09/01/2017
ILHOTA EM CHAMAS I
O prefeito de Ilhota, Érico de Oliveira, PMDB, demonstrou claramente que não vai se importar com as dúvidas (ou pressões) que cercam os seus e muito menos respeitar as leis, se não estiver mal orientado. Paulo Roberto Drum, PPS, ex-vereador, e homem forte do governo de Ademar Felisky, PMDB, quando cuidou da Defesa Civil, na catástrofe ambiental severa de novembro 2008, não só se tornou secretário de Indústria e Comércio de seu governo (portaria 9/2007), como foi nomeado pela portaria 13/2017, Gestor de Convênios, e com um detalhe, neste caso específico, segundo a mesma portaria, sem remuneração. Ai, ai, ai.
ILHOTA EM CHAMAS II
Espera aí! Para se ocupar cargo público não é preciso se ter lei anterior constituindo o cargo que se permite à nomeação? E este cargo existe na prefeitura de Ilhota? Desde quando? Será que assessoria jurídica desconhece o princípio da legalidade quando se nomeia alguém? Quando se cria um cargo, dá-se as atribuições dele, para que se possa fiscalizar o agente que o está ocupando e se ele está fazendo aquilo que lhe é inerente e obrigação no cargo. Exemplo: o lixeiro possui as atribuições próprias, o motorista as suas, o procurador as dele e assim por diante. Alguém precisa conversar com o prefeito Érico, pois seus amigos antes do que ele possa pensar, vão lhe colocar em frias.
ILHOTA EM CHAMAS III
A eleição da mesa da Câmara pode estar comprometida. A maioria passou como um trator pesado sobre a minoria. E a minoria, injuriada, não se deu por vencida. Tem tudo para melar na Justiça. Estão atrás de atas que se escondem dentro da Câmara e até o fechamento desta edição não havia sido publicada no Diário Oficial dos Municípios. Aliás, o site da Câmara de Ilhota, como relatei no ano passado está atualizado e não recebe qualquer interação de contato. Uma verdadeira caixa preta. E olha que fizeram um Termo de Ajustamento de Conduta como o Ministério Público que cuida da Moralidade Pública para não mais deixar isso acontecer, sob punições. Político é assim: sempre desafiando a transparência, a lógica, as leis, a ética, o Ministério Público e a Justiça.
TRAÍDO I
O DEM de Gaspar foi o noivo traído na despedida de solteiro por seus próprios parceiros antes do casamento. O partido precisa urgentemente se reinventar, sob pena de ficar manso e fazer da fama, um meio de vida. Para lembrar, o DEM é um partido conservador. Nasceu com a Arena na ditadura militar, passou nas primeiras divisões eu originou o atual PP, a ser o PFL que reinou no Nordeste e que aqui em Santa Catarina, foi o feudo dos Bornhausen’s. Desgastado pelo PT que ameaçou aniquilá-lo, o partido ainda tentou se disfarçar na marquetagem. Não deu certo. Todos se espalharam para se salvarem. Alguns ficaram no DEM e uma parte migrou para o PSD, de Gilberto Kassab. Os conservadores Bornhausen’s, por exemplo, até viraram “socialistas”, no PSB. E o DEM catarinense, acabou nas mãos do ex-secretário e deputado Federal, sempre pendurado nas tetas de Brasília, com Paulo Gouveia da Costa. Devido a isso, diminuiu.
TRAÍDO II
Aqui em Gaspar a história não é muito diferente, e longa. O PFL já teve até prefeito, Luiz Fernando Poli e que veio do MDB e acabou no PDT, mas... Resumindo: o que sobrou do DEM ficou com Luiz Nagel, naquela aventura dele para ser vice de Adilson Luiz Schmitt, então no PPS, em 2012, e que resultou naquela lavada histórica de 721 votos. De bom daquela disputa? A eleição a vereadora pela sigla, Andreia Symone Zimmermann Nagel. O DEM, de verdade, não era bem de Nagel. É que Adilson infiltrou os seus – que sobrou do PMDB, do PSB onde esteve e que não queriam o seu PPS. Manteve-os em rédeas curtas. Mas, a personalidade forte de Andreia, fez ela ganhar voo como vereadora e isso incomodou sobremaneira Adilson. Mandou recados, tentou interferir e cada vez a distância aumentava. Eram pontos que se atritavam e se superavam com a paciência moderadora de Nagel.
