Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

11/04/2016

A CONTAMINAÇÃO I
O PT, o PMDB, PP, PDT, PC do B, PSD, PR, PRB, PTB entre outros de Gaspar, dizem que estarão livres da “contaminação” do desastre de pertencerem ao desastroso e agonizante governo de Dilma Vana Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Espertos ou ingênuos? No fundo estão temendo esta ligação como cúmplices que são. Por isso mesmo, preventivamente, apregoam que a campanha daqui será apartada dos acontecimentos nacionais como a roubalheira, a incompetência administrativa, a corrupção, a alta inflação, o desemprego, a falta de remédios e de atendimento no sistema público, as mortes por falta de médicos e socorro promovidas no plano nacional. Se pensam e agem como avestruz que acha-se escondida quando apenas enterra a cabeça na areia, erram ou mostram o caráter que lhes acompanham. Assim, estão desafiados desde já com esta cantilena, este mantra, esta ladainha beata a prosseguirem nesta procissão de que estarão livres dos castigos. As pesquisas mostram que esta contaminação existirá. Em menor ou maior grau, mas existirá. Depende – e devem temer ou se aliviar - a forma como isto será lembrado ou usado nos palanques daqui. Isso sim fará toda a diferença.

A CONTAMINAÇÃO II
O PT daqui é uma franquia nacional. Ele é comandando pelo de Blumenau, liderado por Décio Neri e Ana Paula Lima, os amigos de Lula. Persegue, mente, intimida, constrange, aparelha e se estabelece no desatino para se manter no poder a qualquer custo. Cria ou escolhe inimigos; intolerante, não admite adversários. Mesmo que fosse competente administrativamente, e não é; mesmo que fosse dado ao diálogo, e não é; mesmo que fosse dado à transparência, e não é; mesmo que fosse plural, e não é; o PT daqui por tudo que se revela nacionalmente já estaria em maus lençóis. O impacto do desastre anunciado só não será pior por aqui, por três aspectos: o medo que reina fora do PT e que quase impede alguma reação de quem se diz oposição ou minimamente discordante; o dinheiro, apesar dele ser proibido é sinalizado como fator diferencial na disputa contra os tímidos e empobrecidos adversários; e a máquina pública – também proibida pela legislação – mas que está sendo usada de forma disfarçada desde ontem, tanto que o pré-candidato é um secretário de Obras, de favores, de atendimentos a pedidos... E a Gaspar das campanhas é dado a este tipo de troca.

A CONTAMINAÇÃO III
O PMDB não está tão livre assim desta tal contaminação pelo cenário nacional. Primeiro ele é um conhecido gigolô do poder e aqui a sua história, quando no poder é algo quase irretratável. Prefere esquecê-la do que se orgulhar ou relembrá-la. Voltemos ao plano nacional. O PMDB não teve planos de governo, sempre esteve no centro dele exatamente pelas tetas. Foi assim no governo de Fernando Henrique Cardoso, PSDB; foi assim no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT; foi e é assim até ontem, no governo de Dilma Vana Rousseff, PT. Só desembarcou – não foram todos - porque se afogava num barco cheio de manchas, lama e dúvidas. O que está aí (desemprego, roubalheira, inflação, corrupção, falta de assistência médica...) tem a sociedade clara do PMDB, com o vice partícipe ou então criminosamente omisso, Michel Temer, presidente nacional do partido; tem a sociedade consagrada com a participação de uma penca de ministros incapazes ou que servem ao circo e até ao roubo. Mais. Isto sem falar na presidência da Câmara, com Eduardo Cunha, o que desafia às evidências, bem como com o presidente do Senado, Renan Calheiros, o que lambuzado trabalha pelo perdão do PT. Então por quais razões o PMDB de Gaspar acha que não haverá contaminação na campanha daqui? A menos de que isto seja por incompetência ou malícia, retirado dos palanques daqui pelos adversários. Esta tese da candidatura única aqui, tem a esperteza de esconder estes questionamentos. Sendo únicos a disputar, PT e PMDB esconderiam conveniente e propositadamente esta mancha do debate público.

A CONTAMINAÇÃO IV
E o que falar do PP que está junto com o PMDB na corrida de Gaspar? É o partido mais envolvido com o Petrolão; até mais do que o próprio PT que abriu os cofres do Brasil ao PP para Lula e Dilma continuarem no poder. E no caso de Gaspar não precisa ir muito longe neste assunto. Há laços muito próximos de Brasília com gente daqui que fez par com o PT na Câmara de vereadores sufocando partidos, políticos, a cidade e a imprensa. E o PDT? É o respiro do PT daqui, inclusive via o PDT de Blumenau é feito para perseguir a imprensa ou criminaliza-la no Judiciário? É o que permite que empresas saiam daqui, e na crise nacional do qual é sócio, outras não sejam atraídas. São sedentos por cargos, para os quais, não estão, não foram e não quereriam estar preparados. E este tal do PC do B? No ideário é de um partido único, de um estado autoritário, que encalacra as liberdades não apenas de ideias e expressão, mas de competir pela livre iniciativa, a que gera emprego, oportunidades, tributos... É o partido que dá hoje o sustento mais ousado para Lula e Dilma se safar da culpa do petrolão e outros, por exemplo. Usa de forma transversa e falsa, a democracia para ter voz e espaços. Entretanto, quando no poder, é uma ditadura, se estabelece na elite burocrática do estado para privilégios a poucos. Pior: em algo que não existe mais há pelo menos um século, como ideia política, econômica e prática de resultados competitivos. Isto dá bem a dimensão do que é o PT de Gaspar. Um ajuntamento de interesses e interesseiros, cujos resultados são notoriamente contra a sociedade e o futuro dela. É impossível que o que acontece no plano nacional não possa contaminar aqui pelo simples esclarecimento e exemplos deste jogo maquiavélico, que sufoca a transparência.

CONTAMINAÇÃO V
E o PSD também não estará livre do que ele faz por Dilma, Lula, o PT (e seus partidos satélites) e a podridão do poder em Brasília. Quando quase todos desembarcam, o PSD de Gilberto Kassab, o criador; de Raimundo Colombo, que continua ex-prefeito de Lages; do deputado Jean Jackson Kuhlmann, o que propôs uma sociedade com o decadente PT de Blumenau; do vereador Marcelo de Souza Brick, que se ajoelhou ao PT de Gaspar para ser presidente da Câmara; vem se revelando um bastião de suporte ao que já está morto, mas sobrevive desqualificando quem o investiga (Polícia Federal), quem o denuncia com fartas provas (Ministério Público Federal), quem julga por processo instruído e convicção (juiz Sérgio Moro, Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal Eleitoral), quem divulga diante de farto material probatório, a imprensa livre, profissional, investigativa, a que faz perguntas e a que tem vergonha na cara. Fingindo-se de limpo, o PSD demonstra um incomum apego pela sujeira de que não participou diretamente como PT, PMDB e PP na roubalheira. Incompreensivelmente, o PSD defende e dá sobrevida àquilo que é de todo condenável não apenas no plano ético e moral. Mas, naquilo que consagra na Jurisdição como se atesta pelas inúmeras provas que se colecionam para desmascarar desculpas, manobras, defesas ímpias, discursos montados, entrevistas conduzidas e contraditos sem conteúdo, alavancados principalmente por rasteiras técnicas processuais. É muito improvável que o que acontece no plano nacional não possa contaminar o discurso dos políticos daqui durante a campanha municipal deste ano.

CONTAMINAÇÃO VI
Até partidos como o PSDB e DEM devem se cuidar. Porque esta miséria que o PT, PMDB, PP, PDT, PCdoB, PSD, PTB, PRB, PR e outros estabeleceram sobre e contra nós brasileiros, que respinga em Gaspar com toda a força, tem também no PSDB, DEM e PPS parcelas ponderáveis de culpa para quem se diz oposição a este lamaçal. Foram fracos, temerosos, medrosos no papel que a sociedade lhes conferiu. Se fossem verdadeiramente fiscais e agissem como uma oposição estruturada, construída sobre princípios, esta ladroagem e corrupção sem paralelo no mundo, não teriam permitido que os políticos sem escrúpulos do PT, PMDB e PP sumissem com os bilhões de reais dos nossos pesados impostos para finalidades de poder e particular em lugar de mais escolas, mais moradias, mais segurança, mais e melhor atendimento na saúde pública, menos doenças como gripes, zica, dengue, chicuncunha, menos mortes e mais tratamento de cânceres... Mais. Os políticos envolvidos, teriam percebido a impossibilidade de praticar os crimes que praticaram contra a sociedade e que bate às portas dos mais frágeis, mais pobres com o desemprego, a inflação. Faltou combate, esclarecimento e embate. Houve um criminoso acovardamento, acumpliciamento ou omissão dos políticos do PSDB, DEM e PPS. Houve desprezo do verdadeiro exercício do mandato popular que foi conferido nas urnas para serem fiscais contra os desvios, dúvidas, erros em favor das melhorias e novas ideias. É impossível que a eleição em Gaspar se dê ignorando estes fatos e exemplos deploráveis nacionais. Aqui em Gaspar o PMDB, o PP e o PSD - que se "vestem" de oposição - não exerceram os seus papéis no governo do PT, PDT, PCdoB, PR, PRB. Ao contrário. O PSD e o PP estiveram mais próximos do que se imagina. Acorda, Gaspar!

DADOS DA PONTE DO VALE I
O “recomeço” das obras da Ponte do Vale – que por enquanto só se dá nas entrevistas de rádios e noticiário oficiais -, paradas há muito, vira e mexe, é anunciado. Como o dinheiro encurtou – ou ele não virá com aquela sobra projetada no contrato de R$ 43 milhões que se assinou há muito com a Artepa Martins - devido ao desastre do governo do PT e de Dilma Vana Rousseff; como há necessidade de se fazer alguma coisa à meia-boca para apresentar nos palanques e discursos para analfabetos, ignorantes, desinformados e dependentes, este “recomeço” poderá trazer problemas para o futuro da cidade e da obra. Pelo sim, e pelo não, a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, PSDB, também pré-candidata à prefeitura, apresentou um requerimento na Câmara e endereçada ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

DADOS DA PONTE DO VALE II
Ela quer o prefeito Zuchi lhe ofereça o completo relatório da Ponte do Vale para que ela possa analisá-lo; quer saber das informações detalhadas no projeto referentes à ciclovia, ciclofaixa e calçadas; que saber da área total do terreno adquirido e desapropriado, com cópia das escrituras; quer informações detalhadas sobre a alça de acesso à Ponte do Vale (que ela solicitou, fez audiência pública para discutir com a comunidade e a prefeitura deu de ombros) para os veículos, pedestres e ciclistas, provenientes das ruas Geral Poço Grande, Pedro Simon e adjacências e José Junkes; quer informações detalhadas sobre a alça de acesso à Ponte do Vale pela Margem Direita, bem como o acesso desses veículos, pedestres e ciclistas às Ruas Geral Poço Grande, Pedro Simon e José Junkes.

DADOS DA PONTE DO VALE III
Como tudo se enrola em conversa mole, e para o futuro prefeito poderá sobrar uma obra mal feita, inacabada, em desacordo com os projetos e muita dívida para pagar, a vereadora quer saber do documento assinado pelo DNIT, assumindo o compromisso de construir as alças de acesso dos bairros para a ponte; bem como do destino que será dado ao barro que está sendo retirado do morro onde será construído o acesso para a BR-470; e informações sobre a existência de projetos no que se refere ao Impacto Ambiental e Impacto de Vizinhança para não ter o mesmo susto que teve quando foi surpreendida por este tema na recente reunião com os moradores dos arredores do mortífero km 40 da BR-470 (do loteamento das Casinhas de Plástico e La Terra) tiveram na conversa com o inspetor Loes, da PRF. Ali descobriu-se que o perigo nasceu e prosperou exatamente porque a prefeitura de Gaspar foi omissa no estudo de impacto de vizinhança. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

Circo, irresponsabilidade ou enganação? O PMDB e PP se uniram para ser oposição ao PT na busca da prefeitura de Gaspar. Legítimo. Entretanto, esta legitimidade se esfacela quando não buscam saber o que vão encontrar se ganharem a prefeitura. Muitos não entendem este silêncio.

Circo, irresponsabilidade ou enganação? O PSD diz que quer ser candidato a substituir o PT na prefeitura de Gaspar. Mas, com medo de enfrenta-lo e comprometido nas trocas que fez, apoia nos bastidores o governo petista. Uma parte já está no PSB com Giovano Borges, que com o PDT e PT luta por indicação do vice na chapa petista, que nos três mandatos foi pura.

O Corpo de Bombeiros Militar que ocupa hoje o imóvel alugado junto a Círculo, quer um lugar próprio para ser chamado de só seu. Um ofício do Comando 3º Batalhão dos Bombeiros Militar assinado pelo 1º Ten BM Rodolfo Silveira Rodrigues pediu à Câmara o terreno que é dela e que ela diz ser pequeno para construir o prédio da sede própria lá.

Fazem bem os bombeiros. Estarão numa área melhor para o atendimento estratégico do município, deixarão de pagar aluguel e provarão à Câmara que possuem mais atitude do que ela, que nem construir uma sede própria consegue. O ex-presidente Marcelo de Souza Brick, PSD, fez um ensaio. Desistiu.

Manchete do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acessado e o de maior credibilidade dão o retrato da cidade. "Obra de cobertura de quadras de escola de Gaspar está um ano atrasada". O responsável é o governo de Raimundo Colombo, PSD.

Manchete do portal Cruzeiro do Vale. "Com projeto suspenso, dança de Gaspar fica fora do Festival de Joinville". Perseguição política a quem fez sucesso e não se ajoelhou ao governo petista local.

Manchete do portal Cruzeiro do Vale. "Senai abre mão de terreno doado pela prefeitura de Gaspar". Efeito da crise econômica gerada pelo governo do PT e de Dilma Vana Rousseff. Qualificar mão de obra se as fábricas estão fechando e não há perspectivas reais de se reverter este quadro a curto prazo?

Manchete do portal Cruzeiro do Vale. "Prefeitura encaminha projeto para regularizar as feiras livres de Gaspar". E por que isso? Porque a administração insistiu no que a lei impede e proíbe. Desafiou o Ministério Público e tentou politicamente jogar a culpa nos adversários. Não pegou. Teve que se enquadrar e voltar a trás. Quem perdeu? Os feirantes, produtores rurais e clientes.

Manchete do portal Cruzeiro do Vale: "Samae de Gaspar divulga novos preços de serviços e tarifas após reajustes". É para cobrir a inflação do PT e da errática política econômica de Dilma Vana Rousseff, que atinge os mais pobres.

Manchete do portal Cruzeiro do Vale: "Farmácia Básica: falta de remédios ainda é um problema". Ou seja, dinheiro dos nossos pesados impostos para comprar votos para se manter no poder, o PT, Lula e Dilma possuem. Agora para os remédios básicos para as doenças dos pobres a quem dizem defender e deles buscam votos pela enganação...

Paulo Fillipus, morador do Belchior e integrante do Movimento Brasil Livre, foi a Brasília. Foi acompanhar a votação do impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff. Ele já esteve acampado na Esplanada dos Ministérios na segunda quinzena de Novembro como parte da "Marcha da Liberdade" (de São Paulo a Brasília) feita pelos movimentos contra a corrupção. CUT, MST, MTST promoveram um enfrentamento para fazer o pessoal correr de lá.

Mais uma pizza. O agente Pedro Silva, da Ditran, fez um interessante e cidadão requerimento à Câmara de Vereadores. “(...) venho por meio deste solicitar informações do porquê o município de Gaspar não abriu processo administrativo aos servidores: Jackson José dos Santos, Pedro Paulo Domingos, Scheila Sabrina Lana Cardoso e José Lorival Lana. Já que os mesmos foram acusados pelo Ministério Público de Santa Catarina ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina no processo Nº 0900022-56.2016.8.24.0025 pelo uso indevido de veículos públicos ". Solicito a Vossa Excelência [presidente da Câmara, a quem foi endereçado o requerimento] que proceda com Ação de Responsabilidade aos gestores pelo ato de prevaricação".

O requerimento do agente Silva foi enviado para a análise na Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara.

Então veja qual a chance de o requerimento prosperar. O presidente da Comissão é o cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, Antonio Carlos Dalsochio, além de Daniel Fernandes dos Reis, PT, A esperanças estão nos votos de Ciro André Quintino e marli Iracema Sontag, ambos do PMDB.

Doente ou recuperada, a vereadora licenciada Ivete Mafra Hammes, PMDB, já decidiu que não concorrerá em outubro. Abriu mão do seu reduto para o ex-secretário de Saúde do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, Francisco Hostins Junior, hoje filiado ao PMDB.

O Anel de Contorno de Gaspar ganhou novos contornos. Antes ele era apenas um assunto aqui na coluna na trama que Blumenau fazia para usurpá-lo nas verbas já previstas no Orçamento do governo do Estado. Agora, ele ganha novos defensores, pais, padrinhos e até manchetes em outros veículos. Ao menos se tornou uma discussão da cidade. E isso é bom, muito bom.

Então o PT e o prefeito Pedro Celso Zuchi resolveram desqualificar o projeto e a possibilidade dele se tornar real nas vias alternativas que se discute implantá-lo. A ideia favorece a mobilidade interna dos gasparenses. Integra a cidade. Zuchi foi à Rádio 89,7 na semana passada e descascou a lenha. Como não consegue entregar as suas obras, não quer que outros façam pelos gasparenses. Esta é a política que atrasa a cidade, feita de donos. Ainda vou explicar nos detalhes este assunto. Acorda, Gaspar!

A sessão da Câmara de Gaspar hoje está em clima de quase recesso por causa da discussão do impeachment presidencial. Quem revela isso? A pauta prá lá de vazia.

Perguntar não ofende. Gaspar tem o seu José Carlos Bumlai que não cuida apenas de bois para políticos? Acorda, Gaspar!

 

Edição 1745

Comentários

Roberto Sombrio
14/04/2016 22:12
Oi, Herculano.

Parlamentares da oposição assinaram uma tal "lista de Lula", para criação de uma Frente Parlamentar Mista pela Democracia, sem saber que se tratava de um abaixo-assinado de apoio a Dilma Rousseff.

Que é isso! Ainda não aprenderam que todo papel que o PT assina ou manda assinar é frio, é enganação, é golpe.

É golpe do PT. O PT só dá golpe. Não fazem outra coisa a não ser dar golpe. Acordam pensando em qual golpe darão hoje e quando vão dormir já deixam rascunhados quais golpes darão amanhã.
Herculano
14/04/2016 21:20
AMANHÃ É DIA DE COLUNA INÉDITA

A coluna Olhando a Maré, feita para a edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação e o mais acreditado que circula nesta sexta-feira, já está editada e daqui a pouco disponível aos assinantes do jornal.

Ela vai mostrar uma fase danosa da cidade, ou seja, como Gaspar é contra Gaspar, e assim vamos ficando para atrás. Então, Acorda, Gaspar!
Mariazinha Beata
14/04/2016 19:01
Seu Herculano;

Do O Antagonista - CNBB lava as mãos

"A CNBB soltou há pouco mais uma nota sobre o atual momento político. Mais uma vez, não se posiciona. Cita 'Diretas Já', fala em "fortalecimento da democracia brasileira" e defende reforma política.

Sobre o impeachment? 'A CNBB acompanha atentamente esse processo'.

Não há uma linha sobre a paróquia em Brasília usada por Gim Argello para lavar dinheiro."

Se os comunistas estão no poder, agradeçam em boa parte ao silêncio ou conivência dessa direção de esquerdistas na CNBB se passando por religiosos católicos.

CNBB, seria Confederação Nacional de Bispos Bolivarianos?
Bye, bye!
Anônimo disse:
14/04/2016 16:39
Herculano, do blog do O Antagonista:

"Claudio Tognolli informa que o advogado Luís Carlos Crema protocolou no STF queixa-crime contra Dilma Rousseff, requerendo a instauração de ação penal diante da "inércia" de Rodrigo Janot.
Dilma é acusada dos crimes de desobediência, obstrução da justiça, fraude processual e coação no curso do processo penal, além de crime contra as finanças públicas, falsidade ideológica, financiamento da campanha eleitoral com dinheiro sujo, organização criminosa e desvio de dinheiro público.

Crema também pediu a prisão preventiva da petista.

Crema é manjado como um gelato alla crema."

Devia ter aproveitado a oportunidade e juntar uma denúncia de prevaricação contra Janot.
Inércia de funcionário público.

E quanto "gelato alla crema", quem sabe o carcamano do Melato não traduz para nós?
Vai que ele tem cultura ...
Sujiro Fuji
14/04/2016 16:22
Cardozo apela ao Supremo para anular impeachment: Paiêêêê, socoooooorro! Me ajuuuuuuuda! ( blog de Felipe Moura Brasil )


Ana Amélia que não é Lemos
14/04/2016 16:09
Sr. Herculano:

Artigo do Instituto Theotônio Vilela:

"Faliu a lojinha que Dilma, Lula & cia montaram para vender nacos do Estado e tentar obter a rejeição do impeachment da petista. É mais um fracasso da presidente, que começou sua vida profissional quebrando uma birosca de artigos de R$ 1,99 e, não satisfeita, anos mais tarde quebrou um país inteiro.

Aconteceu nos últimos dias o que se esperava: a debandada de partidos antes ligados ao governo e agora atraídos para a causa do afastamento. Durou pouco a sensação de triunfo que o PT tentou alimentar nas últimas semanas a partir dos atos eleitorais promovidos no Planalto e da romaria patrocinada por Lula no puxadinho do palácio que montou num hotel de Brasília.

