07/08/2017
Este é um press release oficial. Não é exagero meu, nem perseguição. É da Câmara de Gaspar. “Os vereadores Dionísio Luiz Bertoldi e Rui Carlos Deschamps (PT) participaram, nesta semana [quarta-feira, dia dois de agosto], de um curso de capacitação oferecido pelo Observatório Social de Blumenau (Osblu). Promover a educação fiscal, acompanhar os gastos públicos e agir para corrigir os desvios são os objetivos da entidade. Os parlamentares pretendem estimular criação de um observatório em Gaspar”.
“No entanto, apenas cidadãos sem vínculo político-partidário poderão fazer parte. Formada por voluntários, sem fins lucrativos, o órgão já está presente em 100 cidades brasileiras, sendo 17 em território catarinense. De acordo com o portal do Osblu, o programa de educação fiscal visa à conscientização do cidadão ao lado do incentivo ao voluntariado e à prevenção da corrupção. Após a formação, ele poderá acompanhar licitações e contratos do Executivo e do Legislativo, além de monitorar processos judiciais contra gestores de recursos públicos”.
Volto. Como assim, os vereadores do PT pretendem estimular à criação de um Observatório Social, se eles são partes vivas interessadas nesse negócio de abafar ou produzir efeitos pirotécnicos que se transformem em votos na sociedade? Se estivessem fazendo a parte que lhes cabem constitucionalmente como vereadores, nem Observatório Social precisaria existir. Um Observatório Social só existe, porque os ditos “fiscais do povo”, políticos eleitos, falham. E como falham, negociam, mentem, jogam, omitem, pressionam, dissimulam, criam vantagens e se arrumam entre eles como velhos se amigos fossem.
Os nobres vereadores do PT de Gaspar que estiveram em Blumenau – cujo partido e como a maioria e outros partidos, está atolado num lodaçal sem fim – penso que não entenderam direito o que é um Observatório Social. Ou vão desfiliar gente do PT e da esquerda do atraso para se disfarçar de voluntária num Observatório Social aqui em Gaspar? Vão usar gente com suposta credibilidade que falta aos políticos – exatamente pela pífia atuação como políticos eleitos pelo povo - para dar valor às denúncias e alimentar o Ministério Público em seus interesses? E a tal mínima isenção cidadã. Vão escolher mais uma vez, a dedo, gente disfarçada de apartidária para atuar como instrumento auxiliar das suas causas? Mais uma entidade será aparelhada (e por isso, fraca) em Gaspar? Mais um “clube” de amigos, de abafa, carregando do atraso será criado por essas bandas? É bom contar outra.
Aliás, este espaço tem atuado como um “observatório social” há muito tempo a favor de Gaspar no lugar de muito político, que tem mandato para isso ou de cidadãos que se dizem gasparenses da gema e que por essa única credencial, acham-se acima de qualquer suspeita. Pressão é que não falta. E o PT, com o PDT como operador, várias vezes, tentou-me calar na Justiça, dizendo por aí, e penso ser arroubo e falsidade, tê-la nas mãos.
Se os vereadores Dionísio, Rui e seus assessores parlamentares, entenderam bem o que foi apresentado para eles naquela quarta-feira à noite em Blumenau, sabem que eles e a Câmara de Gaspar serão os primeiros e principais alvos do Observatório Social, além da área de licitações da prefeitura e do Samae, onde estão os maiores ralos de vícios, dúvidas, desperdícios e principalmente falta de transparência e que leva a tudo isso.
Para começar num item simples e aparentemente bobo. O site da Câmara é, por enquanto, um portal de propaganda dos vereadores; querer alguma informação lá, é um exercício de mágica, paciência, pegadinhas e isto porque ele está sob à força de uma decisão judicial e o olho da promotoria pública que cuida da moralidade. E quando se pede informação à área de comunicação (até que tenho sido bem atendido, diga-se), invoca-se logo de cara, os longos prazos que só são permitidos à Lei de Acesso da Informação, e possíveis, mas em raríssimos casos. Zombaria à transparência e à cidadania.
O que os vereadores petistas anunciaram no press release oficial da Câmara, é a investidura da raposa para oficialmente cuidar do galinheiro e da fartura dos ovos que eles próprios criam com o dinheiro dos cidadãos. Tudo dominado. E faz tempo. Estranhamente estão fazendo isso, tão logo a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon - a que colocou à nú quase todos os políticos espertos daqui -ter saído para atuar em Navegantes. Os políticos, esperam uma nova fase mais suave com Andreza Borinelli. E já começaram a testá-la. Só não vale ludibriá-la, porque eu continuarei olhando a maré para o meu distinto público leitor, como sempre. E nele, invariavelmente está o Ministério Público ou quem o aciona. Acorda, Gaspar!
Nas comemorações dos 35 anos da Associação Comercial e Industrial de Gaspar (ou Associação Empresarial), a Acig, a ausência sentida, foi a do seu fundador, o ex-executivo da ex-Ceval e Seara, e ainda empreendedor do setor de lazer e turismo, o florianopolitano, Vilmar de Oliveira Schürmann, 75 anos.
Muitas desculpas para a sua ausência na homenagem prestada há dias no Bunge Natureza. Foi educado nas desculpas. Digno. A Acig de hoje, foi aparelhada e enfraquecida propositadamente pelo PT – assim como outras instituições locais -, pois para ele, empresário é coisa perigosa a ser eliminada, exposta, enxovalhada e diminuída. A Acig de hoje não tem mais nada a ver com o espírito do Vilmar.
