições a outros candidatos nessa mesma eleição? Se a resposta for afirmativa, discriminar beneficiários e valores.

6. Vossa Excelência gravou um vídeo de apoio à candidatura de Rodrigo da Rocha Loures à Càmara dos Deputados, em 2014. Fez algo semelhante em prol de outro candidato? Quais?

7. Rodrigo da Rocha Loures, mesmo após ter assumido vaga na Cêmara dos Deputados, manteve relação próxima com Vossa Excelência e com o Gabinete Presidencial?

8. Vossa Excelência confirma ter estado com Joesley Batista, Presidente do Grupo J&F Investimentos S/A, em 7 de março de 2017 no Palácio do Jaburu, em Brasília, conforme referido por ele em depoimento de fls. 42/51 dos autos do Inquérito no 4483?

9. Qual o objeto do encontro e quem o solicitou a Vossa Excelência?

10. Rodrigo da Rocha Loures teve prévio conhecimento da realização desse encontro?

11. Por qual motivo a reunião em questão não estava inserida nos compromissos oficiais de Vossa Excelência?

12. Vossa Excelência tem por hábito receber empresários em horários noturnos e sem prévio registro em agenda oficial? Se sim, cite ao menos três empresários com quem manteve encontros em circunstâncias análogas ao de Joesley Batista, após ter assumido a Presidência da República.

13. Vossa Excelência já havia encontrado Joesley Batista fora da agenda oficial? Quando, onde e qual o propósito do(s) encontro (s)?

14. Em pronunciamento público acerca do ocorrido, Vossa Excelência mencionou que considerava Joesley Batista um 'conhecido falastrão'. Qual o motivo, então, para tê-lo recebido em sua residência, em horário, prima facie, não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio do Jaburu (segundo as declarações do próprio Joesley Batista)?

15. Vossa Excelência aventou a possibilidade de realizar viagem a Nova York, no período de 13 a 17 de maio de 2017? Rodrigo da Rocha Loures chegou a comentar com Vossa Excelência sobre o interesse de Joesley Batista de encontrá-lo na sede da JBS, naquela cidade?

16. Vossa Excelência sabe se o ex-ministro Geddel Vieira Lima mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?

17. Vossa Excelência tem conhecimento se o ministro Eliseu Padilha mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista segundo referido por este às fls 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?

18. No mesmo depoimento de fls. 42/51, Joesley Batista disse ter informado Vossa Excelência, no encontro, sobre a cessação de pagamentos de propina a Eduardo Cunha e da manutenção de mensalidades destinadas a Lúcio Bolonha Funaro, ao que Vossa Excelência teria sugerido o prosseguimento dessa prática. Em seguida, o empresário afirmou 'que sempre recebeu sinais claros de que era importante manter financeiramente ambos e as famílias, inicialmente por Geddel Vieira Lima e depois por Michel Temer para que eles ficassem 'calmos' e não falassem em colaboração premiada'. Vossa Excelência confirma ter recebido de Joesley Batista, na conversa havida no Palácio do Jaburu, a informação de que ele estaria prestando suporte financeiro às famílias de Lúcio Funaro e de Eduardo Cunha, como forma de mantê-los em silêncio? Em caso de resposta negativa, esclareceu a Joesley Batista, na ocasião, que não tinha qualquer receio de eventual acordo de colaboração de Lúcio Funaro ou de Eduardo Cunha?

19. Existe algum fato objetivo que envolva a pessoa de Vossa Excelência e seja passível de ser revelado por Lúcio Bolonha Funaro ou Eduardo Cunha, em eventual acordo de colaboração?

20. Vossa Exceiência sabe de algum fato objetivo que envolva o ex-ministro Geddel Vieira Lima e que possa ser mencionado em acordo de colaboração premiada que eventualmente venha a ser firmado?

21. Vossa Excelência conhece Lúcio Bolonha Funaro? Que tipo de relação mantém ou manteve com ele? Já realizou algum negócio jurídico com Lúcio Bolonha Funaro ou com empresas controladas por ele? Quais?

22. Lúcio Bolonha Funaro já atuou na arrecadação de fundos a campanhas eleitorais promovidas por Vossa Excelência ou ao PMDB quando Vossa Excelência estava à frente da sigla? Se sim, especificar a(s) campanha (s)

23. Joesley Batista também aduziu no depoimento de fls 4251 que Vossa Excelência se dispôs a 'ajudar' Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal através de dois Ministros que lá atuam? Vossa Excelência confirma isso? Se sim, de que forma prestaria tal ajuda? Quais eram esses dois Ministros?

24. Joesley Batista afirma, no depoimento de fls. 42/51, que Rodrigo da Rocha Loures foi indicado por Vossa Excelência, em substituição a Geddel Vieira Lima, como interlocutor ao Grupo J&F Investimentos S/A. Vossa Excelência confirma tê-lo indicado para tal função? Se sim, quais temas estavam compreendidos nessa interlocução?

25. Vossa Excelência já indicou Rodrigo da Rocha Loures para atuar como interlocutor do Governo Federal em alguma questão?

26. Vossa Excelência sabe se Rodrigo da Rocha Loures reuniu-se com Joesley Batista, após o encontro mantido entre Vossa Excelência e esse ampresário, no Palácio do Jaburu? Se sim, qual a finalidade do encontro?

27. Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência algum assunto tratado com Joesley Batista? Quais?

28. Vossa Excelência esteve com Rodrigo da Rocha Loures após conversa mantida com Joesley Batista em 7 de março de 2017? Se sim, aponte, com a máxima precisão possível, quando e onde se deram tais encontros.

29. Recorda-se de Joesley Batista, na conversa mantida com Vossa Excelência no Palácio do Jaburu, ter feito comentários acerca do comando do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) assim como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Receita Federal do Brasil? Qual o interesse manifestado pelo empresário acerca desses órgãos?

30. Vossa Excelência teve ciência, através de Rodrigo da Rocha Loures, do interesse do Grupo J & F Investimentos S/A em questão submetida ao CADE, envolvendo o setor de energia? Quais informações foram levadas a Vossa Excelência?

31. Vossa Excelência determinou a Rodrigo da Rocha Loures que interviesse junto ao CADE no sentido de atender a interesses do Grupo J & F Investimentos S/A?

32. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação jornalística) de encontros mantidos entre Rodrigo da Rocha Loures e Ricardo Saud, Diretor do Grupo J & F Investimentos S/A? Se sim soube do encontro antecipadamente? Qual a pauta dessas reunioes?

33. Vossa Excelência compareceu à inauguração da Casa Japão, em São Paulo, em 30 de abril de 2017. Rodrigo da Rocha Loures viajou com Vossa Excelência no avião presidencial? Se sim, Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência, durante a viagem, Grupo J & F Investimentos S/A. naquela mesma semana? Se sim, em que termos foi o relato?

34 Vossa Excelência soube que Ricardo Saud, em encontros realizados em 28 de abril de 2017, expôs a Rodrigo da Rocha Loures, em detalhes, um 'esquema' envolvendo o pagamento de vantagens indevidas decorrente da suposta intervenção do então parlamentar junto ao CADE, em prol dos interesses do Grupo J & F Investimentos SA?

35. Em caso de resposta negativa, o que tem a dizer acerca desse episódio, mesmo que dele tenha tomado conhecimento somente por sua veiculação na imprensa?

36. Rodrigo da Rocha Loures chegou a levar ao conhecimento de Vossa Excelência a disponibilidade do Grupo J & F Investimentos em fazer pagamentos semanais que girariam entre R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e Rs 1.000.000,00 (um milhão de reais), por conta da resolução da questão que estava em trâmite no CADE?

37. Vossa Excelência soube, também por Rodrigo da Rocha Loures, que tais pagamentos semanais estavam garantidos até dezembro do corrente ano e, a depender da extensão do contrato firmado entre empresa do Grupo J & F e a Petrobras, poderiam se prolongar por até vinte e cinco anos?

38. Caso não tenha tomado conhecimento, Vossa Excelência acredita que Rodrigo da Rocha Loures possa ter participado de tais tratativas com o Grupo J & F Investimentos S/A com o intuito de obter exclusivamente para si as quantias que na hipótese da mencionada dilação contratual, chegariam pelo menos à casa dos R$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais)?

39. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação na imprensa) do recebimento, por Rodrigo da Rocha Loures, de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) do Grupo J & F Investimentos S/A, em São Paulo, em 28 de abril de 2017? O que tem a dizer sobre tal fato (ainda que tenha tomado conhecimento do mesmo pela imprensa)?

40. Após a divulgação desses fatos pela imprensa, que demonstraram a participação inequívoca de Rodrigo da Rocha Loures em conduta aparentemente criminosa, Vossa Excelência manteve algum contato com ele, diretamente, seja por interpostas pessoas? Se sim, por qual meio e qual a finalidade do contato?

41. Ricardo Saud, em depoimento prestado na Procuradoria-Geral da República, conforme vídeo já amplamente divulgado, afirmou que tratou com Rodrigo da Rocha Loures sobre os repasses semanais já mencionados, mas ressaltou, categoricamente, que o dinheiro era direcionado a Vossa Excelência. O que Vvossa Excelência tem a dizer a respeito?

42. Vossa Excelência considera a hipótese de Rodrigo da Rocha Loures ter usado o nome de Vossa Excelência para obter valores espúrios do Grupo J & F Investimentos S/A?

43. Vossa Excelência conhece Ricardo Saud? Qual a relação que mantém com ele?

44, Vossa Excelência já esteve com Ricardo Saud em alguma ocasião? Onde e qual o motivo do encontro?

45. Já solicitou ou recebeu algum valor através de Ricardo Saud a pretexto de contribuição de campanha?

46. Recebeu alguma contribuição financeira de empresas pertencentes ao Grupo J & F Investimentos S/A? Discriminar as campanhas, os valores, quem os solicitou e como foram encaminhados (se via diretórios ou diretamente)

47. Vossa Excelência tem alguém chamado 'EDGAR' no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionando a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém.

48 Vossa Excelência conhece Antônio Celso Grecco, proprietário do Grupo Rodrimar, de Santos/SP? Qual relação mantém com ele?

49. Vossa Excelência já recebeu alguma contribuição financeira para fins eleitorais de Antônio Celso Grecco, da empresa Rodrimar ou de alguma outra empresa a ela vinculada? Quando e qual o valor?

