12/07/2017
Enquanto na maioria dos municípios, a meta da vacinação contra a gripe foi difícil de se chegar ao mínimo projetado – a tal meta -, em Gaspar, o governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e a “nova” secretaria política da Saúde e que substituiu a de viés técnico, exibiu, nesta semana, uma manchete do exagero: “Gaspar alcança 110% da cobertura de vacinação contra a gripe”. Uau! Diz o texto oficial: “O município contabilizou até o último dia da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, 13.877 doses aplicadas. Entre os grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde, destacam-se os idosos (106,18%) e pessoas com doenças crônicas (111,00%). Todas as doses distribuídas em Gaspar foram aplicadas”.
O que revela esta manchete, as afirmações e os números? Uma enganação e ao mesmo tempo, um perigo. A enganação é de que se vacinou mais gente do que se “programou”. E isso não é bom. E se isso aconteceu, é porque faltou estatística séria à área da Saúde de Gaspar para projetar o número razoavelmente certo (e isso, a princípio, não é culpa do atual governo peemedebista, qual se baseia em históricos criados pelos eventos passados, estatísticas e projeções, incluindo a migração que é de responsabilidade da Assistência Social ); é enganação porque, propositadamente, subdimensionou-se à projeção para evitar a sensação de fracasso da campanha (e aí é culpa do atual governo e da ex-secretária de Saúde) e que em parte é por culpa da falta de conscientização dos próprios grupos que devem se submeter à imunização; ou porque se vacinou quem não é de Gaspar.
E o perigo onde está? Nos dos primeiros casos: estão deixando gente que está nos grupos de riscos, vulnerável à circulação e à propagação do vírus da gripe em Gaspar; estão expondo mais gente fora do tal grupo de risco à gripe. Resumindo? Comemoração, tecnicamente, boba. Propaganda enganosa. Quem é mesmo cuida da comunicação do atual governo de Gaspar? Fazedores de press releases para ocupar espaços nos noticiários e espaços pagos? Gente bem instruída (na Saúde e comunicação) lidando como se todos fossem analfabetos, ignorantes e desinformados e como se estivesse em campanha com coisa séria. Acorda, Gaspar!
Agora é oficial. Finalmente, o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, anunciou que o “tráfego na região central será limitado a dez toneladas a partir de setembro”. A decisão sobre o óbvio, só foi tomada depois de vários comentários a respeito desse assunto nesta coluna. Eles mostraram à oportunidade perdida e à quase completa falta de utilidade da recém-aberta ponte do Vale para a utilidade real dela. Aliás, o tema não era exclusivo da coluna, mas depois dela, ganhava a cidade, as redes sociais e até à Câmara. Na outra ponta, prefeitura e seus iluminados, todos alienados, apesar da exposição para algo tão essencial. Se estou de alma lavada, mais uma vez? Não! Estou embasbacado com tanto amadorismo estratégico da atual administração de Gaspar. É uma atrás da outra. Tudo a reboque das evidências. Uma festa de amigos e interesses. E o povo...
Retomo. Quando o novo prefeito assumiu, recebeu a ponte do Vale “aberta”. Era de se pensar antes de assumir, o verdadeiro papel e impacto dessa obra no sistema viário da cidade. Bastava ter feito a lição de casa: transferir a entrada e saída de caminhões de cargas pesadas ou de longo curso da velha e meia capenga, ponte Hercílio Deecke, para a nova ponte do Vale. Mas, nada! Apesar de na equipe de Kleber, estar um reconhecido especialista no assunto de mobilidade urbana e que trabalhou para os governos petistas de Blumenau e Brusque, fazendo lá, com sucesso reconhecido, exatamente isso. Alexandre Gevaerd, o secretário de Planejamento, Meio Ambiente e Defesa Civil, fez coro à alienação. Incrível. Tocou o bumbo no compasso do maestro Kleber ou do prefeito de fato, o advogado Carlos Roberto Pereira. Podemos até descontar o percalço do fechamento da ponte do Vale prometida para repará-la em 15 dias naquilo que Pedro Celso Zuchi, PT, dizia estar pronto e que levou cinco meses para Kleber “consertá-la”. Isto não invalidaria, até para mostrar que estava atento, tinha-se o senso de um estadista e administrador, um plano utilidade, divulgação, conscientização, confirmações de estudos ou até experiências, se necessário (a teoria e a prática pode ser contraditórias, principalmente em se tratando de Gaspar) para o real uso da ponte do Vale para a cidade.