TRAÍDO III
Pouco transparente, sem partido, desgastado, sem estrutura de votos, sem carisma para enfrentar um novo embate eleitoral, ansioso, desconfortável para quem já foi prefeito e tinha planos políticos ambiciosos, Adilson de verdade nunca parou com as suas maquinações a partir dos relacionamentos e emprego público de Florianópolis. Mesmo fora do jogo, sempre quis comandá-lo mesmo com as peças soltas. Enquanto uns diminuíam os laços (como o deputado Aldo Schneider) outros testavam a nova oportunidade. Adilson, até tentou disfarçar: mandou avisar que entrariam numa hibernação política de quatro anos. Ela durou semanas porque ele é essencialmente um bicho político, apesar de todos os revezes que teve ou construiu. E a cada dia que se aproximou a eleição de outubro do ano passado isso foi ficando cada vez mais claro. Perdeu o jogo, mas deixou a marca no estrago que protagonizou em todos os lados em que atuou.
TRAÍDO IV
Adilson egresso e marcado no PMDB de Gaspar, teve o cargo diminuído em Florianópolis depois das eleições de gerais de 2014, na cota como cabo eleitoral de Aldo Schneider. O deputado teve que fazer escolhas, pressionado pelo partido e gente que fazia o jogo no governo do Estado. Enfraquecido, mas não derrotado como sempre, Adilson se aproximou do PSD, via o gabinete do presidente da Assembleia, Gelson Meríso e assim retomar o seu prestígio e recompensa nos quadros de comissionados do governo do estado. A missão: colocar num mesmo balaio o PSD e o DEM, em Gaspar, ter de volta o comando de Andreia e dar lições ao PMDB, mesmo sob contrariedade familiar. Tudo ia bem, até que Adilson foi surpreendido na imprensa pela filiação de Andreia ao PSDB. O mundo dele desabou, sobraram as cobranças e encontrou culpados para todos os lados. Os Nagel’s viram que estavam no meio de um jogo pesado e dele nada, asseguram, sabiam.
TRAÍDO V
O PSDB sempre foi filhote fraco do PMDB de Gaspar. Parte dele também ficou tonto com a nova filiada e à disposição dela em ser candidata a prefeito. Matreiro e organizado, o PMDB foi logo descontruindo Andreia dentro do próprio PSDB. Coube ao DEM, presidido por Nagel e com um controle mínimo no partido, levar a candidatura de Andreia, exatamente por ser ela egressa do DEM, por que ela tinha mais entusiasmo no desafio do que o próprio PSDB como partido e por ter o DEM dado o vice, Charles Roberto Petry. Sem ajuda regional e estadual, o DEM não aguentou o tranco. E por duas questões simples: o DEM de Santa Catarina não adotou a candidatura de Andreia e principalmente porque o partido em Gaspar ainda é feito de viúvas de Adilson. Na última semana de campanha, quando havia sinais de que Marcelo de Souza Brick, PSD, e Giovânio Borges, PSB, poderiam ter chances, Adilson listou todos os seus do DEM e passou um a um, oferecendo números de pesquisas, cargos no governo do PSD e oportunidades lunáticas para mudar de lado. Mais do que isso, desfiou uma série de defeitos de Luiz e de Andreia. Coisa braba. E ai de quem tinha convicção e tentou desafiar Adilson: teve que se recolher, não pode ir para a rua. Vergonhoso, mas do jogo eleitoral.
TRAÍDO VI
O DEM nacional não é um partido de proa, apesar de algumas marcas como Rodrigo Maia, na Câmara, Ronaldo Caiado, no Senado, ACM Neto, em Salvador. São nomes isolados. Ainda possui o MBL que o adotou, algo que precisa ser melhor avaliado, pois a tendência do Movimento é se tornar um partido ou uma falange liberal depois da reestruturação partidária. A mesma sorte que se joga ao DEM na possível diminuição do número de partidos no Brasil. Em Santa Catarina o DEM é nulo, não possui liderança. No Vale do Itajaí igualmente. Em Gaspar, o DEM está num dilema: o de se reestruturar como partido com identidade própria ou ficar como algo a reboque de interesses de quem já não possui liderança e não consegue se identificar com organizações e partidos, mas possui com interesses próprios. Ou seja, vai continuar com que deve medo e favor a Adilson, vai se tornar um partido de aluguel e composição ou vai criar caminhos próprios? E se resolver se reestruturar, precisa ser rejuvenescido em torno de alguma liderança. Precisa luz própria, com gente liberal ou conservadora e que não esteja a serviço de velhos caciques ou partidos locais com donos, que construíram uma fila de permanente poder, desenhando quem deverá ser coadjuvante onde o DEM, PSDB, PR, PTB, PSC, PV, PDC, PPS, PSB, PCdoB, PRB, PP e outros são enfraquecidos para terem papel secundários.
Começaram a discutir como esconder do povo os decretos e portarias que nomeiam e são obrigados por lei serem, serem publicados, pois se trata de coisa pública, com o dinheiro de todos nós. Uma vergonha.
A última resolução (a 81 de 22 de dezembro de 2016) da Câmara que foi publicada no site, trata de duas coisas no aditivo da contratação do aluguel da Câmara: ele passa de R$15.000,00 para R$15.615,30 neste ano e se acrescenta ao total de R$15.870,00 devido ao aluguel de mais uma sala de 20,40m2 contígua e que estava desocupada. A este valor de R$15.870,00 serão acrescidos o IPTU e a taxa de condomínio das partes locadas.