50. Vossa Excelência recebeu alguma reivindicação dessa empresa, ou de outra igualmente atuante no segmento de portos, relacionada à questão do 'pré-93'? Se sim, em que termos?

51. Vossa Excelência tem conhecimento se Rodrigo da Rocha Loures recebeu alguma reivindicação da Rodrimar ou de outra empresa igualmente atuante no segmento de portos, relacionada a esse tema?

52 Rodrigo da Rocha Loures chegou a demonstrar a Vossa Excelência interesse pela questão do 'pré-93'?

53. Rodrigo da Rocha Loures tem alguma relação com empresas do setor portuário?

54. Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos/SP?

55. Vossa Excelência conhece Ricardo Mesquita vinculado à Rodrimar? Que relação mantém com tal pessoa?

56. Rodrigo da Rocha Loures mencionou a Vossa Excelência o fato de ter encontrado Ricardo Mesquita no mesmo dia (e local) em que esteve reunido com Ricardo Saud? Se sim, qual o propósito do encontro com Ricardo Mesquita?

57. Vossa Excelência conhece João Baptista Lima Filho, Coronel inativo da Polícia Militar de São Paulo? Qual relação mantém com ele?

58. João Baptista Lima Filho já teve alguma atuação em campanha eleitoral promovida por Vossa Excelência? Qual a função desempenhada por ele?

59. João Baptista Lima Filho já atuou na arrecadação de valores a eventual campanha política de Vossa Excelência ou ao PMDB de São Paulo?

60. Joesley Batista afirmou que desde a assunção de Vossa Excelência como Presidente da República, vinha mantendo contatos com o ministro Geddel Vieira Lima. Vossa Excelência tinha conhecimento de encontros? A que se destinavam?

61. O empresário referiu também que vinha 'falando' com o ministro Eliseu Padilha. Vossa Excelência tinha conhecimento desses contatos?

62. Quando Joesley Batista perguntou como estava a relação de Vossa Excelência com o ex-deputado Eduardo Cunha, Vossa Excelência mencionou 'o Eduardo resolveu me fustigar', aludindo, em seguida, a questionamentos que ele havia proposto ao juiz Sérgio Moro em seu interrogatório realizado na 13.ª Vara Federal, em Curitiba/PR. Imediatamente, Joesley Batista referiu que havia 'zerado as pendências' (presumivelmente em relação a Eduardo Cunha) e que perdera o contato com Geddel, 'o único companheiro dele', não mais podendo encontrá-lo, ao que Vossa Excelência fez o comentário 'é complicado'. A quais pendências se referiu Joesley Batista?

63. Geddel Vieira Lima efetivamente mantinha relação próxima a Eduardo Cunha?

64 Vossa Excelência via algum inconveniente na realização de encontros entre Joesley Batista e Geddel Vieira Lima? Qual o motivo de ter classificado a situação exposta como 'complicada'?

65. Em seguida, Joesley Batista, em outros termos, mencionou que investigações envolvendo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima haviam tangenciado o Grupo J & F Investimentos SIA, afirmando, com conotação de prevenção que estava de bem com Eduardo, ao que Vossa Excelência interveio com a colocação 'tem que manter isso, viu?', tendo o empresário complementado dizendo 'todo mês'.

66. Explique o contexto em que se deram essas colocações, esclarecendo, sobretudo, o sentido da orientação final de Vossa Excelência, nos termos "tem que manter isso".

67. Uma das interpretações possíveis a essa passagem do diálogo é de que Joesley Batista, ao afirmar que 'estava de bem', tenha se referido a pagamentos mensais que vinha efetuando a Eduardo Cunha com o propósito de não se ver implicado em eventuais revelações que pudessem partir do ex-parlamentar. Vossa Excelência sequer considerou essa hipótese?

68. Vossa Excelência tem conhecimento de alguma ilegalidade cometida por Eduardo Cunha? Quais?

69. Avançando no diálogo, Joesley Batista, ao mencionar a sua condição de investigado, afirmou 'aqui, eu dei conta, de um lado, do juiz dar uma segurada do outro lado, um juiz substituto, ao que Vossa Excelência complementou: 'que tá segurando, os dois', o que foi confirmado por Joesley, 'os dois'. Logo em seguida, o empresário adicionou a informação 'consegui um procurador dentro da força-tarefa que tá me dando informação'. Adiante, o empresário complementa que estava agindo (sem explicar como) para trocar um Procurador da República que estava 'atrás dele', fazendo menção, ao que o contexto indica, à atuação de um membro do Ministério Público Federal em alguma investigação. Vossa Excelência, inclusive, se certifica indagando 'o que tá em cima de você?', o que é confirmado pelo empresário. Vossa Excelência percebeu alguma ilicitude nas informações que lhe estavam sendo transmitidas por Joesley Batista?

70. Ao fazer o breve comentário 'segurando os dois' Vossa Excelência aparenta compreender a alusão do empresário à suposta intervenção nas investigações instauradas em seu desfavor (de Joesley Batista). O que tem a dizer sobre isso? Caso tenha feito interpretação diversa, a exponha.

71. Se, no entanto, Vossa Excelência confirma ter entendido, naquele momento, o imediato sentido que emana das expressões usadas pelo empresário, explique o porquê de não ter advertido Joesley Batista quanto à gravidade daquela revelação e, também, por qual razão não levou ao conhecimento de autoridades a ilícita ingerência na prestação jurisdicional e na atuação do Ministério Público que lhe fora narrada por Joesley Batista?

72. Mais à frente, em contexto diverso, Joesley Batista aparentemente procurou estabelecer (ou restabelecer) um canal de contato com Vossa Excelência: 'queria falar como é que é, pra falar contigo, qual melhor maneira? Porque eu vinha falando através do Geddel, eu não vou lhe incomodar, evidentemente', Vossa Excelência confirma ter mencionado Rodrigo da Rocha Loures nesse momento?

73. Qual a função que ele deveria efetivamente exercer?

74. Joesley Batista já conhecia Rodrigo da Rocha Loures?

75. No tocante às menções feitas pelo empresário à nomeação de presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) Vossa Excelência assegurou que tal nomeação já havia ocorrido. Vossa Excelência sugeriu a Joesley Batista que procurasse o novo Presidente do CADE para ter uma 'conversa franca' com ele? Qual o exato significado dessa orientação?

76. Vossa Excelência, naquele momento, tinha conhecimendo de algum interesse específico de Joesley Batista no âmbito do CADE?

77. Joesley Batista mencionou também que o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estava por ser 'trocado' e que se tratava de 'lugar fundamental'. Vossa Excelencia, então, orientou o empresário para que falasse com 'ele'. A quem Vossa Excelência se referiu?

78. Qual a legitimidade de Joesley Batista para interceder (ou tentar, ao menos) na nomeação do novo presidente da CVM?

79. Em seguida, Joesley Batista referiu a importância de um 'alinhamento' com o Ministro Henrique Meirelles, ao que Vossa Excelência manifestou concordância. Qual o sentido da expressão 'alinhamento'?

80. Vossa Excelência autorizou que Joesley Batista apresentasse pontos de interesse ao Ministro Henrique Meirellesw? Quais? Vossa Excelência tem conhecimento se isso realmente ocorreu?

81. Joesley Batista também mencionou determinada operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que tinha dado certo, sendo que Vossa Excelência manifestou ter conhecimento do tema, mencionando, inclusive, que havia falado com 'ela' a respeito. Qual operação referida pelo empresário?

82. A pessoa aludida por Vossa Excelência no contexto é Maria Silvia Bastos Marques, ex-presidente do BNDES? O que solicitou a ela?
Sidnei Luis Reinert
06/06/2017 12:18
Janet Yellen e o Fed vão jogar um balde duplo de água fria nos planos de Trump.
Não há consenso no Congresso em relação à quais medidas adotar nas áreas de saúde ou de impostos. Não há dinheiro para custear a redução de impostos ou os gastos com infraestrutura.O Fed aumentará os juros no dia 14 de junho e indicará planos de pelo menos mais um aumento, é plano da esquerda para derrubar a economia norte-americana e colocar a culpa em Trump.

https://www.bloomberg.com/politics/articles/2017-05-24/trump-s-budgets-will-suffer-a-double-whammy-thanks-to-fed-policy
Herculano
06/06/2017 12:03
6 A 1 PARA TEMER E DILMA

Conteúdo de O Antagonista. Michel Temer absolvido. Dilma Rousseff absolvida.

O Valor aposta em marmelada no TSE.

Aliás, uma marmelada e tanto: a chapa da ORCRIM, de acordo com a reportagem, deve ser absolvida por 5 votos a 2 ou 6 votos a 1.

Ao contrário do Valor, O Globo aposta que o TSE vai adiar o julgamento até o segundo semestre.

Em vez de absolver a chapa da ORCRIM, os ministros tentariam, segundo a reportagem, tirar o corpo fora.
Leia aqui:

"O julgamento da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer será retomado nesta terça-feira no TSE, mas não deverá ser concluído. Com o peso da delação da JBS e a prisão do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, ligado ao presidente, ministros da Corte articulam um pedido de vista hoje mesmo, o que pode adiar a decisão para o próximo semestre. A ideia é tirar do tribunal a responsabilidade de resolver os rumos do país no auge da crise e retomar a discussão quando a situação política de Temer já estiver definida".

Para absolver Michel Temer e Dilma Rousseff, o TSE precisará descartar todas as provas colhidas pela Lava Jato de que o PT montou o maior esquema de propinas da história do Brasil.

É uma anistia à lavagem de dinheiro por meio das contas de campanha.
Herculano
06/06/2017 11:42
DEFESA CIVIL É COISA SÉRIA, ORGANIZADA, TÉCNICA E ORIENTADA ESTRATEGICAMENTE EM DADOS, CONHECIMENTO E DIFUSÃO DE ATOS QUE PERMITEM À SEGURANÇA DA VIDA, MOBILIDADE, SOCORRO AO CIDADÃO E PROTEÇÃO DO SEU PATRIM?"NIO.

NAS MÃOS DE POLÍTICOS, A DEFESA CIVIL TRAZ PÂNICO, INSEGURANÇA E POTENCIALIZA A PRóPRIA CATÁSTROFE NATURAL.

Não vou escrever mais uma vez sobre Indefesa Civil dos oito anos da administração petista de Gaspar de Pedro Celso Zuchi. Nem vou escrever outra vez, o que já fiz nesta coluna, sobre o início desastroso da Defesa Civil sob o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. Também não escreverei de que, sob críticas, esta mesma Defesa Civil, tem esta semana para mudar o seu jeito errado como começou na semana passada, e parece estar mudando minimamente. É cedo. É uma semana de testes.