A impetuosidade, as ideias, os gestos voluntários para a coletividade – para a cidade que não era sua - e de outros audazes como Francisco Mastella, também ex-presidente da Acig e o que impulsionou a Facisc, nunca caíram bem aos donos da cidade e do atraso reiterado daqui. Só queriam o benefício central, quando nem o lateral eram ou são capazes. Nem mais, nem menos.
Agora sabe-se quem o voto de Franciele Daiane Back, PSDB, pela Reforma Administrativa empregou: Norberto Mette, de Blumenau. Aliás, naquela sessão: ela entrou muda e saiu calada. Uma pergunta elementar neste caso: não é o PSDB que defende o estado mínimo? Então qual a razão para Franciele votar pelo inchamento e mais gastos dos pesados impostos ao compadrio?
Ora, se faltam vagas nas creches; se faltam atendimentos nos postos de saúde; se o seu amigo do peito, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, diz que está com o caixa em baixa e corta drasticamente o orçamento do Distrito do Belchior (reduto eleitoral de Franciele) como é que ela aprova uma lei para criar uma despesa extra de R$600 mil por ano para comissionados, gratificações e empregos de gente dela e de fora daqui?
Ilhota em chamas I. De uma leitora de Ilhota sobre a precariedade em algumas escolas municipais. “Falta tudo! E para tentar driblar um dos problemas, em uma das escolas, o diretor fez festa para levantar fundos para colocar o piso no pátio, pois a poeira que se levanta, tem feito mal à muitas crianças!”
Ilhota em chamas II. O vigário da Paróquia Pio X, de Ilhota, é Idonizete Krueger. Mas quem está querendo lhe aplicar o conto do vigário é o prefeito Érico Oliveira, PMDB. É que o prefeito diz que não tem dinheiro para terminar a capela mortuária. Uma novela tipo Dias Gomes.
Ilhota em chamas III. Por isso, quando há um velório de alguém do Centro, por piedade, humanidade, cidadania e já se tornou tradição, o plenário da Câmara de Ilhota é usado inadequadamente para o velório.
Ilhota em chamas IV. Entretanto, esse improviso comunitário tem prejudicado em primeiro lugar o funcionamento administrativo da Câmara, e em segundo lugar, até cancelado sessões do Legislativo, devido à coincidência de dias e horários de velórios e sessões. Se bem, que muitas sessões até se parecem com velórios: a matéria do Executivo já vem embalada no caixão, faltando só benzer e enterrar, em meio as preces.
Ilhota em chamas V. A Câmara está disposta a se desfazer de parte do seu orçamento, e por lei originária da mesa diretora, com aprovação dos demais vereadores e destinação específica, retornar um valor certo para a prefeitura. Com esta verba, a prefeitura, dona da obra, terminar a capela mortuária para uso dos ilhotenses.
Ilhota em chamas VI. O prefeito Érico está fazendo biquinho. Diz ele, ao estilo de terror, que se a Câmara devolver dinheiro para ele, é porque a Câmara não precisa. E se ela não precisa, a prefeitura precisa para outras prioridades. Assim, não garante que vá aplicar o que receber da Câmara no término da capela mortuária, pois segundo ele, isso não é permitido pela lei e que o Tribunal estaria perseguindo ele etc e tal...
Ilhota em chamas VII. Pelo sim, ou pelo não, e para ser esclarecido de própria voz, num dia desses de julho, o padre Idonizete acompanhou alguns vereadores de Ilhota ao Tribunal de Contas do Estado, em Florianópolis. Ficou inteirado de tudo.
Ilhota em chamas VIII. E dos técnicos e do Promotor no TCE, Idonizete ouviu de que essa transferência rubricada é possível, todavia, depende do prefeito aceitar o trato, mas que se fizerem, ele é possível de ser cumprido. Aliás foi o que acabou de fazer a Câmara de Gaspar. Ela devolveu R$1 milhão para acabar a ponte do Vale e ajudar no combalido financeiramente Hospital de Gaspar.
Ilhota em chamas IX. Então, o padre Idonizete está disposto a contar esta história aos fiéis até obter do prefeito a garantia de um acordo para utilizar uma parte que poderá ser devolvida do duodécimo da Câmara ao orçamento da prefeitura. A rezadeira já começou. É para operar o milagre na cabeça do prefeito Érico. Também há chances de tudo arder nas profundezas do inferno.
A ex-vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, que é professora há 23 anos (17 como ACT), fundou com a sua cunhada, Eli Regina Nagel dos Santos, também com duas décadas de magistério, onde inclusive foi ex-secretária de Educação de ilhota, a sua própria escola, no bairro da Lagoa, em Gaspar.
Este ato de empreendedorismo e risco, é um papo para outras notas aqui. O registro de hoje é este: na sessão de terça-feira, a também professora, ex-vice-prefeita e atual vereadora, Mariluci Deschamps Rosa, PT, depois de assinalar as largas diferenças ideológicas entre elas, registrou o fato, parabenizou à coragem de Andreia e Eli, com quem se formou.
Quieta, a vereadora adolescente Franciele Daiane Back, PSDB, fingiu que nada aconteceu com a presidente do PSDB, Andreia. Estava concentrada em criar mais cargos e despesas na Reforma Administrativa que foi votada naquela sessão. Acorda, Gaspar!
Amanhã é dia de mais uma coluna inédita Olhando a Maré, para os internautas.
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