Com a provável aprovação do impeachment pela Câmara no domingo, restará evidente o fim de um mito: o do poder do PT para mobilizar as massas e o de Lula para fazer o que bem entender."

Nunca antes na história deste País, uma presidente saudou uma mandioca, dobrado uma meta que não foi estipulada e querer inventar um sistema de estocar vento.

Deu no que deu porque o PT e sua linha auxiliar de sacanagem subestimaram a nossa inteligência.

Vazam, que já vão tarde!

Despetralhado
14/04/2016 15:53
Herculano, comentário de Fernando Schüller - professor do Insper - sobre o recurso da AGU ao STF; diz ele que é revelador de que Dilma e sua tropa de choque entenderam que serão derrotados na votação de domingo.
E mais, Dilma só vai recorrer porque será derrotada; caso contrário, seria um tiro no pé.
O Financista.

Essa cambada deve estar dormindo a base de Revotril KKKKKKK...
Ariovaldo José
14/04/2016 14:37
Ao
Belchior

Não é o secretário de obras, agora o meio ambiente é de responsabilidade da secretaria de Planejamento, onde o bigodudo não aprova merda nenhuma, ai fica mais fácil a turma fazer tudo no escurinho, entendeu.
Erva Daninha
14/04/2016 13:55
Olá, Herculano;

O Belchior precisa saber que o governo-estrume não tem respeito com o meio ambiente, ou melhor, não respeita nada nem ninguém.

Belchior.
14/04/2016 13:00
Crime ambiental em andamento no belchior, aterro de terra e lixo na beira do ribeirão, com a palavra o secretário de obras de gaspar.
Herculano
14/04/2016 12:57
da série: gente encardida

MAIS AÇÕES, por Fernando Rodrigues

Congressistas e partidos aliados ao Planalto devem inundar o STF com mais ações contra o processo de impeachment hoje e amanhã.

O principal objetivo é conseguir, pelo menos, alguma decisão provisória que suspenda a votação marcada para domingo (17.abr.2016), quando o plenário da Câmara analisará a admissibilidade do pedido de impedimento contra Dilma Rousseff.
Herculano
14/04/2016 12:53
da série: o desespero do vale tudo, bem conhecido na campanha, nos bastidores e no tapetão para se manter no poder

IDA AO STF REVELA INSEGURANÇA EM RELAÇÃO A VITORIA NA CÂMARA, por Kennedy Alencar

Governo decide acionar plano B por avaliar que tende a perder no plenário

O recurso da AGU (Advocacia Geral da União) ao Supremo Tribunal Federal é um reconhecimento de que o governo perdeu a segurança para enfrentar a votação no plenário da Câmara.

O plano A do governo era derrubar o impeachment no voto. A ida ao Supremo era o plano B, que seria acionado se o governo avaliasse como provável a derrota na batalha para barrar a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O ministro da AGU, José Eduardo Cardozo, vinha sinalizando nos últimos dias que poderia recorrer à Justiça para tentar anular o atual pedido de impeachment. Cardozo pretende apresentar hoje o seu pleito ao Supremo. Um dos principais argumentos é o de que não haveria "justa causa" a configurar crime de responsabilidade.

O governo hesitava em apresentar um recurso ao STF com medo de ouvir como resposta que a corte não interferiria no mérito do julgamento congressual sobre ter havido ou não crime de responsabilidade.

Uma negativa do Supremo poderia dar ainda mais força à tese de impeachment na Câmara, mas, diante do cenário em que o vice-presidente Michel Temer reuniu votos suficientes contra Dilma, o governo resolveu correr o risco.
Herculano
14/04/2016 12:47
GOVERNO RECORRE AO STF PARA ANULAR PROCESSO DE IMPEACHMENT

José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, alega que a denúncia contém 'vícios que impedem a sua continuidade'

Conteúdo de Veja. Texto de Laryssa Borges, da sucursal de Brasília. Diante da chance cada vez mais clara de derrota no próximo domingo, quando o plenário da Câmara dos Deputados vai votar a denúncia por crime de responsabilidade contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado-geral da União (AGU) José Eduardo Cardozo recorreu nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido para que seja anulado o processo de impeachment contra a petista.

Segundo o governo, os atos do processo de denúncia contêm "vícios que impedem a sua continuidade". Ontem, Cardozo rebateu a tese de que judicializar o processo de impeachment seria tentar vencer o processo "no tapetão".

"O dia em que o Judiciário for entendido como um tapetão nós rasgamos de vez o Estado de Direito no Brasil. A Constituição é clara: nenhuma lesão de direito pode ficar afastada de apreciação do Poder Judiciário. Se um cidadão comum, se qualquer pessoa ou um presidente da República tem uma lesão, vamos ao Judiciário. Isso sinceramente não é tapetão", afirmou na ocasião.

O processo de impeachment contra Dilma foi apresentado pelos juristas Helio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaína Paschoal e está baseado na acusação de que o governo promoveu uma verdadeira maquiagem contábil nas contas públicas, escondendo da população a grave situação financeira da administração pública.

A contabilidade criativa foi levado ao cabo com as chamadas pedaladas fiscais, consolidadas, por exemplo, por meio da edição de decretos não numerados com liberação de créditos orçamentários. Este foi o principal argumento utilizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para aceitar a denúncia contra a presidente Dilma. A prática de pedaladas fiscais viola a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe que instituições como o BNDES e a Caixa financiem seu controlador - neste caso, o governo.
Herculano
14/04/2016 12:40
ALÉM DA LAVA-JATO, PIZZOLATTI É DENUNCIADO POR PORTE DE ARMAS, por Severino Motta, de Veja

Investigado pela Lava-Jato, o ex-deputado [e ex-presidente] do PP de Santa Catarina João Alberto Pizzolatti [Júnior] foi denunciado pelo Ministério Público Federal por porte ilegal de armas.

Ao cumprir um mandado de busca e apreensão em seu sítio em Pomerode (SC), a polícia encontrou uma pistola .40 e 30 cartuchos embaixo do colchão de uma cama.

Recentemente, Pizzolatti foi nomeado secretário de estado de Roraima para tentar fugir da jurisdição de Sérgio Moro.
Herculano
14/04/2016 12:09
O DIÁLOGO

A presidente Dilma Vana Rousseff, PT, seguindo um script conhecido, mente, engana, dissimula mais uma vez.

Ontem ela pregou o diálogo, desde que ela ganhe no domingo.

Todavia, continua chamando a imprensa, os adversários, a Justiça, o Ministério Público de Golpista. Ou seja, nenhuma sinalização de diálogo.

Quando ganhou de forma apertada, quando tomou posse leu discursos que falavam em união nacional, diálogo... E o que se viu até agora.

O diálogo do PT, do PCdoB, do PSOL, PSTU, PCO, CUT, MST, MTST e outros de iguais matizes é o da intolerância, da humilhação, do constrangimento, da verdade unilateral e da total submissão.

Então que diálogo o PT, Dilma e Lula estão propondo? O PT continua acusando, Dilma diz que se ela perder não vai dialogar, Lula afirma que vai para trincheira para atacar e infernizar a vida de quem for poder, seja quem for.

Gente encardida. E foi exatamente por não largar o osso depois de comer toda a carne, que nem mais a lábia engana. é por isso a opção preferencial pelos analfabetos, ignorantes, desinformados, necessitados e fanáticos. Wake up, Brazil!
Herculano
14/04/2016 11:52
Aos leitores e leitoras,

O "leitor" Roberto Boaventura reclama que seu texto não foi aprovado. Ele dava conta que um pré-candidato a prefeito de Gaspar tinha desistido da corrida.

Nenhum pré-candidato e nenhum partido de Gaspar confirmou tal afirmação.

E como o "leitor" se disfarça em pseudônimo e seus endereços fornecidos não puderam ser confirmados, a sua falsa informação (por enquanto) não foi aprovada.
Roberto Boaventura
14/04/2016 11:37
Que pena Herculano, que eu não tenho espaço para expor meus pensamentos aqui no Olhando a Maré, pois até agora o comentário que fiz no início desta semana não apareceu.
Herculano
14/04/2016 07:11
DILMA FICA! EM CASA
Herculano
14/04/2016 07:09
DO ZERO AO INFINITO, por Carlos Brickmann

Há quem prefira esta Dilma que se elegeu aliada a Temer ao Michel Temer que se elegeu ao lado de Dilma. Há quem lute contra Renan, ministro de Fernando Henrique, para derrubar Renan, homem-forte de Lula. Ou faça questão do Lula que combateu Collor, repudiando o Lula que se uniu a Collor.

Outros preferem o Governo Dilma da "faxina ética" à administração Dilma que comprou a tal refinaria, aquela. Há quem mate e morra para desmoralizar o Delcídio delator, que se atreve a contar o que sabe sobre seus antigos aliados e, digamos, colegas de trabalhos no Parlamento. Existe até quem seja favorável à demissão de Kátia Abreu, só porque era ruralista, virou ministra de Dilma e hoje é sua amiga de infância. Outros exigem a queda de Nelson Barbosa, substituto de Guido Mantega e seu eterno reserva no Ministério da Fazenda, porque preferem, surpreendam-se, o titular.

E os que querem a pele da Marina Silva que foi ministra de Lula para evitar que a Marina Silva que sugeriu o voto em Serra chegue forte às eleições?

Isso não quer dizer que tanto faz escolher um lado ou outro do impeachment. Não, nada disso: a queda do governo que paralisou a economia e dividiu o País em Nós e Eles é essencial para a retomada do diálogo entre os adversários e a volta ao desenvolvimento. Ou não, desde que o Governo, se vitorioso, retome as boas negociações. Não será fácil, mas é essencial.

É preciso fazer com que até políticos hoje nocivos voltem a trabalhar pelo País.

CUIDADOS COM OS MAGOS

Michel Temer é um homem educadíssimo, de uma cultura impressionante, grande conhecedor de política. Mas sempre que foi testado, digamos, não mostrou grandes resultados. Em São Paulo, Orestes Quércia mandou no PMDB à vontade sem lhe dar a menor atenção. Temer chegou a ser o deputado eleito menos votado do Estado.

É claro que uma pessoa educada, habituada ao diálogo, é muito melhor que uma grosseira que trata os subordinados a palavrões. Mas não esperem milagres de Temer. Ele é sem dúvida melhor do que a maioria dos que existem por aí.

Mas vamos combinar que isto não é grande vantagem.

NÃO FUI EU

Michel Temer garante que a mensagem que mandou ao PMDB, e que é uma mensagem de Presidente da República, vazou por causa de alguém sem cuidados.

Michel Temer é um sujeito que não fala nem boa noite para alguém sem antes pensar três vezes e aí se decidir que é muito perigoso, e não fala - o sujeito mais precavido do mundo.

De repente as coisas vazam e aparecem com essa facilidade toda. Coisas que ele queria dizer para o público que faria como presidente, mas sem dizer diretamente que era isso que estava fazendo.

Ele garante que foi mesmo sem querer. Então, tá.

HONRA E VERDADE

Como na obra de Julio Cesar, Temer é um homem honrado, tão honrado quanto Brutus que era praticamente filho de Cesar, mas foi quem lhe deu a primeira facada - em defesa, claro, das instituições republicanas e contra o golpe.

Temer disse que não é candidato a presidente da República. Se ele, que é um homem honrado, diz que não é candidato, é porque não é. Não é assim que as coisas ocorrem na política?

UNHA E CARNE

Um detalhe do ex-senador Gim Argello, que foi preso na nova fase da Operação Lava Jato, acusado de receber propinas das obras da Petrobras, está passando despercebido. É preciso lembrar que até há muito pouco tempo ele era o homem forte da Dilma Rousseff no Senado Federal, com privilégios que quase o levaram até ao Tribunal de Contas da União.

Argello foi um dos homens mais fortes da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Ele a defendia com todo o vigor e atacava quem tomasse qualquer medida contra ela, com todo o furor, com a violência de quem busca um prato de dinheiro.
Herculano
14/04/2016 06:55
UM DIA OS QUE ESTÃO COBERTOS PELO PLANO DA UNIMED DE BLUMENAU, SERÃO SURPREENDIDOS. ESTA SUSPEITA É ANTIGA.

Enquanto o Hospital de Gaspar agonizava (e fechava para se modernizar), o médio Odilon Áscoli, ia a rádio anunciar a população para ela não se preocupar que a Unimed iria implantar o Hospital Dia. Mais gasolina no fogo. Está gravado.

Propaganda. Vendeu-se mais planos para os gasparenses. O terreno que a Unimed tinha aqui para tal promessa, ela já vendeu para fazer caixa.

Agora, se estampa nos jornais e portais de Blumenau esta notícia.

O Hospital de Timbó da Unimed Blumenau, que terá as atividades encerradas no dia 13 de maio, gerava um prejuízo de R$ 2 milhões por ano à cooperativa. Segundo o presidente, Marcos Bramorsky, a estrutura foi superdimensionada para a demanda e características da região. Além disso, não houve o crescimento esperado nas vendas de planos nas cidades vizinhas.

Hum!
Herculano
14/04/2016 06:46
OS QUE ACREDITAM NA SALVAÇÃO DE DILMA - OU DIZEM ACREDITAR, por Ricardo Noblat, de O Globo

Nem a presidente Dilma acredita mais que conseguirá barrar na Câmara dos Deputados a aprovação do pedido de impeachment no próximo fim de semana. Seus auxiliares diretos, muito menos. Lula, nem se fala, sempre mais realista do que todos eles.

Mas tem um político, sim, que acredita na eventual rejeição do pedido de impeachment: Carlos Luppi, presidente do PDT, ex-ministro de Dilma, expelido do governo por suspeita de corrupção. Lupi não só diz acreditar na derrota do impeachment como tenta convencer os outros disso.

Literalmente um ex-carregador de mala do fundador do PDT, Leonel Brizola, sucessor dele no comando do partido, Lupi garante ao governo que lhe dará 20 votos contra o impeachment. São os votos dos 20 deputados do PDT. No máximo, dará 12. Oito votarão a favor.

Até domingo, é possível que Lupi não entregue, sequer, 12 votos. Seus argumentos para tentar manter o controle do voto da maioria são frágeis e contraditórios. Um deles: Brizola, se vivo, seria contra o impeachment. Por que? Porque impeachment é golpe, segundo Lupi.

Como Brizola não pode ser consultado a respeito, há os que dentro do PDT acreditem na palavra de Lupi. Outro argumento de Lupi: é preciso mostrar aos políticos em geral, e aos aliados do PDT em particular, que o partido é leal aos que lhe tratam bem. Foi bem tratado por Lula e Dilma.

Quando tudo isso não basta para seduzir os seus interlocutores, Lupi propõe um absurdo: o PDT votaria em peso contra o impeachment e sairia do governo no dia seguinte, fosse qual fosse o resultado da votação na Câmara. Mas sairia por quê e para quê?

Para o PDT provar que não depende de cargos, não se apega a eles. E porque o PDT tem candidato a presidente da República em 2018 - o ex-governador do Ceará Ciro Gomes. E em 2018 não se aliará ao PT. A não ser que o PT apoie Ciro.

A essa altura, somente Lupi e o mensaleiro de tornozeleira eletrônica Valdemar Costa Neto teimam em acreditar ou em fingir que acreditam, na remota possibilidade de salvação do mandato de Dilma. Costa Neto ainda manda - ou pensa que manda - no Partido da República (PR).

Fora o PT, PC do B e partidos nanicos de esquerda, a Dilma só resta o apoio oficial do PDT e do PR. A oposição anunciou que já dispõe de 349 votos para aprovar o impeachment na Câmara. Precisaria de 342. Na verdade, ela está segura de contar até este momento com 358.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aposta que o impeachment será aprovado com 380 votos. Mozart Viana, que por 40 anos trabalhou no Congresso e foi o braço direito de 12 presidentes da Câmara, aposta que os votos poderão ser 400 de um total de 513.

A sessão da Câmara para votação do impeachment será aberta amanhã e se estenderá até a noite do domingo.
Herculano
14/04/2016 06:25
CARTA DO PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS, ROBSON BRAGADA DE ANDRADE AOS DEPUTADOS FEDERAIS

Parte 1

Excelentíssimo Senhor Deputado,
Às vésperas da histórica decisão a ser tomada pela Câmara dos Deputados nesta semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as Federações das Indústrias dos estados vêm manifestar sua convicção de que os nossos representantes saberão encontrar a melhor solução para a grave crise política e econômica que o país atravessa.

Como Vossa Excelência tem conhecimento, a economia brasileira enfrenta um momento de extrema dificuldade, falta de confiança e incerteza. A estagnação de 2014 se transformou numa dolorosa recessão, que fez o Produto Interno Bruto (PIB) encolher 3,8% em 2015.

Para este ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a atividade econômica terá retração de igual magnitude, em um desempenho bem inferior à média dos países emergentes. As perspectivas para 2017, se não houver uma urgente mudança de rumo, são de outro ano sem crescimento. Mais do que amargar quatro anos perdidos, isso significaria a maior recessão da história do país, com seus dramáticos efeitos.

Os brasileiros têm reais motivos para a desesperança. Estamos em meio a uma profunda crise social. Os indicadores mostram que os avanços obtidos na qualidade de vida da população, em um passado recente, ficaram para trás. A taxa de desemprego se aproxima de 10%, mesmo índice da queda da renda per capita prevista até o fim do ano. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 9,4%, corroendo os salários dos que ainda se mantêm empregados.

Essa conjuntura adversa, em grande parte causada por uma sucessão de erros na política econômica, vem afetando a indústria mais seriamente do que outros setores. Em 2015, o PIB industrial caiu 6,2% e a produção despencou 8,3%, o pior resultado em 12 anos.

Os prejuízos são intensos e generalizados, atingindo todos os segmentos da indústria brasileira. Estamos perdendo a capacidade de produzir, investir, inovar e criar empregos. Essa é uma situação sem precedentes no país.

No quadro atual, a indústria não vislumbra a possibilidade de recuperação do mercado interno. Da mesma forma, não vê meios de compensar essa derrocada com o aumento das exportações. Apesar de iniciativas positivas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o governo não demonstra capacidade para melhorar o ambiente de negócios, elaborar uma política econômica apropriada, e propor ações para fazer o Brasil retomar a trajetória do crescimento e do progresso.
Herculano
14/04/2016 06:24
CARTA DO PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS INDÚSTRIAS, ROBSON BRAGADA DE ANDRADE AOS DEPUTADOS FEDERAIS

Parte 2

Em sentido oposto, parcelas do governo acenam com uma nova guinada na economia, justamente na direção da política que nos legou o descalabro das contas públicas e criou o cenário catastrófico em que hoje nos encontramos.

Ao mesmo tempo, o governo tem sido complacente com grupos sociais que pregam a radicalização e o confronto como forma de impor suas ideias. Essa atitude pode levar a um acirramento ainda maior das tensões, insuflando a violência, com sérias consequências.
Esse quadro negativo é ampliado pela falta de articulação do governo no Congresso, o que cria obstáculos para a aprovação das reformas de que o país necessita.

Estamos convencidos de que as discussões sobre o impeachment e sua votação no Congresso resultarão em uma nova fase da política nacional. O governo que emergir desse processo terá de arregimentar apoio, tanto no Parlamento como na sociedade, para liderar novo pacto federativo, restaurar a governabilidade e unir o país. Terá, também, que atuar com espírito público, bem como firmar compromissos com a ética e com a eficiência administrativa.

Nessa nova etapa da vida nacional, o governo e o Congresso precisarão de coragem e determinação para adotar medidas duras, mas essenciais para a retomada do desenvolvimento. Entre elas, estão as reformas previdenciária, tributária e administrativa, a recomposição das contas públicas, a modernização das leis trabalhistas e a revisão dos marcos regulatórios. Só com iniciativas firmes e ousadas poderemos voltar a trilhar o caminho do desenvolvimento, do qual nos distanciamos nos últimos anos.

Neste momento turbulento, em que se discute o impeachment de um presidente da República pela segunda vez em pouco mais de duas décadas, temos a certeza de que o Congresso agirá com serenidade, grandeza e patriotismo para tomar a decisão que o país exige. Desse modo, poderemos suplantar a crise, tornar a crescer e gerar empregos.

É hora de mudar.
Herculano
14/04/2016 06:03
CONGLOMERADO GOVERNISTA DERRETEU EM 15 DIAS, por Josias Souza

O número mais extraordinário do teatro da existência é aquele que a pessoa se dispõe a executar no instante em que é excluída do espetáculo. Em conversa com dez repórteres, Dilma Rousseff disse que colocará em cartaz um "pacto". Alguém indagou: se perder a batalha do impeachment aceitará participar de um pacto? Eis que, de repente, baixou em Dilma a luz que costuma brilhar quando alguém tropeça no óbvio: "Se eu perder, estou fora do baralho."

Há duas semanas, Dilma perseguia um par de objetivos estratégicos: não cair e fingir que ainda dava as cartas. Agora, já não consegue simular as aparências mínimas do poder. E reconhece que pode ter virado uma Rainha de Copas descartável. Seu conglomerado partidário derreteu em escassos 15 dias. Começou a se dissolver em 29 de fevereiro, quando o PMDB desligou-a da tomada. E se liquefez nas últimas 48 horas, depois que o pedido de impeachment foi aprovado na comissão especial que o analisava.

Primeiro, o PP declarou-se pró impeachment. Na sequência, vieram o PSD e o PTB. No PR, as defecções já roçam os 60%. Nesse contexto, o anúncio do PDT de que permaneceria ao lado de Dilma serviu apenas para oferecer um parâmetro capaz de reforçar a impressão de derretimento. Nesta quinta-feira, reúne-se na Câmara a bancada do PMDB. Os correligionários de Michel Temer perseguem algo que se aproxime da unanimidade anti-Dilma.