Vou escrever sobre o amadorismo intencional e o aproveitamento de políticos, quando as pessoas estão fragilizadas, inseguras e à procura de socorro ou orientação para seus problemas decorrentes das cheias rotineiras do Rio Itajaí Açú aqui em Gaspar. Repito: rotineiras. E se são rotineiras, presume-se que haja uma rotina para se aplicar para contrapô-la.

Giovânio Borges, PSB, ex-vereador, ex-presidente da Câmara, ex-candidato a vice derrotado com Marcelo de Souza Brick, PSD, oriundo do bairro Bela Vista, na ausência da Defesa Civil de Gaspar, resolveu tomar conta do seu pedaço. E passou a orientar o seu povo. Falou sobre a comporta, sobre nível do Rio Itajaí, sobre inundações, sobre rotas de evacuações como se ele, Giovânio, estivesse investido de autoridade para tal.

Talvez até esteja, pois qual é mesmo o plano da Defesa Civil de Gaspar para cada cota, se tiver conhecimento das cotas, para o bairro do Bela Vista? É aquela história: na ausência dos gatos, os ratos tomam conta. E se não há uma rotina a seguir, ai tudo vira um caos para os voluntaristas, os salvadores da pátria, os novos herois.

O que o Giovânio Borges, escreveu na sua rede social ontem, dia cinco, exatamente às 14h? "NÃO QUERO ALARMAR E POLEMIZAR, MAS HÁ UM RISCO MUITO GRANDE DE ENCHENTE A PARTIR DESSA MADRUGADA [do dia seis, hoje] OU AMANHÃ DE MANHÃ [dia sete). FALO ISSO COMO PRECAUÇÃO".

Baseado no que Giovânio, usando o seu crédito de político pode fazer tal alerta, se em nenhum lugar isso existia? Nem Ceops da Furb, nem o Alertablu, nem a Defesa Estadual disponibilizavam essa projeção ou alerta para Gaspar ou qualquer região vizinha.

Entenderam a razão pela qual a Defesa Civil de Gaspar deve atuar diferente do que sempre atuou até aqui? O que eu me insurjo não é contra pessoas, mas contra métodos e resultados que não possuem valores e resultados coletivos.

A ameaça de enchente é real e vamos conviver com isso até sábado. Mas, a do pânico, por aproveitadores e leigos, é bem maior.

Na falta de uma Defesa Civil confiável, assertiva, organizada e com ações preventivas conhecidas, os achismos se proliferam, não ajudam e não contribuem para mitigar ou dar segurança às ameaças e danos que as catástrofes causam às comunidades (pessoas).

Uma Defesa Civil fraca, não integrada com Blumenau, Ceops, a Defesa Civil Estadual, é outra catástrofe, um cabide de empregos políticos, que rejeita os técnicos e que dá chance aos adivinhadores de plantão, alguns deles já no ostracismo, atrás de votos fáceis nas horas de agruras do seu povo. Acorda, Gaspar!
Herculano
06/06/2017 10:56
Paulo Antônio

Não fui eu quem listou as 23 coisas que acabaram com outras atividades, produtos ou serviços tradicionais. Foi o leitor da coluna que se identificou como Daniel.

Mas, sobre a sua pergunta, de quem teria acabado com o Brasil? Eu arriscaria uma resposta diante de tudo que se assiste e escrevo: os próprios brasileiros.

Sim, somos nós os responsáveis, com a nossa omissão e votos que damos aos políticos, pagos pesadamente por nós, mandatos e autoridade para nos roubarem e se fantasiarem de nossos representantes. Votamos naqueles que já nos enganam quando buscam votos, que compram votos. De outros temos medo do constrangimento e ameça que fazem para nos amansar, calar e consentir. Então não é o PT, o PMDB, o PP, o PSDB e seus políticos tão culpados assim. Eles apenas perceberam que somos trouxas, omissos e exerceram a sacanagem deliberadamente. Aproveitaram-se de uma oportunidade. E caíram do cavalo porque exageraram. Foram insaciáveis.

O retrato do Brasil não é diferente de Gaspar, Ilhota ou outros lugares. O Brasil está sendo passado a limpo, apenas. E as redes sociais e a comunicação on line, foram determinantes para isso. Derrubou o velho método de encobrir ou comprar as coisas. Veja, por exemplo, nos canais oficiais quem discute, debate ou informa os problemas e dúvidas de Gaspar e Ilhota?
Paulo Antonio
06/06/2017 09:05
Herculano,

Se já te admirava antes, quando não perdoava a administração do PT, agora não perdoa esses amadores do PP/PMDB é Zé Melato.

Pergunta:
Você listou 23 coisas que acabaram com a outra,
Quem acabou com o Brasil?
Herculano
06/06/2017 08:30
SE PREVALECER A LóGICA E A LEI, O MANDATO PRESIDENTE MICHEL TEMER, PMDB, DEVERÁ SER CASSADO HOJE. SIMPLES: ELE PERTENCE A UMA CHAPA QUE FRAUDOU AS REGRAS DAS ELEIÇÕES DELES. CASSA-SE A CHAPA E NÃO A PESSOA, É O QUE DIZ A LEI. TUDO QUE FUGIR DISSO, É INVENCIONICE DOS JULGADORES.

É MELHOR QUE TEMER VÁ EMBORA. O PMDB ESTÁ TÃO PODRE QUANTO O PT, E DE OUTROS PARTIDOS, INCLUSIVE O QUE DENUNCIOU A CHAPA, O PSDB.

PRESIDENTE É UMA MERA FIGURA DECORATIVA NO BRASIL. QUEM MANDA E CHANTAGEIA É O CONGRESSO NACIONAL. ESTE SIM, DEVERIA SER TODO REVISITADO. ANTES DA ILEGAL DIRETAS JÁ PARA PRESIDENTE, DEVERIA HAVER ELEIÇÃO GERAL PARA O PARLAMENTO, O QUE ESTÁ PODRE, O QUE ROUBA E ATRASA O BRASIL COMENDO OS PESADOS IMPOSTOS DOS BRASILEIROS PARA BOTAR NO BOLSO DE POUCOS. WAKE UP, BRASIL!
Daniel
06/06/2017 08:16
Para refletirmos:

1) O Mp3 faliu as gravadoras;

2) O Netflix faliu as locadoras;

3) O Booking complicou as agências de turismo;

4) O Google faliu a Listel, Páginas Amarelas e as enciclopédias;

5) O Airbnb está complicando os hotéis;

6) O Whatsapp está complicando as operadoras de telefonia;

7) As mídias sociais estão complicando os veículos de comunicação;

8) O Uber está complicando os taxistas;

9) A OLX acabou com os classificados de jornal;

10) O Smartphone acabou com as revelações fotográficas e com as câmeras amadoras;

11) O Zip Car está complicando as locadoras de veículos;

12) A Tesla está complicando a vida das montadoras de automóveis;

13) O e-mail e a má gestão complicou os Correios;

14) O Waze acabou com o GPS;

15) O 5 andar está acabando com as imobiliárias que intermediam aluguéis;

16) O Original e o Nubank ameaçam o sistema bancário tradicional;

17) A "nuvem" complicou a vida dos "pen drive";

18) O Youtube complica a vida das tvs. Adolescentes não assistem mais canais abertos;

19) O Facebook complicou a vida dos portais de conteúdo;

20) O Coaching mudou a forma de aprender, pensar e agir, levando a um novo modelo mental, gerando resultados extraordinários em um curto espaço de tempo nas organizações.

21) O Tinder e similares complicando baladas e "similares";

22..23..

...e você quer viver como vivia há 10 anos atrás?

Não basta mais só trabalhar e orar, temos que nos reinventar diariamente para continuarmos nesse "jogo" chamado VIDA.
Herculano
06/06/2017 08:15
COMEÇA ÀS 19H JULGAMENTO NO TSE. VIÉS É FAVORÁVEL A TEMER; FIM DA CRISE PODE SER ANTECIPADO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV.

Hoje, a maioria do TSE tende a não cassar a chapa, mantendo o mandato do presidente; se isso acontecer, a crise política esfriará bastante, evidenciando o esforço desesperado de Rodrigo Janot para depor Michel Temer

O destino do governo Michel Temer começa a ser decidido nesta terça, às 19h, na primeira sessão do Tribunal Superior Eleitoral do julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), que pede a cassação da chapa que elegeu Dilma Rousseff presidente e Temer vice, em 2014. Vive-se, goste-se ou não disto, uma prévia do futuro. Hoje, o viés é favorável à permanência do chefe do Executivo no cargo. Explico.

O julgamento pode ser interrompido a qualquer tempo por um pedido de vista. Se não estiver formada ainda maioria de quatro votos, de um lado ou de outro, quando isso acontecer, haverá algum grau de incerteza sobre o futuro. Se, no entanto, metade mais um dos sete ministros já tiverem selado a sorte da chapa, aí o pedido parecerá apenas procrastinação. Para efeitos políticos, é como se o julgamento tivesse terminado. Nota: a aposta majoritária é que ninguém pedirá vista.

Caso a chapa não seja cassada ?" ou fique claro que não, com ao menos quatro votos garantidos ?", ?Temer poderá enfrentar uma espécie de antecipação da vitória política. Aí restaria evidente o esforço desesperado de Rodrigo Janot, procurador-geral da República, e, lamento dizer, de Edson Fachin, ministro do Supremo, para derrubar o presidente.

Os recursos

Se o julgamento for concluído e se o tribunal cassar a chapa, ainda restarão alguns recursos à defesa de Temer. Tão logo o tribunal publique o acórdão, que traz a decisão do colegiado ?" e o Conselho Nacional de Justiça recomenda que se o faça em, no máximo, 30 dias ?", cabem os chamados "embargos de declaração". São instrumentos por meio dos quais o defensor pede que dúvidas, obscuridades e ambiguidades sejam esclarecidas pelo tribunal. Um embargo de declaração pode mudar o resultado de um julgamento? Em regra, não muda, mas pode.

Mantida a votação, o presidente pode ainda entrar no próprio TSE com um Recurso Extraordinário, que será julgado no Supremo. Para tanto, a defesa tem de evidenciar que o julgamento envolve matéria de natureza constitucional. Como ação subsidiária, a defesa certamente apelaria a uma Ação Cautelar com efeito suspensivo.