O ex-deputado Federal e ex-presidente do PP catarinense, João Alberto Pizzolatti Júnior, e padrinho do PP de Gaspar ligado ao presidente do Samae, José Hilário Melato, parece que não está mais com essa bola toda nos corredores de Brasília para criar soluções e liberar verbas.
Para ter foro privilegiado na Lava Jato, ele foi levado pelo partido a titular da Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos do Estado de Roraima, governado por Suely Campos, PP. Há dias troquei Roraima por Rondônia ao citar Pizzolatti e fui corrigido por um leitor atento.
Em tese, Pizzolatti seria o responsável para buscar investimentos para o estado de lá. No final da semana que passou, Roraima foi manchete mundial devido ao massacre de 33 presidiários – quase todos com a cabeça cortadas -, depois dos quase 70 de Manaus.
E esse macabro episódio também rendeu um bate-boca com o governo de Michel Temer, PMDB, enfraquecendo com ele, o desastrado ou mal assessorado, ministro da Justiça, Alexandre de Morais, PSDB. O governo de Suely Campos pulou na jugular e desmentiu Temer, o temerário, mostrando documentos sobre a sonegada ajuda.
Tudo porque, segundo o governo de Roraima, uma das causas do massacre, seria a falta de atenção aos pedidos de ajuda que ela fez governo Federal na área de segurança e foi totalmente ignorada, bem como os de investimentos para construção e melhoria presídios e equipamentos naquele estado.
Mas, as dúvidas não param por aí. Na estrutura de governo que está no site oficial de Roraima, a secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos não aparece. Muito menos o nome de Pizzolatti, como titular, ou de seu “vice”, ou eventual substituto.
Perguntado sobre o assunto Pizzolatti e secretaria, o governo de Roraima ainda não respondeu. A última citação de Pizzolatti no site do governo de lá foi no dia 28 de abril de 2015, quando ele teve que ir na Assembleia dar explicações aos surpreendidos deputados com a sua intempestiva nomeação, de quais seriam as suas funções no governo de Roraima. Esses políticos...
Ilhota em chamas. A secretaria de Educação e a Apae não se entendem. A primeira acha que deve intervir na segunda.
Um atrativo para o caixa: O IPTU de Gaspar pode ser pago à vista com 15% de desconto até o dia 20 de março de 2017. A inflação anual se nada der errado, será de 4,5%. Então um ganho real de 10%. Poucas, aplicações terão esse ganho.
O PMDB e o governo do estado do PSD já enganaram os gasparenses uma vez. A obra de alargamento, retificação e asfaltamento da Rua Leonardo Pedro Schmitt, no Macucos, foi prometida para 16 meses depois da assinatura do contrato em três de abril de 2014.
Perguntei aqui aproveitando a passagem dos deputados Aldo Schneider (estadual) e Rogério Peninha Mendonça (federal) por aqui para fazer proselitismo na imprensa, pois já se passaram o dobro, 32 meses e nada.
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, se apressou em mandar divulgar que o ato de inauguração está marcado para o dia 18 de março, dia da emancipação de Gaspar. Então vai ter que correr. Acorda, Gaspar!
Começou mal. Segundo um press release, “a prefeitura de Gaspar por Meio da Superintendência da Defesa Civil está realizando, visitas em algumas regiões da cidade para monitorar e vistoriar possíveis danos causados por ocorrências registradas na última semana de 2016”.
O primeiro press release sério para esta área deveria começar assim: depois de oito anos abandonada e dirigida por curiosos, a Defesa Civil de Gaspar vai ser restruturada de forma técnica para orientar e proteger os cidadãos em situação de risco, construindo políticas e ações contínuas para mitigar e preveni-los, ao máximo possível, das exposições decorrentes das catástrofes naturais.
Do jeito que se anunciou, tudo será como antes, com candidatos a heróis, culpas divinas e impotência diante da natureza.
Olhando a Maré interage no twitter. E uma das observações mais retuitadas foi sobre a informação indignada de Mônica Bérgamo, do jornal Folha de S. Paulo, incluindo o vídeo, em que a Polícia em Rondônia usava balas de borracha para conter os presos.
“Matar degolando pode? Reprimir com bala de borracha para que parem a degola não pode? Estranha essa mídia viúva da esquerda do atraso”.
Outra envolvendo a polícia e que prendeu um turista norte americano no Rio de Janeiro por desacato depois dele “imobilizar” e ter dado uma surra num assaltante que disparou a arma contra ele várias vezes e todas, por sorte, terem falhado.
“Não faltou bom senso ao delegado! Ele apenas percebeu que o gringo foi mais eficaz do que ele e aí resolveu defender o bandido”.
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