Na entrevista que saiu pela culatra, Dilma queixou-se da imprensa. Talvez devesse considerar a hipótese de modificar seus hábitos de leitura. Ao percorrer os jornais do dia, em vez de desperdiçar o seu tempo nas editorias de política e de polícia, poderia concentrar-se na seção de empregos. Até auxiliares próximos da presidente reconhecem, sob reserva, que cresceram as chances de a presidente ser enviada para o olho da rua.
Herculano
14/04/2016 05:58
NÃO VAI TER PACTO, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

Dilma e Temer estão em guerra aberta, mas afinaram o discurso em um único ponto. A presidente e o vice prometem um grande pacto nacional caso saiam vitoriosos da batalha do impeachment.

"O meu primeiro ato pós-votação é a proposta de um pacto, de uma nova repactuação, sem vencidos nem vencedores", disse a presidente, na entrevista de ontem no Planalto.

"A grande missão é a da pacificação do país, da reunificação do país. É preciso um governo de salvação nacional", conclamou o vice, no áudio que vazou sem querer querendo.

A ideia soa bem, mas tem tudo para ser a primeira promessa descumprida por quem vencer a votação na Câmara. A razão é simples: a sociedade e as forças políticas acordarão mais divididas na segunda-feira.

Se ficar no cargo, Dilma continuará a governar em minoria no Congresso. Isso significa que ela não terá os votos necessários para aprovar reformas ou aumentar tributos.

Esse apoio poderia ser buscado num ambiente de concertação, mas Dilma estará rompida com o vice e a oposição, que chamou de golpistas. Ainda enfrentará a ira de quem foi às manifestações de amarelo e dos empresários que bancaram uma campanha milionária para derrubá-la.

Temer tem mais chance de começar uma nova gestão com maioria no Congresso, mas duelará com uma oposição aguerrida, liderada pelo PT e amplificada por sindicatos e movimentos sociais. Sua ação ostensiva para chegar ao poder aumentará o ressentimento dos derrotados.

Junte isso à "Ponte para o Futuro", que prevê arrocho e cortes de direitos trabalhistas, e imagine as greves e barricadas que vêm por aí. Mesmo que costure um acordão com o andar de cima, Temer precisará recorrer à polícia para conter os insatisfeitos.

Aconteça o que acontecer, o Brasil da semana que vem deve ter a cara da Esplanada dos Ministérios no domingo: dividida por grades de ferro para tentar evitar que as diferenças sejam resolvidas a socos e pontapés
Herculano
14/04/2016 05:46
LÍDERES PRO-IMPEACHMENT TEMEM O 'JÁ GANHOU', por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A euforia provocada pela rápida deterioração da situação da presidente Dilma gerou um clima de "já ganhou" que passou a preocupar o "QG" do movimento que articula o impeachment na Câmara dos Deputados. Até o Palácio do Planalto admite que os "ventos" sopram em favor do impedimento, mas a oposição teme que o governo, desesperado, aproveite para usar de recursos nada republicanos para virar a mesa.

SUBESTIMAR, NÃO
Políticos experientes não subestimam o governo, que tem "excesso de dinheiro". E sobretudo escassez de escrúpulos, mostra a Lava Jato.

FACA E O QUEIJO
Quem tem a caneta na mão e a chave dos cofres públicos ainda é Dilma. "Com controle de cargos", lembrou membro da oposição.

GATOS ESCALDADOS
Acenos de Dilma para retomar alianças esbarram no relacionamento sempre ruim com partidos, que reclamam dos seus maus tratos.

ALIANÇAS DESFEITAS
Dilma até nomeou ministros de outros partidos, mas lhes tirava verbas e programas, tornando os cargos decorativos. Isso eles não esquecem.

DOADORES DE CAMPANHA COBRAM IMPEACHMENT
Doadores de campanha de deputados federais cobraram dos indecisos que votem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação do Palácio do Planalto, 60 parlamentares migraram para o impedimento, em 24 horas, após o pedido dos empresários. A pressão foi irresistível sobre o nanico PTN, que negociava com o ex-presidente Lula o Ministério do Turismo e a Funasa para votar com Dilma.

LIBEROU GERAL
O partido apoiava Dilma, mas decidiu liberar a bancada, formada por 13 deputados federais, após ligações dos doadores de campanha.

CONFISSÃO DA LOROTA
Dilma reforçou os votos pró-impeachment acenando um "pacto" com àqueles a quem acusa de "golpe". Noves fora, "golpe" era só lorota.

NÃO ERA BEM ASSIM
Ninguém acreditou quando Carlos Lupi, capataz do PDT, anunciou que o partido votaria 100% contra o impeachment. Três já o desmentiram.

DELEGADO NO GOVERNO
Portador de tornozeleira eletrônica, o mensaleiro Valdemar Costa Neto recebeu Edson Moreira (MG), delegado do caso do goleiro Bruno. O policial aproveitou a fama para virar deputado. Agora virou opção de Valdemar para cargo importante no governo. De Dilma ou de Temer.

O 'ELEITORADO' CRESCE
O deputado Maurício Quintella Lessa (AL), que perdeu a liderança do PR por apoiar o impeachment, mostrou força: levou a Michel Temer uma dezena de correligionários que votarão contra Dilma.

BASTIDOR DO PODER
No auge da repercussão do vazamento do áudio, Michel Temer leu as notícias, inclusive no site DiáriodoPoder.com.br, deitou-se no sofá, pôs o iPad sobre o peito, fechou os olhos e fez silêncio. Depois, se levantou calmamente e foi encontrar repórteres que aguardavam as explicações.

DESESTABILIZAÇÃO
A cúpula do PT acredita que se Dilma cair e Michel Temer assumir, Lula e aliados conseguirão infernizar e desestabilizar o novo presidente como forma de viabilizar a candidatura petista a presidente, em 2018.

FUNDO DO FUNDO
A pindaíba do governo é tão grave que faltou dinheiro até na mídia na Presidência, verba oficial de publicidade. Agências contratadas não recebem e são forçadas a pedir descontos e prazos para pagamento.

SEM VIRGENS, NEM SANTOS
Ministro líder no Superior Tribunal de Justiça acha que o impeachment não se torna ilegítimo pelo fato de Eduardo Cunha presidir a Câmara: "Seria como desqualificar a testemunha de homicídio num cabaré por ser prostituta. "Em ambos os lugares, não existem virgens ou santos".

APOSTA NO D?"LAR
No cafezinho da Câmara, os deputados brincavam com a provável queda de Dilma, aconselhando investimento em dólar na segunda-feira, porque o mercado deve reagir muito positivamente à queda de Dilma.

ABESTADO INFIEL
Líder do PMDB na Câmara em 1986 e 1987 e líder do governo José Sarney (PMDB) entre 1987 e 1988, o ministro Marcelo Castro (Saúde) pode não retornar ao cargo e ainda perder o partido, por expulsão.

PENSANDO BEM...
...o Pacto proposto por Dilma deve ser a sigla de Projeto de Acordão Contra Temer e Oposiçã
Herculano
14/04/2016 05:33
REVISÃO INCONSEQUENTE, por Paulo Paulo Henrique Mariante, para o jornal Folha de S. Paulo

Uma das poucas coisas que todos temos certeza em relação a Dilma Rousseff é que ela não renunciará. Ex-guerrilheira, a presidente gosta de citar o passado para dizer que entregar as armas não é opção, que lutará até a última instância pela própria sobrevivência política. Como diz uma amiga, Dilma tomou choque no bico do peito e não se dobrou. Nada indica que o fará agora.

Compreensível. Renúncia é desistência e isso não bate com o ideário esquerdista. Renunciar como estratégia política não funciona muito, a história deste país prova, e até nossos congressistas já aprenderam que é mais seguro apanhar no cargo.

Dilma vai preferir a morte lenta do impedimento. Confia que deixar o Planalto com o braço esquerdo erguido bradando que a luta continua, como José Dirceu fez ao ser preso, será seu ritual final de purificação. Mas está enganada. Dilma entrará para história como uma presidente incompetente, na política e na economia, capaz até de, em meio ao maior dos escândalos de corrupção, cair sem, de fato, ter se locupletado. Pior, julgada por um Congresso com contas na Suíça e campanhas pagas com dinheiro público propinado por empreiteiras.

Nem a esquerda empedernida a poupará. Dilma foi arrogante, inepta e prejudicou o projeto de poder de seu partido. Esse será o verdadeiro sacrifício da presidente, ser lembrada como piada, pelos memes, pela mandioca. Para quem lutou tanto, fracasso.

Dilma poderia buscar a expiação de seus até aqui poucos pecados da mesma forma que como guerrilheira buscou a luta armada. Ex-Petrobras, ex-Casa Civil e recipiente de duas campanhas presidenciais sob suspeição, deve ter arsenal suficiente para muitas revoluções, das que implodem "conspiradores" às que fazem a necessária profilaxia de nosso sistema político-partidário.

Dilma não fará isso para preservar os companheiros de uma geração que se vê impoluta, a despeito de qualquer crime. Mas deveria fazê-lo pelo país e por sua história
Herculano
14/04/2016 05:25
REVISÃO INCONSEQUENTE, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Como se o governo federal colhesse dinheiro em árvores e não enfrentasse sérias dificuldades econômicas, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu, de forma provisória, dar razão a alguns Estados que pediram mudanças no cálculo de suas dívidas com a União.

Por ora, as liminares favoreceram Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, mas tudo sugere que as demais unidades da Federação seguirão o mesmo caminho. Se todas forem contempladas num julgamento definitivo, terá sido criado um rombo de cerca de R$ 300 bilhões nos cofres federais.

As ações desses Estados defendem uma revisão irresponsável de seus débitos. Pretendem que sejam cobrados juros simples, em vez dos usuais juros compostos. Grosso modo, as taxas incidiriam apenas sobre o montante original, e não sobre o valor corrigido.

Compreende-se o esforço dos Estados, que buscam solução para uma situação de penúria. Ocorre que a alteração não faria o total devido diminuir; apenas transferiria para a União a responsabilidade pelo pagamento.

É que, no final dos anos 1990, a renegociação do passivo estadual contou com pesados subsídios do governo federal. Esta, a fim de ajudar os Estados, endividou-se no mercado ?"e os juros incidentes sobre a dívida da União são compostos. Não faz o menor sentido que os critérios sejam diferentes.

Já não seria pouco se essas liminares apenas impusessem tal desfalque ao Tesouro Nacional, com o consequente agravamento da penosa situação econômica do país. As decisões, porém, fazem mais: levam insegurança jurídica a todos os contratos que prescrevam o uso de juros compostos ?"ou seja, a todos os contratos financeiros.

Os juros simples não são prática no mercado financeiro, seja para corrigir dívidas, seja para remunerar investimentos, aqui incluídos os mais comezinhos, como a poupança. Pode-se imaginar a instabilidade que o STF criará se seu plenário confirmar a revisão das taxas nos contratos estaduais.

A solução para o problema dos Estados, agravado em grande parte pelo populismo dos governadores, não está nos tribunais. Está num entendimento político com o governo federal em torno da melhor forma de alcançar um alívio de caixa em troca de contrapartidas rigorosas.

O alongamento de prazos em troca de compensações na gestão de pessoal e melhorias nos sistemas previdenciários é um bom começo. Deve ser inserido nesse acerto, ademais, uma negociação sobre o ICMS, para pôr fim à guerra fiscal.

Não será com ativismo judicial inconsequente que se encontrarão saídas para o pesado endividamento estadual.
Carrapataço
13/04/2016 21:57
"Se eu perder vou ser carta fora do varalho".

É isso Dilma. Toda carta ruim é tirada do baralho pra não melar o jogo.
Herculano
13/04/2016 20:52
MORRE AOS 94 ANOS, BRUDA WEHMUTH

Faleceu às 14h de quarta-feira (13), em sua residência com a idade de 94 anos o Sr. Herbert Wehmuth, conhecido por Bruda Wemuth, morador do Centro. Deixa viúva a Srª. Sigrid Wehmuth, 04 filhos e 02 netos. Seu sepultamento será realizado quinta-feira (14), às 16h, saindo o féretro da Capela Mortuária Bom Pastor, onde seu corpo está sendo velado e onde haverá celebração de corpo presente, seguindo após para o Cemitério Municipal de Gaspar.
Sujiro Fuji
13/04/2016 20:19
Precisamos acabar com os partidos nanicos, insignificantes e numerosos. Verdadeiros cabides de empregos, gastos intermináveis e poder em mãos de desqualificados!
Precisamos banir os partidos comunistas como a Ucrânia fez. Aprenderam a amarga lição e nunca mais querem que essa maldição ocorra em suas vidas!
Paty Farias
13/04/2016 19:19
Oi, Herculano;

Do Blog do Políbio:

"O cantor Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, foi expulso de um vôo da Gol nesta quarta-feira, no aeroporto de Congonhas, por três agentes da Polícia Federal. O músico estava a caminho de Maringá, onde fará uma palestra a favor da presidente Dilma Rousseff (PT), às 17h, na Associação dos Funcionários da UEM (AFUEM).

Em vídeo postado no Facebook, feito por um passageiro, Tico Santa Cruz tentou sentar na poltrona número 1, do tipo "assento conforto", mas foi impedido por funcionários da Gol, porque teria que ter pago a diferença e não fez isto.

Dentro do avião, o músico afirma que os demais passageirosiniciaram "um tumulto coletivo". "Começaram a gritar, xingar, reclamar!, queixou-se o cantor."

Segundo Tico Santa Cruz, o debate de hoje à noite na UEM, organizado pela Frente Brasil Popular, formada por entidades que apoiam a presidente Dilma Rousseff, está confirmado."

O sem-vergonha quis se aproveitar.
Elle pensam que são donos de tudo.
Só tem vagabundo na seita do jararaca.

Herculano
13/04/2016 16:53
PMDB FAZ ALMOÇO PARA CONVERSAR COM A IMPRENSA

O PMDB Catarinense vai comemorar 50 anos no sábado dia 23. E na programação, para marcar a data, fará um almoço na segunda-feira, dia 25, no Lira, em Florianópolis.
Sujiro Fuji
13/04/2016 14:09
Olhando a Maré também é entretenimento:

Complete a frase:
"Bandido bom é bandido ?.."
"Renan bom é Renan ?.."
"Dilma boa é Dilma ?.."
"Lula bom é Lula ?.."
Herculano
13/04/2016 13:11
O HUMOR DE JOSÉ SIMÃO

Essa semana vai ser Impeachment X Golpeachment!

Vamos substituir o cloro da água por Rivotril. Semana do Rivotril. Uma amiga minha está tão nervosa que virou um poço de Rivotril. E a Sabesp vai botar Maracujina nas torneiras!

E o Temer? O Temer é um Drácula Desastrado: primeiro escreve carta de corno em latim. Agora vaza áudio com discurso de presidente!

E o "Sensacionalista" disse que ele sofre de ejaculação precoce.

Rarará!

O discurso da ejaculação precoce! Agora só falta ele ser flagrado roubando a faixa no meio da noite! E ser filmado pela câmera de segurança!
Herculano
13/04/2016 13:09
da série: o cortejo de quem é pago para defender o PT e o governo petista na esgotofera, a qual já foi desvendada há muito e vem perdendo audiência, a credibilidade e a disputa pela transparência.

ALERTA GERAL, por Bruno Altman, do ?"pera Mundi

Os monopólios de comunicação tratam de vender uma imagem de derrota e rendição do governo diante da votação do impeachment. Os objetivos são claros: provocar o chamado efeito-manada entre os deputados e enfraquecer a mobilização democrática.

As informações passadas por estes veículos constituem pura guerra psicológica. A situação é difícil e perigosa, não resta dúvida, mas o placar real demonstra que a batalha contra o golpe poderá ser vitoriosa.

A oposição de direita, somando todas as últimas adesões e já contando os indecisos que pendem para o seu lado, reúne 308 votos. A bancada da democracia alcança 161 votos. A disputa se dá principalmente na conquista dos 44 votos ainda indefinidos.

A hora é dramática e de combate, mas jamais de baixar a guarda ou cair no desanimo, pois isso é tudo que desejam os golpistas.

Vamos continuar lutando por cada palmo de rua e cada voto no parlamento. Está em jogo o futuro de nosso país.
Paty Farias
13/04/2016 12:58
Oi, Herculano

"SABOREANDO A FAMA
Os 15 minutos de fama do presidente da Comissão do Impeachment subiram à cabeça do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que agora circula nas ruas de Brasília sob escolta de carro com 4 seguranças."

Discordo de Cláudio Humberto, às 06:39HS.
É apenas precaução, o petê é assassino.
Mariazinha Beata
13/04/2016 12:52
Seu Herculano;

Portal Terra: Brasil tem 60 milhões de inadimplentes, diz SERASA EXPERIAN.

Como diria o Blogueiro Manoel;
ACREDITARAM NELLES?
BEM FEITO!!!
Bye, bye!
Herculano
13/04/2016 12:19
COMO MARCO AURÉLIO SE TORNOU VÍTIMA DE SUA PR?"PRIA CONCEPÇÃO DE DIREITO, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Doutor resolveu recorrer a algumas feitiçarias no caso de uma liminar relativa ao impeachment de Michel Temer e abriu caminho, então, para que se debata seu próprio impedimento. Divertido!

O Movimento Brasil Livre (MBL) fez o correto, conforme se comentou aqui no dia 6, e entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que mandou arquivar denúncia por crime de responsabilidade feita pelo movimento contra o ministro Marco Aurélio.
Ao fazê-lo, o MBL deu um nó na, digamos assim, clarividência jurídica do ministro e acabou submetendo uma decisão sua ao ridículo.

Vamos explicar. O doutor concedeu uma liminar esdrúxula em mandado de segurança que pedia que Eduardo Cunha, presidente da Câmara, fosse obrigado a abrir um processo de impeachment contra Michel Temer, vice-presidente.

Tanto o Regimento Interno como a jurisprudência do tribunal são pacíficos sobre o poder que tem o presidente da Casa de aceitar ou rejeitar a denúncia.
O MBL entrou, então, no Senado com uma denúncia de crime de responsabilidade contra o ministro, que foi de pronto rejeitada por Calheiros.

O que fez o advogado Rubens Alberto Gatti Nunes, membro do MBL? Ora, seguiu a clarividência do próprio Marco Aurélio e entrou com um mandado de segurança no Supremo pedindo que o presidente do Senado seja obrigado a aceitar a denúncia.

Ou por outra: se Marco Aurélio estiver errado e o MBL estiver certo no caso da liminar que o ministro concedeu obrigando a instalação da comissão do impeachment de Temer, tal liminar vai cair. Se, no entanto, Marco Aurélio estiver certo e o MBL errado no caso da liminar da Câmara, então é preciso que se dê a liminar ora pedida pelo MBL contra? Marco Aurélio.

O ministro, ora vejam!, tornou-se vítima de sua própria concepção de direito.
Herculano
13/04/2016 11:54
QUASE SE AFOGANDO, O PSD É O ÚLTIMO A DESEMBARCAR

Depois do PP, partido de Kassab, PSD, deve anunciar desembarque daqui a pouco. O PSD (Partido Social Democrático), presidido pelo ministro Gilberto Kassab (Cidades), marcou para 11h30 de hoje uma reunião de sua bancada na Câmara dos Deputados. A pauta é como a legenda deverá se posicionar a respeito do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, no domingo
Herculano
13/04/2016 09:28
OS RESPONSÁVEIS, por Cristiano Romero, para o jornal Valor Econômico

Parte 1

Dilma, Mantega, Barbosa e Arno: os nomes da pior crise

A economia brasileira enfrenta, no biênio 2015-2016, aquela que já é considerada a mais longa recessão de sua história. Na verdade, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getulio Vargas, a recessão começou no segundo trimestre de 2014, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,1%.

O PIB caminha para encolher 8% nestes dois anos. A renda per capita deve contrair 10%. E a recuperação, mesmo que o atual governo sobreviva ao impeachment e dê uma guinada ortodoxa na política econômica ou que um novo governo, com capital político, assuma e decida fazer tudo certinho, será bem lenta porque a desarrumação na área fiscal é grande. O país deve levar alguns anos para colocar a casa em ordem. A década atual está perdida.

Em 25 anos de redemocratização - 1985-2010 -, o Brasil estabilizou a política e a economia depois de passar por experimentos fracassados de controle de preços, decretar a moratória da dívida externa e tornar-se um pária no sistema de crédito internacional, confiscar os depósitos e a poupança da população, assistir à falência do Estado e conviver com inflação crônica e hiperinflação. Não resolver todos os problemas estruturais, mas criou as condições para crescer de forma mais rápida e, assim, começar a combater a pobreza e a diminuir as desigualdades sociais, chagas seculares de sua história.

Mas eis que, quando tudo parecia caminhar bem, um governo eleito democraticamente decidiu mudar o rumo das coisas, apenas porque suas convicções não estavam de acordo com uma política que, apesar de bem-sucedida, considerava "neoliberal". Em apenas quatro anos, a nova administração demoliu a solidez fiscal, âncora do razoável sucesso obtido nos 12 anos anteriores e esteio da confiança de empresários e consumidores na economia.