Também se poderia ganhar tempo. Publicado o acórdão, a defesa recorreria diretamente ao Supremo.

Mas cumpre notar: ainda que existam os recursos, Temer estaria apenas adiando o inevitável. Seria difícil manter a chamada "governabilidade".

Tendência

Como sabemos, a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal parecem empenhadas em gerar a toda hora fatos novos, e o objetivo claro é constranger o TSE, o que tem irritado os ministros. Alguns deles consideram que as forças favoráveis à saída de Temer querem instrumentalizar o tribunal, buscando jogá-lo contra a opinião pública.

Tudo o mais constante, se não houver nenhuma "surpresinha" preparada pela dupla Janot-Fachin, com o eventual concurso da Polícia Federal, a balança pende a favor de Temer e da não cassação da chapa. O mais provável também é que, por rigor processual apenas, sejam excluídos dos autos ou ignorados os depoimentos de delatores da Odebrecht.

Se as coisas se derem como se desenham até aqui, Temer amanhecerá presidente no dia 9. Se isso acontecer, é enorme a chance de chegar ao fim do mandato, por mais que robustas figuras da República continuem a atuar nos porões para derrubá-lo.

É o que de melhor poderia acontecer ao Brasil.
Herculano
06/06/2017 08:13
O GOLPE DA ELEIÇÃO DIRETA, por Carlos Andreazza, editor de livros, no jornal O Globo

Por que o PT considera o Congresso ilegítimo para eleger o próximo presidente, conforme expresso na Constituição, mas legítimo para promover emenda constitucional?

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, em 31 de maio, o projeto de emenda constitucional que dispõe sobre eleição direta em caso de vacância presidencial até um ano antes do fim do mandato. A PEC ainda terá longa tramitação ?" e, para se impor, depende de votações, em dois turnos, nas duas casas do Parlamento.

Não importa. Esse puxadinho constitucional ?" de natureza oportunista e pretensão imediatista ?" é inválido, pois corrompe dois artigos da Constituição Federal combinados: o 81, que afirma que o pleito, no cenário delineado, seria indireto, e o 60, que trata de cláusulas pétreas e veda mudança na periodicidade da eleição para o exercício em curso. Há ainda, a ser subsidiariamente considerado, o artigo 16, explícito: alterações em regras eleitorais só podem ser aplicadas a eleições ocorridas um ano após a modificação na lei. Um conjunto de solidez inviolável ?" com o qual não se joga, o qual não se negocia, não se golpeia ?" e leitura cristalina: a PEC proposta não teria efeito súbito caso Michel Temer afinal caísse. Ponto final.

Ponto final?

Não.

Os governistas erraram ao firmar com a oposição o acordo que resultou na aprovação, por unanimidade, do tal projeto na CCJ. E os petistas e suas linhas auxiliares talvez não tenham sido ingênuos ao festejar essa vitória.

Convém aos governistas que reflitam sobre o histórico recente de interferências do Judiciário no Legislativo, e que, portanto, ponham as barbas de molho se o compromisso que negociaram com os esquerdistas decorrer de inabalável fé no respeito à Constituição, da certeza de que os artigos citados sejam imexíveis e, pois, da convicção ?" também oportunista ?" de que, pelo menos em 2017, teriam o controle sobre a eventual sucessão do presidente.

Não quero instruir parlamentar sobre a importância de conhecer a história do Parlamento, mas não seria aconselhável certo cuidado ao cerrar pacto de compreensão constitucional com aqueles ?" os petistas ?" que se negaram a assinar a Constituição em vigor?

Escrevi que os esquerdistas talvez não tenham sido ingênuos ao comemorar o que pareceria passo modesto porque tenho a impressão, cada dia mais nítida,de que ora investem em que essa emenda avance no Congresso ?" sob o consenso de que sua aprovação não poderia resultar em aplicação imediata ?" para que, uma vez confirmada, recorram ao Supremo questionando o entendimento daqueles artigos constitucionais e exigindo emprego instantâneo da eleição direta.

O leitor duvida?

Repare, então, na atuação de partidos como Rede e PSOL, especialistas em atentar contra o Legislativo desde dentro e a judicializar as principais responsabilidades do Parlamento para o qual elegem - ou no qual infiltram - representantes. Vejo até o ministro Luís Roberto Barroso - apaixonado pelo clamor das ruas, e criativo constitucionalista que é ?" pronto para matar a causa popular no peito e estufar a rede.

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Uma questão de ordem lógica. Por que o PT e suas linhas auxiliares consideram o Congresso ilegítimo para - caso Michel Temer caia - eleger o próximo presidente da República, conforme expresso na Constituição Federal, mas legítimo para promover uma emenda constitucional?

Eles não têm resposta para isso.

Como explicar que um Parlamento tratado ?" pelos mortadelas - como lixo esteja, segundo os próprios embutidos, habilitado a alterar a Carta Magna, mas inabilitado a preservá-la? Por que, aliás, o impeachment de Dilma Rousseff, de rito estabelecido na Constituição, era golpe, e a eleição direta - segundo se deseja agora, de forma não prevista na Lei Maior - seria conquista da democracia?

Eles não têm resposta para isso.

Convictos sobre a podridão do Legislativo, e se minimamente preocupados com o destino do país, o correto ?" o coerente ?" não seria que os esquerdistas trabalhassem contra qualquer mudança essencial na Constituição, sobretudo se para modificar as regras do jogo enquanto a bola está rolando?

Mais do que não terem resposta para isso, eles não podem responder, ou exporiam a índole, essencialmente contraditória, do oportunismo em que operam, arrivismo que posa nu sob o sol quando voltamos 20 anos no tempo para perguntar se os que hoje militam pela eleição direta para presidente não são os mesmos que, em 1997, chamavam de golpista (com razão, diga-se) a emenda constitucional pela reeleição, a mais baixa obra de Fernando Henrique Cardoso, que transtornou o desenho do tabuleiro mesmo com as peças em movimento. Hein?

O que terá mudado em duas décadas? Nada. A vida pública não foi reformada pelo tempo: a atividade política no Brasil não amadurece, não é balizada por convicções, por compromissos com valores, pelo respeito à norma legal, mas pelo cupim moral que corrói a institucionalidade e abre os veios ?" os dutos ?" das vantagens ao projeto de poder de turno.

Uma emenda constitucional é somente uma picada para o Planalto - golpista ou não, a depender de quem manuseia o facão.

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São já três semanas sem se ouvir falar em Luiz Inácio Lula da Silva. De modo que repetirei a pergunta que aqui formulei em 23 de maio: não lhe parece genial, leitor, que as delações dos irmãos Batista - cuja JBS teve crescimento artificial sem precedentes durante os governos petistas - tenham Temer como protagonista, e não Lula e Dilma?

Hein, Janot?
Herculano
06/06/2017 08:09
O ABSURDO DAS "DIRETAS JÁ", editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O descomunal esforço necessário para satisfazer esse desejo seria inútil porque logo em seguida seria necessário escolher o sucessor do eleito

Além de ignorar a Constituição, a defesa da realização de eleições diretas à Presidência da República a menos de dois anos do final do mandato não leva em conta as óbvias dificuldades de organização de um pleito dessa magnitude em tão pouco tempo, e isso tudo para eleger um presidente que ficaria, na melhor das hipóteses, cerca de um ano no cargo. O descomunal esforço institucional e econômico necessário para satisfazer esse desejo alegadamente democrático seria, na prática, inútil, porque logo em seguida seria necessário deflagrar nova campanha eleitoral para escolher o sucessor desse presidente eleito apenas para terminar o mandato.

A não ser que se pretenda emendar a Constituição de tal maneira que se abrevie o mandato nascido das urnas em 2014 e se dê ao eleito um novo termo ?" há que fale em mandato de cinco anos ?", a mobilização em torno de tão disparatada iniciativa seria, em resumo, apenas irresponsável.

A ligeireza do debate sobre a realização de eleições diretas para presidente caso Michel Temer não consiga completar o mandato é espantosa. Há quem diga, candidamente, que basta aprovar uma emenda constitucional como qualquer outra para tirar do Congresso e "devolver ao povo" a prerrogativa de eleger o presidente que cumprirá o mandato até 2018. Já há algumas iniciativas nesse sentido em tramitação no Congresso ?" uma, na Câmara, prevê eleição direta em caso de vacância da Presidência e da Vice-Presidência até seis meses antes do final do mandato; e outra, no Senado, que estabelece como limite o último ano do mandato.

Ora, quem defende a vigência dessa mudança já neste ano, como num passe de mágica, não leva em conta ?" por ingenuidade, ignorância ou má-fé ?" o princípio da anualidade, previsto no artigo 16 da Constituição. Nele se lê que qualquer lei que altere o processo eleitoral não se aplica "à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência". A razão dessa salvaguarda é simples: com ela, evita-se que as regras do jogo sejam alteradas em cima da hora por interesses casuísticos, para beneficiar uns candidatos em detrimento de outros. A isso se dá o nome de segurança jurídica, primado das sociedades civilizadas.

Mesmo que tudo isso seja ignorado, o que em si já configuraria uma inacreditável aventura institucional, a própria realização de uma eleição presidencial ainda neste ano implicaria uma incalculável mobilização de recursos de toda ordem. Campanhas eleitorais não são feitas da noite para o dia. É suposto, antes de tudo, que uma eleição sirva para que candidatos convençam os eleitores sobre seus propósitos, e isso demanda tempo, sem falar na necessidade de obter financiamento. Que presidente seria eleito em um processo tão açodado? Melhor nem perguntar.

Mas os advogados das "diretas já" são persistentes. Segundo seu discurso, a escolha do substituto de Michel Temer por eleição direta daria ao eleito a legitimidade que o presidente designado pelos congressistas não teria, já que muitos dos atuais parlamentares estão envolvidos em cabeludos escândalos de corrupção. Além disso, dizem esses paladinos da democracia que o estabelecimento de eleição direta agora serviria para restituir aos cidadãos o direito de escolher seu presidente, razão pela qual seu movimento diz inspirar-se nas "Diretas Já", de 1984.