Mas, nada! Kleber, o PMDB, o PP e Gevaerd precisaram ser lembrados no óbvio aqui neste espaço (os outros veículos tiveram piedade ou preguiça), na internet, nos cafezinhos e até, vejam só, numa indicação da bancada do PT na Câmara, no dia 27 de junho. Ou seja, passaram recebo. Agora, finalmente, o governo municipal, lança-se, tardiamente, ao planode conscientização pela Ditran aos caminhoneiros. Quando o PT, o que falha, atrasa, enrola e brutaliza, tentou tirar uma casquinha da gestão de Kleber, ficaram os atuais donos do poder magoados. Naquela oportunidade, o PT e o sócio PDT faziam uma conta marota de que no “ritmo de Kleber”, seriam necessários dez anos e não cinco, para construir a ponte, como fez o PT (e que inicialmente tinha prometido para ser apenas em dois).
Entretanto, o Kleber, o seu prefeito Pereira, o PMDB e o PP parecem estar dispostos à uma nova conta perigosa: foram precisos nove, repito, meses de governo para se descobrir o óbvio que a ponte do Vale é a principal entrada da cidade para caminhões pesados que vêm pela BR 470. Ou seja, gastou-se um quinto de um governo para tal. Quatro anos passam rápidos e as marcas que estão ficando, não são boas. Pior mesmo, é a desculpa do líder do governo na Câmara para isso só acontecer em setembro: é que só até lá chegam e podem ser implantadas a tempo, as placas de sinalização para esta mudança óbvia. O que fica óbvio, é que tudo começou muito tarde e depois que o assunto se tornou mais uma polêmica aqui. Acorda, Gaspar!
Do Moacir Pereira: “O deputado Pedro Uczai, lança na sexta-feira, em Chapecó, o curso de pós-graduação ‘A esquerda no século 21’. Entre os professores na anunciados estão Dilma Rousseff, que levou o Brasil a este desastre econômico e político, e os agitadores João Pedro Stédile (MST), Guilherme Boulos (MTST) e Jean Willys. Nas redes sociais, a iniciativa recebe fortes críticas classificada como o ‘curso do século’ 19”.
Alguém tem dúvida disso, depois do que a esquerda do atraso patrocinou ontem ocupando a mesa do Senado para impedir a simples votação (o melhor exercício das democracias) da Reforma Trabalhista?
Sem votos, sem maioria, sem poder, sem argumentos e jactando-se como democratas e dialéticos, preferem o grito, o medo, o constrangimento, a humilhação, a imposição para fazer valer às suas vontades unilaterais, contrariando à própria origem da palavra parlamento (onde estão eleitos livremente com os nossos votos e excepcionalmente bem pagos por nós), que é a de falar e o de se vencer com os argumentos.
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, foi mais uma vez, sorrateiramente a Brasília. Para quem condenava em discursos tal prática do seu antecessor, Pedro Celso Zuchi, PT, a lição foi bem e rapidamente absorvida. A língua é o chicote do dono. Acorda, Gaspar!
Mais uma vez no bolso do povo. Está quase pronto um estudo que vai aumentar a taxa de iluminação pública em Gaspar, aquela que na sua conta de luz é chamada de Cosip. O chefe de gabinete de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, engenheiro, que gerenciou a Celesc em Blumenau há muitos anos, Pedro Inácio Bornhausen, PP, está à frente deste trabalho.
A reboque. A tecnologia para iluminação mudou muito. Ilumina-se muito mais, com menor consumo e menor custo para os cidadãos que pagam a iluminação pública e muitas vezes precisam suplicar pela manutenção das ruas e praças às escuras.
Em Gaspar, dizem que esta conta – o que se gasta e o que se arrecada - não fecha, dando prejuízo no Orçamento. O que não fecha é o avanço do prefeito Kleber e seus técnicos sobre o bolso do contribuinte. O que não avança é a busca da economia pela nova tecnologia disponível nessa área.
Quem se mexeu numa indicação pedindo a substituição da iluminação à base de vapor de sódio para Led, foi a oposição, com Cicero Giovane Amaro, PSD. Aliás, ele não citou quando defendeu a indicação, mas existem até linhas de crédito especiais ou subsidiadas para isto a favor da economia e dos bolsos dos munícipes.
O ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, depois de tanto tempo vendo que a atual administração de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, não decola, saiu da toca mais cedo do que se pode se supor.
Contestou com fatos, à acusação de que a administração de Kleber recebeu uma herança maldita do PT e de Zuchi.
O governo Kleber na Câmara, onde um documento do ex-prefeito Zuchi foi lido pelo vice-líder do PT, Dionísio Luiz Bertoldi, deu uma recuada. O líder do PMDB, Francisco Solano Anhaia (ex-PT) e Francisco Hostins Júnior (ex-secretário de Zuchi), colocaram panos quentes.
Ou seja, deram razão a Zuchi. Então Kleber, Luiz Carlos e o Carlos Roberto Pereira não têm mais o que reclamar.
Zuchi no mesmo documento ainda se deu ao luxo de fazer palanque e zombar. Ele torce que a equipe de Kleber faça pelo menos a metade do que ele fez. Meus Deus! Acorda, Gaspar!
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