O Brasil não entrou em crise por causa de fatores externos. A ruína, que em grande medida explica a instabilidade política, foi produzida aqui mesmo. Os principais responsáveis por isso são os seguintes cidadãos:

1. DILMA ROUSSEFF: ainda ministra das Minas e Energia, não se conformou com as opções feitas por Lula na economia. De tanto ouvir suas críticas, o chefe lhe pediu um plano alternativo, que nunca apareceu. Em 2005, promovida à chefe da Casa Civil, rejeitou proposta da área econômica para zerar o déficit público. No segundo mandato de Lula (2007-2010), criou um programa (o PAC) para aumentar a participação do Tesouro e das estatais em investimentos públicos. Incentivou o BNDES a adotar a política de campeãs nacionais, que consistia em escolher e financiar grandes empresas, com dinheiro subsidiado, para que elas se tornassem líderes mundiais. Foi a principal artífice da mudança do regime de exploração de petróleo, de concessão para partilha; da decisão que tornou a Petrobras a operadora única do pré-sal, com presença mínima em 30% do capital dos consórcios; e da política de conteúdo nacional, medidas que, combinadas, quebraram a estatal e paralisaram o setor no país. Em seu primeiro mandato, superindexou o salário mínimo à inflação e ao PIB; suspendeu a autonomia informal do Banco Central; admitiu inflação mais alta; fez intervenção desastrada no setor energético; congelou os preços dos combustíveis e abandonou a disciplina fiscal.
Herculano
13/04/2016 09:27
OS RESPONSÁVEIS, por Cristiano Romero, para o jornal Valor Econômico

Parte 2

2. GUIDO MANTEGA: ministro da Fazenda mais longevo da história, emitiu os primeiros sinais de mudança em junho de 2007, quando operou para Lula fixar em 4,5% a meta de inflação de 2009, relevando o fato de o IPCA do ano anterior ter ficado em 3,6%, abaixo do alvo oficial. O mercado entendeu que o processo de desinflação terminara ali e que, portanto, não haveria espaço nos anos seguintes para redução dos juros. O ministro trabalhou intensamente nos bastidores para derrubar Henrique Meirelles do comando do BC e aproveitou a crise mundial de 2008 para expandir a oferta de crédito dos bancos estatais e reduzir, na marra, os spreads bancários. No primeiro mandato de Dilma, mesmo perdendo influência para Nelson Barbosa e Arno Augustin, pôs em prática medidas que solaparam de vez a disciplina fiscal, como o fim da exigência de que Estados e municípios cumprissem a meta fiscal e a concessão de desonerações tributárias para estimular o consumo a qualquer preço. Saiu do governo apontado como principal responsável pelo fracasso, a ponto de ser vaiado em locais públicos.

3. NELSON BARBOSA: foi o principal mentor da Nova Matriz Econômica, o conjunto de medidas concebido para relativizar o tripé de política econômica (superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação) e criar um "novo equilíbrio" - câmbio desvalorizado e juros baixos, no lugar de câmbio apreciado e juros altos. Crítico mordaz do ajuste realizado no primeiro mandato de Lula e adversário aberto da política monetária conduzida pelo BC, tirou proveito da crise de 2008 para pôr em prática a ideia que lhe é mais cara: a de que a expansão dos gastos públicos, com a consequente redução do superávit primário, faz o setor privado investir e acelerar a taxa de crescimento. Principal assessor de Dilma, esperou Lula deixar o governo para implodir a política "neoliberal". À medida que a Nova Matriz dava errado, sugeria a diminuição do esforço fiscal. Quando o navio começou a emborcar, pulou fora, alegando divergência com o capitão, mas retornou um ano e meio depois. Como ministro do Planejamento, conspirou para tirar Joaquim Levy da Fazenda, o que acabou logrando um ano depois. Antes, entregou-lhe um corte no orçamento de R$ 69,9 bilhões para não dar R$ 70 bilhões; reduziu a meta de superávit; mandou ao Congresso proposta de orçamento deficitário - medidas que fizeram o país perder o selo de bom pagador de dívidas, obtido sete anos antes -; abriu a porteira para os Estados reduzirem o pagamento do que devem à União etc.

4. ARNO AUGUSTIN: passou despercebido no segundo mandato de Lula, mas, próximo de Dilma, assumiu enorme importância depois, ocupando o mesmo cargo (o de secretário do Tesouro). Nas reuniões com empresários e técnicos, defendeu de forma intransigente a fixação de taxas internas de retorno incompatíveis com o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos. É responsabilizado pela "contabilidade criativa", manobra adotada para forjar o cumprimento da meta de superávit primário em 2012, e pelas "pedaladas fiscais", a retenção de repasses de programas federais a bancos estatais, que se viram obrigados a bancar o gasto, descumprindo a Constituição, que veda o financiamento do Tesouro pelas estatais - o objetivo foi o mesmo: mascarar o esforço fiscal.
Herculano
13/04/2016 09:24
O BRASIL FORA DO JOGO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

A economia brasileira encolheu 3,8% no ano passado e deve encolher mais 3,8% em 2016, enquanto a produção global deve aumentar 3,2%, segundo as novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI). O cenário é um pouco mais sombrio que o apresentado em janeiro e pode piorar, se os riscos - principalmente financeiros - se materializarem. Governos podem recorrer a medidas para reforçar o crescimento e torná-lo mais seguro, mas para isso devem dispor de algum espaço nas políticas monetária e fiscal. Não é o caso do governo brasileiro e isso fica claro, mais uma vez, no Panorama Econômico Mundial publicado pelo Fundo.

A presidente Dilma Rousseff conseguiu converter o Brasil numa espécie de pária entre os países emergentes e em desenvolvimento. A maior parte desses países cresce mais que o grupo dos mais desenvolvidos. Alguns foram severamente afetados pela baixa dos preços dos produtos básicos. Apesar disso, ainda avançam e exibem algum dinamismo. A China, envolvida numa política de reorientação econômica, perdeu impulso nos últimos anos, mas seu Produto Interno Bruto (PIB) aumenta em ritmo próximo de 6,5%.

Só dois Brics estão em recessão, o Brasil e a Rússia. Mas o recuo da economia russa deve-se à queda do preço do petróleo e às restrições que lhe foram impostas, como consequência da invasão da Ucrânia, pelas maiores potências ocidentais.

Na América do Sul, só o Equador, afetado pelo câmbio e pelo preço do petróleo, e a Venezuela, arrasada pela administração bolivariana, exibem desempenhos piores que o brasileiro. Na maior parte da vizinhança, o crescimento continua, a inflação é menor que no Brasil e quase todos têm espaço para manejar a política monetária.

No Brasil, esse espaço é praticamente nulo, embora a alta de preços tenha arrefecido no último bimestre. As projeções apontam para 2016 um resultado melhor que o de 2015. No mercado há previsão de corte de juros no fim do ano, mas dirigentes do Banco Central (BC) continuam negando essa possibilidade.

Especialistas continuam prevendo inflação anual superior a 7%. Na melhor hipótese, o número dificilmente ficará abaixo do limite de tolerância de 6,5%. Entre 2011 e 2014, a taxa oscilou na vizinhança de 6%, mesmo com a compressão política de preços como os da gasolina, da energia elétrica e do transporte público.

O resultado da tolerância à inflação elevada foi a explosão de 2015. Dirigentes do Banco Central podem ter assimilado a lição. Não é o caso dos principais líderes do PT nem de Dilma. Dirigentes partidários pressionam por uma redução de juros. A manutenção da taxa básica em 14,25% já tem sido criticada por analistas como concessão do Comitê de Política Monetária (Copom). Um corte, no entanto, teria sido escandaloso e os chefes do BC têm mantido a compostura.

"No Brasil", segundo os autores do Panorama, "as autoridades deveriam perseverar nos esforços de consolidação fiscal para favorecer uma retomada da confiança e do investimento." Sem espaço para afrouxar a política fiscal, resta ao governo uma tarefa mais básica - reconquistar credibilidade e recriar um ambiente estimulante para os negócios. Para levar a inflação à meta de 4,5% em 2017 será necessária uma política monetária apertada. Mas também será preciso cuidar do potencial de crescimento, e para isso, de acordo com o relatório, o governo terá de promover reformas estruturais. São mudanças indispensáveis à elevação da produtividade e do poder de competição. Será importante incluir nessa política as concessões na área de infraestrutura.

Com pouca possibilidade de cortar gastos, o governo precisará de "medidas tributárias no curto prazo". Não há, de acordo com os analistas do FMI, como evitar um aumento de impostos, mas eles não detalham o tipo de tributo necessário. Não há endosso à recriação do imposto do cheque. Mas a solução do problema fiscal só virá com a eliminação da rigidez orçamentária e de "mandatos insustentáveis do lado do gasto". Como um governo fraco poderá avançar nessa tarefa politicamente complicada? Nada se diz sobre isso no relatório. É assunto exclusivo dos brasileiros.
Herculano
13/04/2016 09:22
OUTRO SURTO DE LOUCURA, por Vinicius Torres Freire, para o jornal Folha de S. Paulo

No desespero, Estados querem resolver sua situação fiscal com mágica financeira. Querer "requebrar" o país inteiro.

Imagine-se que o leitor tenha a boa sorte e a prudência de haver acumulado alguma poupança, aplicações financeiras, "investimentos". Imagine ainda que, um certo dia, chegue uma carta assustadora do banco: o leitor não tem mais aquele dinheiro que imaginava poupado até ontem. Tem muito menos. Talvez tenha de devolver algum para o banco.

Não, não foi um erro. Uma decisão de alguma suprema e etérea corte de Justiça acabou de restaurar uma norma comercial de leis do Império, herdada de tempos medievais, que proíbe a cobrança de juros compostos, "juros sobre juros". Era assim que o dinheiro da sua aplicação financeira vinha rendendo, era assim que vinha sendo capitalizado. No entanto, essa corte de Justiça abstraída da realidade decidiu que valem apenas juros simples.
Revolta? Colapso financeiro? Tumulto nas relações financeiras? Insegurança jurídica?

Pois bem. É o que acaba de acontecer com a dívida de Estados com a União. Em decisão provisória, o Supremo Tribunal Federal decidiu na quinta-feira passada que o Estado de Santa Catarina pode, por enquanto, recalcular sua dívida com o governo federal com base em juros simples. O Rio Grande do Sul obteve a mesma liminar. Alagoas e Rio de Janeiro pretendem também buscar o maná picareta. Se valer para todo o mundo, o prejuízo federal pode ir a centenas de bilhões.

Como se sabe, no caso da capitalização composta, "juros sobre juros", a taxa de juros de um empréstimo, por exemplo, incide sobre os juros que não foram pagos, mas incorporados à dívida original. Tomei emprestados R$ 100, a uma taxa de juros de 10% ao ano, por dois anos. Ao final do primeiro ano, a dívida é de R$ 110 (R$ 100 do empréstimo, mais R$ 10 de juros não pagos no primeiro ano). Ao final do segundo ano, a dívida é de R$ 121 (R$ 110 mais 10% sobre esse valor: R$ 11).

Pode-se fazer a coisa de outro modo: pedir taxas de juros simples mais altas e outras maluquices complexas e ineficientes extintas em quase qualquer lugar do planeta. Até a rudimentar caderneta de poupança rende "juros compostos".

Em mais um capítulo da regressão brasileira às selvas, alguns Estados querem aplicar o truque a fim de se safar magicamente de suas dívidas. O artifício é ainda mais louco e inacreditável quando se lembra que o governo federal, a União, assumiu a dívida impagável dos Estados nos anos 1990, deu um desconto, refinanciou, tudo a fim de evitar uma quebra catastrófica, entre outros problemas.

Para assumir tais compromissos, o governo federal, a União, tomou dívida a "juros compostos" no mercado. Pior ainda, os Estados que conseguiram os maiores refinanciamentos eram os mais ricos. No entanto, os juros da dívida federal são pagos pelo país inteiro.

A coisa toda em si mesma já é muito descarada, mas pode ficar ainda pior caso não se contenha essa demência. Uma eventual decisão definitiva do Supremo em favor dessa demanda alucinada pode provocar efeitos em cascata, criar "precedentes", provocar tumultos e tentativas de revisões de relações financeiras variadas.

No desespero, Estados querem resolver sua situação fiscal com mágica financeira. Querer "requebrar" o país inteiro
Herculano
13/04/2016 09:14
DE CASO BEM PENSADO, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

À primeira vista, o vice-presidente da República fez uma bobagem ao gravar o ensaio do discurso que faria (fará?) no caso de aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O áudio se tornou público e o "vacilo" de Michel Temer virou o assunto do dia e motivação para o ataque frontal de Dilma a Temer, ontem. Presidente e vice estão em guerra aberta.

Ao contrário do que disse logo ao saber do áudio e repetiu no discurso presidencial, não houve queda alguma de máscara, uma vez que não havia mascarados entre ambos os contendores. O jogo contra e a favor do impeachment ocorre à frente de todos e o espetáculo não é bonito de se ver.

Voltando ao episódio que rivalizou com a aprovação do pedido de impedimento na comissão especial, uma segunda leitura - menos apressada e levando em conta o tipo de político que é o vice - mostra com toda clareza que a divulgação foi intencional. Mais ou menos como ocorreu com aquela carta dirigida à presidente em que, entre outras queixas, reclama de ser mera peça de decoração, de não privar da confiança de Dilma e do fato de nem ele nem ministros do PMDB terem acesso a decisões de governo.

Na época Michel Temer disse que a mensagem não era para ter sido divulgada e seus aliados chegaram a responsabilizar o Palácio do Planalto. Assim como agora, inicialmente o texto foi visto como um erro de cálculo de Temer que, segundo interpretações, teria ficado na posição de menino-chorão. A assessoria da presidente tratou logo de disseminar essa versão e o vice foi ironizado.

De modo precipitado. A precipitação é má conselheira, pois pode produzir o equívoco. Na vida, muitas vezes; na política, sempre. Se há uma característica que não está no "chip" de Temer é a afobação. Cuidadoso ao extremo às vezes da omissão, é frio feito peixe. Não diz uma palavra a mais do que aquilo que realmente está querendo dizer e faz seu jogo mexendo as peças de olho no efeito do lance seguinte.

Hoje pode perfeitamente alegar que a já famosa carta é indicador claro de que não pode ser responsabilizado junto com Dilma por possíveis atos ilícitos do governo. Afinal, um vice apenas não influi nem contribui. Se não priva da confiança da presidente, é claro que ela não dividiu com ele suas decisões. Se o PMDB foi alijado do núcleo de poder, o partido em tese não tem nada a ver com "isso tudo que está aí".

Tudo muito bem pesado e medido antes de ser escrito. Note-se que o elenco de recados certeiros também esteve presente no áudio: mostra-se um homem ponderado em momento conturbado, propõe o diálogo, a pacificação dos ânimos, toca em todos os pontos passíveis de correção no governo e fala aos setores interessados. Ou seja, todos, empresários, trabalhadores, movimentos sociais, pobres e ricos.

Não se esqueceu de nada. Disse o que as pessoas (ao menos a maioria) querem ouvir. Se ele vai ter oportunidade de fazer são outros quinhentos a serem contabilizados a partir de domingo próximo. Se efetivamente vai fazer, tampouco é possível saber. Mas, a intenção era fazer aquele discurso a fim de se mostrar preparado para o que der e vier. Como se propôs oficialmente a se preservar, Temer estava impedido de convocar uma entrevista coletiva para anunciar suas pretensões.

Ora, então um político que foi três vezes presidente da Câmara, tem mais de 70 anos de idade e décadas dedicadas ao ofício, iria gravar a prova do crime? E mais: apertar uma tecla de telefone por engano? Coincidências existem, mas na área de trabalho das raposas elas são raríssimas exceções. E vejam o caro leitor e a prezada leitora que o grupo de WhatsApp onde o vice-presidente cometeu a "gafe" havia sido criado na véspera.

Seria de acrescentar, com finalidade específica.
Herculano
13/04/2016 09:11
O EFEITO MANADA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Efeito manada leva partidos inteiros para o impeachment. O que mais o governo temia está acontecendo: o efeito manada está levando partidos inteiros para o impeachment, tornando inúteis os ministérios, as diretorias, todas as miçangas que o cacique Lula está oferecendo em cena aberta em Brasília.

Já não acreditam que haverá governo na segunda-feira próxima para cumprir o prometido, e mais do que isso, não acreditam que, havendo governo, o prometido será cumprido. Essa desconfiança básica do PT e, sobretudo, da presidente Dilma, é o que move o xadrez em Brasília contra o governo.

Com a decisão do PP de sair do governo, e a tendência do PMDB de fechar questão a favor do impeachment, forma-se a maioria de 342 votos necessários para aprovar o impeachment na Câmara. Isso sem contar com a debandada que pode ocorrer no PSD e no PR, que já liberaram suas bancadas para a votação.

A prisão do ex-senador Gim Argello, companheiro de caminhadas matinais da presidente, e o veto de uma juíza federal a que seu novo ministro da Justiça permaneça no cargo foram duas pedras de bom tamanho surgidas ontem no caminho tortuoso da presidente Dilma.

Indicado com apoio do Palácio do Planalto para uma vaga do Tribunal de Contas da União (TCU), Argello sofreu um boicote silencioso dos ministros, que ameaçaram nos bastidores rejeitá-lo. Seu nome teve que ser retirado às pressas, num acontecimento inusitado em Brasília.

É claro que, faltando algumas horas para a votação final, tudo pode acontecer, numa terra em que tanto vazam gravações feitas para incriminar quanto as que incriminam sem que essa fosse a vontade expressa, embora possa ser a expressão de um ato falho de um vice ansioso para assumir seu lugar na História.

A reação da presidente Dilma, tentando transformar a gafe de Temer em ato de alta traição, é apenas parte da luta política que os petistas cismam de travar, embora a disputa pareça estar se decidindo contra eles.

Nada indica que a população se indignará com a revelação de que o vice-presidente já se prepara para assumir o cargo, mesmo porque já se sabia que ele estava operando nos bastidores.

Numa eleição direta, é possível que a atitude pudesse mudar votos, mas esse eleitorado segregado aos partidos obedece a critérios mais pragmáticos. A pressão das bases é pela saída de Dilma, e poucos são os que, como Marina, se batem por "nem Dilma, nem Temer".

A realidade se impõe, tanto que a própria Marina tentou levar seu partido para a admissibilidade do impeachment na comissão, e foi boicotada pelo deputado Alessandro Molon, que pressionou o único delegado do partido a votar contra.

Se fosse verdade que os eleitores preferem Dilma a Temer, por causa do histórico fisiológico do PMDB e, sobretudo, devido à ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, as pesquisas de opinião mostrariam isso com clareza, e não indicariam que 60% da população quer o afastamento de Dilma.

A tentativa de colocar Cunha como o potencial vice-presidente de Temer parece uma boa sacada, mas é muito rocambolesca para ser levada a sério, mesmo porque, caso Temer venha a ser atingido pela ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), provavelmente Cunha já estará fora da presidência da Câmara, porque o resultado deve acontecer só em 2017, ou foi derrubado pelas diversas ações que correm no Supremo contra ele.

Por fim, as teorias da conspiração dominam Brasília. A falta de garra dos petistas e associados no plenário da Comissão pareceu a muitos sinal de que jogaram a toalha. Gritaram muito, mas não trabalharam para obstruir a votação, coisas em que eram especialistas nos seus bons tempos.

Muitos estranham também que no dia em que começava a ser decidida a sorte do governo na Câmara, Lula tenha ido ao Rio receber as homenagens de artistas e populares na Lapa. Parece já preparado para o pós-impeachment.
Mario Sergio
13/04/2016 08:45
Estimativas trimestrais do FPM

Encontram-se disponíveis no Observatório de Informações Municipais (www.oim.tmunicipal.org.br) as estimativas para o trimestre abril, maio e junho de 2016, detalhadas por Município.

Os valores efetivamente creditados até março de 2016 apresentam uma defasagem da ordem de R$ 880 milhões em relação a igual período de 2015.

Se forem cumpridas as estimativas para o próximo trimestre, os valores acumulados no semestre aumentarão tão somente 0,18% em relação a igual período de 2015, enquanto que o salário mínimo nacional aumentou em 11,68%!

Pelas projeções da Secretaria do Tesouro Nacional a primeira cota deve representar 48,16% do total mensal. A segunda cota 14,66% e a terceira 37,18%.

Veja também no Observatório

Além das notícias atualizadas diariamente, as novidades no Observatório são os estudos sobre:
- Investimentos x dívidas: panorama das finanças municipais
- Desempenho das finanças dos grupos de Municípios de maior vulnerabilidade
- As despesas municipais na área da saúde
- A receita per capita dos Municípios
- O índice de transparência municipal

Na seção de artigos destaca-se aquele que fala dos prazos de desincompatibilização

François Bremaeker
Gestor do Observatório de Informações Municipais
Herculano
13/04/2016 08:27
O RESPIRO DA ESQUERDA, QUANDO TUDO PARECE FINALIZADO

Conteúdo das agências de notícias. Texto do 247. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, o uruguaio Luis Almagro, alertou para o caráter surreal do golpe em curso no Brasil:

"Para nós o fundamental é a realização de um processo de impeachment de uma presidente Dilma Rousseff que não é acusada de nada, não responde por nenhum ato ilegal. É algo que verdadeiramente nos preocupa, sobretudo porque vemos que entre os que podem acionar o processo de impeachment existem congressistas acusados e culpados. É o mundo ao contrário", disse ele, em entrevista ao El País.

Recentemente, ele afirmou que o processo de impeachment de Dilma não tem "qualquer fundamento" e seu mandato constitucional deve ser respeitado.

"Não existe qualquer acusação, qualquer mancha em termos de corrupção sobre a presidente Dilma Rousseff, então não há qualquer fundamento para avançar com um processo de destituição, definitivamente não", disse.

Ele também fez uma ressalva sobre o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, na primeira instância: "todos os cidadãos são iguais perante a lei, e os juízes estão submetidos às leis que aplicam. Nenhum juiz está acima da lei que aplica".
Herculano
13/04/2016 07:48
A FALA DO TRONO DE TEMER, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Corrupção. Faltou não só a palavra, faltou qualquer referência ao tema. Pode ter sido esquecimento, o que não é pouca coisa, pois nesse caso Michel Temer seria o único brasileiro capaz de falar durante 14 minutos sobre a crise política, pedindo um governo de "salvação nacional", sem qualquer referência às iniciativas que feriram a oligarquia política e econômica brasileira.