Nem é o caso de discutir aqui a evidente contradição dos que consideram o atual Congresso legítimo o bastante para mudar a Constituição a seu favor, mas ilegítimo para eleger o presidente da República conforme manda a lei. Já a comparação com as "Diretas Já" é obviamente excêntrica: diferentemente dos cidadãos brasileiros que, nos estertores do regime militar, queriam de volta o direito de escolher o presidente, os eleitores de hoje puderam votar em 2014 e poderão votar novamente em 2018. Aliás, vota-se diretamente no presidente desde a eleição de Fernando Collor. Ou seja, não há direito a ser restituído, pois nenhum foi cassado.

Por trás de toda essa balbúrdia sobre uma eleição direta extemporânea ?" que se presta mais a reunir artistas militantes em shows gratuitos do que a incitar uma discussão séria sobre o futuro do País - está um grande esforço para desqualificar os políticos em geral. E todos sabem, ou deveriam saber, que essa destruição é tudo o que os demagogos querem.
Herculano
06/06/2017 08:06
IMAGENS VALEM MAIS QUE MIL MENTIRAS DE LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Movido a cliques fotográficos, o ex-presidente Lula sabe que imagem "vale mais que mil palavras". Deveria saber também que vale mais do que muitas de suas mentiras. Ontem, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, o ex-deputado Pedro Corrêa provou com fotos que se reuniu com Lula várias vezes, ao contrário do que ele dissera sob juramento. Lula foi desmentido por fotos, antes, nos casos do tríplex, do sítio em Atibaia e das reuniões com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.

PINóQUIO I
Até março de 2016, Lula negava qualquer relação com o tríplex, quando aparecerem fotos suas visitando obras de reforma ao imóvel.

PINóQUIO II
Lula negou à Justiça ligação ao sítio em Atibaia, mas fotos o mostram à beira da piscina, no imóvel, reunido com Léo Pinheiro e outros da OAS.

PINóQUIO III
Em depoimento a Sérgio Moro, Lula negou reuniões com diretores da Petrobras. Ex-diretor, Renato Duque mostrou fotos dos encontros.

TESTEMUNHA-BOMBA
Veterano nas artes da pilantragem política, Pedro Corrêa foi presidente do PP e diz que tratava com Lula sobre "partilhas" em geral.

EM 2015, MINISTRA QUIS ARQUIVAR CASO DILMA-TEMER
O julgamento da chapa Dilma-Temer, nesta terça (6), não ocorreria se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tivesse acolhido, em fevereiro de 2015, o voto da ministra Maria Thereza de Assis Moura, a relatora, pelo arquivamento da ação. Ela foi voto vencido e o TSE a desarquivou. A ministra seria substituída no TSE (e no caso Dilma-Temer) por Herman Benjamin, como ela, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

RELATOR LINHA-DURA
O ministro Herman Benjamin tem entendimento oposto ao da colega do STJ. Seu voto como relator será pela condenação da chapa.

ELA SERÁ LEMBRADA
A ministra Maria Thereza será lembrada no TSE, hoje. Lamentarão o não arquivamento, como ela queria. Ou celebrarão o desarquivamento.

OPÇõES SÃO VÁRIAS
Se condenados, Dilma e Temer podem sofrer suspensão, multa ou anulação do registro da candidatura. Neste caso, anula-se a eleição.

JULGAMENTO NO TSE
Apesar de toda crise política, não se percebe a tendência, em Brasília, de condenação da chapa Dilma-Temer no TSE. Se isso acontecer, será uma enorme surpresa, inclusive em outros tribunais superiores.

CONTRIBUINTE É QUEM PAGA
A Justiça do Trabalho condenou o órgão público Cia. Habitacional do DF (Codhab) a indenizar servidor obrigado a fazer campanha para o PT em 2014. O contribuinte, que é vítima, pagará R$10 mil ao servidor. Já os pilantras que o obrigavam a se fantasiar de petista, ficam impunes.

FESTA NO CAMPO
O Congresso realiza uma sessão solene às 11h desta terça (6) para promulgar a Emenda Constitucional 96/2017, a PEC da Vaquejada. A partir de amanhã a vaquejada é constitucionalmente um esporte.

GRID ENERGÉTICO
O governo do Brasil tem 816 empreendimentos para gerar energia no Brasil, mas só 111 de energia solar. A capacidade de produção de energia solar no Brasil passará de 28 megawatts a 3.000 MW; ou 0,02% de toda a energia, para 1,7% da energia produzida por aqui.

FIM DAS COLIGAÇõES
Às 16h desta terça (6), será instalada na Câmara a comissão especial que analisa o fim das coligações partidárias, em campanhas políticas no Brasil. Também serão eleitos presidente e relator da PEC 282/2016.

ALTERNATIVA NA ÉTICA
O senador Pedro Chaves (PSC-MS) pode ser a alternativa para a presidência do Conselho de Ética do Senado Federal. Distante de PSDB, PT ou PMDB, ele é do PSC e admirado por colegas.

DEMAGOGIA?
A Comissão de Direitos da Mulher da Câmara aprovou proposta que dá auxílio de até R$300 à mãe solteira sem condições de se manter. O problema é que a Constituição obriga indicar de onde sairá o dinheiro.

DEFINIÇõES IMPORTANTES
Esta semana será de importantes definições... na Europa. Na quinta (8), o Reino Unido promove as eleições gerais. No domingo (11), a Itália realiza eleições municipais e a França, as parlamentares.

PENSANDO BEM...
...muita gente pergunta se o "deputado da mala" Rocha Loures vai delatar, mas ele deve estar se perguntando: "por que não delatar?"
Herculano
06/06/2017 08:01
HÁ 50 ANOS, GUERRA DOS SEIS DIAS FOI UMA VIT?"RIA ÉPICA QUE CRIOU UM PROBLEMA ÉPICO, por João Pereira Coutinho, sociólogo e escritor português, no jornal Folha de S. Paulo

Fronteiras, Jerusalém, refugiados: quando o assunto é o conflito israelense-palestino, é preciso relembrar sempre essas palavras.

Onde serão as fronteiras do futuro Estado palestino? O que fazer à cidade de Jerusalém, que ambos os povos reivindicam como capital? E que destino para os 5 milhões de refugiados palestinos que continuam sem terra ou nacionalidade?

Todos esses temas, em maior ou menor grau, ficaram gravados na carne da história há precisamente 50 anos. Guerra dos Seis Dias, eis o título.

Enganador título. A guerra pode ter durado seis dias, mas a preparação israelense para a sua possibilidade foi longa ?"mais de uma década para conhecer o inimigo e, sobretudo, como neutralizá-lo.

Os pormenores são conhecidos: estariam as tropas israelenses prontas para invadir a Síria, como se temia em Damasco? Os serviços secretos russos ajudaram à criação desta fantasia.

Mas uma fantasia era uma fantasia: os observadores da ONU na região e os próprios serviços secretos sírios confirmaram a falsidade da propaganda. Mas então era tarde, Inês era Marta.

Existe um bom documentário, intitulado "Six Days in June", que ilustra o clima de euforia bélica que se vivia por aquelas bandas. Sobretudo no Egito, onde um nacionalista vulgar, Gamal Abdel Nasser, prometia liderar o mundo árabe na grande vingança de 1948 (fundação de Israel) e de 1956 (a crise do Suez).

No documentário, escutamos gravações da época ?"os apelos de Nasser para o extermínio de Israel?" e vemos as populações árabes enlouquecidas com a promessa. Como travar uma máquina já em marcha?

Mas também vemos as indecisões de Levi Eshkol (premiê israelense à época, que segurou os cavalos até o último minuto); o colapso nervoso do chefe do Estado-Maior do Exército Yitzhak Rabin (um segredo que a viúva revela em entrevista inédita) ?"e a entrada em cena do carismático Moshe Dayan, que foi decisivo para a vitória.

Em 5 de junho de 1967, a aviação israelense voa abaixo dos radares egípcios e destrói a aviação de Nasser ainda em terra.

Segue-se o poder aéreo jordano e sírio ?"tudo arrasado no primeiro dia. E, ainda no primeiro dia, Israel toma Gaza e o Sinai.

No dia seguinte, seguem-se a Cisjordânia e a totalidade de Jerusalém. Com o Egito e a Jordânia fora de jogo, Moshe Dayan ocupa-se da Síria. Em seis dias, Israel triplicava de tamanho, enfiando na sacola o Sinai, os montes Golã, Gaza, a Cisjordânia e a totalidade de Jerusalém.

Mas os ganhos territoriais são parte da história. O país que anteriormente governava 400 mil palestinos passava a ter 1 milhão a mais (600 mil na Cisjordânia, 350 mil em Gaza, 50 mil em Jerusalém Oriental).

Além disso, a guerra de 1967 provocava nova crise de refugiados palestinos: entre 250 mil e 300 mil, que se instalaram maioritariamente na Jordânia e que se juntavam assim aos 800 mil das guerras de 1948-1949.

Por outras palavras: a Guerra dos Seis Dias definiu o conflito israelense-palestino até hoje.

Quando se discutem as fronteiras de um futuro Estado palestino, o paradigma de referência são os territórios de Gaza e da Cisjordânia que Israel conquistou.

Quando se discute o estatuto de Jerusalém, a lembrança é a tomada da cidade aos jordanos em 1967.

Quando se discute o destino dos refugiados palestinos ?"e dos seus filhos, e dos filhos dos filhos?" as migrações daquele mês de junho são um capítulo adicional.

E hoje?

Para a "comunidade internacional", a solução dos dois Estados continua em cima da mesa. Para vários céticos, essa solução já não é realista. Melhor optar por um estado binacional ?"ou, então, por três Estados: um em Gaza (controlado pelo Hamas), um em Israel e outro na Cisjordânia, talvez em associação ?"federal, confederal?" com a Jordânia.

Não acredito em nenhum deles. Três Estados são impensáveis para as lideranças palestinas. Um Estado binacional é impensável para Israel, que muito compreensivelmente não deseja o suicídio demográfico. E os dois Estados desapareceram do horizonte israelense depois dos fracassos negociais de 2000-2001, 2008 e 2014.

Cinquenta anos atrás, uma vitória militar épica criou um problema igualmente épico. Resolver esse problema não será tarefa para seis dias, ou seis anos, ou seis décadas.
Herculano
06/06/2017 07:42
CRISE DO GOVERNO TEMER NÃO TERMINA NO TSE, por Josias de Souza

A crise que desnorteia o governo de Michel Temer sobreviverá ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral sobre a chapa vitoriosa em 2014. Há 20 dias, a pergunta que incomodava o presidente era: "Será que ele conseguirá aprovar as reformas?" Hoje, a interrogação que persegue Temer é outra: "Será que ele terminará o mandato?" E o espetáculo do TSE, seja qual for o veredicto, não modificará essa realidade.

Na hipótese que o governo considera mais benigna, os prognósticos de Temer se confirmarão e o TSE afastará a lâmina do seu pescoço. Neste caso, Temer continuaria com a cabeça a prêmio no inquérito que responde no Supremo Tribunal Federal. Ali, o presidente está na bica de subir de status: passará de investigado a denunciado até a próxima semana.

Na pior hipótese, o TSE passará o mandato Temer na lâmina. E o presidente lançará mão de todos os recursos judiciais ao seu alcance para tentar reverter a sentença ?"primeiro, no próprio TSE. Depois, no Supremo. Neste cenário, o presidente ficaria tão absorvido pela crise que não teria tempo nem disposição para tratar de tarefas menores como, digamos, governar.

Noutros tempos, o governo soltaria fogos se alcançasse no TSE a graça divina de um pedido de vista que adiasse o julgamento. Hoje, a fuga já não serve de lenitivo para Temer. O PSDB, principal aliado do governo no Congresso, não parece disposto a acrescentar aos seus incômodos o fardo da cumplicidade em movimentos inexplicáveis.

"Se houver manobras dilatórias no TSE, o PSDB correrá o risco de coonestar o que o povo não quer e a economia não suporta, ajudando o governo a empurrar a situação com a barriga?", indagou Fernando Henrique Cardoso, o sábio do ninho, em artigo publicado no domingo.

O próprio FHC cuidou de sinalizar a resposta: "?Apoiei a travessia e espero que a pinguela tenha conserto. E se não? E se as bases institucionais e morais da pinguela ruírem? Então caberá dizer: até aqui cheguei. Daqui não passo. Torçamos para que não sejamos obrigados a tal. Se o formos, e o tempo corre, assumamos nossas responsabilidades históricas com clareza diante do povo e das instituições.''

Ao assumir a poltrona de Dilma, há um ano, Temer fazia pose de restaurador econômico. Esforçava-se para imprimir na sua biografia a marca das reformas liberais. Desprezado pelas ruas, adulou o condomínio fisiológico do Congresso e ganhou a simpatia do empresariado. A plutocracia fingiu não ver o rastro pegajoso de PMDB que Temer carregava atrás de si.

Depois que a delação hiper-premiada de Joesley Batista, da JBS, ganhou as manchetes, ficou ainda mais evidente que Temer faz parte da gosma. Fragilizando-se o seu suporte Legislativo, ficará claro também que a reforma da Previdência foi para as cucuias. E a nata do PIB brasileiro não dará a Temer nem bom dia.

No momento, são três as prioridades máximas de Temer: manter fechada a boca de Rodrigo Rocha Loures, o ex-assessor filmado correndo com a mala da propina de R$ 500 mil da JBS, fingir que ainda preside e não cair. Temer enxerga fantasmas em toda parte: no STF, na Procuradoria-Geral da República, na Polícia Federal? Todos são culpados pela crise, menos o presidente.

O que ainda mantém Temer na Presidência é o desentendimento dos seus aliados quanto à escola de um substituto. Antes de responder à pergunta incontornável ?" 'Será que ele que termina o mandato?'?" os protagonistas da eleição indireta terão de decodificar a senha que pode livrar o sistema do beco-sem-saída. Passa pela resolução do seguinte mistério: quem colocar no lugar?
Herculano
06/06/2017 07:29
AMOR NÃO É A RESPOSTA CONTRA ATENTADO TERRORISTA, por João Pinheiro da Fonseca, economista, no jornal Folha de S. Paulo

Já virou clichê. Um atentado mata dezenas na Europa e logo vem a reação: mostras de amor para combater o ódio. Hashtags de apoio (#PrayForLondon), flores, velas, mãos dadas, todos cantando John Lennon e pedindo paz. Belo e inútil. Para a mentalidade terrorista, é uma civilização de joelhos, pedindo mais. O amor não é a resposta.

Primeiro precisamos ter coragem de nomear o perigo corretamente. Foi o que o governo inglês fez: extremismo islamista. Não são mórmons nem judeus; trata-se de algo específico da comunidade islâmica. Ao mesmo tempo, não está se falando do islã enquanto tal, mas de uma versão (ou perversão) sua, uma ideologia tóxica que prega a destruição de tudo que se desvia de seu estreito fundamentalismo.

Se a culpa fosse do islã, os terroristas teriam profunda vivência religiosa; não têm. Por exemplo: Salman Abedi, o homem-bomba de Manchester, era um jovem normal de família líbia nascido na Inglaterra. Bebia vodka e fumava maconha. De uns anos para cá, largou a faculdade, se deixou seduzir pelo Estado Islâmico (EI) e se radicalizou. Finalmente, viajou para a Líbia, onde recebeu treinamento para então voltar à Inglaterra.

Para o jovem muçulmano em crise, a fé ancestral é uma identidade positiva, uma fonte de orgulho. É comum um jovem se revoltar com seu meio. Isso nunca vai mudar. O que dá para combater é uma estrutura pronta para o aliciar, potencializar sua alienação e o ajudar a conduzir um ataque. Esse deve ser o foco de combate, com vigilância mais cerrada sobre pregadores radicais, controle das fronteiras e medidas de bom senso como revogar a nacionalidade de quem se juntar ao EI.

A tara politicamente correta de dividir o mundo entre oprimidos e opressores só agrava o problema. Ver-se como parte de um grupo oprimido aumenta o ressentimento e justifica a animosidade. A ideia é, ademais, falsa: muçulmanos ingleses gozam de oportunidades inexistentes em seus países de origem.

Esquerda politicamente correta e direita islamofóbica buscam separar. O caminho é o inverso: promover a integração -social, cultural e econômica- dos muçulmanos na Europa, por exemplo reduzindo barreiras à entrada no mercado de trabalho e combatendo o preconceito.

Nesse ponto, a América passou na frente e as consequências são notáveis. Nos EUA, uma pesquisa do Pew Research de 2015 ("U.S. Public becoming less religious") revelou que muçulmanos americanos são mais tolerantes que evangélicos. 45% deles aprovam a homossexualidade, contra 36% dos evangélicos.

Por aqui, em entrevista de março, Ali Houssein El-Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas no Brasil, disse: "Nós brasileiros, de uma formação étnica múltipla, devemos ter [...] aceitação das diferenças culturais, que fazem parte do DNA de nossa nação". Mais brasileiro impossível.

Empunhar a bandeira da guerra civilizacional -comprando assim, a narrativa de EI, Al Qaeda e outros- é empurrar milhões de cidadãos pacíficos para os braços do extremismo, forçando-os a escolher entre sua pátria e sua identidade; ser ocidental ou ser muçulmano.

5% da população inglesa é muçulmana. Mesmo deixando de lado considerações humanitárias, é impossível "se livrar" dela. Ou teremos integração ou mais derramamento de sangue. Nem amor, nem ódio; a situação pede inteligência
Herculano
06/06/2017 07:24
POLÍCIA FEDERAL PRENDE EX-MINISTRO HENRIQUE ALVES E O JÁ PRESO, DEPUTADO EDUARDO CUNHA

Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo. Texto de Andreza Matais. A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira o ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na mesma operação prendeu novamente o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já está preso em Curtiba.

Próximo ao presidente Michel Temer, Alves foi seu ministro do Turismo. Deixou o cargo ao ser envolvido na Operação Lava Jato. O mandado contra ele é de prisão preventiva, quando não há prazo para que seja liberado.

Alves e Cunha foram alvo nesta manhã da Operação Manus deflagrada para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal/RN. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

A PF divulgou as seguintes informações:

Cerca de 80 Policiais Federais cumprem 33 mandados judiciais, sendo cinco mandados de Prisão Preventiva, seis mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.

A investigação realizada se iniciou após a análise das provas coletadas em várias das etapas da "Operação Lava Jato" que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF, e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Sobre o nome da operação, é referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat", cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra
Roberto Sombrio
05/06/2017 20:32
Oi, Herculano.

TODOS LEIGOS, por J.R. Guzo, na revista Veja

"Quer dizer que crimes, no Brasil, só podem ser apurados se houver delação"?
Esse é o resultado de uma Constituição frouxa onde cada um faz o que bem entende e não tem ponto final.

A cara do prefeito Kleber na foto da coluna diz tudo. Só agora ele descobriu que a canoa está furada e a enchente chegando.
E as flores? Todas afogadas coitadas.

Agora voltou a tona a encrenca dos terrenos tomados da Sul fabril. Se tivéssemos uma Constituição e não esse arranjo para beneficiar anistiados Pedro Celso Zuchi já estaria preso.

No Brasil não temos leis. Temos entre cada palavra de um processo uma brecha para fugir das grades.
Herculano
05/06/2017 19:00
O CUSTO DO DESASTRE DILMISTA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

No item corrupção, o Brasil ocupa a penúltima classificação no ranking do IMD, à frente apenas da Venezuela

O efeito da desastrosa gestão econômica durante o governo de Dilma Rousseff aparece com toda nitidez no mais recente relatório do International Institute for Management Development (IMD) sobre competitividade em 63 países. Desde a primeira eleição de Dilma, em 2010, quando alcançou sua melhor classificação, o Brasil perdeu 23 posições no ranking, caindo do 38.º para o 61.º lugar, ficando à frente de apenas duas outras economias. Uma delas é a Venezuela, destroçada econômica e politicamente pelo governo bolivariano de Nicolás Maduro; outra é a Mongólia.

O estudo World Competitiveness Yearbook, que é publicado desde 1989 pelo IMD ?" uma das mais reputadas escolas de administração do mundo, com sede em Lausanne, na Suíça ?" com a colaboração local da Fundação Dom Cabral, mostra a contínua queda do Brasil na classificação geral desde que Dilma chegou ao governo. Havia a expectativa de melhora da posição brasileira entre 2016 e 2017, em razão do impeachment de Dilma Rousseff e da posse de Michel Temer à frente de um governo com um programa de reformas destinadas a criar as condições para a retomada do crescimento. Mas isso não ocorreu.

Neste ano, o Brasil perdeu quatro posições, em razão, sobretudo, do aprofundamento da recessão iniciada em 2014, do aumento do desemprego e da revelação da extensão da corrupção na estrutura política e empresarial do País. No item corrupção, o Brasil ocupa a penúltima classificação no ranking do IMD, à frente apenas da mesma Venezuela dominada pelo governo de inspiração chavista.