Uma coisa é o destino da doutora Dilma. Bem outra são a Lava Jato e suas subsidiárias que estão encurralando oligarcas. É insultuoso supor que uma pessoa queira defenestrar a doutora e o PT para travar a Lava Jato, mas quem quer freá-la pode achar que uma troca é boa ideia. É necessário reconhecer que a cena do deputado Eduardo Cunha e do senador Romero Jucá de mãos dadas e braços erguidos comemorando o rompimento do PMDB com o Planalto mostra para onde vão os interesses de uma banda da oligarquia. Cunha é réu de um processo no Supremo Tribunal e Jucá está sendo investigado pelo Ministério Público.

Se houvesse qualquer referência ao combate à corrupção no seu discurso de posse presuntiva, Temer mostraria coragem e disposição de incomodar correligionários. Esqueceu-se, tudo bem, mas não deve pedir aos ouvintes que não percebam. Como se sabe desde que a palavra impeachment entrou no vocabulário politico, tirar Dilma é uma coisa, quem botar no lugar é outra.

Desconte-se a trapalhada que tornou público o áudio de Temer. Ele informou que recolheu-se "há mais de um mês". Seria um exemplo de recato se tivesse amparo nos fatos. O vice-presidente gosta de palavras raras e construções solenes. Só isso o leva a falar em "senadores da melhor cepa e sabedoria". Ou em "estudar isso com detença". O doutor parece competir com o governador Geraldo Alckmin na produção de platitudes. Coisas como "não quero que isto fique em palavras vazias", "temos absoluta convicção", "a classe política unida com o povo", "o Estado não pode tudo fazer". Finalmente: "temos que preparar o país do futuro". O tucano paulista acrescentaria: "com firmeza e determinação".

Os 14 minutos de Temer não embutiram uma plataforma, mostraram um palanque. Diante da ruína produzida pela doutora Dilma, antecipa "sacrifícios". Oferece intenções e diálogo. Num ponto, porém, ele se deteve:

"Sei, por exemplo, no tópico da Federação, da grande dificuldade dos Estados e municípios nos dias atuais. Há estudos referentes à eventual anistia ou perdão de uma parte das dívidas e até uma revisão dos juros que são pagos pelas unidades federadas. Vamos levar isso adiante."

Decifrando a promessa para governadores encalacrados e prefeitos falidos: "Vamos levar isso adiante". (Faltou definir "isso".)

Decifrando os números: Estados e municípios querem repactuar os contratos de R$ 402 bilhões de dívidas já renegociadas com a União. Neste ano horrível, a simples revisão dos juros pode tirar R$ 27 bilhões da União. (O Supremo Tribunal concedeu uma liminar que poderá beneficiar todos os governadores e prefeitos, mas a sentença ainda depende do pleno da Corte.)

Governo de "salvação nacional". Salvação de quem?
Herculano
13/04/2016 07:26
OS TAXISTAS VÃO HOJE "FALAR" COM A PROMOTORA DA MORALIDADE PÚBLICA. VÃO TARDE. MAS, ANTES TARDE DO QUE NUNCA. TEIMARAM ORIENTADOS PELA TEIMOSIA DO PT DE GASPAR, DE PEDRO CELSO ZUCHI, DE JOSÉ AMARILDO RAMPELOTTI, DE ANTONIO CARLOS DALSOCHIO E ESTÃO PAGANDO O PREÇO POR NÃO TER RESOLVIDO O ASSUNTO NO DIÁLOGO ANTES DELE CHEGAR À JUSTIÇA

Hoje as 11 horas, a promotora que cuida na Comarca da Moralidade Pública, Chimelly Louise de Resenes de Marcon recebe a procuradora do município, Mara Lucy Fabrin Áscoli. O principal assunto é o Projeto de Lei que "regulariza" a concessão da atividades dos taxistas da nossa cidade. Esta concessão está irregular, é teimosamente hereditária ou um negócio rentável entre poucos, com uso político e peça de campanha eleitoral. E estamos em ano eleitoral. Os prefeitos levaram o assunto da regularização com a barriga por décadas até o Ministério Público colocar a mão nesta cumbuca.

Vão lá para pressionar e fechar o olho para algumas exigências do MP. O projeto que está na Câmara é inconstitucional. querem a benção da Promotora. E sendo assim, duvido que impressionarão Chimelly com as chorumelas já ensaiadas.

A caravana de políticos é integrada pelo presidente da Câmara, Giovânio Borges, que faz o papel para o PT e a prefeitura, Ciro André Quintino, PMDB, Marcelo de Souza Brick, PSD, Andréia Symone Zimmermann Nagel, PSDB e o cunhado do prefeito Pedro Celso Zuchi, Antonio Carlos Dalsochio, pelo PT.

Com os vereadores, integram a comitiva os atingidos e interessados, os taxistas Luiz Muller, Carlos Eduardo Muller e Robson Zeitz.

Já escrevi muito, e praticamente o único a explicar este tortuoso assunto, que sempre teimou ficar fora da mídia e entre os poucos interessados, contra a cidade. Então começo plagiando um artigo que republiquei abaixo assinado por Josias de Souza para outro tema.

O festejado roteirista de cinema Billy Wilder enumerou 11 mandamentos que devem ser seguidos por quem deseja se dar bem no ofício. Diz o 6º mandamento: "Se você está tendo problemas com o terceiro ato, o verdadeiro problema está no primeiro ato."

E qual foi o primeiro ato que burramente se resistiu? O Termo de Ajustamento de Conduta oferecido pelo Ministério Público.

O prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, os políticos envolvidos pelo PT, os taxistas se negaram ao diálogo e duvidaram que isto poderia dar no que deu, a regularização a mando do Ministério Público pois em Gaspar quase tudo no âmbito administrativo é feito por debaixo dos panos e contra a lei.

E quem agora paga por esta teimosia e à negação do primeiro ato? Os taxistas. E por que? Eles sabem a opinião da promotora e mais: o tema está judicializado. Logo, dificilmente haverá acordo fora do processo (e punição que o prefeito quer escapar ao manobrar um acordo tardio). Há cumprimento de decisão judicial. Então, a princípio, a possibilidade de acordo foi fechada quando os taxistas recusaram firmar TAC.

É isso o que provavelmente vai ouvir a distinta audiência no encontro de hoje com a doutora Chimelly. Acorda, Gaspar!
Herculano
13/04/2016 06:48
LULA TEM QUATRO DIAS PARA SE LIVRAR DE UM FIASCO, por Josias de Souza

O festejado roteirista de cinema Billy Wilder enumerou 11 mandamentos que devem ser seguidos por quem deseja se dar bem no ofício. Diz o 6º mandamento: "Se você está tendo problemas com o terceiro ato, o verdadeiro problema está no primeiro ato."

A quatro dias da fatídica votação do impeachment no plenário da Câmara, Lula, autoconvertido em heroi da resistência, tropeçou no terceiro ato. Hoje, sua presença em cena leva mais votos para o cesto da oposição.

Se Wilder estiver certo, o real problema está no primeiro ato, aquele em que Dilma telefonou para Lula e avisou: "Eu tô mandando o 'Bessias', junto com um papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse."

Tomados em seu conjunto, os grampos que Sérgio Moro jogou no ventilador escancararam a manobra: Lula queria o foro privilegiado do STF, não a poltrona de ministro. Preocupava-se com o próprio pescoço, não com a pele de Dilma.

Lula tomou posse cercado pela claque do "não vai ter golpe". Antes que pudesse sentar na cadeira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu sua nomeação. Desde então, exerce a atribuição de ministro-chefe do quarto de hotel.

Recebe os políticos no escurinho da suíte. Com medo de grampos, exige que os celulares fiquem do lado de fora. Em tenebrosas transações, oferece mundos e, sobretudo, fundos a interlocutores de qualificação precária.

Lula não entrega a recompensa a vista. Emite metafóricos cheques pré-datados. Ministérios? Emendas orçamentárias? Só depois da votação, quando o governo poderá jogar ao mar ministros do PMDB sem correr o risco de perder as duas dúzias de votos que imagina possuir no partido do "conspirador" Michel Temer.

O sujeito saía dos encontros clandestinos interrogando seus botões: se Lula não consegue garantir nem a própria posse na Casa Civil, como acreditar que entregará o que promete?

A desconfiança potencializou-se depois que o procurador-geral Rodrigo Janot recomendou ao STF que torne definitiva a liminar que proibiu Lula de tomar posse. Como se fosse pouco, o chefe do Ministério Público Federal insinuou que pode processar Dilma por criar embaraços à Lava Jato ao fornecer a Lula o escudo do STF.

O 11º mandamento de Billy Wilder anota: 'That's it. Don't hang around'. Em tradução livre: 'Pronto. Dê o fora'. No caso de Lula, dependendo do resultado de domingo, pode significar algo assim: "Absorva o fiasco, convença-se de que você é um ex-Lula e vá brincar com os netos em São Bernardo. No mais, reze para estar solto em 2018."
Herculano
13/04/2016 06:44
IMPEACHMENT E MORAL, por Hélio Schwartsman, para o jornal Folha de S. Paulo

É possível defender a coisa certa pelas razões erradas. Eu diria até que essa é uma atitude extremamente comum na história da humanidade. E receio que isso esteja acontecendo com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Não é preciso mais do que ouvir dois discursos de deputados da oposição ou ver mensagens de leitores indignados com a roubalheira para constatar que muitos defendem o afastamento por razões morais. Longe de mim insinuar que não devamos dar atenção a coisas como o Código Penal e a ética, mas me parece ingênuo apostar que um impeachment de Dilma terá impacto profundo e duradouro nos níveis de corrupção verificados na administração pública.

O PT até pode ter se esmerado, mas as delações premiadas e provas documentais divulgadas até aqui sugerem que o fenômeno é muito mais amplo, geral e irrestrito, afetando quase todos os partidos. Não há nenhum motivo para esperar que um governo encabeçado por Michel Temer e próceres do PMDB seria perceptivelmente mais ético do que a gestão petista. Ao que tudo indica, a corrupção é fruto de uma complexa combinação de fatores, que incluem necessidade, oportunidade, cultura política e disposições individuais.

São razões bem mais pragmáticas que tornam o impeachment defensável. Desde que foi reeleita, Dilma já tentou superar a crise com receitas à direita e à esquerda. Fracassou em todas. É hora de deixar que outros atores busquem uma saída. O país tem urgência. A situação econômica não cessa de deteriorar-se e já se avizinha a fase de quebradeira de empresas, com amargos efeitos sociais.

Não há garantias de que Temer será mais eficiente do que Dilma, mas é certo que a atual gestão já queimou todos os seus cartuchos. Ficar dois anos e meio sem tomar uma atitude esperando o pleito de 2018 parece uma estratégia suicida. Se Temer também fracassar, seu pedido de impeachment já está na fila.
Herculano
13/04/2016 06:39
LULA JÁ ADMITE QUE GOVERNO DILMA CHEGOU AO FIM, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros.

Após participar de manifestação que reuniu três mil pessoas no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira, o ex-presidente Lula teve uma conversa dramática com amigos e artistas que o acompanhavam. Entre um copo e outro, chegou a avaliar que "o governo Dilma chegou ao fim". Mas ele estava mais interessado em saborear mais um resultado de pesquisa Datafolha que o agradou, situando-o bem na disputa presidencial.

CALOU FUNDO
Lula fez a avaliação sobre "o fim" do governo Dilma sob o impacto da votação da comissão do impeachment, duas horas antes.

HOSTILIDADE
Quando percebeu que fracassariam entendimentos com partidos como PP e PRB, já hostis a Dilma, Lula entregou os pontos.

DISCURSO PROFANO
"Se tivesse preocupado em reverter votos favoráveis ao impeachment, ele não estaria na parte profana", ironiza o tucano Bruno Araújo (PE).

CHANCE ÚNICA
Até a oposição considera que a melhor chance de sobrevivência de Lula e o PT é voltarem à oposição após o impeachment de Dilma.

PP REJEITA 3 MINISTÉRIOS E CAIXA PELO IMPEACHMENT
O governo jogou pesado para manter o apoio do Partido Progressista. Em troca dos votos do PP contra o impeachment, Dilma e o "ministro sub júdice" Lula ofereceram primeiro o Ministério da Saúde, depois acrescentaram o Ministério da Integração Nacional e até incluíram a presidência da Caixa Econômica Federal. Mas, em vez de empolgar, a oferta provocou revolta nos deputados. Era tarde demais para eles.

DILMA PEGA MAL
Dilma e Lula queriam dar a posse simultânea, nos três novos cargos do PP, primeiro na quarta (6), depois nesta quarta (13). Ninguém aceitou.

NÃO DAVA MAIS
Os deputados do PP colecionam histórias de desprezo e grosserias de Dilma, por isso as tentativas de entendimento foram inúteis.

EVITANDO A DERROTA
Apesar de apoiar Dilma, o presidente do PP, Ciro Nogueira, disse que "não conduziria o partido à derrota". E acatou a vontade da bancada.

OBJETIVO FINAL
A 28ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Vitória de Pirro deve chegar em Alagoas. A força-tarefa investiga a ligação do ex-senador Gim Argello ao financiamento de campanhas eleitorais no Estado.

RENAN NÃO PODE PROTELAR
O presidente do Senado, Renan Calheiros, se recusa a dar prazo para análise do impeachment, se for aprovado na Câmara. Mas, a rigor, Renan não tem o que fazer porque esta no regimento interno: ele deve instalar a comissão no dia seguinte à notificação da Câmara.

SABOREANDO A FAMA
Os 15 minutos de fama do presidente da Comissão do Impeachment subiram à cabeça do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que agora circula nas ruas de Brasília sob escolta de carro com 4 seguranças.

TANTO POR TÃO POUCO
Deputados do PMDB ainda ministros do governo Dilma, Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) só lideram os próprios votos, dois, contra o impeachment.

PIXULECO PEDE PASSAGEM
Os partidos de oposição pediram ao governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), a autorização para carros de som e inflar bonecos como o Pixuleco e Dilma, com roupas de presidiários, no domingo.

A ÚLTIMA QUE MORRE
Os ex-ministros Henrique Alves (Turismo) e Mauro Lopes (Secretaria de Aviação Civil), do PMDB, ainda aparecem como ministros no portal do Planalto. George Hilton (Esporte), do Pros, foi defenestrado do site.

APENAS LINHA AUXILIAR
O processo do impeachment serviu para desfazer mitos. Confirmou, por exemplo, que PSOL e Rede ainda não desencarnaram das origens, e, no Congresso, são apenas linhas auxiliares do PT de Dilma e Lula.

FIM DA LINHA
"Com o desembarque do PP, acabou para o governo", garante o deputado Paulinho da Força (SD-SP), sobre o rompimento do PP com o governo Dilma, que deve ser anunciado nesta quarta-feira (13).

PENSANDO BEM...
..."fora Cunha" não quer dizer "fica Dilma".
Sidnei Luis Reinert
13/04/2016 06:38
EXCLUSIVO: RENAN PREPARA GOLPE PARA TENTAR EVITAR IMPEACHMENT

Brasil 12.04.16 21:32
Associado à escória petista, Renan Calheiros tenta dar sobrevida a Dilma Rousseff e, assim, evitar o impeachment.

O Antagonista soube que, depois de o impeachment ser votado na Câmara, ele planeja encaminhar ao Supremo Tribunal Federal um pedido de esclarecimento sobre o rito no Senado.

Como não há mais nada a esclarecer sobre o rito de impeachment em ambas as Casas, visto que o STF já o definiu claramente, trata-de óbvia manobra protelatória.

Enquanto Renan Calheiros espera a resposta do STF, Dilma poderá continuar na Presidência. O correto seria Renan Calheiros encaminhar imediatamente o impeachment aprovado pela Câmara ao plenário do Senado, para que os representantes votassem pelo seu recebimento ou não. Uma vez recebido, Dilma se afastaria por até 180 dias, a fim de preparar a sua defesa para o julgamento final, e Michel Temer assumiria no seu lugar.

Com a manobra, Renan Calheiros, além de impedir a posse de Michel Temer, quer dar tempo para que o PT consiga comprar apoio entre os senadores e evite o recebimento do processo contra Dilma iniciado na Câmara.

Isso, sim, é golpe. Um tremendo golpe na democracia.

Renan Calheiros é um golpista em todas as acepções da palavra.

http://www.oantagonista.com/posts/exclusivo-renan-prepara-golpe-para-tentar-evitar-impeachment
Herculano
13/04/2016 06:31
DILMA E O PÊNDULO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A semana até que começou com algum alento para o Planalto.

Pesquisa Datafolha publicada no fim de semana havia mostrado que a taxa dos brasileiros favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) voltava ao patamar de 61%. A reação comandada pelo ex-presidente Lula parecia surtir algum efeito.

Algo da imagem do próprio Lula também se recompôs, embalada pela galvanização da militância com o slogan "Não vai ter golpe".

Lula recupera espaço em eventual disputa pela Presidência da República e lidera as intenções de voto em empate técnico com Marina Silva (Rede). Sua alta taxa de rejeição (53%), porém, surge como obstáculo expressivo.

Na Câmara, onde de fato se decidirá sobre a abertura do processo de impedimento, o jogo é mais pesado. Lula retornou a Brasília com a missão de mobilizar o arsenal fisiológico para forçar o pêndulo, também ali, na direção de Dilma.

O resultado na comissão especial ?"38 deputados a favor da abertura do processo e 27 contra?", se não chega a configurar um revés decisivo na expectativa do Planalto de vencer em plenário, tampouco terá servido para devolver fôlego ao governo inane.

Há limites para o varejo de cargos e verbas cuja gerência Lula assumiu. Seu poder de sedução sobre parlamentares indecisos é tanto menor quanto maior for a chance de o PT sair da Presidência.

Um bom exemplo desse oportunismo hesitante vai oferecido pelo PP. Aos "progressistas", que já controlam o Ministério da Integração Nacional, ofertou-se na liquidação federal a cobiçada pasta da Saúde, maior orçamento da Esplanada, hoje feudo do PMDB.

Não bastou. Alguns integrantes do PP ainda manifestavam intenção de insistir no atual campo governista, mas a bancada do partido se reuniu e anunciou nesta terça-feira (12) que prefere desembarcar da base de apoio a Dilma. Deve produzir no mínimo 30 deputados a favor do impeachment.

Eis aí um indício de que a balança no plenário pende neste instante para o impedimento da presidente. Quanto mais se fortalecer essa percepção, mais parlamentares preferirão ficar bem com o provável futuro governo, não com o que decai a olhos vistos.

Outra evidência nesse sentido emergiu com a canhestra mensagem de Michel Temer (PMDB) na qual se pronuncia sobre os destinos do país como se o impeachment já estivesse resolvido na Câmara.

Acidental ou não, a divulgação indica que o vice-presidente já se prepara para assumir a cadeira vacante, conhecedor como é das direções em que sopram os ventos.

São indicações insuficientes, porém, para que defensores do impeachment apostem todas as suas fichas. Com a volatilidade atual da conjuntura e os imponderáveis da Operação Lava Jato, seria preciso ter poderes de vidente para determinar de que lado estará o pêndulo no momento decisivo em plenário.
Lesma Zúque
12/04/2016 22:05
O Brasil quer ver quem é o político que vai votar contra o impeachment da dilma. Vão ser esquecidos nas próximas eleições.
Mardição
12/04/2016 22:02
Os petistas falam que: "não vai ter golpe" porque não sabem pronunciar a palavra IMPEACHMENT.
Maria José
12/04/2016 21:25
Hoje fiquei mas uma vez estarrecido o PMDBista Alguma Coisa da Cunha em pleno horário nóbre do jornal Nacional disse que se tem alguém culpado do que esta acontecendo e o próprio povo escolheueu ERRAD,Concordo plenamente ,PMDB,PP,PSD,PRB,PSB,PTB,PV,etá partidos Ruiinsss...
Anônimo disse:
12/04/2016 20:05
Herculano, TERRA diz que Dilma será sepultada sob 360 votos de deputados.

O FIM será televisionado.
Aleluia, irmão!
Herculano
12/04/2016 16:44
ROBERTO JEFFERSON NO RODA VIVA: "AGORA ESTÁ CLARO QUE O LULA SEMPRE SOUBE DE TUDO. FOI ELE QUEM INSTITUCIONALIZOU CORRUPÇÃO", por Augusto Nunes, de Veja, e apresentador do programa na TV Cultura.

Em junho de 2005, quando revelou numa entrevista à Folha o escândalo do Mensalão, o deputado federal Roberto Jefferson acreditava que o esquema de compra de apoio no Congresso fora montado por José Dirceu, chefe da Casa Civil, à revelia do presidente da República. Passados quase 11 anos, admite que errou. "Sobretudo depois das descobertas da Lava Jato, está claro que o Lula sempre soube de tudo", afirmou o entrevistado do Roda Viva desta segunda-feira. "Foi ele quem institucionalizou a corrupção".

Condenado a sete anos de prisão no julgamento do Mensalão, Jefferson acaba de ganhar o perdão do Supremo Tribunal Federal por atender aos requisitos previstos no decreto de indulto assinado em dezembro pela presidente Dilma Rousseff. Livre de restrições legais e vitorioso na luta contra o câncer que travou enquanto estava na cadeia, ele não pretende voltar à Câmara que lhe cassou o mandato em setembro de 2005. Prefere reassumir a presidência nacional do PTB e participar ativamente do processo de reconstrução do país que se seguirá ao impeachment de Dilma.