Os dados relativos ao Brasil foram compilados antes do surgimento da mais nova crise política, provocada pela divulgação de gravações de conversas do empresário Joesley Batista com políticos, entre eles o presidente Michel Temer. Mesmo que os efeitos da atual crise tivessem sido computados a posição do País não pioraria. Mas isso não chega a ser um consolo, pois os últimos colocados estão em situação muito pior.

Há no estudo do IMD pontos bastante positivos para o Brasil, como sua resistente capacidade de atrair investimentos estrangeiros diretos, que totalizaram US$ 78,9 bilhões no ano passado e, segundo projeções do Banco Central, devem alcançar US$ 75 bilhões neste ano. É uma indicação importante para o momento em que a crise política for superada e a economia der sinais de recuperação. Outro item em que o País ocupa boa colocação é o referente a risco financeiro, no qual ocupa a 33.ª posição, bastante baixa se comparada com a classificação geral.

Mas os graves e óbvios problemas do País o arrastaram para as últimas posições do ranking do IMD. A aguda recessão econômica, o aumento expressivo do número de desempregados, a queda da renda da população e, no plano político e administrativo, a ineficiência das ações de um governo duramente afetado pela corrupção e, sobretudo, o alcance que as práticas ilegais alcançaram no setor público, entre outros problemas, contaminam a atividade econômica e corroem a competitividade.

Os problemas mais recentes somam-se a antigos e ainda não resolvidos, como a baixa qualidade do ensino. Embora ocupe a 8.ª posição em gastos públicos com ensino, o Brasil obteve apenas a 62.ª colocação, a segunda pior do grupo, em qualidade da educação. Se não se preparar adequadamente, o País continuará a ficar para trás na classificação mundial quando se considerar o que os técnicos chamam de competitividade digital. Capacidade de produzir conhecimento e de adaptação a mudanças tecnológicas é item determinante dessa competitividade, mas o Brasil, como outros países latino-americanos, tem investido muito pouco em pesquisa e desenvolvimento.

Professora da Fundação Dom Cabral, Ana Burcharth disse ao Estado que o problema é que, enquanto o Brasil não sai do lugar, outros países evoluem. Se providências não forem tomadas a tempo, a distância tenderá a aumentar.
Herculano
05/06/2017 18:58
JUÍZES DEFENDE FACHIN

"A AJUFE - Associação dos Juízes Federais do Brasil, entidade de classe de âmbito nacional da magistratura federal, tendo em vista notícia veiculada pela imprensa, dando conta de que há uma estratégia montada para constranger o Supremo Tribunal Federal e seus Ministros por meio de apresentação de questionamento formal ao Ministro Edson Fachin acerca de fatos pretéritos relacionados à sua indicação e nomeação para o cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, vem manifestar sua indignação e repúdio quanto a quaisquer posturas que sejam tomadas visando à tentativa de obstrução da Justiça e de enfraquecimento do Poder Judiciário.

As decisões judiciais, proferidas por magistrados federais ou por Ministro do Supremo Tribunal Federal, devem ser respeitadas e cumpridas, sendo possível que contra elas sejam apresentados os recursos previstos nas leis processuais.

A estratégia de atacar a honra pessoal de magistrados que desempenham sua função constitucional como forma de intimidação e represália à atuação livre e independente, é conduta que não pode ser admitida no Estado Democrático e de Direito.

A sociedade brasileira não permitirá que o processo de depuração e limpeza pelo qual passam as Instituições seja barrado por práticas políticas imorais ou que impliquem represálias a Magistrados.

A AJUFE defende que a apuração dos graves fatos criminosos que foram revelados em razão da Operação Lava-Jato e a consequente responsabilização de todos que os praticaram continue a ser feita de forma independente e de acordo com as Leis da República.
Brasília, 5 de junho de 2017
Roberto Carvalho Veloso
Presidente da Ajufe
Herculano
05/06/2017 18:56
LULA TENTA CALAR EMÍLIO ODEBRECHT

Conteúdo de O Antagonista. A defesa de Lula entrou com habeas corpus no TRF da 4ª Região para tentar impedir o depoimento de Emílio Odebrecht ao juiz Sérgio Moro, agora às 14h.

Cristiano Zanin Martins alega que o MPF juntou documentos ao processo fora do prazo. O pedido do advogado de Lula foi feito faltando uma hora e meia para o início da audiência.

Pedro Corrêa, ouvido por Sergio Moro no processo sobre o prédio do Instituto Lula, confirmou todas as denúncias contra o comandante máximo da ORCRIM.

O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, tentou humilhar a testemunha, mas quebrou a cara, como sempre.
Herculano
05/06/2017 18:52
TODOS LEIGOS, por J.R. Guzo, na revista Veja

Quer dizer que crimes, no Brasil, só podem ser apurados se houver delação?

O BRASIL DE HOJE está dividido em dois tipos de gente. De um lado, há os que mandam na aprovação de leis e, principalmente, na sua aplicação. São os políticos, que executam a primeira tarefa do jeito que se sabe, e depois deles camadas sucessivas de advogados caros ou influentes, desembargadores, procuradores gerais ou parciais, ministros de tribunais superiores e, acima de todos, os onze cidadãos que estão no momento no Supremo Tribunal Federal; frequentemente, chamam a si mesmos de "juristas". Do outro lado estão os "leigos" - todos os demais cidadãos brasileiros, cujo papel é obedecer a tudo o que o primeiro grupo decide. Não apenas obedecer: têm de estar de acordo, sob pena de serem acusados, justamente, de "leigos". É mau negócio ser leigo neste país. Na melhor das hipóteses, para os que controlam o aparelho legal, esse indivíduo é um ignorante que jamais sabe o que está falando, não tem capacidade mental para entender as decisões dos juristas e acha que o triângulo tem três lados, quando pode ter cinco, sete ou qualquer número que os magistrados resolvam, pois "decisão judicial não se discute, cumpre-se". Na hipótese pior, os leigos que discordam de algum desses decretos imperiais ?" diversos deles, comicamente, são chamados de "monocráticos", ou tomados por uma pessoa só, no palavreado da moda ?" são denunciados como "inimigos do Estado de Direito".

Justamente agora, com essa prodigiosa e extraordinariamente turva operação de artilharia em torno do mandato do presidente da República, o Brasil está vivendo um dos grandes momentos da charada judicial aqui descrita. A questão realmente central, ai, é a seguinte: continua incompreensível, há mais de vinte dias, por que um empresário que confessou oficialmente crimes capazes de lhe render dezenas de anos de cadeia foi perdoado pelo procurador-geral da República, e por um ministro do STF, de todos os delitos que tinha confessado, junto com o irmão, e para o resto da vida; não enfrentará um único processo penal na Justiça brasileira nem ficará um minuto na cadeia. No momento, relaxa no exterior na companhia de seu iate, ou de seus bilhões, ou de outros confortos. Um cidadão em atraso com o pagamento de pensão alimentícia, por exemplo, está em situação muito mais perigosa que ele e o irmão perante a Justiça nacional. É impossível entender: está escrito na lei que é proibido subornar, mas os juristas ?" no caso, o PGR e o ministro "monocrático" do STF ?" podem perfeitamente decidir que é permitido, sim senhor, cometer o crime de suborno quando ambos decidirem que é.

O PGR e o seu entorno nos garantem que, sem o perdão dado aos delatores, crimes muitíssimo mais graves ficariam "sem punição". Como ele pode ter certeza disso? Quer dizer que crimes, no Brasil, só podem
ser apurados se houver delação? E que crimes monumentais seriam esses? Como garantir, também, que serão punidos? Nada disso é explicado com um mínimo de lógica. A aberração toda fica especialmente agressiva quando se pensa, por dois minutos, que o procurador, sobretudo um que procura "geral" e procura para ninguém menos que a "República", é pago pelo contribuinte para colocar criminosos na cadeia ?" e não para fazer o contrário, permitindo que escapem para Nova York no seu jato particular Gulfstream Aerospace G550, com capacidade de levar até vinte passageiros. Mas tudo isso só é incompreensível para o leigo, esse amador ingênuo, chato e incapaz de raciocinar como um jurista; é um bobo que utiliza a palavra "justiça" e acredita que a autoridade pública deva tomar decisões "justas". Para os que influem ou mandam no sistema judiciário brasileiro, o leigo, tristemente, é incapaz de pensar como um profissional sério da ciência jurídica. Ali, como sabem as pessoas realmente qualificadas para tomar decisões legais, o que importa não é a aplicação do conceito romântico, tolo e pedestre de "justiça", e sim a aplicação da "lei"; não interessa que as decisões sejam "justas", e sim que sejam "legais" ?" isto é, que estejam de acordo com o que os altos tribunais decidirem.

Você acha uma alucinação que criminosos confessos como os irmãos Joesley e Wesley Batista recebam permissão legal para praticar crimes, como, por exemplo, subornar com 50 000 reais por mês um procurador federal de Justiça? Ou não acha certo que dois bilionários possam comprar a sua impunidade com dinheiro ?" no caso, menos de 11 bilhões de reais, a ser pagos em prestações ao longo de 25 anos? Problema seu. Você é um leigo. Cale a boca. Caia fora.
Herculano
05/06/2017 18:51
FACHIN EM JANTAR COM JOESLEY, O FOLGADÃO, E RENAN, QUE VAROU A MADRUGADA? PODE ISSO? NÃO! por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O Brasil já vive hoje sob uma virtual ditadura do Ministério Público Federal. Parte considerável de seus integrantes, capitaneados por Rodrigo Janot, resolveu privatizar a democracia. Parlamentar, ministro ou magistrado grampeados que expressarem uma opinião favorável ao projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade, por exemplo, podem ser acusados pelo digníssimo Rodrigo Janot de "obstrução da investigação". E, por favor!, não ousem nem mesmo fazer perguntas a Edson Fachin, o relator do petrolão, que homologou a delação que deu salvo-conduto para um bandido como nunca houve no país. Pois é? Ocorre que terei de fazer as perguntas:

- ministro Edson Fachin, quando apenas candidato ao STF, o senhor esteve num jantar com Joesley Batista, em Brasília, que começou por volta de 21h e só terminou às 6h do dia seguinte?;

- a esse jantar, na casa que o empresário mantém na capital, não estava presente o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que resistia à sua candidatura?;

- o senhor, por acaso, não saiu dali, de manhã, e foi direto para o aeroporto?;

- o sr. lembra o que serviram no jantar?;

- e qual foi o cardápio de conversa tão demorada?;

- ao fim do encontro, Renan já estava convencido?

Além do ridículo
Olhem, essa questão está indo além do limite do ridículo. Todo mundo sabe em Brasília que Fachin visitou o gabinete de alguns senadores, quando ainda candidato ao posto, escoltado por ninguém menos do que Ricardo Saud, que vinha a ser justamente o homem da mala da J&F. Era ele que pagava boa parte dos "benefícios" a quase 2 mil políticos, na contabilidade admitida pelo próprio Joesley.

"Está insinuando que Fachin também recebeu propina, Reinaldo?" Eu nunca insinuou nada. Quando quero, afirmo. Não tenho informação de que tenha recebido grana. Mas tenho a clareza de que a proximidade do ministro com um dos comandantes da organização criminosa o torna suspeito para seguir relator desse caso.

Mais do que isso: se Saud o acompanhou, o empresário e lobista o fez na certeza de que sua presença poderia mover a vontade dos senadores. Assim, Fachin foi obviamente beneficiado pela, digamos, inserção que a J&F mantinha no Parlamento. E foi Fachin a dar sinal verde para uma operação do Ministério Público obviamente ilegal? E foi ele a decidir, em última instância, a liberdade, sem amarras de qualquer natureza, a Joesley, o conviva da mais longa das noites?

Informação
Um grupo de deputados decidiu ingressar com um pedido na Comissão de Constituição e Justiça para que o ministro explique as suas relações com Saud. Ora, o que há de estranho nisso, considerando que este também foi um dos beneficiados por Janot e pelo ministro? É preciso, sim, cobrar detalhes dessa relação.

Pois é? Leio no Painel, da Folha, que há quem, no Supremo, considere que isso seria uma forma de intimidar Fachin e poderia caracterizar até um crime: coação! Ah!!! A tese é de tal sorte exótica que deve derivar de algum ministro que não conhece direito a Constituição. Chuto? Roberto Barroso! Como é? Então um parlamentar perdeu a prerrogativa de apresentar petições à CCJ caso estas digam respeito a um ministro do Supremo? Então a imunidade parlamentar já não garantiria nem mais o direito de cobrar explicações?

Bem, considerando que Janot resolveu denunciar Aécio Neves por obstrução da Justiça porque, afinal, ele atuou como senador, não seria de estranhar que alguém levantasse a tese de que um deputado comete um crime quando faz indagações a um ministro do STF. Ademais, Fachin, como sabemos, cobra explicações de todo mundo, certo? Por que não pode dá-las também? E ainda com maior necessidade: afinal, o Judiciário existe para remediar os remédios, não é?

Fachin tem de abrir mão dessa relatoria. Sei lá se um outro seria melhor ou pior para Temer. Pouco importa nesse caso. Não dá é para aceitar o inaceitável. E não é aceitável que ele tenha sido, vamos dizer, acolhido pelo empresário que confessou 245 crimes e depois se mandou para Nova York, deixando atrás de si um país perplexo, mergulhado na certeza e da desesperança.

Estaria forçado a renunciar à relatoria ainda que tivesse tido, no caso, um comportamento exemplar. Mas todos sabemos que isso não é verdade.

O Brasil exige a volta de Joesley. E cobra também que, em alguma medida, ele pague por seus crimes, a exemplo do que aconteceu com todos os outros empresários que fizeram delação - ainda que, também para estes, as respectivas penas tenham sido pornograficamente baixas.

Não é de hoje que o crime compensa em Banânia. Mas nunca recebeu um prêmio tão alto como nesse caso.
Herculano
05/06/2017 18:34
JUÍZES SE JULGAM DEUSES, PROCURADORES SANTOS E ADVOGADOS, A ÉTICA PURA, por Luiz Felipe Pondé, filósofo, no jornal Folha de S. Paulo

A política é um circo. Quanto menos você tiver esperança política, menos você se iludirá sobre a realidade política. O ceticismo em filosofia sempre aconselhou uma postura mais conservadora e cuidadosa quanto às promessas políticas. Desde que a política se tornou objeto de fé, passamos a ter expectativas salvacionistas através da política. E a política não passa da conquista, gestão, manutenção e distribuição do poder.

Não há nenhuma dimensão "ética" na política, nem nunca houve. O que há são sociedades mais ricas em que seus políticos destruíram outras sociedades no mundo para garantir o aspecto de santos nas suas próprias (e a população goza dessa santidade na mesma medida).

Eu, pessoalmente, espero o mínimo da política. Que não nos atrapalhe em demasia, por isso, que seja mínima.

O erro crasso de quem espera uma redenção política é não prestar atenção na política mais próxima dele. É comum grandes canalhas cotidianos agirem de modo politicamente canalha nas instituições em que trabalham, mas sustentarem um discurso "ético" na "grande política" (esse mito de gabinete).

Por exemplo, mentir, manipular o cotidiano institucional, usurpar ganhos alheios, destruir carreiras de colegas em universidades, igrejas, sindicatos de classe, grupos artísticos, corporações de todos os tipos, enfim, fazer política real. Mas quando se trata de falar da "grande política", enche os olhos de lágrimas em nome da justiça social.

A redenção do mundo via política virou um mercado para canalhas específicos. Pense bem e verá que há um perto de você.

O mundo não é perfeito, claro. Mas o Brasil parece, nos últimos tempos, trabalhar duro para destruir nosso cotidiano. O homem é um animal frágil moralmente, sempre foi e sempre será. Mas vivemos agora, de fato, a ruína moral dos Poderes no país.

Em matéria de Poderes da República no Brasil, o Executivo sempre teve vocação getulista, ou seja, a vocação de ser o "pai ou mãe dos pobres". A miséria no país sempre foi um importante capital para correntes coronelistas-populistas como a do PT.

O Legislativo é a representação perfeita do fisiologismo corrupto. Trabalha para si mesmo. Basta ver a corrida dos insetos em busca das misérias pós-Temer. Dane-se a estabilidade econômica. Querem a miserável Presidência por alguns meses.

A economia é a única coisa que importa nisso tudo, mas, infelizmente, semiletrados de todos os tipos pensam que, quando se diz que é a economia que importa, estamos a defender "O Capital". Chega a ser ridícula a força desse mito ("Das Kapital") no pensamento.

Não, "economia" aqui significa que você perde o emprego, deixa de comprar coisas, e os outros perdem o emprego porque você deixou de comprar coisas. Estágios são fechados, lojas também. Tudo para de circular. Mas você, que acredita em Papai Noel, ainda não entendeu que é a economia que sustenta tudo, inclusive coisas fofas, como os direitos humanos. E o dinheiro nunca foi produzido pela Chapeuzinho Vermelho.

E o Poder Judiciário? Esse mesmo que até pouco tempo muita gente pensava ser um produto real da Marvel. Uma mistura de Batman, Super-Homem, Capitão América, Homem de Ferro e Thor. Não. O Poder Judiciário não é um monólito de pureza.

Se o Executivo tem vocação ao populismo, e o Legislativo à corrupção pedestre, o pecado do Judiciário é a arrogância e a onipotência. Juízes se julgam deuses, procuradores santos, advogados representantes da ética nacional. Risadas?

Para ingênuos talvez, mas não para quem já leu mais do que dois livros na vida. O Poder Judiciário, inclusive, ou principalmente o STF, é também um poder "político" na medida em que sofre a mesma pressão para articular, privilegiar, perseguir, em nome dos interesses materiais ou ideológicos de seus membros.

E em meio a isso tudo, vem a moçada das diretas já, como num surto de gozo dos anos 1980. Como se a maioria desses (afora os ingênuos) não fossem os fanáticos da soberania popular "pura" ou não fossem os coronelistas do PT apostando na ressurreição do seu Drácula de bolso
Herculano
05/06/2017 18:33
A "GUERRILHA VIRTUAL" DE PT, PSDB, E PMDB CONTRA O ANTAGONISTA, por Mário Sabino

Uma da medidas para verificar a influência - e a independência - de um veículo de imprensa é a intensidade dos ataques que ele recebe de todos os lados. Ataque é diferente de crítica, bem entendido. Ataque significa caluniar e difamar quem incomoda porque é independente e influente.

O Antagonista vem sendo atacado por três lados. O primeiro é o dos petistas. Eles inventam que somos pagos por Aécio Neves para atacar Lula. O segundo é o dos tucanos. Eles inventam que a Empiricus é uma corretora e nós queremos desestabilizar o país para que a nossa sócia especule com as más notícias. O terceiro lado é o dos peemedebistas. Eles inventam que nos aliamos ao PT e à Rede Globo, para derrubar Michel Temer e eleger Lula.

Para além de blogueiros sujos e jornalistas ideológicos, essas três frentes lançam mão da "guerrilha virtual " nas redes sociais e na área de comentários de O Antagonista - "guerrilha" paga com dinheiro público, para variar. Na área de comentários, os três lados utilizam simultaneamente três táticas: a) calúnia e difamação do site e dos jornalistas que o fazem. É a maneira mais tradicional, por assim dizer; b) textos pretensamente equilibrados que nos esculhambam. É uma forma mais civilizada de tentar convencer os leitores de que somos imbecis; c) disparos incessantes de parágrafos sobre sexo, ou com repetições de sinais gráficos, ou com linhas sem sentido em inglês. É um meio desesperado de tentar desestimular o acesso aos comentários.

Visto que nascemos com a intenção de dar voz aos leitores, não estabelecemos barreiras. Isso, evidentemente, torna tudo fácil para os mercenários dos três partidos que infestam a área reservada à opinião dos leitores. O problema de estabelecer barreiras num site de política é que muitos cidadãos de bem não querem fornecer os seus dados, por medo de serem patrulhados ou mesmo retaliados no trabalho, principalmente. Num país feroz como o Brasil, trata-se de receio compreensível.

É preciso ter paciência até que encontremos um caminho para diminuir a quantidade de lixo produzido pela "guerrilha virtual", sem afugentar comentaristas de verdade. Sugiro que se sintam lisonjeados por incomodarmos tanto. Sim, lisonjeados, porque só existimos graças a vocês, leitores. Vocês é que nos fazem influentes. Sem vocês, não seríamos nada. Se não tivéssemos tantos leitores, ninguém estaria preocupado em nos atacar. Os influentes são vocês.Muito obrigado.

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