Ao longo do programa, transmitido ao vivo pela TV Cultura, Jefferson tratou de distintos assuntos com a agilidade mental, a franqueza e o sarcasmo que sobreviveram incólumes ao recesso forçado. Disse que Lula escapou de uma inevitável temporada na República de Curitiba graças à intervenção do ministro Teori Zavascki, garantiu que Dilma não conseguirá livrar-se do impeachment, zombou dos que insistem em enxergar um golpe inexistente e comentou o papel desempenhado por Eduardo Cunha.

"Eduardo foi o adversário mais à altura do Lula, que nunca esperou encontrar um bandido da mesma qualidade moral e intectual que ele", ironizou o entrevistado, para quem não se pode enfrentar o PT num duelo desse porte sem recorrer aos mesmos métodos de um partido que joga sujo o tempo todo. Jefferson ressalvou que, encerrada essa última missão, o presidente da Câmara será imediatamente punido pelo STF. "Ele e muitos outros", acrescentou.

A bancada de entrevistadores reuniu Eliane Cantanhêde (colunista do Estadão), João Gabriel de Lima (diretor de redação da revista Época), Gaudêncio Torquato (consultor político e professor de Comunicação Política da USP), Flávio Freire (coordenador de política da sucursal do Globo em São Paulo) e Ricardo Sennes (sócio da consultoria Prospectiva e coordenador do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional da USP).
Mariazinha Beata
12/04/2016 16:21
Seu Herculano;

"A Lava Jato pediu explicações ao padre Moacir de Carvalho sobre o depósito de R$ 350 mil da OAS na conta da Paróquia São Pedro, em Taguatinga. Na resposta, ele disse que o dinheiro foi uma "doação" para a festa de Pentecostes."
Do jornalista Diogo Mainardi

É a Lava-Jato na Igreja Católica Comuna no Brasil?
Te cuida padre Márcio.
Bye, bye!
Ana Amélia que não é Lemos
12/04/2016 14:10
Sr. Herculano:

Em 2009, durante a primeira campanha para presidente, Dilma participou da suntuosa festa de Pentecostes organizada pela igreja usada por Gim para receber propina, segundo os investigadores.

A petista foi ovacionada pela multidão de fiéis - eram 500 mil pessoas. E discursou: "Tenho confiança na força da oração e confio que receberei as graças do Divino Espírito Santo com vocês".

Quem apresentou Dilma ao padre Moacir, o responsável pela missa campal, foi Gim.

Na ocasião, também estavam pertinho do altar José Sarney e a filha, Roseana.
Do O Antagonista.

Que vergonha!!!
A profanação dos valores cristãos pelos marxistas/
comunistas apoiados pelos teóricos da Teologia da Libertação, chega a ter a audácia de perpetuar esta blasfêmia.
https:/youtu.be/UIGMhH27TCo
Paty Farias
12/04/2016 13:45
Oi, Herculano;

A jornalista Vera Magalhães, coluna Radar, Veja, informou que a Polícia Militar do Distrito Federal prendeu na noite desta segunda-feira um militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) com 55 mil reais em notas numa mochila.

José Carlos dos Santos foi preso ao chegar ao acampamento do MST próximo ao Teatro Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Ele não soube explicar a origem do dinheiro.

Os sem-terra tentaram impedir a prisão, mas Santos foi levado para a 5ª delegacia, onde prestou depoimento.

Há bastante tempo correm informações de que a organização criminosa lulopetista, da qual o MST faz parte, jogará pesado para agrupar manifestantes diante do Congresso, bastando o que for preciso, sobretudo dinheiro sujo.

O dinheiro conduzido por Santos é sujo.

O lulopetista estava levando o dinheiro para o acampamento. O barrigudo sem terra, algemado, foi apresentado oficialmente aos fotógrafos dos jornais pela PM de Brasília.
Blog do Políbio

Pelo termo "barrigudo", mostra que ele passa longe da enxada. O meliante não sabe nem plantar um pé de alface, é apenas mais um bandido petista com dinheiro público finaciando a bandalheira com a anuência do LuLLadrão.

Fora petê.
Fora ladrões.
Fora bandidos.
Digite 13,delete
12/04/2016 13:19
Oi, Herculano:

Há muito tempo não assistia mais o Jornal Nacional para não "encarar" o vermelho Bonner.
Depois que os petistas surraram três repórteres da Rede Globo, me empolguei para "saborear" a cara de indignação dele.
Hoje, assistir ao mesmo vermelho assumir que Lulla é ladrão e a Dilma responsável pelo buraco em que jogou o Brasil, e mais: ao falar tem que transmitir veracidade para o ouvinte,
NÃO TEM PREÇO!!!!!!
Miguel José Teixeira
12/04/2016 13:11
Senhores,

No Rio, ontem à noite, materializou-se duas canções do Chico Buarque. Na Lapa "Dormia/A nossa pátria mãe tão distraída/Sem perceber que era subtraída/Em tenebrosas transações. . .
Os ícones do retrocesso, cantarolavam: "Estava à toa na vida/O meu amor me chamou/Pra ver a banda passar/Cantando coisas de amor. . . O faroleiro que contava vantagem. . ." O faroleiro continuou a defender um imaginário feito, que todo contribuinte/eleitor sabe que tal legado não passa de um abissal "maracutaião"
Erva Daninha
12/04/2016 13:09
Olá, Herculano;

Pelo que o Almir descreve do governo de Ilhota, é mesmo um governo-estrume (alguém disse isto aqui).
Mas ele não está sózinho, aqui é um estrume de governo.
Mariazinha Beata
12/04/2016 13:05
Seu Herculano;

"O que os colunistas pró-PT escrevem hoje.
Na falta de argumentos, sobram-lhes a palavra golpe". Às 11:33 hs.

Não leio nenhum indutor ao vômito.
Tenho orgulho de ser beata.
Bye, bye!
Herculano
12/04/2016 11:52
O LEGADO DE DILMA, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Integrantes do governo Dilma Rousseff (PT) mobilizam-se quanto podem para tentar convencer deputados a votar contra o impeachment da presidente. Afora promessas de cargos e emendas, não se imagina quais argumentos possam ser utilizados em favor da atual ocupante do Planalto.

Sua principal vitrine de realizações é a Petrobras. No mostruário, vê-se uma empresa, a maior do Brasil, superendividada e em processo de encolhimento e desmonte, a registrar prejuízos monstruosos.

Como se não bastassem as dívidas que sobrevieram devido a preços tabelados, investimentos equivocados e corrupção, a Petrobras arcou com os custos de um programa de industrialização que a obrigou a adquirir produtos nacionais a preços muito acima do mercado mundial. Somadas, são perdas na casa de centenas de bilhões.

Reportagens desta Folha e do jornal "Valor Econômico" vêm mostrando que desde o início a empresa sabia da inviabilidade dos investimentos na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e no Comperj, polo petroquímico no Rio.

Nas fases cruciais de decisão do investimento, de 2009 a 2012, a própria estatal, em relatórios então sigilosos, indicava que a rentabilidade não superaria as despesas de capital ?"prejuízo depois elevado pela pilhagem e pelo descontrole de custos.

A dimensão espetacular da destruição na petroleira desvia a atenção de casos de ruína similar em vários setores que conheceram a mão deste governo, marcada por intervenção política rudimentar, incompetência e apego a ideias econômicas ultrapassadas.

A tentativa de baixar a fórceps os preços da energia, em 2012, contribui para que a segunda maior estatal do país, a Eletrobras, tenha prejuízos desde aquele ano.

A manipulação de preços de combustíveis e energia elétrica arruinou a Petrobras e todo o complexo petroleiro, diminuiu o setor de biocombustíveis e desorganizou e endividou o setor elétrico.

A politização da gerência dos fundos de pensão de estatais provocou prejuízos históricos. Além da mera incompetência, tais fundos foram levados a investir em projetos do "Brasil Grande" petista, caso da Sete Brasil ou de Belo Monte ?"um caso de falência quase certa e outro de prejuízo duradouro.

Os leilões de concessão de infraestrutura foram prejudicados e chegaram quase ao fim em 2013, dadas as tentativas canhestras do governo de controlar a rentabilidade dos empreendimentos e a barafunda das normas regulatórias.

Perdeu-se então uma chance restante de conter a desaceleração econômica, que começava.

Não se sabe quando nem de que forma terminará o governo Dilma Rousseff, mas já se sabe que a presidente deixará um legado histórico de destruição incomparável.
Herculano
12/04/2016 11:33
da série: o que os colunistas pró PT escrevem hoje> Na falta de argumentos, sobram-lhes a palavra golpe

O BÊ-A-BÁ DO GOLPISMO E A VERDADEIRA FACETA DOS GOLPISTAS, por Lula Miranda, poeta, cronista e economista

Sim, são GOLPISTAS.

GOL-PIS-TAS.

Assim, com todas as letras e sílabas.

GOLPISTAS, GOLPISTAS, GOLPISTAS!

São GOLPISTAS os deputados que querem apear a presidente da República do poder, a partir de uma denúncia vazia, de um falso crime.

Não há crime de responsabilidade elencado, sequer aludido, na indigente peça jurídica com o pedido de impedimento da Presidenta Dilma Rousseff.

Portanto, em não havendo crime de responsabilidade, é GOLPE.

Gol-pe.

GOLPE!

E aqueles que cometem um GOLPE, ou a ele se acumpliciam são, sim, GOLPISTAS.

Não há outra palavra possível.

São GOLPISTAS.

E são também, em sua esmagadora maioria, como se já não bastasse o primeiro "desqualificativo", CORRUPTOS.

É bom que se diga.
.
Gente sem moral.

Sem caráter.

Sem honra.

Sem escrúpulos.

É bom que se deixe bem claro. Para que não reste margem a dúvidas ou sombras.

A maioria desses políticos imorais/amorais, maus-caracteres, indecorosos, inescrupulosos, que votam, sob a liderança dos senhores Eduardo Cunha e Temer, é constituída, insisto, de notórios CORRUPTOS. Boa parte deles, inclusive, com processos já em julgamento na Suprema Corte e/ou em outras instâncias do Judiciário.

Olhe, veja bem, e eu não tenho que ser (e não serei) condescendente com essa gente!

Pois se trata de gente da pior espécie.

Gente que combati durante toda a minha vida.

Gente que, infelizmente, empesteia, tal qual uma praga, nossa sociedade e, por conseguinte, o Congresso. Afinal, não nos esqueçamos, o Congresso nada mais é do que um pequeno universo, uma pequena mostra da sociedade. Lá também existe uma minoria de homens de bem, bem intencionados, e uma maioria de canalhas.

São GOLPISTAS e com esse epíteto, com essa nódoa, que jamais será limpa e/ou desculpada, entrarão, desgraçadamente, para a história.

São GOLPISTAS os de hoje. Assim como foram os de 1964.

Assim como eram torturadores e assassinos os "agentes da lei" que torturaram e mataram os nossos jovens, de modo covarde, nos porões da ditadura.

E, muitos deles, naqueles longos e sombrios anos, tal e qual os criminosos de hoje, se julgavam "patriotas".

Ou ao menos, assim como hoje, diziam, àquela época infame, esta deslavada mentira para si próprios, para que pudessem dormir o sono dos justos.

Justos?!

Assim como eram meros verdugos, carrascos os magistrados que tentavam auferir uma suposta "legalidade" a atos criminosos naqueles anos de chumbo, mentiras e calabouços.

Assim como eram criminosos, venais e sabujos os jornalistas que colocavam a sua pena a serviço de uma mentira, de um embuste.

Portanto, são seremos coniventes nem tolerantes com um novo EMBUSTE.

Essa história, que ora pretende se repetir como farsa, não passa disso: uma FARSA.

FAR-SA.

Farsa!

É GOLPE!

É CRIME!

E os criminosos serão todos julgados e condenados pela história, no seu devido tempo.

Criminosos!

Golpistas!

Isto que esses senhores são.
Herculano
12/04/2016 11:20
O IMPEACHMENT AVANÇA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 1

Impeachment avança e dificilmente haverá mudança de voto. A mancada do vice Michel Temer, deixando vazar um discurso que preparara para a noite de domingo próximo caso o impeachment seja aprovado no plenário da Câmara, não teve consequência nenhuma na votação de ontem na comissão, que deu uma vitória folgada à oposição, e provavelmente não terá influência na decisão final dos partidos.

O fato de a oposição não ter alcançado os 2/3 dos votos necessários no plenário não é sintoma de que o número mágico de 342 votos não será atingido. É bom não esquecer que a comissão foi montada de acordo com a indicação dos líderes, que naquela ocasião eram majoritariamente governistas. O que aconteceu de lá para cá é que o governo foi perdendo apoios, o que se refletiu na vitória folgada da oposição.

Duvido que algum deles mude de posição revoltado com a antecipação de Temer, mesmo porque não há nenhum motivo no discurso que justifique uma reação dessas. A fala de Temer, ponderada e conciliadora, deve, ao contrário, ter dado a algum indeciso a garantia de que um eventual novo governo não perseguirá nenhum partido e, mais importante, não exterminará os programas sociais, como dizem os governistas.
Herculano
12/04/2016 11:19
O IMPEACHMENT AVANÇA, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Parte 2

Ninguém tem dúvida de que Temer há muito negocia nos bastidores apoios ao impeachment da presidente Dilma, assim como todo mundo sabia, na ocasião, que o PT, com o apoio da própria presidente Dilma e do ex-presidente Lula, boicotou a tarefa de negociação política que o vice fazia como ministro-coordenador da política.

Essa disputa entre o PT e o PMDB já vem acirrada desde o início, e não há em Brasília quem não soubesse que Temer trabalhava nos bastidores, o mesmo fazendo Lula. O ex-presidente, aliás, fez gozações com Temer em diversos comícios, dizendo, entre outras coisas, que se ele quisesse ser presidente deveria disputar eleição no voto. Como se a chapa Dilma-Temer tivesse recebido 54 milhões de votos apenas de petistas. É claro que o PMDB foi chamado para compor a chapa porque o partido é o maior do país e tem capilaridade muito maior que o PT, sendo extremamente útil na captação de votos.

Querer transformar Temer em um reles traidor, que mereceria a rejeição da população, é criar artificialmente uma crise que já se desenrola há muito tempo. Nem é provável que alguém se desencante com o vice ao ouvi-lo pronunciar um discurso que, claramente, era uma preparação para o caso de vitória no domingo.

O Planalto também quis dar ao gesto a categoria de arrogância, quando está claro que houve mesmo foi uma boa trapalhada com a nova tecnologia, o que só demonstra um amadorismo surpreendente no PMDB. Se Temer não é ágil no manejo de tecnologias como o Whatsapp, melhor seria que houvesse algum assessor com mais familiaridade para mandar mensagens.

Uma trapalhada desse tipo pode marcar a imagem de Temer como um político antiquado, mas não como um traidor, pois os dois lados estavam em guerra aberta e de conhecimento público. Ou ninguém ouviu dizer que Lula atraía seus interlocutores ameaçando-os de que Temer estava preparando um ministério de notáveis, e que o baixo clero não teria vez?

Nesse enredo novelístico que se desenrola em Brasília acontece de tudo. E essa gafe do vice é apenas mais um toque inusitado. Comparar a atitude de Temer com a de Fernando Henrique, que sentou na cadeira de prefeito de São Paulo como se já estivesse eleito e perdeu a eleição, não é acurado. A atitude de Fernando Henrique pode ter sido considerada arrogante por muitos, mas duvido que os deputados que são os eleitores da eleição do próximo domingo se surpreendam ou se indignem com o vazamento do discurso de Temer. Primeiro porque está claro que foi um erro, não uma atitude arrogante. E o texto é absolutamente conciliatório, humilde até. A indignação dos adeptos de Dilma tem sua razão de ser, faz parte da luta política, e eles têm mesmo que exacerbar a reação para tentar reverter a situação que parece tender ao impeachment.

Mas não creio que essa seja uma razão suficiente para mudar alguma posição partidária. O melhor para Temer é que não tivesse acontecido o imprevisto, e não creio na versão de que foi um vazamento proposital para tranquilizar certas áreas. O governo pode até conseguir conter essa tendência, ou até mesmo revertê-la, mas não será por causa dessa mancada.
Herculano
12/04/2016 07:42
JEFFERSON DIZ QUE PRAZO DE CUNHA "SE ESGOTA" APOS VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

Parte 1

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) afirmou, na noite desta segunda-feira (11), que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve deixar o comando da Casa e ser preso logo após uma eventual aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Ele sabe que a missão dele se exaure, a missão dele será completada. Depois de apertar o botão do painel da votação, ele vai ser afastado pelo STF, não tenho dúvidas disso. Este é o momento do suspiro dele", afirmou.

"Todo mundo que tem compromisso com ele, PSDB, DEM, vai dizer: 'Viemos até aqui à beira da sua sepultura, mas não podemos pular com você'."

O delator do mensalão, ex-presidente do PTB, foi entrevistado pelo programa "Roda Viva", da TV Cultura.

"É uma tolice bater na Justiça [como fez Cunha], tem que ser humilde. Confrontar uma instituição democrática, que tem sido correta com o país, isso vai dar problema", disse. "A sentença [contra o presidente da Câmara] vai ser muito forte; por muito menos eu peguei sete anos."

Condenado no esquema do mensalão, Jefferson teve a pena perdoada pelo STF no final do mês passado e pretende voltar à vida pública.

Na semana passada, por exemplo, ele esteve na Câmara dos Deputados pela primeira vez desde que deixou a prisão ?"em Brasília, chamou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de "herói" e disse que pediria votos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Eu volto para me reconciliar com a opinião pública nacional", afirmou. Ele disse que melhorou depois da condenação e que quer "peregrinar" pelo país.

"Errei, paguei um preço ?"andei com más companhias, virei bandido, mas mantive o código de ética, o bandido tem código de honra."

"Não sou menos inteligente que o Pedro Corrêa, o José Dirceu, o Valdemar Costa Neto. Mas sou menos corajoso, tenho limite", disse. "Olha aonde eles chegaram, com o petrolão. É uma audácia enlouquecida."
Herculano
12/04/2016 07:41
JEFFERSON DIZ QUE PRAZO DE CUNHA "SE ESGOTA" APOS VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

Parte 2

Segundo Jefferson, foram feitas propostas de corrupção que ele não aceitou ?"sem detalhar quais foram. "Eu disse 'Isso dá pijama de listra e capa de revista'", brincou. "Nosso limite estava nos R$ 4 milhões de caixa dois na eleição de 2004."

Ele disse que a situação atual não tem relação com o golpe de 1964, que depôs João Goulart. "Não havia corrupção", disse, citando "ameaças comunistas" da época.

Jefferson também negou a tese do Planalto de que o impeachment seria um golpe. "O golpe saiu do doutor Hélio Bicudo? Isso é conversa pra boi dormir", afirmou, dizendo que o PT roubou para se perpetuar no governo e hoje "rouba para se perpetuar roubando".

O delator do mensalão classificou a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma como uma tentativa de livrar o ex-presidente do alvo do juiz Sergio Moro, que comanda as operações da Lava Jato.

"Eu penso que já estaria decretada a prisão do Lula [sem a nomeação e seus desdobramentos no STF]. Por isso o pânico da Dilma em entregar o termo de posse, os diálogos revelados com o Jaques Wagner, com o presidente do PT. São diálogos dramáticos", disse.

Ele definiu o hotel Royal Tulip, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva montou um "QG" para tentar salvar o governo, como "novo lupanar" brasileiro e elogiou a atuação do Poder Judiciário.

"Nada disso ficaria descoberto em uma CPI, porque a oposição não faria o que a Lava Jato, o que o Poder Judiciário, constitucionalmente, fez", afirmou. "As empreiteiras são paraestatais, porque vivem dependendo delas. E a oposição está amarrada com elas também."

Ele disse que se sabe, no Congresso e na opinião pública, que Dilma "afrontou" a Lei de Responsabilidade Fiscal, a despeito de as pedaladas fiscais, que embasam o pedido na Câmara, serem "sutis". "O que move o sentimento [e o processo de impeachment] é a corrupção ?"que gerou inflação, desemprego", disse.
Herculano
12/04/2016 07:40
JEFFERSON DIZ QUE PRAZO DE CUNHA "SE ESGOTA" APOS VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT

Parte 3

Segundo o ex-deputado, "vamos ter uma guerra de torcida de futebol até domingo [dia da votação do pedido do impeachment no plenário] e depois vamos seguir".

"Há líderes capazes de tocar e pacificar o país", citando os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra e Michel Temer.

"O PT tem um quinto da sociedade [em referência às intenções de voto do ex-presidente Lula ] ?"que faz barulho, é a minoria que grita, mas daqui a pouco se resolve; os outros quatro quintos estão do outro lado", disse.

"O PT não cooptou a Justiça e as Forças Armadas, é a diferença do Brasil para a Venezuela. O exército vermelho tem um limite."

Sobre um eventual governo Temer, Jefferson disse confiar que ele será bem-sucedido, especialmente porque montará um bom ministério. "Temer não vai fazer time de pelada, vai fazer seleção e não é seleção para perder de 7x1."

"Apoio do PTB ele tem de graça, queremos apoiá-lo na transição."

Jefferson disse que o vice-presidente Michel Temer "fez muito bem em dar o troco" no governo, com o desembarque do partido da base aliada e o áudio, revelado nesta segunda, em que ele ensaia um pronunciamento pós-eventual impeachment.

"Ele [Temer] foi muito maltratado com o PT, o PT não quer alguém que lhe faça sombra, ele quer prostitutos que possa alugar".

Sobre a presidente Dilma Rousseff, o ex-deputado disse que não acha "que ela seja dolosa, desonesta, mas protege desonestos; é como aquela mãe que sabe que o filho é desonesto e bota panos quente".

O ex-deputado também falou sobre outros personagens: Alckmin ?""fortíssimo candidato"?", Aécio ?""vai ter dificuldades em superar" os concorrentes internos?" e Lula ?""ele não vai escapar dos acertos com a Justiça".
Herculano
12/04/2016 07:33
NÃO TEM JEITO. MAIS UMA. PF REALIZA 28ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO EM DOIS ESTADO E NO DISTRITO FEDERAL

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a 28ª fase da Operação Lava Jato. A ação foi batizada de Vitória de Pirro.

Cem policiais federais estão cumprindo 21 ordens judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 4 mandados de condução coercitiva, de acordo com a PF.

As medidas estão sendo cumpridas nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Taguatinga e em Brasília.

Entre os alvos dessa etapa estão o ex-senador do Distrito Federal Gim Argelo (PTB) e a construtora OAS. Segundo a GloboNews, o ex-senador já foi preso.

Os fatos investigados nesta fase apuram a prática dos crimes de concussão, corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com a PF. Os investigados usaram a CPI Mista do Congresso da Petrobrás para nada apurar e chantagear as empresas com propinas disfarçadas de doações eleitorais oficiais.

Os presos serão encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, enquanto aqueles conduzidos para depoimentos serão ouvidos nas respectivas cidades onde forem localizados
Herculano
12/04/2016 07:29
DECISÃO DEVE DAR INÍCIO A UMA NOVA BATALHA, NO CAMPO JUDICIAL, por Oscar Vilhena, para o jornal Folha de S. Paulo

A decisão da comissão do impeachment dará, certamente, início a uma nova batalha judicial a ser travada no Supremo Tribunal Federal.

Os termos já foram antecipados pelo ministro José Eduardo Cardozo, quando apresentou a defesa da presidente, e reafirmados nesta segunda-feira pelos representantes da base do governo na Comissão.

Impugna-se inicialmente o próprio ato de recebimento da denúncia pelo deputado Eduardo Cunha.

O ponto central é a falta de imparcialidade do presidente da Câmara na condução do processo. O recebimento da denúncia estaria viciado por não ter sido tomado em defesa do interesse público, senão como ato de vingança pessoal contra o partido da presidente, que lhe retirou apoio na Comissão de Ética, claro desvio de finalidade.

Aponta-se ainda que a comissão especial desrespeitou o rito estabelecido pelo STF, na ADPF no. 378, ao permitir a discussão de temas estranhos à denúncia, em audiência pública, sem que à presidente fosse assegurado o devido direito de defesa.

Por fim, o governo e os partidos da base certamente impugnarão o próprio mérito do pedido de impeachment.

Como reivindicou o advogado-geral da União, as pedaladas fiscais não constituiriam justa causa para o impeachment. Seriam práticas legítimas de gestão financeira, não tipificadas como crimes de responsabilidade.

Impossível prever como os ministros do Supremo reagirão a cada um desses argumentos.

A jurisprudência do tribunal, adotada no processo de impeachment do ex-presidente Collor e reiterada no julgamento da ADPF 378, aponta, no entanto, que o Supremo estará mais aberto a apreciar questões formais, relativas à integridade do processo e ao direito de defesa da presidente, do que em relação ao mérito do pedido.

Nesse sentido, não deveríamos nos surpreender se a votação pelo plenário da Câmara, marcada para domingo, venha a ser suspensa.

Ao STF cumprirá, mais uma vez, determinar o compasso deste conflituoso processo. A oposição venceu a primeira batalha. Há, porém, longo caminho pela frente. No plenário, nas ruas e no Supremo Tribunal Federal
Herculano
12/04/2016 07:22
OPOSIÇÃO ENCAÇAPOU DONA DA MESA E DOS TACOS, por Josias de Souza

A derrota sofrida por Dilma na comissão do impeachment desafia a lógica elementar de um torneio de sinuca. A oposição prevaleceu por 38 a 27 num jogo contra a dona da mesa, com as regras e os tacos da casa - e com o governo comprando quem pudesse lhe causar problemas.

Num golpemício realizado no Rio de Janeiro, Lula discursou: "A comissão acabou de derrotar a gente. Mas isso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo Cunha. É o time dele. A nossa luta vai ser no plenário. Domingo é que temos que ter clareza. Sabemos que temos que conversar com os deputados."

Não é bem assim. Eduardo Cunha de fato tentou compor uma comissão com as suas digitais. Mas o STF, acionado pelo protogovernista PCdoB, redefiniu as regras, anulou os atos de Cunha e mandou refazer o processo. Em vez de chapa avulsa, os nomes foram indicados pelos líderes partidários, como queria o Planalto. A votação secreta tornou-se aberta. E o plenário apenas referendou os nomes dos líderes, elegendo um colegiado de maioria governista.

À medida que o torneio foi avançando, desapareceram na caçapa das ilusões o poder de sedução de Lula e o comando dos líderes dinheiristas sobre suas bancadas. De resto, percebeu-se que, sob a ruína produzida por Dilma, maiorias irresistíveis viram minorias especializadas em sobrevivência.

Nem nas suas contas mais pessimistas o Planalto imaginou que pudesse ser derrotado na comissão por uma diferença de 11 votos. A certa altura, sonhou com a vitória. Depois, imaginou que perderia por 33 a 32. Nas suas contas mais pessimistas, imaginou que faria 30 votos, contra 35 da turma do 'Fora, Dilma'.

Num ponto, Lula tem razão: o governo terá de conver$ar muito com os deputados até a final de domingo. Se for encaçapada novamente no plenário da Câmara, Dilma chegará ao Senado em frangalhos.
Herculano
12/04/2016 07:02
"NOVAS ELEIÇÕES" É O NOVO #FICADILMA, por Kim Kataguiri, do MBL, para o jornal Folha de S. Paulo.

Que o governo de Dilma Rousseff se tornou indefensável, todo mundo sabe. Até o governo. Tanto que o foco de suas negociações para barrar o impeachment não está sendo comprar deputados para votar "não", mas para que faltem. O problema é que agora existe uma maneira de ajudar Dilma Rousseff sem defendê-la; de dar opinião e ficar em cima do muro ao mesmo tempo: as tais das "novas eleições".

Marina Silva, como já escrevi nesta Folha, defende que o novo pleito ocorra por meio da cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE. O problema é que só ocorrem eleições diretas caso a chapa seja cassada nos dois primeiros anos de mandato, ou seja, até o final deste ano. Devido à lentidão do processo, essa hipótese é praticamente impossível. Após esse período, caso o processo se concretize, as eleições são indiretas, ou seja, o Congresso elege o presidente.

Outras forças políticas, como a Folha e setores do PT, defendem que as novas eleições ocorram por meio de uma renúncia coletiva ou da aprovação de uma emenda constitucional. Existem petistas que querem até que as eleições sejam gerais, ou seja, todos os deputados, senadores e governadores também perderiam seus mandatos. Para quem acredita ser dono do país, faz sentido: quebraram as regras, mas, como a bola é deles, ninguém mais joga.

Assim como a hipótese TSE, as possibilidades da renúncia e da emenda também têm entraves que as impossibilitam.

O problema da tese da renúncia chama-se Dilma Rousseff. Ela não vai renunciar. E deixa isso bem claro em todos os seus pronunciamentos. Do ponto de vista dela, não há motivo: além de perder o poder que ainda lhe resta, perderia a narrativa de que sofreu um golpe, principal combustível para manter a militância viva após sua queda.

A questão da emenda é evidente: o governo não tem votos suficientes para aprová-la. Emendas constitucionais só passam se houver maioria de três quintos em dois turnos, ou seja, o governo precisaria vencer duas votações dificílimas na Câmara e mais duas no Senado.

Se nem prometendo o que não tem o governo está conseguindo os 172 deputados necessários para barrar o processo de impeachment, como conseguiria 308 votos para aprovar uma emenda constitucional?

Em suma, a chapa que elegeu o governo não será cassada, não haverá renúncia coletiva e muito menos aprovação de nova emenda constitucional. O que significa que, dentro da lei, não existe saída possível para aqueles que defendem novas eleições.

Então, para que serve o discurso das "novas eleições"? Para dar impressão de superioridade intelectual àqueles que se recusam a assumir suas posições publicamente -os famosos "isentões" -, e para enfraquecer a tese do impeachment. Deputados que se venderem para o governo, mas que não têm coragem de defendê-lo poderão dizer que votam contra o impeachment porque a verdadeira solução é as "novas eleições".

Ainda que um novo pleito fosse possível, questiono se seria desejável. Segundo a última pesquisa do Datafolha, os preferidos numa hipotética eleição são Marina Silva e Lula. Como revelou nas últimas eleições, Marina é a candidata do voo de galinha: salta, mas não decola. O que significa que estaríamos tentando resolver os estragos que o PT causou ao país colocando Lula no poder. Pouco inteligente, não?

Não nos deixemos enganar pelo discurso bonito daqueles que escondem seu posicionamento atrás de uma falsa razoabilidade. Quem está no muro das "novas eleições" está com Dilma. A única posição ao mesmo tempo honesta e sensata a se adotar em relação ao governo mais corrupto e incompetente da história do país é defender o impeachment. Todo o resto é fumaça vermelha.

PS: A votação do impeachment na Câmara dos Deputados será no próximo domingo, dia 17. Estaremos nas ruas para garantir que a pressão popular seja mais persuasiva do que o feirão de cargos promovido pelo governo. Estamos de olho, deputados! Aqueles que votarem contra a denúncia serão lembrados para sempre como traidores que venderam a República em troca de uma teta estatal.
Herculano
12/04/2016 06:54
A NULA REPRESENTAÇÃO POLÍTICA DE SANTA CATARINA EM BRASÍLIA

Quem assistiu ontem a sessão que votou a admissibilidade do impeachment contra a presidente Dilma Vana Rousseff, PT, (e outras intermináveis sessões), pode perceber que Santa Catarina não teve vez e voz contra ou a favor do tema.

O que isto reafirma mais uma vez? A fraca representação política de Santa Catarina no cenário nacional. Nem no baixo clero parece pertencer. É por isso, que o Estado, nem mendigo consegue ser. E quando os políticos estão por aqui, fazem discursos afirmando terem as portas abertas e padrinhos, mas que verdadeiramente nada resolvem.

E olha que Santa Catarina, em momentos como estes já teve um Jaison Barreto, Nereu Ramos, Dirceu Carneiro, Jorge Bornhausen, Luiz Henrique da Silveira, Vilson Souza entre outros.
Herculano
12/04/2016 06:42
DIÁLOGO DE SURDOS, por Marcelo Coelho, para o jornal Folha de S. Paulo

Não é a hora de dividir o país ainda mais, começou o presidente da Comissão do Impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF). Num bom discurso, que reitera sua atuação equilibrada, cortês e pacificadora nesse plenário explosivo, Rosso abriu a sessão decisiva desta segunda-feira (11), pedindo calma a todos.

Votava-se o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO), recomendando o afastamento de Dilma Rousseff. Jovair resumiu seus argumentos, depois de lembrar ?"com exatidão jurídica mas certa abstração das condições políticas reais?" que o relatório apenas defende a ideia de que é admissível abrir um processo (a realizar-se no Senado), sem propor, formalmente, um veredito condenatório.

No final de sua exposição, o relator foi mais incisivo politicamente: trata-se de um governo arrogante, autoritário, que se recusa a dialogar com o Congresso. Tinha razão, ainda que "diálogo" devesse ser, idealmente, algo diverso do que gostaria Eduardo Cunha.

José Eduardo Cardozo, ministro da Advocacia Geral da União, usou das clássicas técnicas dos tribunais de júri. A voz baixava; pausas sorumbáticas antecediam relâmpagos indignados, teses do adversário eram admitidas inicialmente para serem despedaçadas (será?) com gestos no ar.

O defeito desse admirável esforço, como sempre acontece com Cardozo, é querer transmitir convicção com um semblante que, antes de tudo, parece ser de profundo mau humor.

"Só vou analisar, hein, o que está na denúncia..." disse Cardozo, ironizando os argumentos do relatório. Mas Jovair Arantes, prosseguia o petista, fez mais do que isso. "Não podemos desconsiderar as denúncias da Lava Jato", dizia o relatório dele. Ora, isso introduz acusações que não foram explicitadas.

Todo o processo seria nulo, portanto. É o princípio da "instabilização da defesa": não há como se defender quando não sabemos exatamente do que somos acusados.

Bem, diríamos ironicamente, isso é uma inocência e tanta. O bate-boca se instalava. Nulidades processuais são decisivas, avançava Cardozo. É como se o relatório dissesse: "alguém morreu, parece que morreu, não sabemos se morreu", defendendo ao mesmo tempo que, na dúvida, processe-se o acusado por homicídio.

"Morreu! Morreu!" gritava o plenário. No quadrinho do canto, a tradutora para surdos-mudos fazia gestos: tampava os ouvidos, batia os cinco dedos de uma mão na outra, significando "patavina".

Era um diálogo de surdos, realmente. Henrique Fontana (PT-RS) estava apoplético. O verdadeiro tanque de combustível que é o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), pedia calma.

José Eduardo Cardozo encerrou seu discurso em grande estilo. A história não perdoa os que atentam contra a democracia, bradou. E se o impeachment prevalecer, o fato será lembrado como "O Golpe de Abril de 2016".

Petistas levantaram-se para aplaudir. Os cartazes vermelhos e os verde-amarelos se levantaram. Estes compunham, naquele momento, forte maioria no plenário.

Depois de algumas horas de questões de ordem totalmente fora de ordem e em completa desordem, o debate se elevou politicamente com os pronunciamentos dos líderes de bancada.

Sem muito charme pessoal, Antonio Imbassahy (PSDB-BA) fez um discurso contundente, mostrando as incoerências do PT em sua história ?"como ter apresentado inúmeros pedidos de impeachment contra FHC, antes de chamar de golpe a tentativa atual. A presidente Dilma "está desenganada", afirmou, e o país que se "alarma" é "um país que está vivo".

As pedaladas, continuou Luiz Carlos Busato (PTB-RS), parecem até pouco depois de tudo o que o PT fez. "Só que não", completou. Fernando Francischini (SD-PR) fez a pergunta: a Polícia Federal será golpista? O procurador-geral da República? Os milhões de brasileiros? Sobrou alguém que não seja golpista? "Só eles", ironizou.

A dúvida, e ainda faltava muito tempo para que fosse resolvida, era saber quantos são
Herculano
12/04/2016 06:37
IMPEACHMENT: APOIO SUBIU 27% EM UMA SEMANA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, cresceu 27,3% em apenas uma semana. Desde a terça (5), o número de deputados que se declaram pró-impeachment passou de 234 para 298. O número de deputados governistas que se declaram contrários ao afastamento imediato da presidente, considerando-o "golpe", subiu 8,1%, de 110 para 119 deputados.

POSSIBILIDADES
Para aprovar o impeachment, a oposição precisa de mais 44 votos (14,7%). Para impedi-lo, o governo precisa de 53 votos (44,5%).

DECISIVOS
Ainda há 54 deputados que se declaram indecisos em uma dezena de partidos: PMDB, PP, PR, PSB, PSD, PRB, PTB, PDT, PTN e PHS.

ESCONDENDO O JOGO
Apesar de cada vez menor, o número de deputados que se recusam a revelar seu posicionamento conta com 43 votos.

CONFIANÇA EM ALTA
A oposição está certa de que os 44 votos restantes para aprovação do impeachment no plenário da Câmara serão superados com facilidade.

SEM CRISE, PARTIDOS JÁ NOS TOMARAM R$184 MILHÕES
O Brasil está em crise, sem dinheiro até para merenda escolar, mas os 35 partidos com representação na Câmara dos Deputados vivem tempos de vacas obesas: já receberam este ano, até março, R$ 184 milhões do Fundo Partidário. Vão faturar R$ 900 milhões este ano. Os políticos criaram o Fundo e definem seu valor, aumentando-o a cada ano. Em 2016, o PT já tomou R$ 24,5 milhões do Fundo, sem contar os 10% de "dízimo" que cobra de cada filiado com boquinha no governo.

TODO ANO AUMENTA
Em 2017, quando não haverá eleição, os partidos vão raspar mais de R$1 bilhão do tacho do Tesouro Nacional.

MOLHANDO A MÃO
O valor atual do Fundo Partidário, sancionado por Dilma, é 163% maior do que o proposto pelo governo no Orçamento da União.

DINHEIRO SOBRANDO
Os partidos que mais tomaram dinheiro do fundo partidário são, depois do PT, PSDB (R$20,20 milhões) e PMDB (R$ 9,7 milhões).

PAPUDA DE BRAÇOS ABERTOS
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisa revelou que 54,7% dos brasileiros não acreditam que Lula será preso, mas 62,6% acham que "deveria ser preso". Só para 26,3%, ele não deveria ir para a Papuda.

DNOCS NO BALCÃO
Dilma exonerou Glauco Mendes, diretor de Infraestrutura do Dnocs indicado do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Domingos Neto (PSD-CE) escolherá o substituto para votar contra o impeachment.

PREGAÇÃO DA MORTADELA
Dilma só ri quando lembra do discurso pregando "menos coxinha e mais croquete", do subprocurador da República João Pedro Bandeira de Mello Filho, no encontro de juristas do PT. Ou mais mortadela.

ATESTADO MÉDICO
PMDB ironiza Lula no impeachment, que compra votos de deputados em hotel em Brasília. "É a Gripe Tulip. O efeito é faltar à votação de domingo. O PT quer que vire epidemia", diz Carlos Marun (MS).

BALCÃO FUNCIONA
Na tentativa de garantir apoio do PP contra o impeachment, Dilma deu força ao aliado Ciro Nogueira, presidente do PP, prometendo dinheiro para o Rio de Janeiro, governado por Francisco Dornelles, do partido.

CARLISTAS NO GOVERNO
Nome de Gilberto Kassab (Cidades) para ministro do Turismo, no balcão de negócios do Planalto, Paulo Magalhães é sobrinho do finado ACM, cuja tropa de choque integrava, na Assembleia Legislativa da Bahia, com José Carlos Araújo, hoje na comissão de ética da Câmara.

CONSOLAÇÃO
O ministro Gilberto Occhi (Integração), adoentado, espera de Dilma o prêmio de consolação de vice-presidente da Caixa, da qual é funcionário de carreira. Mas ela precisa sobreviver ao impeachment.

NÃO É A HORA
PP, PR e PSD avisaram à presidente Dilma que só decidirão sobre o impeachment no dia da votação no plenário. Os partidos temem embarcar no governo e morrerem abraçados com Dilma.

COMISSÃO DO HOLOFOTE
Para que serviram tantos discursos na comissão, se o impeachment só será decidido no plenário da Câmara?
Herculano
12/04/2016 06:30
"DERROTA NA COMISSÃO NÃO QUER DIZER NADA", DIZ LULA EM ATO COM ARTISTAS. MAIS UMA VEZ ELE E O PT MENTEM, DISSIMULAM E TRAMAM. TANTO MENTEM QUE O ATO FOI MAIS UM PARA CONSTRUIR O CONTRADIT?"RIO DO PT, CUT, PCdoB E OUTROS CONTRA O QUE ESTÁ SENDO DERROTADO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Lucas Vettorazzo e Luiza Franco, do Rio de Janeiro.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na noite desta segunda-feira (11) que a derrota da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisou o pedido de impeachment "não quer dizer nada".

O petista participou de um ato com artistas e intelectuais nos Arcos da Lapa, no centro do Rio. Rouco, ele discursou por cerca de 30 minutos.

"A comissão acabou de derrotar a gente. Mas isso não quer dizer nada. A comissão foi montada pelo [presidente da Câmara, Eduardo] Cunha. É o time dele. A nossa luta vai ser no plenário. Domingo é que temos que ter clareza. Sabemos que temos que conversar com os deputados", disse o petista a um publico de cerca 35 mil pessoas, segundo os organizadores. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público.

Apesar do apoio, ele fez críticas ao ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma. Segundo Lula, a presidente "aprendeu uma lição".

"É bem verdade que agora a companheira Dilma aprendeu a lição. Ela fez uma proposta de ajuste que nenhum companheiro gostou. Foi feito para atender o mercado. O mercado dela não é o banqueiro, é o povo consumidor", disse Lula.

Em seu discurso, Lula classificou como "golpe" a tentativa de afastar a presidente. O ex-presidente fez referências ao golpe militar de 1964 e listou políticos do PMDB que considera "golpistas".

"Veja quem quer tirar a Dilma. Primeiro: [vice-presidente Michel] Temer; segundo, Eduardo Cunha. Terceiro, Geddel Vieira Lima. Quarto, Henrique Eduardo Alves. Quinto: [Eliseu] Padilha. Sexta, uma pessoa que vocês conhecem muito bem: Moreira Franco, que foi governador desse estado", afirmou o petista.

"Essa gente deveria olhar a minha história. Todas as vezes que perdi eu respeitei o resultado. Eu perdi em 1989, roubado e com a ajuda da TV Globo, e fiquei quieto. Perdi em 1994, na maior aliança de direita do Brasil, e fiquei quieto. Fui lamber minhas feridas e voltei em 2002", disse.

Vestindo uma camisa pólo branca, Lula disse fazer um "esforço muito grande para voltar a ser o Lulinha paz e amor". Ele disse que o "Brasil não pode ser dividido entre aquele que se acham brasileiros porque colocam uma camisa verde amarela, e os bandidos colocam a vermelha".

Apesar do apelo, criticou parte dos manifestantes pró-impeachment que atacaram políticos nas ruas.

"A luta por democracia é uma coisa importante. Vocês percebem que eles negam a política. Eles não gostam de política. Em São Paulo não deixaram nem Alckmin falar. Não deixaram nem o Aécio falar. Sabe quem fala por eles? O democrata Bolsonaro. Foi assim que surgiu o nazismo na Alemanha quando Hitler mandou perseguir os socialistas e os comunistas. Foi assim que nasceu o fascismo na Itália."

"A gente não mede um brasileiro pela camisa, mas pela vergonha que a gente tem na cara e pelo trabalho que a gente faz pelo país. Não tenho vergonha de usar vermelho. Meu sangue é vermelho. Quem tem sangue amarelo é porque está com hepatite. A gente não pode dividir a sociedade do jeito que está. Temos que dar demonstração de paz".

ACENOS

Em alguns momentos, Lula falou em tom de campanha. Fez acenos a reivindicações de movimentos sociais da base do PT.

"Eu sou católico e até conservador em alguns momentos. Eu como marido de dona Marisa, pai de cinco filhos, sou contra o aborto. Como presidente vou tratar como questão de saúde publica"

Ele defendeu também a "democratização dos meios de comunicação".

"Eles [a mídia] não querem mudar. Dizem que são modernos, mas quando fala em regulamentar não querem. Eu não quero regulamentação tipo China ou Cuba. Eu quero tipo Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha. Quero uma regulamentação que a gente possa responder a desfaçatez das mentiras da 'Época', da 'Veja', da 'Isto É' e do Jornal Nacional", disse Lula.
Herculano
12/04/2016 06:18
PLANALTO ESPERAVA CONSEGUIR PLACAR MAIS FAVORÁVEL NA COMISSÃO

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. A derrota na comissão do impeachment era esperada pelo Palácio do Planalto, que aguardava, no entanto, um resultado melhor que o obtido nesta segunda (11).

Em entrevista à imprensa, o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, reconheceu que o governo esperava ter mais votos e que o placar final fosse de 36 a 29, uma diferença menor do que o resultado de 38 a 27. A pequena margem, contudo, foi considerada "razoável", mas não negativa.

Segundo Wagner, o Planalto perdeu os votos do deputado Washington Reis (PMDB-RJ), que ficou doente, e de mais um deputado do PSB.

Segundo o ministro, com essa faixa projetada para o plenário da Câmara, a expectativa é que a presidente consiga 213 votos, o que barraria o processo de impeachment.

A projeção realista do governo, no entanto, contabilizando traições de última hora, é que o Planalto obtenha entre 180 e 190 votos no domingo, uma margem apertada, já que são necessários 171 votos para tanto.

OFENSIVA

A presidente convocou seus principais assessores para uma reunião logo após a votação na comissão, para analisar o mapa dos votos.

Até a última hora, assessores e auxiliares presidenciais fizeram uma ofensiva por telefone a integrantes da comissão especial para tentar aumentar a margem de votos, o que não foi alcançado.

A votação final na Câmara, no plenário da Casa, deverá acontecer no próximo domingo (17). Para que o Senado seja autorizado a abrir o processo contra Dilma, e afastá-la do cargo, são necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados ""ou seja, dois terços do total (66,7%).

CONGRESSO

No Congresso, a oposição viu o resultado como uma mostra de que a votação no domingo será pelo impechment. Já os governistas minizaram o resultado.

"Foi uma vitória clara. Temos certeza de que o apoio ao impeachment crescerá nos próximos dias", afirmou o líder da minoria, deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

"Achei o resultado muito bom para os que defendem a democracia. É um indicativo de que é muito provável de que tenhamos vitória no plenário contra o golpe", rebateu Henrique Fontana (PT-RS).

Responsável por fazer o relatório favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) afirmou que deixa o caso como "herói".
Almir ILHOTA
12/04/2016 05:16
HERCULANO

Bastaram alguns minutos de chuva intensa no domingo, para que nosso querido bairro Vila Nova, ficasse submerso, fruto mais uma vez da incompetência do governo Daniel, pois em mais de 3 anos não colocou nenhum tubo, não houve nenhuma tentativa de sanar este problema recorrente, deixando seus moradores amargarem prejuízos com a invasão das aguas em suas residências, e o que não poderia em minha opinião ficar pior pois ainda conseguiram. È que com a saída de vários secretários no dia 01/04 para disputarem um cargo eletivo em outubro, nosso ILUMINADO nomeou substitutos, levou mais uma vez somente seus interesses políticos, e nada de capacidade técnica dos nomeados, mostrando-nos que está somente preocupado na questão politica, em permanecer por mais 4 anos frente ao executivo, mas acredito que nosso povo é inteligente e vai saber escolher melhor nesta eleição que se avizinha, pois existe uma premissa popular que diz que sempre o primeiro mandato de um prefeito é melhor que o segundo pois todos visão a reeleição, mas o que dizer de ILHOTA, se já no primeiro mandato Daniel está sendo HORRIVEL, depois de se reeleger então ¨DEUS NOS SALVE¨
Roberto Sombrio
11/04/2016 22:08
Oi, Herculano.

A Coluna Olhando a Maré reforça, para que o povo não esqueça, a má qualidade e falta de planejamento nas obras do PT.

Quando falei das obras nas ruas de Gaspar onde jogam o asfalto sobre a terra, me contestaram dizendo que devia tirar do meu tempo para acompanhar o trabalho que é feito nessas ruas.
Pois bem! Olhando para aquele viaduto que não tem planejamento nem na parte de cima e tampouco permite uma passagem adequada na parte de baixo, lembrando das obras de recuperação da ponte Hercílio Deeke, olhando para o projeto sem as alças na margem esquerda e com aquela rotatória ridícula na margem direita da importante Ponte do Vale e olhando para aquele irresponsável ajuntamento de casinhas de plástico em terreno tomado irregularmente, posso imaginar o que tem sido feito nessas ruas debaixo da terra onde ninguém vê.
Apenas lembrando. Debaixo da terra onde ninguém vê, foi feito muita coisa no cemitério aqui em Gaspar.

Gente! Está na hora do brasileiro ser honesto consigo mesmo. Está na hora de deixar de fazer o papel de pateta de se enganar achando que junto com essa bandalheira sua família terá sucesso na vida.

Se enfiarem essa turma do governo do PT e mais umas centenas de políticos em uma urna de chumbo, lacrada com grande camada de concreto ao redor, como se faz com o lixo nuclear, existe ainda assim o perigo de contaminação.

O simples fato de não participar disso é como se eu tivesse ganho todos os dias na Mega Sena. Demora! Eu sei que demora. Mas o Brasil está mudando, graças aos brasileiros que tem caráter.
Jango da Nobrega
11/04/2016 21:09
Herculano

Mas não foram os companheiros do PT que falaram no Belchior, sobre a barbeiragem do Distrito, que era em função da situação a nível nacional, que o pessoal estava tiririca, que isso, que aquilo. Então eles admitiram que a situação nacional vai influenciar a eleição municipal. Agora não vai influenciar mais, então, eita cambada, o peixe morre pela boca. Já perceberam que as ruas que estão recebendo a pavimentação asfáltica no Gasparinho, o secretário de obras, que é o candidato a prefeito estão colocando asfalto nas entradas particulares de amigos do poder, isso não caracteriza compra de votos. Pode dar cassação do registro na justiça eleitoral. Hoje vi gente batendo fotos na Frei Solano.
Herculano
11/04/2016 21:03
RESULTADO PREVISÍVEL MANTÉM PRESSÃO SOBRE O PLANALTO, por Igor Gielow, para o jornal Folha de S. Paulo

O longo e inútil debate na Comissão Especial do Impeachment acabou com a previsível vitória do relatório que defende a abertura do processo contra Dilma Rousseff por um placar que não permitiu aos partidários do impedimento uma comemoração especialmente efusiva.

É boa notícia para o Planalto? Não exatamente. O fato de o governo comemorar uma derrota por pouco, torcendo por uma repetição proporcional na votação no plenário da Câmara, mostra o grau de dificuldade da articulação política que sobrou: Lula e a frase "O que você precisa para ficar com a gente?".

Uma vitória alargada, claro, daria o mesmo argumento ilusório para os opositores de Dilma. É tudo questão de "vencer a narrativa", um jargão esquerdista absorvido por todo mundo em Brasília.

Ao fim, o que seria um marco importante da história da crise que vivemos foi suplantado pelo realismo fantástico da crônica política.

O "Zap-zap ao Povo Brasileiro", um dos apelidos jocosos dados ao áudio vazado com o "test-drive" de programa de governo de Michel Temer (PMDB-SP) expôs o vice de forma dramática.

Foi um monumental tiro no pé para sua imagem que, numa sociedade democrática mais aperfeiçoada, dificilmente teria perdão político. Afinal, um vice abertamente treina o discurso comemorativo do impedimento da titular da Presidência.

Há o folclórico no episódio, como Temer dizendo que só falaria "palavras preliminares", a serem ditas "com muita modéstia", após ter sido instado por pessoas impressionadas com a "expressiva" votação pró-impeachment. "Media training" é isso, mas fica feio quando vaza.

Mas estamos no Brasil. Haverá discussões intermináveis sobre o que realmente aconteceu em relação ao vazamento, assim como no malfadado episódio da carta de rompimento com Dilma.

Temer ganhou a alcunha agora pública de "golpista" do Planalto, mas é igualmente fato que o discurso tem acenos para todos: os que temem arrocho, os que querem "sacrifícios", os cansados da carnificina na vida pública.

O texto apela publicamente assim a indecisos na votação na Câmara, que de todo modo já vêm sendo abordados em privado. Parte do terrorismo econômico que o governo vem fazendo diz respeito justamente à ideia da "retirada dos direitos do trabalhador" numa gestão Temer.

Seja como for, o senso comum sugere um dano político grave para Temer, mesmo que não haja necessariamente impacto para o processo de impeachment na Câmara.

O áudio é um passo além das negociações quase públicas que o peemedebista e seus prepostos tocavam.

Se o vice ganhou mais adeptos entre os que o chamam de conspirador ou entre indecisos, o curto tempo até a votação final dirá.
Herculano
11/04/2016 20:58
TEMER FALA DE QUASE TUDO, MENOS DE LAVA JATO, por Josias de Souza

Há quatro meses, quando endereçou a Dilma Rousseff uma carta-rompimento - "Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã -, Michel Temer deixou claro que, mais do que jogar óleo na pista, desejava assumir o volante. Hoje, ao "vazar" um pronunciamento antecipado de posse, o vice-presidente revelou seu itinerário. Afora a extemporaneidade, o discurso espanta pelo que deixa de dizer. Temer falou de quase tudo, só não falou de Lava Jato.

Temer é um orador cuidadoso. Não diz um "bom dia" sem pensar dez vezes. Portanto, não mencionou a Lava Jato porque não quis. Ou não pôde. Temer está cercado de suspeitos. Em algum momento terá de dizer como pretende se relacionar com eles..

O PMDB impregnou a linha sucessória do país de suspeição. A conversão de Temer em presidente da República fará de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, o número dois da República. Renan Calheiros, presidente do Senado, será o número três. O primeiro é réu na Lava Jato. O segundo responde a nove inquéritos no STF.

Na semana passada, Temer licenciou-se da presidência do PMDB para repassar o posto ao primeiro vice-presidente da legenda, o senador Romero Jucá. Que também está encrencado na Lava Jato.

Ao discorrer sobre o futuro, Temer disse em seu pronunciamento: "Sem essa unidade nacional, penso que será difícil tirar o país da crise. O fundamental agora é o diálogo, em segundo lugar a compreensão, e em terceiro lugar, para não enganar ninguém, ideia de que vamos ter muitos sacrifícios pela frente?"

No Brasil de hoje, o futuro à Lava Jato pertence. Qualquer pessoa que pretenda assumir a Presidência da República, para "não enganar ninguém", precisa dizer se pretende propor "diálogo" a quem precisa de interrogatório e "compreensão" a quem flerta com a prisão
Herculano
11/04/2016 20:51
FALA DE TEMER NÃO É GOLPISTA; NEGOCIAR A REPÚBLICA NUM QUARTO DE HOTEL É!, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Golpista é usar o Estado brasileiro como se fosse propriedade privada de um partido e de alguns políticos com o objetivo de impedir o impeachment.

O vice-presidente da República, Michel Temer, manda mensagem de seu celular a quem quiser. Mesmo antes do vazamento do áudio, já era chamado abertamente de conspirador e golpista pelo Planalto, pelos esquerdistas da Câmara e do Senado e pelos bate-paus do governo na Comissão Especial do Impeachment. E, no entanto, não tem como se defender.
Estão tentando transformar a coisa num grande acontecimento, o que ela não é.

Ricardo Berzoini, secretário de governo, tenta forçar a mão: "Estou estupefato. Ele está confundindo a apuração de eventual crime de responsabilidade da presidente Dilma com eleição indireta. Está disputando votos e transformou o processo numa eleição indireta para conseguir votos em favor do impeachment. Esse áudio demonstra as características golpistas do vice".

É mesmo? Antes que eu lembre a Berzoini quem é golpista, quero trazer à memória uma fala de Jaques Wagner sobre o objetivo da distribuição de cargos.

Disse o "assessor especial" com todas as letras: "Claro que esta é uma agenda do governo, conquistar votos no Congresso." Como se nota, o Planalto acha correto leiloar cargos públicos para barrar o impeachment, mas considera "golpista" a gravação de um áudio.

Golpista é usar o Palácio do Planalto para abrigar pessoas que pregam a luta armada na sede do governo federal.

Golpista é um homem investigado alugar um quarto de hotel, como se a República fosse um grande lupanar, para receber parlamentares dispostos a trocar votos por cargos.

Golpista é dizer que a Constituição e a lei são? golpistas.

Golpista é tentar negar que o crime de responsabilidade tenha existido. Aliás, é impressionante! A essa altura, deve haver um farsante ou outro que passaram a acreditar na farsa, de tanto que a reptem.

Golpista é enviar antecipadamente um termo de posse a alguém, como Dilma fez com Lula, para tirá-lo da alçada de Sérgio Moro.

Golpista é usar o Estado brasileiro como se fosse propriedade privada de um partido e de alguns políticos com o objetivo de impedir o impeachment.

Golpista é ir à Comissão do Impeachment, como fez José Eduardo Cardozo, para afirmar que, se Michel Temer for presidente, não terá legitimidade para governar ?" e ele sabe que a fonte dessa legitimidade é a Constituição.

Mandar um WhatsApp a aliados? Não! Isso é comum. De resto, Temer tem o direito, se quiser, de fazer o discurso de congratulação pela conquista de Marte.
Eis o PT na sua pureza: transforma em crime o que crime não é para esconder? seus crimes!
Herculano
11/04/2016 20:45
COMISSÃO APROVA ANDAMENTO DO IMPEACHMENT NA CÂMARA. PARECER FAVORÁVEL AO FASTAMENTO DA PRESIDENTE DILMA VANA ROUSSEFF, PT, FOI APROVADO POR 38 A 27 VOTOS. O RELAT?"RIO SEGUE AGORA PARA O PLENÁRIO DA CÂMARA

Conteúdo e texto de Patrícia Gani, do Congresso em Foco.A Comissão Especial do Impeachment acaba de aprovar o relatório favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff por 38 votos a 27. Agora, o parecer apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) será debatido em plenário da Câmara. A reunião desta segunda-feira (11) já dura mais de dez horas.

No encontro de hoje, o colegiado ouviu, mais uma vez, ponderações feitas pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que avaliou o texto apresentado por Jovair como "nulo" e sem base constitucional e legal para validar o impeachment. De acordo com ele, o parecer é a "maior prova de inocência da presidente Dilma". Para reforçar a tese de nulidade do processo, Cardozo disse que, apesar de o relator ter dito que iria se ater somente à denúncia, o relatório aborda fatos que envolvem a Operação Lava Jato ?" que não é objeto do pedido em análise ?" ao dizer que outros fatos "não podem ser desconsiderados".

"Há uma transgressão do devido processo legal. Há uma ofensa clara ao direito de defesa", reclamou Cardozo, ao argumentar que o relatório é superficial e não faz nenhuma acusação direta contra a presidente.

Entretanto, responsável pelo parecer favorável ao processo de afastamento de Dilma do cargo, Jovair ressaltou que "não há mais clima para esse governo" e que "ninguém mais acredita" no Executivo. De acordo com o deputado, relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e levantamentos do Banco Central confirmam que o governo "deu roupagem" às contas e usou irregularmente instituição financeira para pagamento de despesas de responsabilidade do governo e acrescentou que há indícios de que os atos tiveram o conhecimento da denunciada.

"Lembro que estamos apenas na fase de admissibilidade. Não há condenação e não estamos afastando a presidente. Devemos analisar apenas se há condições para o andamento do processo. É lá [no Senado] que haverá o julgamento. Se não houver crime, a presidente será absolvida", disse o petebista, ex-aliado do governo Dilma.

"Há indício de má-fé na conduta", acrescentou. Jovair também disse que os fatos mostram que houve participação "absolutamente intencional da presidente".

Durante a sessão, alguns pronunciamentos geraram discussões acaloradas entre os deputados presentes. Cientes de que a probabilidade de vitória era pequena, o objetivo da base do governo foi evitar que a oposição alcançasse dois terços do voto na comissão. Mas o propósito não foi alcançado. Para reverter o cenário no plenário, o PT decidiu convocar os seis deputados da bancada que estão licenciados do mandato para ocupar cargos como secretários de estado e ministro de estado. A direção do partido da presidente Dilma e o Planalto não querem arriscar perder um voto sequer contra a abertura de processo de impeachment.

Em alguns momentos o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), virou protagonista das falas dos membros do colegiado. O próprio advogado-geral da União fez críticas ao deputado que, de acordo com ele, aceitou a representação dos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal por "vingança". Cardozo também questionou a demora na conclusão dos trabalhos do Conselho de Ética, que ainda não concluiu o parecer sobre a cassação do presidente da Câmara, acusado de ter participação nos desvios de dinheiro da Petrobras.

"O processo nasce com um pecado original, a má utilização da competência do presidente da Câmara para fazer uma vingança. Por que o que vale para cassar o mandato de um parlamentar não vale para cassar um presidente da República?", perguntou. "Não peço privilégio, peço igualdade", enfatizou Cardozo.

O ministro não descarta a possibilidade de recorrer à Justiça para questionar o andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara.
Herculano
11/04/2016 19:37
O RETRATO DE UM MORIBUNDO ÉTICO

Lula e o PT separaram o Brasil entre "nós" e "eles", de sorte, como já escrevi aqui, que o "eles" éramos nós, pessoas que o partido e seu demiurgo consideravam desprezíveis, e "nós" eram eles, os indivíduos de moral supostamente superior, acima das vicissitudes humanas, ocupados apenas em fazer o bem comum.

Erguidos os panos da República, expuseram-se - e estamos longe de saber tudo - os horrores de uma máquina organizada para assaltar o estado brasileiro. A realidade se revelou sem véus: "nós" éramos nós mesmos, os assaltados, os espoliados, os enganados, os humilhados pelo maior esquema de corrupção da história, tome-se qualquer país como exemplo. E "eles" eram eles na sua pureza criminosa.

Este dois parágrafos são de Reinaldo Azevedo, em O "Muro da Vergonha" de Brasília merece, sim, ser chamado de "Muro de Berlim", para Veja
Herculano
11/04/2016 19:34
DA SÉRIE: MANCHETE DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE

Obra e chuva complicam a Rua Madre Paulina.

O que complica mesmo é a enrolação nesta obra que se levou aos últimos instantes para torná-la eleitoreira.
Herculano
11/04/2016 19:32
DA SÉRIE: MANCHETE DO PORTAL CRUZEIRO DO VALE

"Erramos ao não ter chamado a polícia, admite a Secretaria de Educação após caso de abuso em creche em Gaspar". Ah, se isto tivesse sob a administração de outro partido que não o PT...
Herculano
11/04/2016 19:24
LULA TEM TODA RAZÃO: ESTÃO "CRIMINALIZANDO" O PT, por Josias de Souza.

Em meio a críticas à imprensa, ao Congresso e à Lava Jato, Lula disse o seguinte ao jornalista americano Gleen Greenwald: "?Neste momento histórico, o que existe é a tentativa de criminalizar o PT, de tirar a Dilma e de tentar evitar qualquer possibilidade do Lula voltar a ser candidato a presidente neste país",

Lula está coberto de razão. As cadeias de Curitiba encontram-se apinhadas de criminosos pilhados em obscuros negócios político-empresariais que resultaram em assalto à Petrobras e a outros cofres do Estado. Alguns já foram condenados. Outros confessaram seus crimes.

O PT enfiou a mão nesta cumbuca. Fez isso porque quis. Estão atrás das grades o tesoureiro João Vaccari Neto e o reincidente José Dirceu. Está preso também o sujeito que exercia em nome do PT a vice-presidência da Câmara, André Vargas. Vários cleptoaliados do PT são investigados no STF. O próprio Lula é algo de inquéritos. Ou seja, o PT se autocriminalizou.

De fato, o Congresso tenta tirar Dilma da poltrona de presidente. O PT sabe do que se trata, já que pediu o impeachment de todos os presidentes da fase pós-redemocratização. Do bunker que instalou numa elegante hospedaria de Brasília, Lula guerreia para evitar a queda de sua ex-gerentona. Ele faz o diabo para enterrar o processo na Câmara. Se conseguir evitar que a tese do impedimento seduza 342 votos, o jogo estará jogado. Do contrário, a bola rolará para o Senado.

Quanto à "possibilidade de Lula voltar a ser candidato a presidente", basta que cumpra os requisitos legais. Se ainda tiver condições de exibir a ficha limpa, ninguém poderá evitar. O PT não ousaria negar ao seu melhor representante a oportunidade de se defender na propaganda eleitoral.

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